UnDF abre vagas para mestrado acadêmico em ciências da saúde
A Universidade do Distrito Federal Professor Jorge Amaury Maia Nunes (UnDF) lançou, nesta terça-feira (23), edital de seleção para o curso de mestrado acadêmico em ciências da saúde, no âmbito do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências da Saúde da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS). Ao todo, foram disponibilizadas 22 vagas distribuídas em duas áreas de concentração: Atenção à Saúde; e Política, Gestão e Educação em Saúde. Confira as linhas de pesquisa. Profissionais com graduação na área da saúde poderão fazer a inscrição on-line no período de 1º a 6 de outubro no site da UnDF. A previsão é de que o resultado final do processo seletivo ocorra em quatro de novembro. O mestrado acadêmico em Ciências da Saúde ESCS/UnDF terá duração mínima de 12 meses e máxima de 30 meses | Foto: Divulgação/UnDF “Além de ampliar as oportunidades de formação de mestres, representa um marco relevante na consolidação do processo de integração da ESCS à UnDF. O zelo com que o processo seletivo vem sendo conduzido reflete, sobretudo, a preocupação da ESCS e da UnDF com a melhoria da qualidade do programa, que se destaca por sua extrema importância acadêmica e social”, destacou a pró-reitora substituta da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Maria Veralice Barroso. Seleção e inscrição Poderão se candidatar portadores de diploma de curso superior de graduação nas áreas da saúde e áreas afins, emitido por instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC). São aceitos tanto bacharelados quanto licenciaturas. Para diplomas estrangeiros, será necessária a revalidação no Brasil. No quadro geral das vagas do processo seletivo, 40% serão destinadas a ações afirmativas: 20% para candidatos autodeclarados pretos e pardos,10% para indígenas e quilombolas e 10% para pessoas com deficiência (PCD) e pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A seleção será dividida em quatro etapas: análise e homologação da inscrição; viabilidade técnica do anteprojeto de pesquisa; avaliação da qualidade do anteprojeto; e análise de pontuação de títulos e produção técnico-científica. "Nossas linhas de pesquisa abrangem estudos epidemiológicos e clínicos em diferentes áreas" Fábio Ferreira Amorim, coordenador do programa de mestrado da UnDF O mestrado acadêmico em Ciências da Saúde ESCS/UnDF terá duração mínima de 12 meses e máxima de 30 meses, com início previsto para novembro de 2025. As atividades serão realizadas na UnDF/ESCS/FEPECS ou em unidades da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), em turnos diurno e noturno. Criado em 2017, o Programa de Mestrado da ESCS/UnDF forma profissionais altamente qualificados para atuar no ensino, na pesquisa e na extensão, sempre em sintonia com as necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS). “Nossas linhas de pesquisa abrangem estudos epidemiológicos e clínicos em diferentes áreas, incluindo os ciclos da vida, a educação de profissionais de saúde, as vulnerabilidades específicas de grupos populacionais, bem como políticas, planejamento, gestão e avaliação de serviços de saúde”, explicou o coordenador do programa, Fábio Ferreira Amorim. Segundo ele, o compromisso é com a excelência acadêmica, a ética, a equidade e a responsabilidade social: “Buscamos formar profissionais e pesquisadores capazes de contribuir para a melhoria da atenção à saúde no Distrito Federal e no Brasil, consolidando o Programa como referência nacional e internacional”. *Com informações da UnDF
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Escs realiza 15ª Semana de Enfermagem com foco na Saúde Planetária
Em comemoração à Semana Brasileira de Enfermagem, a Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs), integrada à Universidade do Distrito Federal (UnDF), realiza a 15ª Semana de Enfermagem. Com o tema “Saúde Planetária: desafios e a atuação crítica da enfermagem”, a abertura do evento ocorreu nesta quarta-feira (14), no auditório da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs), reunindo docentes, discentes, tutores, preceptores, enfermeiros e técnicos de enfermagem. A mesa de abertura contou com representantes da Fepecs, UnDF, Escs, Secretaria de Saúde do DF e Associação Brasileira de Enfermagem (ABEN - seção DF). Durante a cerimônia, a diretora-executiva, Inocência Rocha, destacou que a Semana de Enfermagem “é um momento de celebração, reflexão e, acima de tudo, valorização de uma profissão tão essencial para a saúde e o cuidado com a vida. Temos aqui