Mais de 2 mil mulheres já foram beneficiadas pelo programa Nasce uma Estrela
Nesta sexta-feira (15), o Brasil celebra o Dia da Gestante, data dedicada a homenagear as mulheres grávidas e a reforçar a importância dos cuidados físicos e emocionais durante a gestação. No Distrito Federal, essa pauta é tratada como prioridade pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), que desde 2024 desenvolve o programa Nasce uma Estrela. Carlos Lourenço acompanhou a esposa, Ivani, no programa: “Aprendi noções de primeiros socorros, entendi melhor as dificuldades da minha companheira e fui acolhido por uma equipe incrível. É uma experiência que todo pai deveria ter” | Fotos: Jhonatan Vieira/Sejus-DF A iniciativa já beneficiou cerca de duas mil mulheres em diferentes regiões administrativas, oferecendo cursos e orientações que preparam gestantes e mães de recém-nascidos para uma maternidade mais segura, informada e acolhedora. Histórias que inspiram Entre as participantes está Ivani Silva, 28 anos, moradora de Planaltina, grávida de oito meses. Mãe de outros dois filhos, ela conta que, nas gestações anteriores, era muito jovem e sofreu pela falta de informação. “Agora estou vivendo um momento único, conseguindo aproveitar cada fase graças à oportunidade que estou tendo”, afirma. “Mesmo já sendo mãe de dois, estou aprendendo coisas que não sabia, e isso está tornando minha gestação muito mais tranquila. Sou grata ao programa por tornar este momento tão enriquecedor”. “Cada gravidez é diferente. Quero estar bem-informada para passar por esse momento com mais tranquilidade e cuidar melhor do meu bebê quando ele nascer” Thaís Ribeiro, grávida de quatro meses e mãe de dois meninos O marido de Ivani, Carlos Eduardo Simões Lourenço, 29, acompanhou-a no curso e também se surpreendeu: “Aprendi noções de primeiros socorros, entendi melhor as dificuldades da minha companheira e fui acolhido por uma equipe incrível. É uma experiência que todo pai deveria ter”. A experiência também marcou Thaís Ribeiro, 26, grávida de quatro meses e mãe de dois meninos — Joaquim, 7 anos, e Otávio, 5. “Cada gravidez é diferente”, pontua. “Quero estar bem-informada para passar por esse momento com mais tranquilidade e cuidar melhor do meu bebê quando ele nascer”. Ao lado dela, a mãe, Giovânia Ribeiro, 47, destaca a importância do projeto: “Ela é minha única filha. Fico feliz por ver esse apoio, porque sei o quanto ela precisa se sentir segura agora”. Aprendizado, acolhimento e acompanhamento O curso Nasce uma Estrela é promovido quinzenalmente, durante as edições do GDF Mais Perto do Cidadão. A cada evento, novas atividades e especialistas se juntam à equipe, formada por bombeiros, doulas, enfermeiras, médicos obstetras, dentistas, pediatras e assistentes jurídicos. [LEIA_TAMBEM]As gestantes aprendem sobre cuidados com o bebê, aleitamento materno, prevenção de cólicas, segurança no sono, saúde emocional no pós-parto, uso do sling (tipo de carregador de bebê) e direitos das mães. Há também demonstrações de primeiros socorros e orientações para lidar com desconfortos típicos da gestação. Recentemente, o programa iniciou uma nova etapa, em que a equipe visita as participantes do curso em suas casas, durante a gravidez ou já no pós-parto, oferecendo acompanhamento personalizado e assistência complementar. Esse contato direto permite reforçar as orientações recebidas, esclarecer dúvidas, identificar necessidades específicas e fortalecer o vínculo com as famílias atendidas. No encerramento de cada edição do curso, as participantes recebem uma bolsa com roupas e itens essenciais para o bebê, como sabonetes, lenços umedecidos e fraldas, além de participarem de sorteios de brindes — incluindo slings e peças de enxoval. Educação vem do berço Ligada diretamente ao Nasce uma Estrela, a campanha Educação Vem do Berço, lançada pela Sejus-DF neste ano, vem para fortalecer ainda mais as entregas às mães atendidas pelo programa. A ação arrecada uniformes escolares sem uso e os transforma em peças infantis confortáveis — como blusas, pijamas, meias, luvas, mantas e shorts. Marcela Passamani (C), secretária de Justiça e Cidadania: “Sou mãe e sei como esse período é delicado e transformador. Fazemos questão de oferecer informação, cuidado e acolhimento desde o início da vida” Esses produtos confeccionados vão integrar e enriquecer as bolsas entregues às gestantes, garantindo um enxoval mais completo, especialmente para mães em situação de vulnerabilidade social. Os uniformes passam por um processo de descaracterização, no qual logomarcas e demais elementos de identificação são removidos. Em seguida, são adaptados por mulheres privadas de liberdade, capacitadas em corte e costura pela Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso do DF (Funap). Dessa forma, a campanha une solidariedade, sustentabilidade e reintegração social, ajudando famílias e oferecendo às reeducandas a oportunidade de aprendizado, trabalho e reconstrução de suas histórias. Idealizadora do programa Nasce uma Estrela e da campanha Educação Vem do Berço, a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, ressalta o impacto dessas iniciativas: “Sou mãe e sei como esse período é delicado e transformador. Fazemos questão de oferecer informação, cuidado e acolhimento desde o início da vida. Esses projetos mudam realidades e fortalecem famílias”. *Com informações da Sejus-DF
Ler mais...
