Especialistas expõem avanços durante III Jornada de Triagem Neonatal do DF
Gestores, profissionais e estudantes da área da saúde, pacientes e familiares estiveram reunidos nesta quinta (5) e sexta-feira (6) na III Jornada de Triagem Neonatal do Distrito Federal. Em formato de simpósio, especialistas de instituições brasileiras e estrangeiras expuseram os avanços da triagem neonatal sob enfoque multidisciplinar. O grupo pôde debater as novidades técnico-científicas, os impactos sobre a saúde pública e as perspectivas futuras para o Teste do Pezinho. Esse é o nome popular dado à coleta de sangue no calcanhar dos recém-nascidos para a identificação de doenças metabólicas, genéticas e infecciosas. A intervenção precoce contribui para a redução da mortalidade infantil e para a melhoria da qualidade de vida dos bebês. O Dia Nacional do Teste do Pezinho é celebrado em 6 de junho. O teste do pezinho contribui para a redução da mortalidade infantil e para a melhoria da qualidade de vida dos bebês | Foto: Sandro Araújo/Agência da Saúde Referência na América Latina Ao final do primeiro dia, oito profissionais foram agraciados com o Prêmio Heróis da Triagem Neonatal Ampliada. A iniciativa serve como forma de reconhecer e incentivar ações, em diferentes âmbitos, que promovem melhorias no serviço de triagem neonatal. Uma das homenageadas foi a médica Maria Teresinha de Oliveira Cardoso, pioneira na implantação do Teste do Pezinho na rede pública. A especialista em genética é uma “eterna inspiração” no que se refere ao cuidado em doenças raras, destacou a vice-governadora Celina Leão, presente na abertura da III Jornada, realizada na manhã de quinta-feira (5). “Uma mulher que nunca viu dificuldades, sempre viu oportunidades. Se hoje o DF é referência em triagem neonatal, é porque lá atrás a doutora Teresinha acreditou nisso”, disse. Pioneira na técnica, Maria Teresinha de Oliveira Cardoso foi homenageada na jornada Teresinha atribui o êxito do programa distrital ao esforço coletivo. “Saímos na frente no Brasil e nos tornamos referência na América Latina graças ao trabalho somado de todos que sonham com uma saúde melhor para as crianças”, declarou a diretora da regional Centro-Oeste da Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica. Oferta expandida [LEIA_TAMBEM]No DF, o Teste do Pezinho na rede pública é capaz de identificar 62 doenças – sendo a única unidade da federação a realizar a oferta expandida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Ver nosso trabalho reconhecido e servindo de modelo para outros estados dá ânimo para prosseguir com melhorias para esse programa que é tão impactante para a população”, afirmou o chefe do Programa de Triagem Neonatal do Hospital de Apoio de Brasília (HAB), Gerson Carvalho. “Demonstra também que, ao ouvir o corpo técnico, é possível construir um modelo que dá certo - com autonomia e administração pública”, completou. O evento terminou, na tarde de sexta-feira (6), com uma visita técnica guiada às instalações do Serviço de Referência de Doenças Raras e de Triagem Neonatal do Distrito Federal, localizado na Unidade de Genética no Hospital de Apoio de Brasília. Participaram dos dois dias de encontro mais de 30 representantes do serviço de triagem neonatal de outras unidades da Federação. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Jornada de Triagem Neonatal evidencia tratamentos realizados no DF
Na semana da comemoração do Dia Nacional do Teste do Pezinho, profissionais da área de saúde do DF e de outras unidades da Federação se reuniram para atualização científica sobre a triagem neonatal com troca de informações sobre evidências nos casos de testagem e confirmação da ampliação dos exames do teste do pezinho. Foram compartilhadas práticas e condutas, profilaxias e vacinação recomendadas para cada uma das doenças detectadas. O evento foi organizado pelo serviço de referência em triagem do Hospital de Apoio, pela Secretaria de Saúde e pela Sociedade Brasileira de Pediatria. O Hospital da Criança de Brasília (HCB) é referência nacional no tratamento de doenças raras, graves e complexas como doença falciforme, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, síndrome de imunodeficiência combinada grave (SCID) e atrofia muscular espinhal (AME) e contribuiu com a apresentação do trabalhos científicos realizados na confirmação e nos tratamentos desenvolvidos em caráter multidisciplinar. O HCB é referência nacional no tratamento de doenças raras, graves e complexas como doença falciforme, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, SCID e AME | Fotos: Divulgação/ HCB Desde quando foi descoberta a fenilcetonúria (PKU), no teste do pezinho, foram traçadas as primeiras ações que se consolidaram na triagem neonatal. A fenilcetonúria é uma doença relacionada a uma alteração genética que, se não identificada e tratada precocemente, pode levar a comprometimento neurológico, deficiência intelectual e convulsões. Contudo, os tratamentos se apresentam cada vez mais promissores. “A coleta pode ser realizada até os 30 dias de vida do bebê, mas, o mais indicado é entre o terceiro e o sétimo dia de nascido. No DF, mais de 60 doenças são triadas e a coleta é realizada na maternidade. É crucial que seja diagnosticada o mais cedo possível”, diz o médico geneticista do HCB, Fabrício Maciel. A médica hematopediatra e diretora técnica do Hospital da Criança, Isis Magalhães, apresentou vários estudos no campo da biologia molecular que mudaram o estado das doenças e dos casos difíceis identificados na testagem neonatal. Desde 2022 o HCB foi habilitado para o Transplante de Medula Óssea, com a parceria da Fundação Hemocentro. Isis Magalhães: “Hoje, há um prognóstico melhor de sobrevida e a criança pode ser encaminhada ao HCB e acompanhada até os 18 anos” “Até antes dos primeiros sintomas uma doença já pode ser detectada, como é a anemia falciforme, que é mais prevalente no Brasil. Antes, ela acarretava a morte precoce por infecções graves. Hoje, há um prognóstico melhor de sobrevida e a criança pode ser encaminhada ao HCB e acompanhada até os 18 anos”, explica. “A anemia falciforme não é só uma anemia, ela é uma vasculopatia sistêmica que acarreta doenças nos vasos sanguíneos, em todos os órgãos. Antes as crianças faziam septicemia. Hoje, usamos de forma profilática a penicilina por via oral, que é fornecida pelo Estado. Às vezes, até no primeiro ou segundo mês de vida iniciamos esse tratamento, pois a criança sente dor óssea e pode fazer um acidente vascular cerebral (AVC) com consequências graves e levar até a morte”, complementa a médica. Atenção integral Desenvolveu-se no DF uma cooperação entre o laboratório da SES e o Hospital da Criança de Brasília para oferecer um Programa de Atenção Integral. Ao ser detectada com uma doença no laboratório da rede, a criança é referenciada para o HCB. Por exemplo, no caso de suspeita do hipotireoidismo congênito coleta-se o hormônio TSH (da tireoide) e, em 2 horas está pronto o diagnóstico. “O Hospital da Criança de Brasília evoluiu muito. Foi implantado o estudo molecular das hemoglobinopatias (doenças das hemácias) assim, o que o laboratório descobre no teste do pezinho, às vezes tem um fenótipo complexo que é difícil desvendar, então é necessário a realização dos testes moleculares para o diagnóstico precoce. Nós conseguimos, mediante um edital de pesquisa junto ao Ministério da Saúde e à FAP-DF, montar no HCB os testes moleculares, o que foi uma grande evolução”, completa Isis Magalhães. Luciana Monte: “O hospital utiliza protocolos internacionais e assim conseguimos resultados excelentes de uma equipe multidisciplinar e com o apoio da gestão” A pneumologia do HCB recebe os casos suspeitos e realiza os testes confirmatórios com cloridrômetro de última geração. Isis adiantou que, no HCB, atualmente, é possível dar os diagnósticos definitivos e as crianças são acompanhadas por equipes multidisciplinares. “Conseguimos prover o melhor que a ciência dispõe para as crianças atendidas pelo SUS”, assegura a médica pediatra. Luciana Monte, pneumologista do HCB e presidente da Sociedade de Pediatria do Distrito Federal, ressalta que o Programa de Triagem Neonatal no DF é um exemplo no país. O HCB realiza a confirmação do diagnóstico, acompanhamento e tratamento da fibrose cística. Existem 150 pessoas no DF em acompanhamento, das quais aproximadamente 75 são crianças. “Precisa haver uma busca ativa, o reteste e às vezes são muitos sintomas e as famílias não entendem que é caso de emergência. O hospital utiliza protocolos internacionais e assim conseguimos resultados excelentes de uma equipe multidisciplinar e com o apoio da gestão”, afirma Luciana. “Realizamos um cuidado integral, acesso rápido articulado com a triagem neonatal do Hospital de Apoio de Brasília e o paciente é encaminhado rapidamente com cerca de um mês de vida. Com isso, podemos realizar toda a prevenção das complicações de uma doença que é grave, progressiva, potencialmente fatal. Com todo o acompanhamento que o hospital tem oferecido, essas pessoas têm vivido melhor, junto com toda a evolução tecnológica da ciência” complementa a pneumologista. Hormônio da tireoide Karine Santielle, coordenadora do ambulatório de endocrinologia do HCB apresentou um trabalho sobre o monitoramento do TSH (hormônio da tireoide) que aponta para o diagnóstico de uma doença conhecida como hipotireoidismo congênito, deficiência na produção dos hormônios. “O hormônio da tireoide é muito importante para o desenvolvimento cerebral do bebê”, enfatiza a médica. Santielle lembrou que no Brasil as pesquisas voltam-se à dosagem do TSH alterado. “Quanto mais cedo eu consigo trazer esse bebê para um diagnóstico precoce e um tratamento, ele vai ter todos os benefícios e um risco menor de deficiência intelectual. A literatura recomenda um diagnóstico em 15 dias. Se fizer o acompanhamento de forma adequada, não haverá sequelas no desenvolvimento neurológico”, explica. Thalles Antunes, alergologista, há um ano no ambulatório de erros inatos e imunologia do HCB, apresentou pesquisas desenvolvidas sobre a identificação de mais de 400 doenças herdadas da mãe e que nem sempre manifestam-se nos primeiros dias de vida e sim, no sexto até o nono mês de vida. Ao perder os anticorpos a criança pode iniciar infecções de repetição graves, quadros de febres e diarreias. ” O tratamento curativo é o transplante de medula óssea, e nós oferecemos o melhor serviço no hospital” Thalles Antunes, alergologista “Cada vez mais estamos nos preocupando com as doenças autoimunes que podem ser sim um sinal de manifestação de um erro inato da imunidade. Por isso, a importância de que os pais façam o teste de triagem neonatal para que, a partir daí, nós possamos fazer triagem dos casos, antes de essas crianças começarem a ter manifestação clínica. O tratamento curativo é o transplante de medula óssea, e nós oferecemos o melhor serviço no hospital”, afirma Thalles. Janaína Monteiro, neurologista, que desde o início do HCB está à frente do ambulatório de atrofia muscular espinhal (AME), mostrou as evidências clínicas da doença que ocorre no sistema nervoso central. É um adoecimento no neurônio, na medula, que leva à atrofia muscular e provoca fraqueza na cintura, perda funcional rápida grave e até dificuldade de deglutição. “O paciente, quando apresenta um atraso motor de fraqueza, já perdeu o tempo do tratamento. Sabemos hoje que temos drogas que modificam o curso da doença mas estão ligadas ao tempo do início do uso dessa medicação. Hoje temos uma parcela que vai ser agraciada, nasceu no serviço público e vai ter acesso à triagem neonatal ampliada. Porém, existem aqueles pacientes que nasceram fora do DF ou em serviço particular e não tiveram acesso a esse serviço do teste ampliado”, diz a médica. *Com informações do HCB
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Teste do pezinho identifica 62 doenças e alcança 100% dos nascidos vivos no Distrito Federal
