Seminário no DF encerra Curso Alfaletrando em 2024 com práticas de formação continuada
Na manhã desta quinta-feira (21), a Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (Eape) foi palco do Seminário de Encerramento do Curso Alfaletrando, que reuniu educadores para celebrar o percurso formativo de 2024. O curso contemplou a formação de 3.200 professores alfabetizadores e coordenadores pedagógicos, que participaram do programa alinhado ao Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CMCA). O Seminário destacou a relevância do programa na consolidação de políticas públicas voltadas à alfabetização, conforme ressaltou a subsecretária de Educação Básica da Secretaria de Educação do DF (SEEDF), Iêdes Braga. “O Alfaletrando é um programa de muita importância para nós, pois concretiza um alinhamento essencial a uma política pública que tem como foco alfabetizar todas as crianças até o segundo ano do Ensino Fundamental”, explicou Iêdes. Entre os pilares do Alfaletrando, a formação continuada se destaca como eixo estruturante. “A formação é um elemento muito necessário para que essa política se consolide. Por isso, nossos professores, que hoje estão apresentando os resultados do trabalho realizado em 2024, são verdadeiros exemplos da excelência desse eixo na SEEDF”, destacou a subsecretária. Estudantes do 2º ano da Escola Classe 203 do Recanto das Emas abrilhantaram o evento com a apresentação do poema “Tempo de Descobertas” | Foto: Bruno Formiga/SEEDF Formação de professores O Seminário de Encerramento do Curso Alfaletrando representou um momento especial para a Educação Básica do Distrito Federal, conforme destacou Linair Ferreira, diretora da Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (Eape). “Essa é uma linha muito importante, com a apresentação dos trabalhos realizados no curso Alfaletrando, uma política distrital que se consolida por meio da formação de professores”, ressaltou. O evento celebrou o trabalho desenvolvido ao longo do ano, marcado pelo compromisso com a alfabetização dentro das metas previstas pelo Ministério da Educação (MEC). “Com a apresentação desses trabalhos, culminamos uma etapa essencial para o cumprimento do Compromisso Nacional com a Alfabetização”, afirmou Linair. A diretora também reconheceu o esforço coletivo das equipes envolvidas. “Nossos professores, que atendem as regionais, realizam um esforço contínuo para garantir o sucesso dessa formação”, destacou. Compromisso Nacional A Coordenadora-Geral de Alfabetização do MEC, Mônica de Souza, destacou o papel estratégico do programa Alfaletrando no contexto do CMCA. “Venho reconhecer todo o esforço da SEEDF e o apoio dedicado a esse processo tão significativo, que garante às crianças o direito de serem alfabetizadas na idade certa”, afirmou. Segundo ela, a proposta do MEC visa orquestrar políticas de alfabetização que respeitem as especificidades de cada território. Mônica ressaltou que a construção de políticas de alfabetização precisa ir além da relação entre professor e aluno, incorporando discussões sobre gestão, investimentos e formação continuada. “Quando sugerimos que os estados construam suas próprias políticas de alfabetização, estamos convidando-os a dialogar com as realidades do território. Assim o Alfaletrando reflete os desafios específicos do Distrito Federal”, explicou. A importância das avaliações formativas também foi destacada como um instrumento central na melhoria do processo de alfabetização. “Se trata de lançar luz sobre os processos de aprendizagem e usar os resultados para fortalecer a formação nas escolas”, comentou. Mônica elogiou o trabalho realizado no Distrito Federal, que tem avançado na implementação de materiais pedagógicos e processos formativos. “A logística e a dedicação das equipes do DF têm sido uma grande conquista, permitindo traçar planos claros e metas que guiarão os próximos anos”, concluiu. Painéis temáticos O encontro, realizado a partir das 9h, destacou painéis temáticos apresentados pelos próprios professores e coordenadores, que compartilharam práticas desenvolvidas ao longo da formação continuada. Além disso, foram expostos momentos marcantes da implementação do Alfaletrando em todas as 14 Regionais de Ensino do Distrito Federal. Ao longo do ano, a EAPE liderou as ações de formação continuada com o apoio de 105 articuladores pedagógicos, que replicaram os conteúdos nas Coordenações Regionais. Na parte da tarde, os participantes terão a oportunidade de refletir sobre o acompanhamento do processo de alfabetização nas escolas atendidas pelo programa, reforçando o compromisso com a garantia da alfabetização plena até o 2º ano do Ensino Fundamental. O seminário foi uma celebração do trabalho conjunto e um momento de inspiração para os desafios futuros. *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)
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DF conta com escola para treinar e formar professores
[Olho texto=”“A capacitação continuada faz diferença na carreira de todo profissional, porque ele se atualiza para trazer melhorias ao processo de aprendizagens dos estudantes. A Eape é nossa casa de formação e precisamos cuidar dela para que continue sendo referência” – Maria das Graças de Paula Machado, subsecretária da Eape” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Educação de qualidade é construída também com a formação constante dos docentes. A Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (Eape) desenvolve esse trabalho na Secretaria de Educação há 33 anos. Entre todas as 27 unidades da Federação, só o Distrito Federal conta com uma escola dedicada exclusivamente a treinar e formar seus professores. “A capacitação continuada faz diferença na carreira de todo profissional, porque ele se atualiza para trazer melhorias ao processo de aprendizagens dos estudantes. A Eape é nossa casa de formação e precisamos cuidar dela para que continue sendo referência”, diz Maria das Graças de Paula Machado, subsecretária da Eape. Ao longo do ano passado, a escola formou 21.305 servidores e colaboradores de instituições parceiras. Neste ano, só nos primeiros três meses, o número de cursistas é de 5.429. Atualização contínua traz mais qualidade na relação entre a professora Adriana e o estudante Erik; ideias de tecnologias de baixo custo aprendidas no curso são utilizadas nas aulas | Fotos: André Amendoeira/SEE-DF Atualmente, a Eape reúne 131 formadores. Todos são professores da própria rede pública e passam por um processo seletivo para ministrar as capacitações. