Dia do Campo é comemorado em escolas da rede pública de ensino do DF
Valorizar a educação do campo com atenção às suas particularidades e promover a formação dos professores das escolas localizadas em áreas rurais, por meio da troca de experiências e apresentação de projetos e atividades culturais nas escolas. Esse é o principal objetivo do Dia do Campo, celebrado nesta quinta-feira, 17 de abril, data que faz parte do calendário escolar da rede pública de ensino do Distrito Federal desde 2023. Para comemorar, algumas escolas da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF) promoveram eventos voltados para a temática ao longo da quarta-feira (16). O Centro Educacional Taquara, na zona rural de Planaltina, por exemplo, realizou uma extensa programação voltada ao Dia do Campo. Foto capa: A vice-diretora do Centro Educacional Águas do Cerrado, acredita que a celebração fortalece o vínculo escola-comunidade | Fotos: Mary Leal/SEEDF As atividades no Centro Educacional Taquara, em Planaltina, incluíram oficinas de formação e troca de experiências, apresentação de projetos, atividades culturais, venda de alimentos e artesanatos de produtores locais em barraquinhas emprestadas pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater), além da exposição de plantas e peixes cultivados em sistema de recirculação. A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, ressaltou o diferencial das escolas de campo. “Eu tenho imenso carinho e admiração cada vez que eu visito uma escola no campo, e olha que já fui em muitas. É tão interessante quando a gente sai das escolas urbanas e chega nas escolas rurais, tudo é diferente: os estudantes, a beleza do lugar, a comunidade. Voltamos de lá renovados.” Ela ainda parabenizou o trabalho de todos os profissionais do campo. “Quero agradecer e honrar vocês pelo belíssimo trabalho que fazem com aqueles estudantes”, finalizou Hélvia no evento Dia do Campo Distrital 2025, realizado na Unidade-Escola de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (Eape). Vivência diferente O diretor do Centro Educacional (CED) Taquara, Valdir Almeida Nobre, relatou que as vivências das escolas de regiões rurais são diferentes das urbanas, pois a comunidade é muito próxima e mais participativa. Um bom exemplo é o fato de que parte da merenda escolar vem da cooperativa dos produtores locais. Gestores se reuniram no Centro Educacional Taquara para celebrar o Dia do Campo Segundo ele, um dia para celebrar o campo foi pensado justamente para dar visibilidade às necessidades, às variedades e às particularidades que acontecem em uma escola do campo. “A ideia é mostrar aos professores as possibilidades de se trabalhar as vivências do campo com os alunos. Então, hoje é como se fosse um dia temático, voltado para a capacitação dos docentes, para que ampliem seus horizontes e possam repassar os aprendizados ao estudantes.” O evento contou com a presença de gestores e professores de 22 escolas do campo de Planaltina. A abertura foi conduzida pelo coordenador intermediário da Educação do Campo da Unieb Planaltina, Samuel Dailson, com a participação do diretor do CED Taquara, Valdir Almeida Nobre, da titular da Coordenação Regional de Ensino de Planaltina, Raíssa Matos Monteiro e da coordenadora da Regional de Ensino de Brazlândia, Neuseli Rodrigues. Diversas oficinas foram ofertadas para os professores e gestores que trabalham nas escolas do campo Oficinas oportunizam interação entre escolas do campo Uma das gestoras participantes, a vice-diretora do Centro Educacional (CED) Águas do Cerrado, em Planaltina, Miriam dos Santos Lemos, falou sobre as expectativas para o encontro. Ela informou que as escolas do campo se reúnem anualmente para compartilhar experiências de suas respectivas unidades escolares. “É um momento em que a gente pode conhecer a realidade de cada unidade. Esse formato de oficinas permite que a gente consiga interagir, participar com mais agilidade e tenha mais interesse em dividir nossas experiências pedagógicas do dia a dia”. Sobre os aprendizados em edições anteriores, Miriam ressalta que o mais importante deles foi a valorização da produção e da cultura da comunidade. “Fortalecemos o vínculo escola-comunidade, trazendo-a para a escola, fazendo com que essa parceria comunidade-escola esteja sempre alcançando o maior número possível de estudantes dentro da escola.” *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)
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Professores das escolas do campo do Gama discutem desafios das unidades
Nesta quarta-feira (17), data em que é celebrado o Dia do Campo, os professores das sete escolas do campo da Coordenação Regional de Ensino (CRE) do Gama se reuniram em uma programação especial dedicada ao assunto. O evento, realizado no Centro Educacional Casa Grande, teve como objetivo discutir as dificuldades enfrentadas por cada uma das unidades escolares e abordar particularidades para fortalecer a educação do campo no Distrito Federal. Durante toda a programação, os servidores tiveram a oportunidade de participar de palestras, debates e oficinas, abordando temas como prevenção de violência doméstica e a construção de uma educação antirracista. Atividades foram realizadas em diferentes escolas do campo da rede pública de ensino do DF | Fotos: Felipe de Noronha/SEE-DF A professora Patricia Aguiar Pontes, do ensino fundamental do CED Casa Grande, colaborou com a oficina Pensando e Vivenciando a Psicomotricidade no Chão da Escola. “A iniciativa foi muito bacana, principalmente por tratar a educação do campo, que muitas vezes não recebe o devido destaque. Essa luta pelo direito, igualdade, é indispensável”, afirma. A oficina propôs reflexões sobre o brincar e o lúdico, visando trabalhar o movimento e a educação desde o nascimento da criança. Para Patricia, essa abordagem integral da educação é fundamental para o desenvolvimento dos estudantes, especialmente em contextos rurais. Dia do Campo O Dia do Campo foi instituído pela Portaria nº 419/2018 da Secretaria de Educação do Distrito Federal como uma forma de fortalecer a educação do campo, que se tornou modalidade específica de ensino em 1998. Esta modalidade é centrada em princípios e procedimentos pedagógicos voltados para a população do campo em suas variadas formas de produção da vida. O Dia do Campo foi instituído em lembrança ao massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, em 1996 A data escolhida, 17 de abril, é simbólica por fazer alusão ao massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, em 1996, um marco histórico na luta camponesa. Durante este dia e ao longo de todo o mês de abril, as escolas do campo se reúnem para trocar experiências, promover ações com as comunidades, realizar momentos formativos, levantar diagnósticos, demandas e necessidades das unidades escolares das regiões rurais do DF. Marcelo Capucci, vice-diretor do CED Casa Grande, ressaltou a importância do Dia do Campo. “É um dia de lutas, reflexões sobre a nossa prática e a necessidade de independência das escolas do campo, desde a merenda até a evasão dos alunos”, comentou. Capucci também enfatizou a importância de eleger anualmente uma nova escola para ser o espaço de discussão das dificuldades de cada uma delas. “Sempre ressaltamos a questão logística que envolve as sete escolas e a necessidade de reuniões com gestores e formações continuadas para alcançar um discurso unificado entre elas”, explica. Escolas rurais No Distrito Federal, as escolas do campo desempenham um papel vital na educação, com um total de 83 instituições que atendem a mais de 22 mil estudantes. Essas escolas, distribuídas em 10 coordenações regionais de ensino, contam com o comprometimento de 2.471 professores dedicados a fornecer uma educação de qualidade aos alunos das áreas rurais. Na CRE do Gama, são 2.116 estudantes matriculados nas sete escolas do campo da regional. O CED Casa Grande, por exemplo, conta com 500 estudantes matriculados em sete segmentos diferentes, desde a educação infantil até a educação de jovens e adultos, além de oferecer ensino especial. *Com informações da Secretaria de Educação
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