GDF oficializa parceria com shopping para ampliar ações de prevenção à violência contra mulheres
Foi publicado nesta quinta-feira (22), no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), o Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e o ParkShopping, voltado ao fortalecimento das políticas de prevenção e enfrentamento da violência contra meninas e mulheres. A iniciativa, articulada pelas secretarias de Segurança Pública (SSP-DF), de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) e da Mulher (SMDF), reforça o compromisso com a proteção das mulheres, uma das pautas prioritárias deste governo. O GDF e o ParkShopping firmaram um acordo de prevenção e enfrentamento da violência contra meninas e mulheres | Foto: Divulgação/SSP-DF A parceria integra o projeto Empresa Responsável, Comunidade Mais Segura, da SSP-DF, e está alinhada ao programa Segurança Integral. A partir do ACT, o ParkShopping passa a adotar também o protocolo Por Todas Elas, voltado à capacitação de colaboradores e à implementação de práticas de acolhimento e orientação em casos de violência de gênero. Em março, o shopping recebeu o selo Parceiro da Segurança, concedido a instituições que se comprometem com ações permanentes de prevenção à violência e à criminalidade. A iniciativa é um exemplo de como o setor privado pode colaborar de forma efetiva com as políticas públicas, como afirma o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar: “Este acordo reafirma o compromisso do GDF com a segurança e a igualdade de gênero, e também demonstra a sensibilidade do ParkShopping com essa pauta. Colaboradores já foram capacitados para atuar como multiplicadores na proteção das mulheres na primeira fase, e seguimos firmes nessa parceria”, destaca. [LEIA_TAMBEM]A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, ressaltou o papel transformador da iniciativa privada: “Hoje, o setor privado entende que também tem a responsabilidade de proteger as mulheres. Antigamente, esse tipo de discussão não acontecia em ambientes comerciais, mas, atualmente, percebemos que o marketing com propósito ganha espaço, mostrando que os negócios também devem gerar impacto positivo na sociedade. O protocolo Por Todas Elas é uma ferramenta fundamental nesse caminho, e a Sejus trabalha para preparar as equipes, garantindo que saibam como agir corretamente em situações de risco”. Já a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, reforçou a importância da informação e do apoio direto às mulheres em situação de violência: “Ao reconhecer os sinais da violência e saber onde buscar ajuda, as mulheres se fortalecem e rompem o ciclo de agressão. A parceria permite ampliar esse alcance”. Campanha de prevenção O próximo passo do projeto Empresa Responsável, Comunidade Mais Segura é a realização de uma campanha pública de prevenção à violência doméstica, que será desenvolvida em conjunto com as secretarias envolvidas. A proposta é ampliar o acesso à informação sobre os direitos das mulheres, os canais de denúncia e as formas de apoio disponíveis, utilizando, inclusive, espaços de grande circulação como o próprio ParkShopping. “A violência contra a mulher pode acontecer em qualquer lugar, inclusive em espaços considerados seguros como os shoppings. Por isso, é fundamental reconhecermos que a prevenção precisa estar presente em todos os ambientes da nossa sociedade. Com ações simples, como a capacitação de funcionários para identificar sinais de violência e a implementação de protocolos de acolhimento, podemos transformar esses espaços em verdadeiros pontos de apoio às mulheres”, finaliza a subsecretária de Prevenção à Criminalidade, Regilene Siqueira. *Com informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF)
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Projeto Currículo Lilás busca inserir mulheres vítimas de violência no mercado de trabalho
