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Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla

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Esclerose múltipla: diagnóstico precoce é fundamental para qualidade de vida

Muitas vezes silenciosa e confundida com outras doenças, a esclerose múltipla é uma condição crônica que atinge cerca de 40 mil pessoas no Brasil — aproximadamente 1,2 mil no Distrito Federal. Neste sábado (30), o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla reforça a importância da informação e do diagnóstico precoce. A esclerose múltipla é uma doença crônica que compromete o sistema nervoso central. O sistema imunológico ataca a bainha de mielina dos neurônios, estrutura que reveste e protege os neurônios, provocando danos e comprometendo esporadicamente as funções neurais, em episódios conhecidos como surtos. A esclerose múltipla pode ser controlada com acompanhamento médico e contínuo a longo prazo | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde DF “Embora não tenha cura, a doença pode ser controlada com acompanhamento médico e contínuo a longo prazo. Felizmente, a doença não apresenta altos índices de mortalidade”, explica a referência técnica de neurologia da Secretaria de Saúde (SES-DF), Stephanie Almeida. Segundo a profissional, o objetivo do tratamento é reduzir a inflamação, aumentar o intervalo entre os surtos e preservar a qualidade de vida do paciente. Sintomas Por causar o processo inflamatório e atingir diversas partes do sistema nervoso central, a doença gera sintomas diversos. Quando não tratada, a condição progride com o decorrer do tempo, sendo marcada por episódios de crises seguidos por período de estabilidade. Alguns sintomas possíveis são dormência ou formigamento, perda da força muscular, dificuldade para andar e falta de coordenação dos movimentos. Também pode causar fadiga, visão borrada, tonturas e desequilíbrios, dificuldades de controle da bexiga ou intestino, entre outros. O diagnóstico é associado a diversos exames laboratoriais e de imagem A doença é mais comum em adultos entre 20 e 40 anos, sendo predominante em mulheres. A especialista da SES-DF ressalta que o diagnóstico requer uma avaliação clínica detalhada. “Geralmente, o diagnóstico é associado a diversos exames laboratoriais e de imagem, como a ressonância magnética, além de testes específicos, como a pesquisa de bandas oligoclonais e de biomarcadores imunológicos”, detalha. Tratamento A rede pública do DF oferece tratamentos medicamentosos de alta eficácia que buscam reduzir esta atividade inflamatória. O atendimento é realizado por neurologistas das regionais, através de regulação médica, garantindo que os pacientes recebam o cuidado especializado necessário. [LEIA_TAMBEM]Além disso, a rede pública tem atendimento específico em doenças desmielinizantes em ambulatórios de referência no Hospital de Base (HBDF), Hospital Universitário de Brasília (HUB) e no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Neste caso, os pacientes também são direcionados por meio da regulação. Principais tipos de esclerose múltipla A esclerose múltipla pode se apresentar de duas formas: remitente recorrente (EMRR) e primariamente progressiva (PP). A EMRR se manifesta por meio de surtos que melhoram por dias ou semanas e o paciente volta ao seu estado prévio ao evento. Ao longo dos anos, sem tratamento e dependendo das características, o paciente pode ter novos surtos pontuais. Já na primariamente progressiva, o paciente apresenta o primeiro surto e, a partir daí, ocorre uma piora progressiva da doença. *Com informações da Secretaria de Saúde  

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Esclerose múltipla: 70% dos diagnosticados fazem tratamento na rede pública