Referência nacional, o Distrito Federal (DF) é capaz de identificar até 62 doenças por meio do teste de triagem neonatal – conhecido como o teste do pezinho. Atualmente, a capital federal realiza a cobertura de 100% dos nascidos vivos da rede pública de saúde. Nesta quinta-feira (6), é comemorado o Dia Nacional do Teste do Pezinho, uma data instituída pela lei nº 11.605/2007 para conscientizar a população sobre a importância do programa. O teste do pezinho é um exame de rastreio, responsável por identificar precocemente indivíduos com doenças metabólicas, genéticas, enzimáticas e endocrinológicas. O nome é devido ao fato de o sangue ser comumente colhido no calcanhar do bebê, por ser uma parte do corpo rica em vasos sanguíneos e segura para coleta. O teste do pezinho é um exame de rastreio que auxilia a identificação precoce de indivíduos com doenças metabólicas, genéticas, enzimáticas e endocrinológicas | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF De acordo com o geneticista em doenças raras do Hospital de Apoio de Brasília (HAB), Gerson Carvalho, o teste do pezinho é importante para identificar possíveis diagnósticos e mudar o desfecho da patologia. “Realizar o teste ainda na maternidade é de suma importância, porque impede que alguma criança não colha ou colha tardiamente, que implica diretamente no sucesso de outros indicadores da triagem neonatal”, detalhou. No DF, a partir da Lei Distrital nº 4190/2008, o teste de triagem passou a ser realizado, prioritariamente, nas maternidades, antes da alta hospitalar do bebê. “Essa ampliação foi possível devido aos esforços da população e servidores, juntamente com os gestores e políticos que possibilitaram a instituição da lei e sua execução. Hoje, nossa cobertura dos nascidos vivos na rede pública é de 100%”, explica a Referência Técnica Distrital (RTD) em triagem neonatal, Kallianna Gameleira. Com recentes aprimoramentos nos laboratórios de análise do teste de triagem, o DF é capaz de identificar 62 patologias. Em casos positivos, é realizada a busca ativa pelo Serviço de Referência de Triagem Neonatal (SRTN) por meio de contato telefônico, visita domiciliar ou até envio de cartas. A depender, a busca é realizada em parceria com a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência da criança. Em todo o caso, o teste deve ser entregue a todos os recém-nascidos, na UBS, a partir de 20 dias da coleta. No DF, o teste é realizado prioritariamente nas maternidades, alcançando 100% de cobertura | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF Mudança de vida Kelly Medeiros, 40 anos, tem a vivência de como um teste de triagem neonatal pode mudar a vida de uma criança. A primeira experiência com a Atrofia Muscular Espinhal (AME) na família veio com o diagnóstico do primogênito, Luis Guilherme, há 16 anos. Anos depois, o diagnóstico se repetiria no segundo filho, Davi, 11 anos. Inesperadamente, Kelly engravidou pela terceira vez e a experiência de João Guilherme, de apenas seis meses, seria diferente da dos irmãos. Ainda grávida, Kelly realizou amniocentese – um método de diagnóstico pré-natal que analisa células fetais – que já levantou a possibilidade de AME e preparou toda a equipe médica para o tratamento pós-parto. “Com dois dias de vida do João Guilherme, saiu o resultado do teste do pezinho dele e, com 47 dias de vida, ele estava recebendo terapia gênica [terapia que introduz genes saudáveis para substituir genes inativos ou disfuncionais]. Fez muita diferença, porque cada dia perdido para o meu filho, seria um dia a menos, seria um dia que a doença teria avançado”, ressaltou. O teste do pezinho de João Guilherme, de seis meses, foi realizado dois dias após nascido e, 47 dias depois, iniciou tratamento para AME | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF A AME é uma classe de doença recentemente incluída no rol de testagem da triagem neonatal. É uma doença rara degenerativa e hereditária, que interfere na capacidade do corpo de produzir uma proteína essencial para a sobrevivência dos neurônios motores. Para Kelly, o teste foi de extrema importância, pois mudou a vida do filho. “João Guilherme já balbucia, senta, pega as coisas com a mão e estamos iniciando a introdução alimentar, que era uma das minhas maiores preocupações, mas está dando certo”, detalhou. Programa de Triagem Neonatal A triagem neonatal engloba a interpretação de