O enfrentamento à violência contra a mulher passa por pilares como prevenção e repressão. Uma das formas de proteger as vítimas é reduzindo as vulnerabilidades. Com o objetivo de combater uma dessas fragilidades nasceu mais um projeto do Governo do Distrito Federal (GDF). Batizada de Currículo Lilás, a iniciativa estimula mulheres inseridas no programa Viva Flor – que monitora vítimas e permite o acionamento de socorro policial por meio de um dispositivo – a fornecerem os currículos delas para empresas parceiras do GDF. O objetivo é garantir empregabilidade e diminuir a fragilidade econômica. O projeto foi criado pela Subsecretaria de Prevenção à Criminalidade da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), responsável por gerenciar o programa Viva Flor, dispositivo de segurança fornecido a mulheres vítimas de violência para monitoramento e acionamento de socorro policial. O órgão também está à frente do projeto Empresa Responsável Comunidade Mais Segura, que sensibiliza a iniciativa privada a participar de ações de segurança pública. O Currículo Lilás é voltado para as mulheres monitoradas pelo Viva Flor, que são informadas durante a entrada no programa | Foto: Joel Rodrigues/ Agência Brasília “É uma iniciativa recente que foi criada dentro do contexto da Empresa Responsável Mais Segura, que, sob a perspectiva de integralidade, incentiva a sociedade civil – neste caso as empresas da iniciativa privada – a exercer um papel de responsabilidade social com a segurança pública, que não é uma função só do Poder Público”, comenta a subsecretaria de Prevenção à Criminalidade da SSP-DF, Regilene Siqueira. O Currículo Lilás é voltado para as mulheres monitoradas pelo Viva Flor, que são informadas durante a entrada no programa. Segundo o dado mais recente da SSP-DF, 787 vítimas são assistidas pelo dispositivo. “Veio para reduzir a vulnerabilidade e incentivar a mulher a sair do ciclo de violência. Estamos focando nas mulheres que estão no Viva Flor. A partir do momento que ela é incluída no programa, pedimos o currículo dela e, se ela tiver interesse de inserção no mercado de trabalho, oferecemos para as nossas empresas parceiras”, explica Regilene. “A receptividade tem sido muito boa. Porque muitas mulheres que estão no Viva Flor estão em situação de vulnerabilidade por falta de oportunidade de promover o próprio sustento” Regilene Siqueira, subsecretária de Prevenção à Criminalidade Os currículos captados são encaminhados para as empresas que fazem parte do programa Empresa Responsável. Atualmente integram o acordo de cooperação técnica, Uber, Multiplan, Sinduscon, Funn Entretenimento, R2 Produções e Agenciauto. Após a triagem, cabe à empresa fazer a seleção de acordo com as necessidades de trabalho. “A receptividade tem sido muito boa. Porque muitas mulheres que estão no Viva Flor estão em situação de vulnerabilidade por falta de oportunidade de promover o próprio sustento”, comenta Regilene. Por isso, a subsecretária faz um convite para que mais empresas integrem a iniciativa: “O combate à violência contra a mulher não se faz apenas com as forças de segurança. É preciso que a sociedade civil participe ativamente disso. Qualquer empresa privada que tenha disposição para contribuir e ser um parceiro da segurança pública, a SSP está de portas abertas para a parceria e o desenvolvimento do projeto Currículo Lilás”. Para participar, basta entrar em contato pelo canal telefônico (3441-8664), pelo e-mail (coops@ssp.df.gov.br), ou preenchendo o formulário digital. Empregabilidade A autonomia financeira também é o pilar de acordos de cooperação técnica firmados pela Secretaria da Mulher do Distrito Federal (SMDF) com 13 órgãos ligados ao governo federal e aos poderes Judiciário e do Legislativo, que garantem a reserva de 4% a 8% das vagas de emprego formais a vítimas de violência, trans, quilombolas e outras mulheres inseridas em situações de vulnerabilidade, em empresas terceirizadas que prestam serviços às instituições. “Temos diversas ações de capacitação às mulheres do Distrito Federal visando o empreendedorismo e a empregabilidade” Giselle Ferreira, secretária da Mulher Desde o início dos acordos, 105 mulheres já foram beneficiadas com empregos em empresas terceirizadas, além do acompanhamento por equipes multidisciplinares com psicólogo, pedagogo e assistente social. “Temos diversas ações de capacitação às mulheres do Distrito Federal visando o empreendedorismo e a empregabilidade. As ações são planejadas levando em consideração a diversidade de perfis de mulheres e o fomento à autonomia econômica. Superar esses desafios exige um esforço conjunto entre governo, sociedade civil, setor privado e comunidade. O compromisso do GDF é garantir que as políticas públicas sejam efetivas e que os direitos das mulheres sejam respeitados e protegidos. Só assim poderemos construir uma sociedade mais justa, igualitária e livre de violência de gênero”, destaca a secretária da Mulher, Giselle Ferreira.
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