Delegação sul-africana conhece práticas de alimentação saudável na Escola Classe Monjolo
Uma delegação sul-africana visitou, na quarta-feira (19), a Escola Classe (EC) Monjolo, localizada na zona rural de Planaltina, para conhecer como o Programa de Alimentação Escolar do Distrito Federal (PAE/DF) é implementado na prática. A escola, referência em alimentação saudável, apresentou à comitiva o trajeto dos alimentos, desde o plantio até o prato dos estudantes. A unidade destaca-se entre as escolas públicas do DF pelos projetos de alimentação saudável. A EC Monjolo conta com uma horta que fornece frutas como amora, morango e jabuticaba, além de vegetais como alface. Outro destaque é o projeto do álbum de figurinhas alimentares, no qual os estudantes aprendem sobre o valor nutricional dos alimentos e preenchem o álbum conforme são experimentados. O integrante da delegação sul-africana, Mpho Putu, conversa com estudantes da EC Monjolo, de Planaltina | Fotos: André Amendoeira/SEEDF Os visitantes foram recepcionados pela escola com uma variedade de alimentos, incluindo frutas, verduras e hortaliças produzidas por agricultores locais, para mostrar à delegação o que é cultivado na região. A recepção também contou com uma apresentação musical das alunas Yasmin Araújo, de 8 anos, e Ada Maria Oliveira, de 6, que cantaram “Bênçãos que não têm fim”, de Isadora Pompeo. A diretora Vânia Maria Braga se emocionou ao receber os visitantes. “Estamos emocionados em compartilhar com vocês o nosso projeto de alimentação saudável, desenvolvido para promover a saúde e o bem-estar dos nossos estudantes. Queremos agradecer por estarem aqui e por experimentarem um pouco da nossa culinária brasileira, que servimos todos os dias aos nossos alunos.” A nutricionista Juliene Moura, responsável técnica pelo Programa de Alimentação Escolar da Secretaria de Educação do DF, destacou a importância da troca de experiências entre os países. “O DF tem uma excelente parceria com a agricultura familiar, o que facilita uma alimentação mais saudável. Ao receber delegações, também aprendemos sobre práticas adotadas fora do Brasil. Somos uma referência mundial em alimentação escolar, e outras delegações internacionais já nos visitaram”, explicou. Amora, tomate-cereja, banana e abacate fazem parte do cardápio dos alunos Identificando novos sabores Com o objetivo de sensibilizar os alunos a melhorarem a alimentação, a escola propõe formas diversificadas de inserir os alimentos na rotina. A professora Lucilei Martins, docente há 28 anos e responsável por diversos projetos de alimentação saudável, exemplifica como despertar essa curiosidade nos alunos. “O tema da alimentação escolar está integrado de maneira transversal ao currículo da escola, mas muitas vezes a abordagem se limita ao livro didático. Por isso, começamos a explorar outras formas. Há cerca de 15 dias, fiz uma atividade de experimentação: vendava os olhos dos alunos e levava alimentos dos quais eles diziam não gostar. Com isso, trabalhei sobre papilas gustativas e eles passaram a perceber novos sabores”, explica a professora. Referência A Escola Classe Monjolo atende cerca de 100 estudantes e serve duas refeições de manhã e duas de tarde. A coordenadora da Regional de Ensino (CRE) de Planaltina, Raíssa Monteiro, também acompanhou a visita da delegação. “Fico muito feliz de estar aqui, pois a Monjolo é uma escola onde o pedagógico funciona muito bem. É uma escola premiada pelos seus projetos e ter esse reconhecimento é gratificante”. Os visitantes aproveitaram cada momento compartilhado com os estudantes, e alguns alunos até arriscaram o inglês com os estrangeiros. Mpho Putu, integrante da delegação da África do Sul, declarou: “Viemos aprender com o Brasil, pois, assim como aqui, nosso país também tem desigualdades. Lá também temos um bom projeto de nutrição, e o programa nacional alimenta cerca de 9 milhões de crianças todos os dias, mas oferecemos apenas uma refeição por dia”. *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)
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Obras de infraestrutura levam asfalto à comunidade do Núcleo Rural Monjolo, em Planaltina
A comunidade do Núcleo Rural Monjolo, em Planaltina, comemora a chegada do asfalto em um trecho de 800 metros da estrada que dá acesso à Escola Classe (EC) Monjolo – onde são acolhidos 90 estudantes de 6 a 12 anos. Por lá, o programa Caminho das Escolas, coordenado pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), está em fase final de execução e atua para melhorar a qualidade de vida de alunos, professores e moradores que há décadas enfrentam dificuldades no trajeto até o colégio. É mais uma obra do Governo do Distrito Federal (GDF) para garantir infraestrutura educacional e rodoviária à região. Obras da DF-131, que faz conexão com a escola classe receberam investimentos de R$ 17 milhões; resultado será mais segurança para toda a comunidade | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “Há 50 anos a comunidade aguarda esse asfalto” Vânia Maria Braga, vice-diretora da EC Monjolo “Há 50 anos a comunidade aguarda esse asfalto”, conta a vice-diretora da EC Monjolo, Vânia Maria Braga. “Durante as chuvas, os ônibus atolavam, e, na seca, a poeira tomava conta, causando problemas respiratórios nas crianças. Ver essa obra se concretizar é uma conquista que traz muita alegria para todos nós.” Foram feitos investimentos de R$ 1,5 milhão nas obras de pavimentação da estrada, proporcionando um trânsito mais seguro à comunidade. Os serviços de terraplanagem já foram concluídos. Agora, as equipes do departamento trabalham na fase de imprimação — aplicação de material sobre a base da via antes do revestimento asfáltico. “Nas próximas semanas, vamos finalizar a pavimentação asfáltica, seguida da sinalização, drenagem e outros ajustes finais”, explica o chefe do 1º Distrito Rodoviário do DER, Kênio Márcio Avelar. Mais investimentos em mobilidade William Cardoso, ex-aluno da EC Monjolo: “Antigamente, era uma poeira sem fim, mas agora, com o asfalto, a qualidade de vida melhorou muito” Em paralelo, o DER-DF também trabalha na pavimentação da rodovia DF-131, que faz conexão com a Escola Classe Monjolo. Com um investimento de R$ 17 milhões, o revestimento asfáltico da via está sendo feito para dar mais segurança, conforto e qualidade de vida a moradores, agricultores e comunidade escolar da região. Ao todo, os 6,3 km que vão receber o asfalto beneficiarão diretamente 30 mil motoristas que trafegam pela região todos os dias. A via já recebeu os trabalhos de terraplanagem, construção de ciclovia e de passagens de fauna. Já o bueiro improvisado para atravessar o rio que corta a comunidade deu espaço a uma nova ponte de concreto. “Estamos finalizando o encabeçamento da ponte, e em breve daremos início à etapa de sinalização; depois disso, o trânsito para veículos será liberado”, afirma o engenheiro do DER-DF responsável pela obra, Vitor Silva de Barros. Para William Cardoso, 34 anos, profissional de serviços gerais e ex-aluno da EC Monjolo, o impacto dessas obras vai muito além da infraestrutura: “É gratificante ver o que foi conquistado ao longo dos anos. Antigamente, era uma poeira sem fim, mas agora, com o asfalto, a qualidade de vida melhorou muito. E a nova ciclovia será um grande benefício para a comunidade”.
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