Novo acordo de cooperação favorece pesquisas na agropecuária
A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) e a Universidade de Brasília (UnB) formalizaram, nesta quinta-feira (4), um acordo de cooperação para fortalecer a inovação agropecuária no Distrito Federal e Entorno. A parceria integra o Parque Científico e Tecnológico da UnB e visa a estabelecer linhas de ação conjuntas para impulsionar pesquisa, modernização do campo, desenvolvimento de tecnologias e iniciativas voltadas à agricultura familiar. A reitora da UnB, Rozana Reigota Naves, entre o vice-presidente da FAPDF, Paulo Freitas Nunes; o presidente da Emater-DF, Cleison Duval; e o diretor do Parque Científico e Tecnológico da UnB, Renato Alves Borges: “Iniciativas como esta têm o potencial de reacender o desejo de construir um futuro melhor, pois aproximam a universidade de oportunidades reais de transformação” | Foto: Divulgação/Emater-DF O acordo reflete a união entre a expertise acadêmica e os conhecimentos práticos da extensão rural. A UnB, reconhecida também pela produção e formação científica, e a Emater-DF, com ampla capilaridade nas comunidades rurais, passam agora a compartilhar tecnologias, infraestrutura, dados, recursos humanos e projetos estratégicos na área de inovação agropecuária. “Esse acordo abre portas para desenvolvermos tecnologias, validarmos pesquisas, criarmos startups e buscarmos soluções para demandas que chegam todos os dias do campo” Cleison Duval, presidente da Emater-DF O acordo prevê uma incubadora de startups agtechs, eventos voltados ao ecossistema de inovação e o desenvolvimento de pesquisas aplicadas, com foco na transferência de tecnologia, automação, sustentabilidade e empreendedorismo rural. iniciativa também reforça a importância da pesquisa integrada com a prática no campo, especialmente em temas como automação, monitoramento de solo, manejo sustentável e processos de agregação de valor aos produtos. Busca de soluções [LEIA_TAMBEM]“O produtor precisa de soluções práticas, e muitas delas já existem dentro da universidade; só precisamos aproximar esses mundos”, ressaltou o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. “Esse acordo abre portas para desenvolvermos tecnologias, validarmos pesquisas, criarmos startups e buscarmos soluções para demandas que chegam todos os dias do campo. A Emater-DF já atua com pesquisa aplicada e validação de variedades da Embrapa, e agora teremos ainda mais condições de expandir esse trabalho.” Durante o evento de formalização do acordo, a reitora da UnB, Rozana Reigota Naves, lembrou que a parceria representa uma oportunidade concreta de aproximar inovação, pesquisa e formação profissional. “Vivemos uma queda preocupante na procura por vagas no ensino superior, um fenômeno nacional”, apontou. “Parte disso decorre da falta de perspectiva dos jovens. Iniciativas como esta têm o potencial de reacender o desejo de construir um futuro melhor, pois aproximam a universidade de oportunidades reais de transformação”. Durante a solenidade, além de técnicos da Emater-DF, professores da UnB e representantes do Governo do Distrito Federal (GDF) e parlamentares, estiveram presentes o vice-presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) Paulo Freitas Nunes, e o diretor do Parque Científico e Tecnológico da UnB, Renato Alves Borges. *Com informações da Emater-DF
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Com apoio da FAPDF, pesquisadora destaca avanços em bioinsumos no DF
A Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) tem desempenhado papel essencial na consolidação do Distrito Federal como referência nacional em ciência, tecnologia e inovação — e na trajetória de pesquisadoras como Rose Monnerat, que há 35 anos se dedica à pesquisa científica e se tornou um dos grandes nomes do país na área de bioinsumos. Bióloga, doutora em Agronomia e pós-doutora em bioquímica e biologia molecular, Rose representa uma geração de cientistas que transformou conhecimento em soluções sustentáveis para a agricultura e o meio ambiente. “A FAPDF tem papel essencial nesse processo. Ela financia pesquisas há muitos anos e, com a estrutura atual, criou mecanismos muito eficientes para aproximar a ciência da sociedade”, ressalta. Ao longo da carreira, a pesquisadora participou da criação de coleções microbianas pioneiras e do desenvolvimento de produtos biológicos inovadores, sempre com o mesmo propósito: fazer da ciência uma ferramenta de transformação social e ambiental. Da curiosidade infantil à liderança em bioinsumos Rose Monnerat se dedica à pesquisa científica há 35 anos e se tornou um dos grandes nomes do país na área de bioinsumos | Fotos: Divulgação/FAPDF Desde o início da carreira, Rose foi movida pela curiosidade científica e pela busca por soluções sustentáveis. Na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), iniciou pesquisas com bactérias capazes de controlar insetos vetores de doenças, como as larvas do mosquito Aedes aegypti — transmissor da dengue, zika e chikungunya — e, mais tarde, ampliou o escopo para microrganismos que combatem doenças de plantas e estimulam seu crescimento. [LEIA_TAMBEM]Entre os destaques de sua trajetória está o desenvolvimento de formulações baseadas em Bacillus thuringiensis var. israelensis (ou simplesmente Bti), uma bactéria cujas toxinas agem de forma combinada — ou sinérgica — e altamente específica contra larvas de mosquitos. Essa especificidade é uma das principais vantagens do controle biológico: ele elimina o alvo sem afetar organismos benéficos, preservando o equilíbrio ecológico. “Quando você usa um produto químico para matar uma praga, muitas vezes elimina também os inimigos naturais”, explica. “O controle biológico tem como principal vantagem a especificidade.” Apesar da eficácia e do uso consolidado do Bti em outros países, Rose destaca que o Brasil ainda enfrenta desafios para adotar amplamente esse tipo de tecnologia, seja por questões de custo, seja por barreiras culturais e regulatórias. Mesmo assim, ela acredita que o cenário está mudando, com agricultores e instituições mais conscientes da importância de soluções sustentáveis. Coleções microbianas: patrimônio que vira produto Ao longo de sua carreira, Rose participou da criação e curadoria de uma das maiores coleções de microrganismos do país, que reúne cerca de três mil amostras coletadas desde o final dos anos 1980 em diferentes biomas brasileiros. Todas foram caracterizadas e preservadas para uso em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos. Esse acervo serviu de base para mais de 30 bioinsumos já disponíveis no mercado, comprovando o potencial econômico e ambiental da biodiversidade brasileira. O laboratório coordenado por Rose foi o primeiro da Embrapa a obter a certificação ISO/IEC 17025, norma internacional que comprova a competência técnica de laboratórios de ensaio e calibração. Rose também acompanhou de perto o fortalecimento do ecossistema científico do Distrito Federal — especialmente com o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) “Foi uma grande honra receber o Prêmio Johanna Döbereiner”, lembra Rose, referindo-se à distinção concedida a curadores de coleções microbianas no Brasil. “É emocionante saber que elas podem dar origem a milhares de produtos que contribuem para uma agricultura mais equilibrada e sustentável.” Além do reconhecimento, Rose destaca o cuidado logístico e ético no armazenamento do material genético: cada amostra é duplicada e guardada em locais distintos, garantindo segurança em caso de incidentes. “É um patrimônio nacional que precisa ser protegido”, afirma. Distrito Federal como polo de bioinsumos: ciência, políticas e futuro Durante sua trajetória, Rose também acompanhou de perto o fortalecimento do ecossistema científico do Distrito Federal — especialmente com o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), que tem fomentado projetos em áreas estratégicas como biotecnologia, sustentabilidade e bioinsumos. Segundo ela, o fomento da Fundação foi decisivo para a continuidade de diversas linhas de pesquisa e para o avanço de tecnologias desenvolvidas na Embrapa e em universidades locais. "O trabalho da FAPDF tem sido determinante para que o Distrito Federal se destaque em inovação. É graças a esse fomento que conseguimos desenvolver tecnologias que nascem nos laboratórios e ganham o campo" Rose Monnerat, pesquisadora A pesquisadora acredita que o Distrito Federal reúne condições únicas para se tornar um polo de bioinsumos no Brasil. A região possui agricultura forte, centros da Embrapa dedicados ao tema, universidades ativas — como a Universidade de Brasília (UnB) e a Universidade Católica de Brasília (UCB) — e um ambiente propício à inovação científica e tecnológica. Nesse contexto, a FAPDF se destaca como articuladora de esforços e garantidora da continuidade de políticas públicas voltadas à ciência e tecnologia. “O trabalho da FAPDF tem sido determinante para que o Distrito Federal se destaque em inovação. É graças a esse fomento que conseguimos desenvolver tecnologias que nascem nos laboratórios e ganham o campo.” Para o diretor-presidente da FAPDF, Leonardo Reisman, a trajetória de pesquisadoras como Rose Monnerat evidencia o papel transformador do fomento público. “O conhecimento científico só cumpre seu papel quando chega à sociedade. Casos como o da professora Rose mostram que o apoio da FAPDF gera resultados concretos, fortalece a inovação e valoriza o talento dos pesquisadores do Distrito Federal”, destacou. Ela lembra que o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) tem fortalecido o Programa Nacional de Bioinsumos, e que o Brasil já ocupa posição de liderança mundial no uso de produtos biológicos no campo — avanço que só é possível com o apoio contínuo de instituições de fomento como a FAPDF.“Vejo com muito otimismo esse movimento. A legislação está avançando, a demanda cresce e o Brasil já ocupa posição de liderança mundial. O DF tem tudo para ser uma referência, com ciência, produtores e instituições comprometidas com a sustentabilidade”, avalia. *Com informações da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal
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Abertura da 25ª Semana do Pimentão celebra importância do cooperativismo rural
O Núcleo Rural Taquara, em Planaltina-DF, abriu, nessa terça-feira (9), a 25ª Semana do Pimentão, reunindo aproximadamente 110 produtores rurais, técnicos, autoridades e parceiros. Mais do que celebrar uma das culturas mais importantes da região, o evento marca também os 25 anos da Cooperativa da Agricultura Familiar da Taquara (Cootaquara), símbolo da união e da força produtiva da comunidade, que já recebeu dezenas de comitivas estrangeiras para conhecer o modelo de cooperativismo rural. A solenidade de abertura destacou a trajetória da cooperativa e contou com homenagens a lideranças locais, produtores e técnicos que contribuíram para o desenvolvimento da região. Entre os homenageados, estavam o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, o coordenador de Operações da empresa, Fabiano Ibraim, e os técnicos Carlos Antônio Banci e Sebastião Márcio, reconhecidos pelo empenho junto à cooperativa. Também receberam homenagens, pela Secretaria de Agricultura, Abastecimento Rural e Desenvolvimento (Seagri-DF), o secretário Rafael Bueno e o assessor de Gestão de Fundos José Guerra, além de representantes do Sescoop e da comunidade local. Solenidade marcou a abertura da 25ª Semana do Pimentão | Fotos: Divulgação/Emater-DF Durante o evento, foi assinado um acordo de cooperação entre a Emater-DF e a Cootaquara, que transformará a Chácara 39 em um campo experimental de pesquisa aplicada. O presidente da Emater-DF explicou que o projeto terá início com o plantio de mandioca e será também um local para produção de mudas e validação de novas variedades. “É o início de um trabalho que pode transformar ainda mais a comunidade e a agricultura do Distrito Federal como um todo”, destacou Duval. Ele ressaltou que durante a semana os produtores terão acesso a diversas informações sobre inovação. No primeiro dia de programação, foi promovida uma palestra sobre manejo de doenças e nematóides na cultura do pimentão e uma atração cultural com apresentação de um mágico e um palhaço. A Semana do Pimentão da Taquara é uma realização da Cootaquara e da Emater-DF com apoio da Embrapa, Seagri-DF, Administração de Planaltina e parceiros. Para o presidente da Cootaquara, Maurício Rezende, celebrar os 25 anos da cooperativa é reconhecer o esforço coletivo que transformou a região em referência. “Essa trajetória é marcada por desafios superados graças à união dos produtores e à parceria com instituições públicas e privadas. O futuro da cooperativa depende dessa mesma colaboração”, afirmou. A 25ª Semana do Pimentão segue até domingo (14), com várias atividades Protagonismo O presidente da Emater-DF ressaltou a importância histórica da Cootaquara e a contribuição da comunidade da Taquara para o desenvolvimento agrícola do Distrito Federal. Ele lembrou que a região, com cerca de 400 propriedades, possui uma produção diversificada que vai dos grãos à pecuária, passando pela fruticultura, floricultura e hortaliças, movimentando cerca de R$ 500 milhões em Valor Bruto de Produção (VBP). “Essa celebração também é da força do cooperativismo e o protagonismo da agricultura da Taquara, que se tornou referência dentro e fora do país”, pontuou. O secretário de Agricultura, Rafael Bueno, destacou as ações do GDF para fortalecer o setor rural de Planaltina e de todo o Distrito Federal, como o projeto de construção do galpão de Planaltina, a recuperação de estradas rurais e a construção de reservatórios de água em parceria com a Emater-DF. “O compromisso do governo é garantir melhores condições de produção e de vida para os agricultores. Planaltina tem recebido investimentos importantes, que vão fortalecer ainda mais o trabalho dos produtores locais”, disse. A gerente do escritório da Emater-DF na Taquara, Muriel Guedes, ressaltou que a Semana do Pimentão é também um espaço de integração da comunidade: “É uma semana inteira de oportunidades, com palestras, torneios,shows e atividades para todas as idades. É o momento de aprender, trocar experiências e também de celebrar”. “Essa celebração também é da força do cooperativismo e o protagonismo da agricultura da Taquara, que se tornou referência dentro e fora do país" Cleison Duval, presidente da Emater-DF O deputado Pepa valorizou a trajetória da Festa do Pimentão e a importância da agricultura para o desenvolvimento regional. Ele lembrou que acompanha a comunidade da Taquara há muitos anos e destacou o papel dos produtores rurais na geração de renda e na manutenção da tradição agrícola do DF. O administrador de Planaltina, Wesley Fonseca, também esteve presente. A prefeita comunitária da Taquara, Jane Batista, afirmou que a união e o espírito cooperativista são marcas da trajetória da Cootaquara e da Festa do Pimentão. Ela agradeceu o apoio das instituições parceiras: “Celebrar 25 anos da Cootaquara é reconhecer a força da comunidade e o valor do cooperativismo para transformar vidas e fortalecer a agricultura da nossa região”. Com programação até sábado (14), a 25ª Semana do Pimentão vai oferecer palestras técnicas, oficinas de culinária e artesanato, mostra agrícola, cavalgada, torneio de futebol, shows musicais e o tradicional concurso de receitas com pimentão, valorizando a cultura local e reforçando o'papel do cooperativismo para o desenvolvimento regional. 25ª Semana do Pimentão da Taquara Local: Núcleo Rural Taquara – Planaltina-DF Data: até domingo (14) Programação: palestras técnicas, oficinas de culinária e artesanato, mostra agrícola, concurso de receitas, atividades culturais, cavalgada, torneio de futebol e shows musicais. *Com informações da Emater-DF
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FAPDF Talks discute inovação tecnológica e propriedade intelectual
A Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) promoveu, nessa segunda-feira (8), no Sebrae Lab – Biotic, a 2ª edição do FAPDF Talks, que teve como tema os núcleos de inovação tecnológica (NITs) e a propriedade intelectual. A iniciativa buscou aproximar gestores, pesquisadores e representantes do setor produtivo em um debate sobre os avanços e desafios da inovação no Distrito Federal. A abertura foi conduzida pela superintendente de Ciência, Tecnologia e Inovação da FAPDF, Renata Vianna, que ressaltou o caráter estratégico do encontro. “O FAPDF Talks é uma oportunidade de compartilhar desafios e casos de sucesso na gestão da inovação, na transferência de tecnologia e na proteção das criações desenvolvidas no Distrito Federal”, afirmou. Renata também destacou que, apesar do contingenciamento orçamentário, a FAPDF mantém o compromisso de executar cerca de R$ 100 milhões anuais em fomento à pesquisa e inovação, garantindo a publicação de editais estratégicos para o desenvolvimento científico e tecnológico da região. Renata Vianna, superintendente de Ciência, Tecnologia e Inovação da FAPDF, ressaltou a importância da gestão da inovação e da transferência de tecnologia no Distrito Federal | Fotos: Divulgação/FAPDF Troca de experiências Entre os especialistas presentes, estiveram Lívia Pereira de Araújo e Guilherme Martins Gelfuso, do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília (CDT/UnB); Rossana Balestra Choze, da Universidade Católica de Brasília (UCB); Paula Ribeiro e Janaína Tomazoni, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); além de Paulo Palhares, do Escritório Carvalho Dantas, Lélis e Palhares Advogados. A representante da UCB, Rossana Balestra, compartilhou experiências sobre a importância de traduzir o conhecimento acadêmico para a linguagem do mercado, destacando a necessidade de aproximação entre universidades e setor produtivo. “O desafio é mostrar não apenas o que temos, mas por que nossas pesquisas e tecnologias são relevantes para empresas e para a sociedade”, ressaltou. A UnB apresentou casos emblemáticos de transferência de tecnologia, como a primeira patente licenciada em 1998 e a trajetória da spin-off Protek, que hoje expande sua atuação para o mercado europeu. De 1998 a 2024, a universidade contabilizou mais de 200 processos de transferência, que resultaram em aproximadamente R$ 1,4 bilhão em faturamento líquido para empresas parceiras e R$ 90 milhões em royalties para a instituição. Representando a Embrapa, Paula Ribeiro abordou a evolução da política de inovação da empresa pública, especialmente após o marco legal de Ciência, Tecnologia e Inovação. “A formalização trazida pelo marco legal foi um divisor de águas. Hoje buscamos desmistificar o uso da propriedade intelectual e mostrar que ela também é fundamental em soluções com finalidade social e em políticas públicas”, explicou. O público também participou ativamente da 2ª edição do FAPDF Talks, trazendo contribuições e perguntas que enriqueceram o debate Já a supervisora de Propriedade Intelectual da Embrapa, Janaína Tomazoni, detalhou como a instituição estruturou seu portfólio de proteção ao longo dos anos, fortalecendo a visibilidade internacional e atraindo novas parcerias de pesquisa e desenvolvimento. Encerrando a programação, o advogado Paulo Palhares destacou a importância da gestão estratégica da propriedade intelectual também no setor privado. “A propriedade intelectual é uma ferramenta estratégica. Uma gestão antecipada pode evitar conflitos e assegurar que os inventores tenham o direito de direcionar o uso de suas criações”, afirmou. Além da troca de ideias e do diálogo promovido durante o evento, o encontro foi encerrado com um coffee break, que favoreceu o networking e a integração entre pesquisadores, gestores, advogados e representantes de diversas instituições. *Com informações da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal
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FestFlor Brasil conta com oficinas, exposição e agenda cultural
A 8ª FestFlor Brasil começa nesta quinta-feira (30) e segue até domingo (3/12), na sede da Embrapa. A programação diversificada e repleta de atividades atende não apenas os admiradores de flores e plantas ornamentais, mas também, floricultores, paisagistas, decoradores, cenógrafos e o público em geral. A feira é organizada pela Sempre Eventos, em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), a Secretaria de Turismo (Setur-DF), a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF), a Ceasa-DF e a Embrapa. A programação atende admiradores de flores e plantas ornamentais, floricultores, paisagistas, decoradores, cenógrafos e o público em geral | Foto: Divulgação/ Emater-DF O extensionista rural Emater-DF, Carlos Morais, vai coordenar uma oficina sobre Jardins de Mel sobre a criação de abelhas sem ferrão, seja em propriedades rurais, seja em quintais urbanos. “As abelhas sem ferrão são as maiores polinizadoras de flores e plantas do mundo, transportando o pólen de uma planta para outra. Esse processo faz a fertilização das plantas, ajudando na produção de frutos e sementes. Além disso, elas produzem mel, que tem alto valor agregado”, afirma. Outras oficinas ensinarão o cultivo de orquídeas, cactos, hortas, jardins em vaso, terrários, entre outros temas. Os visitantes poderão também aprender a fazer bonsais, arranjos para casamento e arranjos em geral. FestFlor Brasil 2023 Data: De 30 de novembro a 3 de dezembro, das 11h às 19h Local: sede da Embrapa (pqEB – Av. W3 Norte (Final) S/N) Entrada franca Oficinas [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Quinta (30) 13h – Técnicas de confecção de kokedama Palestrante: Gustavo Gall, arquiteto paisagista 14h30 – Como cultivar orquídeas Palestrante: André Marques, do Orquidário Colorado 16h30 – Minijardins com cactos e suculentas Palestrante: Mônica Rocha, paisagista Sexta (1º/12) 14h – Demonstração da arte de ikebana Palestrantes: Sirlei Oliveira e Lígia Gili, da Ikebana Sogetsu 15h – Bonsai – conhecimentos e cuidados Palestrante: Jô Ribeiro, da Bonsai Jô Ribeiro 17h30 – Arranjos para casamentos intimistas Palestrante: Joaquim dos Santos, da Karisma Flores Sábado (2/12) 11h – Jardins em vasos Palestrante: Layse Ennes, engenheira florestal, e Vitor Santos, arquiteto da Guarambá Paisagismo e Arquitetura 14h – Faça sua horta Palestrante: Mônica Rocha, paisagista 16h – Técnicas de confecção de terrários Palestrante: Cláudio Stuart, da Elemental 17h30 – Arranjos da estação: criando belezas com as flores da nossa terra Palestrante: Higor Lima, florista Domingo (3/12) 11h – Arranjos de flores tropicais Palestrante: Kiko e Márcia, do Rancho Paraná 14h – Arranjos florais de Natal Palestrante: Ane Vogel, designer floral da Tropicalíssima 16h – Cuidados básicos para o cultivo de orquídeas Palestrante: Batista, do Orquidário Batista 17h30 – Jardins de mel Palestrante: Carlos Morais, técnico e especialista em paisagismo e extensionista da Emater-DF *Com informações da Emater-DF
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Dia de Campo da Mandioca BRS 429 leva produtores à AgroBrasília 2023