Neste 30 de agosto, Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, a Secretaria de Saúde (SES-DF) chama atenção para o objetivo de dar visibilidade à doença, alertando para a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado. Dados da Associação de Pessoas com Esclerose Múltipla (Apemigos) apontam que, no Distrito Federal, 1.200 pessoas têm diagnóstico de esclerose múltipla. Desse total, 70% fazem tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No DF, Hospital de Base e Hospital Universitário são referências na oferta de tratamento para a doença | Foto: Divulgação/Agência Saúde A esclerose múltipla atinge principalmente pessoas com idade entre 20 e 50 anos e compromete o sistema nervoso central. Autoimune, caracteriza-se pela desmielinização da bainha de mielina, envoltório das células nervosas (axônios) por onde passam os impulsos elétricos que controlam as funções do organismo. Com isso, há a inversão do seu papel: ao invés de proteger o sistema de defesa do indivíduo, essas células passam a agredi-lo, produzindo inflamações. Quanto antes as pessoas souberem, terão um diagnóstico precoce, evitando sequelas graves a longo prazo” Ana Paula Morais, presidente da Associação de Pessoas com Esclerose Múltipla “A bainha de mielina é um envoltório do neurônio, igual a um fio”, explica a neurologista Priscilla Mara Proveti, coordenadora do ambulatório de esclerose múltipla do Hospital Universitário de Brasília (HUB). “O fio elétrico possui aquela capa preta, e a mielina é como se fosse a capa preta do neurônio. Quando desencapa um fio, ele dá curto circuito. Da mesma forma, a mielina do neurônio é afetada.” Diagnóstico  Se não for devidamente diagnosticada e controlada, a esclerose múltipla gera sintomas físicos – déficit motor, de coordenação e da visão – e cognitivos, afetando a memória e a atenção. Entre os principais sintomas, estão fadiga, distúrbios visuais, rigidez, formigamento, fraqueza muscular, desequilíbrio, alterações sensoriais, dor, disfunção da bexiga ou do intestino, disfunção sexual, dificuldade para articular a fala, dificuldade para engolir, alterações emocionais e alterações cognitivas. “Este é um mês extremamente importante, quando nos unimos para falar da importância sobre a conscientização e os sintomas”, afirma a presidente da Apemigos, Ana Paula Morais. “Quanto antes as pessoas souberem, terão um diagnóstico precoce, evitando sequelas graves a longo prazo.” Diagnosticada com esclerose múltipla, a fotógrafa Vanessa Alves Ciqueira, 37, sentiu os primeiros sinais em maio de 2020, após episódios de cegueira temporária, tontura, falta de equilíbrio e vômitos. “Fiquei 15 dias sem enxergar do olho direito e com o olho esquerdo turvo”, lembra ela, que faz tratamento no HuB. “Dois anos depois, tive um episódio parecido com labirintite, não consegui levantar da cama de tanta tontura. Foi um processo de seis meses do segundo sintoma até fechar o diagnóstico definitivo. Ao mesmo tempo que a doença é grave, é tratável. Não tenho nenhuma sequela.” Arte: Divulgação/Agência Saúde Fatores como predisposição genética, infecções virais pelo vírus Epstein-Barr (herpes), níveis baixos de vitamina D, tabagismo e obesidade podem funcionar como “gatilho” para o aparecimento da esclerose múltipla. Embora ainda não exista cura para a doença, há tratamentos medicamentosos de alta eficácia que buscam reduzir a atividade inflamatória e a ocorrência dos surtos ao longo dos anos.  O Hospital de Base do DF (HBDF) também presta esse tipo de atendimento em seu centro de infusão e quatro ambulatórios para pacientes com condições neurológicas. Por meio da regulação médica, neurologistas das unidades regionais garantem que os pacientes recebam o cuidado especializado necessário. Principais tipos da doença ⇒ Esclerose múltipla remitente recorrente (EMRR) – Manifesta-se por meio de surtos ao longo da vida do paciente. Esses surtos, em sua maioria, evoluem para remissão, ou seja, melhoram, e o paciente volta ao seu estado prévio ao evento. Ao longo dos anos, principalmente sem tratamento específico e a depender das características da doença, o paciente pode ter novos surtos. ⇒ Esclerose múltipla primariamente progressiva (EMPP) – Tem uma evolução progressiva desde o início dos sintomas. Ao contrário da EMRR, que apresenta surtos recorrentes, nessa forma eles seriam menos frequentes. Na EMPP, o paciente pode apresentar um primeiro surto e, a partir de então, vivenciar uma piora progressiva por um intervalo mínimo de 12 meses, caracterizando a progressão da doença. *Com informações da Secretaria de Saúde

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