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Elefante Branco

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Aluno da rede pública do DF leva paixão pela arte para o Reino Unido

Apaixonado por música e teatro musical, o brasiliense Hugo Teixeira Gaudino, de 17 anos, foi um dos 102 alunos selecionados para o programa de intercâmbio da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), o Pontes para o Mundo. Morador do Riacho Fundo e estudante do Centro de Ensino Médio (CEM) Elefante Branco, na Asa Sul, ele agora vive em Royal Leamington Spa, no Reino Unido, onde concilia a rotina escolar com a descoberta de uma nova cultura. O intercambista Hugo Teixeira encantou-se com o espaço do college Royal Leamington: “Eu não sabia que havia um setor de moda aqui” | Foto: Jotta Casttro/SEEDF Hugo conta que, desde a infância, sempre esteve cercado de referências culturais em casa, o que facilitou a sua aprendizagem na escola e no inglês. “Sempre gostei de arte, de escutar música e de ir a peças teatrais. Acho que tive muito contato com o inglês nessa parte da arte mesmo, o que facilitou muito o meu aprendizado”, lembra o estudante. A música, aliás, entrou cedo na vida de Hugo. “Eu escutava música celta com a minha mãe, e isso foi me marcando. Acho que não teria passado nesse programa sem essa ligação com o teatro musical e com a arte”, relembra. Entre os favoritos, estão clássicos como Os Miseráveis e o recente Scarlett Pimpernel. Mas o gosto é variado: “Sou muito eclético, ouço de Joelma a heavy metal, pagode ou música pop, sem nenhum problema”. [LEIA_TAMBEM]Em Royal Leamington Spa, cidade inglesa onde está hospedado, Hugo já percebeu as diferenças culturais. “No Brasil, as pessoas são mais acaloradas. Aqui, são muito reservadas. Fui a um festival de comida e, mesmo em um grupo enorme, todos falavam baixo. Ainda estou me adaptando, mas estou animado para conhecer novas pessoas”, relata. O estudante encantou-se também com o espaço do college no qual vai estudar por três meses. “Eu não sabia que havia um setor de moda aqui. Fiquei encantado com as peças que os alunos criaram. Elas são fantásticas, e quero muito participar disso”, revela. Para o coordenador do programa Pontes para o Mundo, David Nogueira, a vivência no Reino Unido é um divisor de águas para os estudantes. “Estamos em Royal Leamington Spa, em uma instituição com cinco campi, que une educação profissional e superior. Os alunos têm acesso a oficinas, laboratórios e a uma estrutura de ponta. Eles estão muito empolgados, e temos certeza de que será uma oportunidade de crescimento e aprendizado para todos”, afirma. *Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)

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Gustavo Chauvet, história viva do Plano Piloto

[Numeralha titulo_grande=”31″ texto=”dias para os 60 anos de Brasília” esquerda_direita_centro=”centro”] Em homenagem à capital federal, formada por gente de todos os cantos, a Agência Brasília está publicando, diariamente, até 21 de abril, depoimentos de pessoas que declaram seu amor à cidade.   Gustavo Chauvet morou em muitos lugares do “avião” e curtiu a vida nesses locais. Quer saber algo sobre Brasília? É só perguntar para ele. Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília   “Meus pais se mudaram do Rio de Janeiro, para Brasília em 1961. Minha mãe era professora de artes na Escola Parque da 307/308 Sul. Meu pai era professor de inglês, no Centro de Ensino Médio Elefante Branco, hoje localizado na 908 Sul. Nasci em janeiro de 1963, na cidade de Niterói (RJ), interrompendo as férias dos meus pais. Com 15 dias, voltei com eles para Brasília, a bordo do automóvel DKW/Vemag. Vivi até os 11 anos na 406 Norte, com muitas boas lembranças. Estudava na Escola Classe 305 Sul, e todos os dias, à tarde, “descíamos para brincar embaixo do bloco”. Sim, a maior parte das crianças e adolescentes brincava debaixo dos blocos e nos arredores, de pique-pega, pique-esconde, de finca, de bolinha de gude, de bete, de futebol, de queimada etc… E, às vezes, aos sábados e domingos, saíamos em pequenas expedições para conhecer o cerrado, comer cajuzinho, pitanga, tomar banho e brincar com argila no riacho da 413/414 Norte, muito antes da criação do Parque Olhos d’Água, na década de 1990. [Olho texto=”A maior parte das quadras ainda não tinha nenhum bloco de alvenaria construído, nem comercial, nem residencial. Aqui e ali, apenas algumas farmácias e mercearias, de madeira. Algumas vias ainda eram de terra. Por esse motivo, esta região do Plano era chamada de ‘Asa Morte’.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A maior parte das quadras ainda não tinha nenhum bloco de alvenaria construído, nem comercial, nem residencial. Aqui e ali, apenas algumas farmácias e mercearias, de madeira. Algumas vias ainda eram de terra. Por esse motivo, esta região do Plano era chamada de “Asa Morte”. A partir de 1974, passamos a morar na 309 Sul. Terminei o ensino fundamental nas escolas da 107 Sul, da 106 Sul e no Ginásio do Setor Oeste. Tenho ótimas lembranças dessas escolas, inclusive, quando estudei na Escola Parque, todas as tardes, com aulas de educação física, música, teatro, artes industriais, Práticas Integradas do Lar. Até hoje, faço a barra das minhas calças e prego meus botões, seguindo o que aprendi nessa disciplina. Que saudade do tempo em que a educação era pública, gratuita e de qualidade! E a liberdade de poder ir para a escola e voltar para casa a pé, sem nenhuma preocupação, passando pela Pizzaria Dom Bosco na 107 Sul, ou na primeira banquinha de jornais e revistas do Plano, na 108 Sul ou pela Igrejinha da 307/308 Sul. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”] Aos domingos, a família toda frequentava o Clube Unidade de Vizinhança, entre as quadras 108/109 Sul. E depois, almoçávamos no Roma, na 511 Sul, ou no Xique Xique, na 107 Sul. Mais tarde, no final dos anos 1970, no ensino médio, e na UnB, no início dos anos 1980, fui descobrindo que sensação de liberdade que sentia era restrita, pois não havia a participação popular nos processos decisórios do país. São muitas lembranças, desta Brasília em Construção, que previa ser inclusiva, mas que não possibilitou, com o passar dos anos, que todas as pessoas que para cá vieram, com esperança de um futuro melhor, pudessem viver nas diversas regiões de Brasília, como os mesmo direitos, serviços e equipamentos públicos do Plano Piloto.” Gustavo Chauvet, 56 anos, escritor e pesquisador sobre a História Ambiental de Brasília, mora no Park Way Depoimento concedido ao jornalista Lúcio Flávio

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