Organizado pela Emater-DF em parceria com a Embrapa, produtores rurais e visitantes da AgroBrasília 2023 participaram nesta quinta-feira (25) do Dia de Campo da Mandioca. O objetivo foi divulgar a Cultivar BRS 429, desenvolvida pela Embrapa Cerrados, que apresenta alta qualidade e produtividade, se adotadas as Boas Práticas Agrícolas durante o cultivo. Produtor rural da região metropolitana de Goiânia, Divino Malaquias dos Santos visitou pela primeira vez a AgroBrasília e levou, com os três netos, a Mandioca Cultivar BRS 429 para plantar em sua roça | Foto: Divulgação/Emater-DF A atividade aconteceu no espaço da Emater-DF na feira agropecuária e foi dividida em apresentações temáticas: Panorama do cultivo de mandioca de mesa no DF; Cultivar de mandioca BRS 429 – geração, validação e potencial de impacto na cadeia produtiva de mandioca de mesa no DF; Aspectos práticos de tecnologia e manejo de irrigação e o uso de cobertura plástica na produção da mandioca. As palestras foram conduzidas, respectivamente, pelos extensionistas da Emater-DF, Antônio Carlos Santos Mendes e Hélcio Henrique Santos; pelos pesquisadores da Embrapa Cerrados, Fábio Honorato e Jorge Antônio; e pelo extensionista Névio Pereira. [Olho texto=”“A mandioca é uma cultura muito nossa, indígena. Na década de 1970, o rendimento era 15 toneladas por hectare e essa cultivar BRS 429 tem um rendimento de 100 toneladas por hectare. Isso é surpreendente”” assinatura=”Antonio Fernandez, secretário de Agricultura” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O presidente da Emater-DF, Cleison Duval, disse que a mandioca é um produto que possui altos rendimento e produtividade. “A mandioca tem um valor que o mercado reconhece e o produtor pode investir com certeza de colheita e rentabilidade. Essa atividade demonstrou a qualidade da BRS 429 e a competência da tecnologia desenvolvida pela Embrapa Cerrados. A nossa parte é fazer a testagem do produto dentro e fora das propriedades, com o intuito comprobatório para prestarmos aos produtores todo o auxílio para o aproveitamento dessa cultura”. O chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cerrados, Fábio Faleiro, destacou que “o trabalho de pesquisa realizado pela empresa atende, por meio das pesquisas de melhoramento genético, as demandas dos produtores rurais e da extensão rural e que a empresa está de portas abertas”. O secretário de Agricultura do DF, Antonio Fernandez, que também participou do encerramento do Dia de Campo, ressaltou que os produtores rurais são a mola mestra do desenvolvimento deste país. “A mandioca é uma cultura muito nossa, indígena. Na década de 1970, o rendimento era 15 toneladas por hectare e essa cultivar BRS 429 tem um rendimento de 100 toneladas por hectare. Isso é surpreendente”, falou. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O produtor rural da região metropolitana de Goiânia, Divino Malaquias dos Santos, visitou pela primeira vez a AgroBrasília para conhecer os circuitos da Emater-DF e participar do Dia de Campo da Mandioca Cultivar BRS 429 com os três netos. “A palestra foi excelente e estou muito animado com essa qualidade de mandioca. Estou levando para minha roça para plantar e aplicar tudo o que aprendi aqui hoje”, declarou. Mandioca, aipim e macaxeira são os nomes desse alimento tradicional da culinária brasileira. Essa tradição reflete na relação consumo/produção. Somente no Distrito Federal, em 2021, segundo dados da Emater-DF, houve uma produção de 914.174 toneladas por 1.163 produtores numa área plantada de 870,71 hectares (ha), considerando os modos convencional e orgânico. Esses dados apontam para uma produtividade de 18.743 kg/ha no cultivo convencional e 19.305 kg/ha no cultivo orgânico. *Com informações da Emater-DF
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Workshop sobre cultivo de açaí no cerrado reúne produtores locais
A produtora Aida Kanako Ashiuchi Cardoso, que vive em Brasília desde criança, morou durante três anos no Pará, onde viu de perto a cultura da produção e consumo do açaí. Ao voltar à capital federal, na década de 1990, acompanhou seus filhos adolescentes embarcarem na moda do açaí. “Mas o que eles tomavam era uma espécie de mistura. Então, decidi mostrar o verdadeiro açaí, quando comecei a plantação”, conta. Hoje, ela possui 4,5 hectares onde os açaizeiros são cultivados e processados. O açaí demanda muita água para o cultivo, mas ciclo de produção dura o ano todo | Foto: Fabio Sian/Embrapa A chácara de Aida, no Núcleo Rural Boa Vista (região administrativa da Fercal), recebeu na última semana a visita de aproximadamente 50 participantes do 1º Workshop Sobre o Manejo da Cultura do Açaí em Terra Firme na Ride, promovido pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), em parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Embrapa e Emater-DF. A atividade faz parte da Rota da Fruticultura, um projeto do governo federal para aumentar a produção de frutas no Distrito Federal e no Entorno. O instrutor do workshop, o pesquisador João Tomé de Farias Neto, da Embrapa, desenvolveu duas cultivares de açaí selecionadas para terra firme: a BRS pará e a BRS pai d’égua. “São plantas que demandam bastante água, mas conseguem ser produtivas durante o ano todo”, relata a produtora Aída. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A maior dificuldade, no entanto, é o processamento do palmito para o consumo. “São necessários, no mínimo, quatro trabalhadores, em um processo bastante complexo”, detalha a engenheira-agrônoma Clarissa Campos, do escritório da Emater-DF em Sobradinho. “Não temos trabalhadores capacitados na região, e esse é um dos desafios que estamos estudando no âmbito da Rota da Fruticultura”. As variedades de açaí cultivadas na propriedade de Aida começam a produzir frutos depois de quatro ou cinco anos. A sugestão da Embrapa é que os agricultores cultivem o açaí de forma consorciada com outras culturas, aproveitando também a irrigação. É possível plantar, de forma intercalada, ou em consórcio com o açaí, hortaliças, bananeira, mamoeiro, abacaxizeiro, maracujazeiro, mandioca, graviola, milho, feijão, soja, cacau, arroz, trigo, forrageiras, entre outras espécies. *Com informações da Emater-DF
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Investimento de R$ 7,9 mi em crédito beneficia mais de 290 produtores
O apoio em crédito à agricultura familiar tem crescido no Distrito Federal e na Região de Desenvolvimento Integrado do Distrito Federal (Ride). Por meio do Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural (FDR), o GDF concedeu R$ 7,9 milhões a 78 projetos, beneficiando 296 produtores rurais, de 2019 até 2022. O empréstimo tem como objetivo aumentar a produção, a renda e a permanência dos produtores no espaço rural ao financiar projetos de investimento e custeio agropecuários. “O crédito rural é o principal subsídio de produção para a agricultura no Distrito Federal e no Brasil”, ressalta o diretor de Gestão de Fundos da Secretaria de Agricultura (Seagri), José Luiz Guerra. O crescimento do fundo nos últimos anos – que subiu de R$ 1,42 milhão em 2019 para R$ 2,01 milhões em 2022 – se deve ao próprio empréstimo. O capital que retorna dos pagamentos é cedido a novos produtores, formando um ciclo. “A nossa inadimplência é pequena, então a gente consegue ter um controle bom e costuma ter uma arrecadação de até R$ 3 milhões ao ano de pagamento do que foi emprestado”, acrescenta Guerra. Podem ser beneficiados pelo FDR produtores rurais assistidos pela Emater, associações e cooperativas de produtores rurais e empresas rurais | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Além disso, houve uma maior procura pelo FDR devido à permanência da concessão durante o auge da pandemia da covid-19 e à facilidade de acesso ao crédito aos produtores. “Na pandemia, os produtores tiveram problemas na concessão das outras linhas de crédito, mas aqui na Secretaria de Agricultura não paramos”, afirma o diretor. “Os créditos maiores para os produtores exigem a garantia da terra, e muitos deles não têm as escrituras. Esse fundo usa avalista, e o próprio governo avalia o produtor rural”, explica. Benefícios Produtores rurais assistidos pela Emater, associações e cooperativas de produtores rurais e empresas rurais podem ser beneficiados pelo FDR. É necessário elaborar um projeto técnico e apresentar documentos pessoais, fundiários e ambientais. Mais informações sobre o empréstimo podem ser obtidas no site da Seagri. Nos últimos dois anos, o fundo financiou projetos de agroindústria cervejeira e de embutidos, trator, estufas agrícolas, energia fotovoltaica, irrigação, equipamentos de grãos, veículos para transporte, retroescavadeira, implemento agrícola e agrofloresta. A produtora rural Fátima Cabral usou valor concedido pelo FDR para comprar um furgão para fazer a distribuição de cestas de frutas e verduras Fátima Cabral, 63 anos, é responsável, ao lado da família, pela Pé na Terra Agroecologia, que produz frutas, legumes, verduras e hortaliças em uma chácara no Núcleo Rural Pipiripau, em Planaltina. O projeto foi beneficiado pelo FDR de crédito. Com o valor concedido, a família comprou um furgão para fazer a distribuição das cestas vendidas no formato CSA (comunidade que sustenta a agricultura). “Nós fazíamos a entrega com uma Kombi e precisávamos fazer em dois dias da semana, porque não cabia tudo. Agora, a gente realiza apenas na terça-feira a entrega em todos os pontos: 409 Norte, 113 Sul e Funai. Agilizou, porque agora em um dia apenas fazemos tudo”, afirma. Por semana, os produtores costumam levar mais de 45 cestas no veículo. Essa não foi a primeira vez que a família recorreu a um auxílio do governo para incrementar a produção. O filho dela e a nora também participaram do Prospera, da Secretaria de Trabalho (Setrab), para angariar recursos para a implementação de banana na chácara. “Aqui em Brasília estamos muito bem-apoiados pelo governo, com órgãos como a Secretaria de Agricultura, a Emater e a Embrapa”, destaca Fátima.