um espaço de construção coletiva, onde há trocas de experiências e discussão dos desafios e possibilidades da atuação da enfermagem”. Ela também celebrou o desempenho do curso de enfermagem da Escs, que obteve nota máxima no último Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). A mesa de abertura contou com representantes da Fepecs, UnDF, Escs, Secretaria de Saúde do DF e Associação Brasileira de Enfermagem (ABEN - seção DF) | Foto: Divulgação/Fepecs A diretora da Escs, Viviane Peterle reforçou a atualidade do tema escolhido e destacou o impacto na formação dos novos profissionais. Para ela, as informações sobre o assunto “são essenciais para o futuro que nos espera. Parabenizo vocês pela profissão que escolheram. É sobre o outro, mas também é sobre nós, o que nos move, o que nos incentiva, quais os nossos objetivos, onde a gente quer chegar e de onde a gente partiu”, ressaltou. Já a coordenadora do curso de enfermagem da Escs Teresa Morais, definiu como corajoso o chamamento da Aben para a discussão do tema da Saúde Planetária, frente ao atual contexto de múltiplas crises e sempre lembrando a luta histórica dos enfermeiros na construção da profissão. [LEIA_TAMBEM]"Questões de raça, gênero e classe impactam diretamente a vivência de enfermeiros, estudantes de enfermagem e cidadãos em geral, nos âmbitos pessoal, acadêmico e profissional", afirmou. "É fundamental compreender que essas questões nos atravessam profundamente. Não estamos sozinhos — a saída é coletiva", completou. Programação Após a solenidade de abertura, os participantes acompanharam as palestras “Olhar crítico da enfermagem frente às realidade ambientais: desafios e estratégias para um cuidado sustentável e equitativo” e “Conectados e vulneráveis: ODS, juventude e os impactos do mundo digital na saúde planetária”. A programação incluiu também homenagens para docentes, ex-docentes e servidores que contribuíram significativamente para a formação dos novos profissionais, além da transição da gestão do Centro Acadêmico de Enfermagem da Escs e sorteio de brindes. As atividades da 15ª Semana da Enfermagem da Escsiniciaram no último sábado (10), com a participação dos estudantes no Workshop “Afogamento e acidente de mergulho em água rasa”, ministrado por representantes do Grupamento de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), e encerram dia 31 de maio no Dia do Lazer. *Com informações da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs)
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Com nota máxima no Enade, cursos públicos de saúde do DF tornam-se referências nacionais
Em abril deste ano, os resultados alcançados pelos cursos de enfermagem e medicina da Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs) foram divulgados, apontando para uma excelência na educação pública após obterem a nota máxima no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2023. A Escola é mantida pela Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs) e integrada à Universidade do Distrito Federal (UnDF). Aplicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), o Enade é a principal ferramenta para medir a qualidade dos cursos de graduação no Brasil, sendo direcionado aos alunos que estão concluindo a faculdade. O objetivo é avaliar tanto os conhecimentos específicos da área de formação quanto competências gerais, como ética, cidadania e pensamento crítico. Para atuar em sala de aula, os professores da Escs passam por um curso preparatório que visa a adesão da metodologia ativa | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Aprendizado na prática Localizado em Samambaia, o campus do curso de enfermagem conta com 267 alunos e sempre manteve a nota máxima no Enade, desde sua primeira avaliação e formação de turmas em 2013 até as outras edições das quais participou em 2016, 2019 e 2023. A coordenadora do curso, Teresa Christine Pereira Morais, atribui o bom desempenho da unidade a pilares como a metodologia ativa aplicada no curso e o investimento em um corpo docente altamente qualificado. “Na metodologia ativa há o protagonismo do estudante, para que ele possa desenvolver seu estudo individual e discutir com os outros colegas. Além disso, desde o primeiro ano os alunos vão para estágios, então aprendem fazendo. Isso a gente chama de integração em ensino”, explica. Para atuar em sala de aula, os professores da Escs passam por um curso preparatório que visa a adesão da metodologia ativa. “Muitos vêm de experiências em instituições privadas e têm um certo estranhamento quando chegam aqui, mas percebem que isso