correlações clínicas e laboratoriais, que trazem a probabilidade para distúrbios ou doenças específicas. Após a triagem, por meio de testes confirmatórios e avaliação clínica, surge o diagnóstico definitivo ou de certeza. Por meio da busca ativa – que leva à recoleta, reteste, reavaliação, agendamento e acompanhamento –, o acesso ao tratamento e acompanhamento dos casos diagnosticados tornam-se mais efetivos. Santa Maria Todo o bloco materno-infantil do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) é composto por uma equipe capacitada e qualificada na realização da coleta do exame, que pode ser feita em todos os setores em que o bebê se encontra internado nos primeiros dias de vida. Ou seja, Centro Obstétrico, Maternidade, Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (UCIN). Todo o bloco materno-infantil do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) é composto por uma equipe capacitada e qualificada na realização da coleta do exame | Foto: Divulgação/IgesDF De janeiro até maio deste ano, a Maternidade do HRSM já coletou 1.719 amostras do teste do pezinho. Ao longo de 2023, foram 3.699 exames registrados no total. Já na UTIN, de janeiro até maio de 2024 foram coletados 195 testes e em todo o ano passado foram 475 testes. A UCIN coletou nos cinco primeiros meses de 2024 um quantitativo de 104 amostras, já em todo o ano de 2023 foi registrado um total de 223 coletas de teste do pezinho em recém-nascidos. Já o Centro Obstétrico coletou, de janeiro a maio deste ano, 159 exames. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) e do Iges-DF
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De janeiro a abril, Maternidade do HRSM fez 1.222 testes do pezinho
O Dia Nacional do Teste do Pezinho, celebrado nesta terça-feira (6), visa conscientizar a população sobre a importância e a obrigatoriedade do exame para todos os recém-nascidos. Ao longo de 2022, a Maternidade do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) registrou 3.225 exames e, de janeiro a abril deste ano, foram 1.222. Segundo Marília de Moraes Cunha, enfermeira da Maternidade da unidade hospitalar, com o teste do pezinho é possível diagnosticar precocemente doenças graves do metabolismo. “Como hipotireoidismo congênito, a fenilcetonúria e as hemoglobinopatias. Doenças essas que não apresentam sintomas no nascimento e, se não forem diagnosticadas e tratadas cedo, podem causar sérios danos à saúde, inclusive retardo mental grave e irreversível”, explica. Dia Nacional do Teste do Pezinho: conscientizar a família é fundamental | Fotos: Alexandra Lucas/IgesDF A realização do teste do pezinho é fundamental para todos os recém-nascidos, porque permite identificar bebês com alta probabilidade de apresentar doenças metabólicas, genéticas ou infecciosas que podem causar sérios danos à saúde e sequelas por toda a vida. “É um exame obrigatório para todos os recém-nascidos no território nacional”, ressalta a gerente da Maternidade do HRSM, Ivonete Rodrigues. O Bloco Materno Infantil do HRSM é composto por uma equipe capacitada e qualificada na realização do exame em todos os setores em que o bebê se encontra internado nos primeiros dias de vida. A conscientização da família quanto a realização do exame é imprescindível na detecção precoce de doenças, evitando, assim, sequelas graves e até irreversíveis. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Em relação ao teste, a coleta de sangue para o exame ocorre, geralmente, em até 48 horas de vida do recém-nascido, podendo ser feito até o quinto dia de vida. No HRSM, o teste é realizado próximo das 48h de vida do recém-nascido. “E nos bebês prematuros ou com peso menor que 2.500 gramas, são feitas três coletas do exame, com 48h, com 7 dias e 28 dias de vida”, detalha Marília. Para a recepcionista Alexia Leyene Ribeiro de Lucena, 21 anos, se atentar à saúde da filha e estar com as vacinas e os exames em dia é primordial. “Acho importante ter as vacinas atualizadas; previne várias doenças e ajuda a criar anticorpos, evitando possíveis doenças”, destaca. Técnica de enfermagem do HRSM, Taluana