Estudantes do curso de enfermagem da Escs apresentam projetos de intervenção
O campus de Samambaia da Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs) recebeu, na última semana, a Mostra de Enfermagem dos Projetos de Intervenção (Mepi), realizada por estudantes do curso. O evento foi prestigiado pelas diretoras da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs) e da Escs, além de profissionais e docentes da escola, que fizeram a avaliação dos trabalhos. Realizada anualmente com o objetivo de estimular o pensamento crítico, o trabalho em equipe e a integração com a comunidade, a mostra de projetos também qualifica a formação do futuro enfermeiro e torna o processo de ensino mais completo e significativo. Esse formato foi pensado como um espaço de integração entre ensino, serviço e comunidade, permitindo que os estudantes apresentem os resultados das intervenções desenvolvidas ao longo da prática em saúde. A mostra de projetos também qualifica a formação do futuro enfermeiro e torna o processo de ensino mais completo e significativo | Foto: Divulgação/Fepecs A gerente de educação em saúde da Escs, Patrícia Archanjo Lopes, explica que “o projeto de intervenção realizado durante o curso de graduação em enfermagem é importante porque fortalece o aprendizado prático dos estudantes e aproxima a formação acadêmica da realidade dos serviços em saúde”. Segundo a docente, “a proposta surgiu da necessidade de valorizar os trabalhos realizados no território, compartilhar experiências, promover troca de saberes entre turmas e fortalecer a formação prática”. Escolha de temas e apresentação Os temas escolhidos pelos estudantes refletem demandas reais identificadas durante a vivência prática. Normalmente, eles fazem o levantamento situacional no campo, identificam problemas prioritários e, a partir disso, se debruçam sobre o assunto. Patrícia conta que “a equipe docente atua orientando, ajudando a delimitar o foco, garantindo coerência metodológica e alinhando o projeto às necessidades do serviço”. Ela garante que “há liberdade para a escolha do tema, mas sempre com acompanhamento e direcionamento técnico-pedagógico”. Engajados no projeto, os estudantes aplicam o Arco de Maguerez, seguindo todas as suas etapas: observação da realidade (problema), pontos-chave, teorização, hipótese de solução, aplicação à realidade (prática). Após a primeira etapa, que é justamente de observação da realidade, os estudantes identificam quais são as necessidades reais da equipe e da população atendida. A partir dessa análise, eles definem qual será o foco do projeto de intervenção, o que torna o trabalho mais significativo, tendo em vista que os estudantes conseguem perceber que suas ações têm propósito e respondem a demandas concretas de serviço. A fase de apresentação dos trabalhos foi realizada nos cenários de prática para a equipe e comunidade, e posteriormente, nas salas do campus de Samambaia, preparadas para receber docentes, profissionais e convidados. Os trabalhos foram avaliados seguindo aspectos como domínio conceitual consistente, objetividade e clareza, qualidade da apresentação, ética e respeito, e utilização do tema da apresentação, que teve o prazo máximo de 15 minutos. De acordo com Patrícia, “o evento permite que os docentes avaliem o desenvolvimento dos alunos, a pertinência das ações e o impacto gerado nos contextos em que atuaram”. *Com informações da Fepecs
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Unidade de saúde mental infantil oferece cuidado e transforma vidas
Cerca de 1,2 mil crianças são atendidas por mês no Centro de Orientação Médico-Psicopedagógica (Compp), órgão da Secretaria de Saúde (SES-DF) que, nesta quinta-feira (23), completa 56 anos de história. A unidade oferece atendimento ambulatorial a pacientes de até 11 anos em sofrimento psíquico moderado ou em uso eventual de substâncias psicoativas. Nesta quinta-feira (23), a equipe do Compp comemorou o aniversário de 56 anos da unidade | Foto: Divulgação/Agência Saúde-DF O pequeno Gael, 5 anos, é atendido no local. Ele foi diagnosticado com transtorno do espectro autista (TEA). A mãe, Suellen Brasil, relata que o Compp foi um divisor de águas na vida da família. “Quando eu recebi o diagnóstico de TEA do Gael, fiquei perdida, me senti desamparada, e considero que as sessões do Compp fizeram toda a diferença”, afirma. “Eu me senti mais segura nas tomadas de decisões com o Gael, pois tive a oportunidade de participar de um grupo de apoio. Lá eles fizeram todos os encaminhamentos necessários e sou muito grata por isso e por todo atendimento que recebemos”. A gerente do Compp, Simone Schwartz, ressalta: “Acredito na força desta equipe e reforço que o que sempre nos diferenciou foi a prática interdisciplinar, a escuta cuidadosa e a construção coletiva de soluções para nossas crianças e familiares. O trabalho do Compp é uma prova de que, quando o cuidado é coletivo, a vida pode seguir novos caminhos, com mais afeto, segurança e possibilidades”. [LEIA_TAMBEM]Mais do que um centro de saúde mental, o Compp é um lugar de escuta, acolhimento e construção de possibilidades, onde uma equipe multiprofissional oferece desde atendimentos individuais e grupos terapêuticos até mutirões para elaboração de laudos e realização de exames especializados. A equipe é composta por 38 profissionais de diversas áreas, incluindo pediatras, neuropediatra, psiquiatras infantis, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, terapeuta ocupacional, nutricionistas, fonoaudiólogos, psicólogos e assistente social. Todos trabalham de forma integrada para oferecer um cuidado humanizado e baseado em evidências, atuando como retaguarda essencial à Atenção Primária à Saúde (APS). Formação e conhecimento O Compp também é um importante espaço de formação e conhecimento, recebendo estudantes de medicina, residentes multiprofissionais e estagiários da Escola Superior de Ciências da Saúde do Distrito Federal (Escs). As ações de matriciamento desenvolvidas pelos profissionais fortalecem a rede do Sistema Único de Saúde (SUS) e qualificam o cuidado em saúde mental oferecido às crianças e suas famílias. Hatha yoga, tai chi chuan e meditação estão entre as atividades oferecidas no Compp Ao longo de sua trajetória, o Compp tem levado o nome da SES-DF a eventos científicos nacionais e internacionais, com trabalhos premiados e reconhecidos pela relevância social. Seus profissionais publicam artigos e livros, contribuindo para a produção de conhecimento em saúde mental infantojuvenil, um campo fundamental para o futuro da sociedade. Outro diferencial do serviço são as Práticas Integrativas em Saúde (PIS), como hatha yoga, tai chi chuan e meditação, que promovem o bem-estar, previnem agravos e fortalecem vínculos terapêuticos. Essas atividades refletem a essência do Compp: olhar a criança em sua totalidade, corpo, mente e contexto social, e construir caminhos de cuidado em parceria com suas famílias. Atendimento O acesso ao serviço se dá por meio de regulação feita pela Atenção Primária, quando os usuários preenchem alguns critérios, como apresentar humor deprimido, ansiedade intensa, sofrimento psíquico, entre outros. Após a avaliação e estratificação do risco, os pacientes recebem um plano de cuidado e, uma vez estabilizados, são contrarreferenciados à Atenção Primária para continuidade do acompanhamento. O processo inclui ainda a articulação da rede intersetorial para o cuidado em saúde mental, garantindo uma atenção integral e contínua. *Com informações da Secretaria de Saúde
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