é benéfico para o estudante e para o curso”, acrescenta a coordenadora. Ela recorda, ainda, que com a criação da Escs - em 2001, com curso de medicina na Asa Norte e seis anos depois com o curso de enfermagem em Samambaia -, foi ofertada uma democratização da profissionalização em saúde. Apaixonada pelo curso, a estudante de enfermagem Ana Beatriz Henriques Melo reforça a importância da acessibilidade que um curso gratuito e de qualidade traz para a trajetória “Alocar um curso superior público e gratuito na periferia possibilita que esses estudantes tenham acesso a outro espaço de formação gratuita e não somente no centro. Isso na primeira década foi visionário, porque possibilitou o acesso dessas pessoas que, até então, só tinham a Universidade de Brasília.” Exemplo de sucesso Formado na instituição pública, o enfermeiro Samuel Gomes, 23, ficou em segundo lugar na Residência 1 em atenção básica, que faz atualmente na FioCruz, e relata que a Escs desempenhou um papel fundamental em prepará-lo para a função: “Foi inovador ter profissionais do SUS [Sistema Único de Saúde] orientando nosso aprendizado. Lá somos formados pelo SUS e para o SUS. Fomos bem-preparados como profissionais dentro da ação do serviço público, e tenho muito orgulho de participar desse processo”. Apaixonada pelo curso, a estudante do 2º ano de enfermagem na Escs, Ana Beatriz Henriques Melo, 22, reforça a importância da acessibilidade que um curso gratuito e de qualidade traz para a trajetória: “Desde o meu primeiro dia na UBS [Unidade Básica de Saúde]já estou amando a experiência. Na prática se absorve muito mais, estar no cenário ao lado do paciente desde o início da graduação faz muita diferença. Se eu não tivesse entrado na Escs, eu provavelmente não teria feito uma faculdade particular, porque a minha família não tem condição de pagar. É muito bom estar ocupando um espaço de educação de excelente qualidade”. Referência em ensino [LEIA_TAMBEM]No caso da medicina, a faculdade alcançou a nota máxima juntamente com a Universidade de Brasília (UnB). Em 2007 teve a nota 5 no Enade; em 2011, nota 4 e também o melhor rendimento entre todos os cursos de medicina do DF. Em 2019, ficou em primeiro lugar entre as faculdades do DF e em 2024 conseguiu a nota 5 do Enade - além de ficar em primeiro lugar no DF, em segundo no Centro-Oeste e, no ranking de mais de 300 cursos, a 17ª no nacional. Os indicadores estão todos disponíveis no site do Inep/MEC. Formada pela Escs em medicina, Luísa Caroline Abreu, 26, atualmente é médica residente de ginecologia obstetrícia no Hospital Regional de Ceilândia. A Escs foi sua primeira escolha e um sonho realizado. “Ficamos bem satisfeitos com o desempenho no Enade, foi bom ver que conseguimos colher frutos e deixamos o nosso melhor para a instituição. Encontrar soluções diante das limitações e desafios que tivemos na formação é algo que, enquanto profissional, me ajuda muito no meu desempenho”, diz. Manutenção dos alunos Vinculada à Universidade do Distrito Federal (UnDF), a Escs oferece diversas bolsas para apoiar seus estudantes dos cursos de medicina e enfermagem. Os benefícios visam a promover a permanência estudantil, incentivar a pesquisa e auxiliar na formação acadêmica. Entre as principais modalidades disponíveis, estão a Bolsa Permanência, destinada a estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, especialmente aqueles que ingressaram por meio do sistema de cotas, para garantir que os alunos possam continuar seus estudos sem interrupções; a Bolsa de Iniciação Científica (PIC), voltada para estudantes interessados em desenvolver atividades de pesquisa científica, proporcionando uma introdução ao método científico e à prática investigativa; e a Bolsa Monitoria, destinada a estudantes que desejam atuar como monitores em disciplinas específicas, auxiliando no processo de ensino-aprendizagem e reforçando seus conhecimentos. Diretora da Escs, a médica Viviane Peterle é docente há mais de 15 anos na instituição da Asa Norte. Ela afirma que a integração com a UNDF potencializou a veia de pesquisa em serviços de saúde e ressalta que as políticas de manutenção do estudante implementadas pelo GDF são fundamentais: “Cumpre o papel social do Estado de oferecer o acesso à educação. É para que todos possam concorrer, acompanhar o processo e garantir que não haja evasão escolar. Quando a aprendizagem é centrada no estudante, ela estimula a autonomia e aproxima o aluno das tomadas de decisão na vida real, além de trazer humanização à saúde”.
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