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A tecnologia no caminho do alimento do campo à mesa
Discutir como a tecnologia pode impulsionar a oferta de alimentos, a procura e a produção no campo. Para levantar a questão, o Parque Tecnológico de Brasília (Biotic) e o portal Metrópoles realizaram, nesta sexta-feira (1º), o Agro Trends: tecnologia para impulsionar o campo e a alimentação. O evento, que ocorreu no auditório do Biotic, contou com a partição de fundadores e CEOs de empresas que têm transformado a indústria alimentícia no país. “Brasília é campeã em diversas produções, como de morango e soja. Muita gente não sabe, mas a capital não é só serviço público, nosso quadrilátero vai muito além disso. No agro, dá um show para o país”, destacou o diretor-presidente do Biotic, Gustavo Dias Henrique. Discurso que foi endossado pelo secretário-executivo de Agricultura, Luciano Mendes: “O DF também é agro, onde se produz muito”. O vice-governador Paco Britto enfatizou que a tecnologia é fundamental para o aumento da produção e a redução dos custos, bem como a oferta de alimentos com qualidade | Foto: Jaqueline Husni/Agência Brasília Mendes, que participou de todas as discussões no evento, enfatizou que o DF passa por um momento de planejamento sobre o espaço rural do DF e que, já constam no Plano de Desenvolvimento Rural, elaborado pela pasta, expectativas para os próximos 20 anos. “Não falamos na ampliação de nenhum metro a mais de desmatamento, mas em aproveitar ao máximo os recursos que temos”, adiantou. “E todo esse plano passa pela tecnologia para produzirmos mais e melhor”, concluiu. No primeiro bate-papo, o tema foi foodtechs. E exemplos de sucesso, como The New, Liv Up e Food to Save falaram como revolucionaram a forma do brasileiro se alimentar. Já no segundo painel, o foco foram as agtechs, com a participação de porta-vozes da Solinftec e AGTech – agrotecnologia. Duas empresas que estão utilizando tecnologia de ponta para ajudar agricultores a vencerem os desafios no campo. Para encerrar o evento, Giuliano Bittencourt, CEO da BeGreen Farm, compartilhou sua história inspiradora e contou como tem conduzido a primeira fazenda urbana e sustentável da América Latina. Vocação e futuro “A nossa vocação, sem dúvida alguma, é a tecnologia. Somos referência na agricultura, temos a empresa mais admirada por muitos países, que é a Embrapa. E o governo trouxe muitos avanços em pautas tecnológicas e também agro, que hoje favorecem tanto o produtor”, lembrou o deputado distrital Rafael Prudente. Presente na solenidade de abertura, o vice-governador Paco Britto enfatizou que a tecnologia é fundamental para o aumento da produção e a redução dos custos, bem como a oferta de alimentos com qualidade. “A Biotic deixou de ser um elefante branco e se transformou em realidade, entrando agora para levar tecnologia ao agro, nas lavouras, no campo, para produzirmos mais, sem desmatamento, melhor e em sintonia com a conservação ambiental.” “O Brasil muito contribui para o abastecimento do mercado mundial, alimentando cerca de 800 milhões de pessoas distribuídos em 190 países. E o DF não fica atrás. O agronegócio no quadradinho mostra sua força ao movimentar R$ 3 bilhões em negócios a cada ano, conforme constatamos, em maio último, durante a realização da Feira Agrobrasília”, finalizou.
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Curso orienta sobre plantas alimentícias não convencionais
Com o objetivo de preparar os técnicos para incentivar o consumo e a produção de Plantas Alimentícias Não Convencionais (Panc) junto aos agricultores, além de prestar assistência técnica desde o cultivo até a comercialização, cerca de 40 extensionistas rurais da Emater-DF participaram de um curso de capacitação sobre o tema, promovido em parceria com a Embrapa Hortaliças. Curso incluiu módulos sobre plantio e tratos culturais, preparo do solo, adubação e formas de propagação, espécies com maior potencial comercial no DF | Fotos: Divulgação/Emater-DF A programação incluiu módulos sobre plantio e tratos culturais, preparo do solo, adubação e formas de propagação, espécies com maior potencial comercial no DF, planejamento de plantio e viabilidade econômica, comercialização e informações ao cliente. As aulas foram ministradas pelo pesquisador da Embrapa Nuno Madeira. Além da parte teórica, os extensionistas fizeram uma visita ao campo da unidade experimental da Embrapa, no Gama. No encerramento, a nutricionista da Emater-DF, Daniele Amaral, apresentou uma degustação de pratos elaborados com Panc, explicando as formas de preparo, importância do consumo dessas plantas e seus benefícios nutricionais. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Para Daniele, é importante resgatar o cultivo e o consumo de Panc, não apenas como forma de agregar valor à produção orgânica, mas para promover a segurança alimentar e nutricional. “É uma questão importante de soberania, de se utilizar plantas que muitas vezes nascem espontaneamente, de fácil manejo, não dependendo de tecnologia de outros países. No curso mostramos que é possível transformar essas plantas em alimentos, favorecendo a segurança alimentar da população”, afirmou. Panc são hortaliças, frutas e leguminosas que se destacam pelo alto valor nutricional e que têm ganhado espaço na culinária Panc são hortaliças, frutas e leguminosas que se destacam pelo alto valor nutricional e que, por isso, têm ganhado espaço na culinária. Elas podem ser encontradas em ambientes urbanos, rurais, quintais. Pelo desconhecimento de suas qualidades, muitas vezes são tratadas como “daninhas” ou “mato”. Mas algumas, por serem naturais de determinados biomas, proliferam com abundância, o que torna seu custo de produção baixo. Em algumas regiões do país, algumas são tradicionalmente usadas na culinária local, como o jambu, no Pará, ou a vinagreira, no Maranhão. No Distrito Federal, as mais comuns encontradas são ora-pro-nobis, bertalha, beldroega, capuchinha, jacatupé, dente-de-leão, serralha, taioba, hibisco, peixinho e azedinha. *Com informações da Emater-DF
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