Oliveira Savi diz: “80% da demanda é do Entorno” O medo ou receio acaba tomando conta de muitos pais que vão levar os filhos para fazer o teste do pezinho. Um dos papéis dos enfermeiros e técnicos em enfermagem do HRSM é explicar a importância do exame com o objetivo de sanar todas as dúvidas e até aliviar as angústias dos familiares. “80% da demanda é do Entorno. Se o bebê estiver no hospital até o 7º dia de vida, coletamos a amostra, caso contrário, se tiver recebido alta, são direcionados a qualquer posto do DF”, explica Taluana Oliveira Savi, técnica de enfermagem do HRSM. *Com informações do IgesDF
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DF passa a detectar três novas classes de doenças no teste do pezinho
Nesta terça-feira (6), é comemorado o Dia Nacional do Teste do Pezinho, e o Distrito Federal reforça a data com a inclusão de três novas classes de doenças à testagem. Com a ampliação, a rede pública da capital começa a diagnosticar as doenças lisossomais de depósito, a imunodeficiência combinada grave (SCID) e a atrofia muscular espinhal (AME), e passa a ter capacidade para detectar 62 enfermidades em recém-nascidos – a maior triagem neonatal do país. Novas tecnologias adquiridas pela SES para o teste do pezinho permitem análises utilizando a biologia molecular | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde “O teste do pezinho é uma medida de saúde pública que faz um rastreio populacional de doenças, a maioria de origem genética, ainda em sua fase pré-sintomática – ou seja, as crianças ainda não manifestam os sintomas da doença”, explica a referência técnica distrital (RTD) de triagem neonatal da Secretaria de Saúde (SES), Kallianna Gameleira. [Olho texto=”A triagem neonatal não é um teste diagnóstico. Ele identifica alterações genéticas na população que podem significar a presença de alguma patologia rara. A partir do alerta, é realizada uma série de exames confirmatórios para detectar se há presença da doença ou não” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O aumento da triagem é possível graças às novas tecnologias adquiridas pela SES, que permitem análises utilizando a biologia molecular. No processo de implementação, é realizada a capacitação dos profissionais para o uso do aparelho. Além disso, a equipe faz a calibragem do equipamento, por meio de um estudo populacional que define os pontos de corte para a identificação correta de cada tipo de doença, de acordo com as especificidades genéticas da população do DF. “É um exame mais complexo, que exige uma tecnologia avançada e um trabalho muito cuidadoso, mas que pode salvar vidas”, esclarece Kallianna. Um novo modelo de cartão de coleta também passou a ser utilizado para evitar a contaminação entre as amostras. O processo, no entanto, é o mesmo: um furinho no pé e gotinhas de sangue no papel-filtro, preenchido com as informações do paciente. “O teste do pezinho é uma medida de saúde pública, que faz um rastreio populacional de doenças, a maioria de origem genética, ainda em sua fase pré-sintomática”, afirma a referência técnica distrital (RTD) de triagem neonatal da SES, Kallianna Gameleira A triagem neonatal não é um teste diagnóstico. Ele identifica alterações genéticas na população que podem significar a presença de alguma patologia rara. A partir do alerta, é realizada uma série de exames confirmatórios para detectar se há presença da doença ou não. Fatores como prematuridade, intercorrências neonatais e complicações nutritivas podem causar alterações nos exames e gerar resultados falso-positivos. Em alguns casos, a criança pode ser acompanhada por anos, até que seja possível realizar um diagnóstico final. Kallianna reforça que o teste do pezinho é essencial para a detecção precoce de doenças tratáveis. Ele permite iniciar o tratamento em tempo oportuno e previne o desenvolvimento de sintomas que podem ser prejudiciais a longo prazo, causar complicações neurológicas e até levar ao óbito. [Olho texto=”A coleta deve ocorrer, preferencialmente, entre 48 e 72 horas de vida, não devendo ultrapassar o quinto dia