Rede pública de saúde tem ações voltadas a boas práticas na gravidez
A Secretaria de Saúde (SES-DF) adota ações que levam cuidado, apoio e qualidade de vida às grávidas do Distrito Federal. São exemplos a Rede Cegonha para acompanhar as grávidas e os primeiros dois anos da criança, reforço de enfermeiros obstétricos, capacitação por meio de cursos para gestante e acompanhantes, capacitação dos profissionais por meio de cursos de atualização e o estímulo ao acesso de acompanhantes durante o parto e o pós-parto. No Dia da Gestante, celebrado em 15 de agosto, a referência técnica distrital (RTD) de ginecologia e obstetrícia da SES-DF, Marta de Betânia, destaca a importância do pré-natal para uma gravidez tranquila: “Durante o pré-natal, são solicitados diversos exames, como os de coleta de sangue e ultrassom, que servem, por exemplo, para identificar a idade gestacional, a classificação do risco associado à gravidez, além do cálculo da provável data do parto”. Para Gleiciane da Silva, a espera por Melina foi cheia de ansiedade, mas a confiança na equipe do Hospital de Samambaia a deixou confiante | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde Gleiciane da Silva, de 29 anos, teve a segunda filha, Melina, no Hospital da Samambaia. Ela fez todo o pré-natal na Unidade Básica de Saúde (UBS) 1, também na cidade, e afirma que o acompanhamento da equipe e a realização de todos os exames resultaram em uma gravidez sem riscos. “A equipe da UBS sempre foi muito atenciosa”, conta. As UBSs são a porta de entrada para o atendimento gestacional. “O atendimento é sempre feito na UBS de referência, aquela mais próxima da casa do paciente, a menos que o caso seja considerado de risco, quando ocorre o encaminhamento a um ambulatório”, explica a coordenadora do Grupo Condutor Distrital da Rede Cegonha, Gabrielle Medeiros. No InfoSaúde, é possível identificar a UBS de referência de cada pessoa com base no endereço residencial e também a maternidade de referência da gestante. A Rede Cegonha assegura o acolhimento com classificação de risco durante o pré-natal e a vinculação da gestante às UBSs e aos hospitais de referência para o acompanhamento. Também garante a segurança e as boas práticas nos cuidados de parto e de nascimento, o atendimento das crianças de até 24 meses e o acesso ao planejamento reprodutivo. Acompanhante no parto Rafael Alvarenga acompanhou de perto todos os passos da gravidez da esposa, Regiane Oliveira Regiane Oliveira, de 35 anos, é mãe de primeira viagem. O marido dela teve acesso garantido ao parto e foi estimulado a participar de todo o processo. Para ela, a presença do parceiro foi essencial para ficar tranquila e também no descanso pós-parto. “Deu tudo certo, foi muito bom, todos são atenciosos e educados e deixaram meu marido ficar comigo, apoiar, segurar o bebê”, conta. A legislação garante à gestante o direito a acompanhante. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] No entanto, nem todas as gestantes recebem o apoio familiar necessário. Por isso, a equipe de enfermagem e maternidade do Hospital Regional de Samambaia busca conscientizar os parceiros e acompanhantes sobre a importância da participação no momento do nascimento e nos cuidados pós-parto. As diretrizes nacionais e internacionais sobre assistência ao parto normal recomendam a presença do acompanhante durante o parto e o nascimento. “Esta é uma ação alinhada à humanização da atenção à saúde. Esse acompanhante pode ser o pai do bebê, o(a) parceiro(a) atual, a mãe, um amigo, um familiar, enfim, alguém que ofereça apoio, segurança e tranquilidade para a gestante”, explica a RTD de ginecologia obstetrícia da SES-DF. *Com informações da Secretaria de Saúde
Ler mais...