após o nascimento. No DF, a coleta na rede pública de saúde deve ser realizada antes da alta hospitalar” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] O serviço no DF Só entre os meses de janeiro e abril deste ano, já foram realizados cerca de 12 mil exames de triagem neonatal pela rede pública do DF. Atualmente, 96% das coletas do teste do pezinho na capital são feitas nas maternidades. Já as análises e os cuidados da rede pública de saúde estão centrados em três hospitais: o Hospital de Apoio de Brasília (HAB), atual Serviço de Referência em Triagem Neonatal e Doenças Raras (SRTN) do DF; o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) e o Hospital da Criança de Brasília (HCB) Com o resultado positivo do teste, os pacientes são contatados pelo serviço de busca ativa do SRTN e acompanhados durante todo o processo, desde o atendimento inicial e a realização dos exames confirmatórios até o diagnóstico final ou alta, assim como no tratamento contínuo recomendado, a depender da doença. O trabalho é feito por equipes formadas por geneticistas, endocrinopediatras, neuropediatras, psicólogos, fisioterapeutas, enfermeiras, fonoaudiólogos, nutricionistas, odontopediatras, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A coleta deve ocorrer, preferencialmente, entre 48 e 72 horas de vida, não devendo ultrapassar o quinto dia após o nascimento. No DF, a coleta na rede pública de saúde deve ser realizada antes da alta hospitalar. Caso a criança não tenha coletado na maternidade, em casos de nascimento na rede privada ou no Entorno, os responsáveis devem procurar a unidade básica de saúde (UBS) de referência o quanto antes para fazer o exame. Conscientização A data de 6 de junho, além de ser o Dia Nacional do Teste do Pezinho, também marca o início do Junho Lilás, uma campanha nacional criada para reforçar a importância do exame. Nesta segunda-feira, a SES iniciou a I Jornada de Triagem Neonatal do Distrito Federal, que segue até quarta (7). O evento é voltado para os profissionais de saúde, com o objetivo de promover debates sobre as etapas da triagem neonatal com foco multidisciplinar e apresentar o histórico do DF e as principais atualizações do meio. A ideia é proporcionar novos conhecimentos aos servidores da saúde e garantir um cuidado ainda mais integral em todo o âmbito da rede de atendimento à população. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Dia Nacional do Teste do Pezinho
No dia 6 de junho foi celebrado o Dia Nacional do Teste do Pezinho. Atualmente, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal é referência nacional, já que o exame realizado na rede detecta 30 doenças, número bem superior aos testes de pezinho realizados em outros estados e até mesmo, na rede privada. “O Teste do Pezinho é muito importante, pois é capaz de detectar precocemente, antes que qualquer sintoma apareça, doenças que podem ser muito graves e que são tratáveis”, observa a Referência Técnica Distrital em Triagem Neonatal, Juliana de Vasconcellos Thomas. O teste do pezinho ofertado pela Secretaria de Saúde detecta 30 doenças diferentes: fenilcetonuria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme e outras hemoglobinopatias, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita, deficiência de biotinidase, galactosemia, deficiência de G6PD, toxoplasmose congênita e outros 21 erros inatos do metabolismo. “O exame é realizado a partir de 24 horas de vida, na maternidade, antes da alta hospitalar. Se a criança não nasceu nas nossas maternidades públicas, ou seja, não fez antes da alta hospitalar, pode procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para realizá-lo”, explica. A coleta do sangue para o exame acontece, geralmente, com 48 horas de vida do recém-nascido e o ideal é que o teste do pezinho seja feito até o 5º dia de vida. O resultado do teste do pezinho sai em até dez dias após a chegada da amostra em laboratório. Em caso de alteração, o laboratório telefona para os responsáveis para agendar uma nova coleta ou uma consulta.
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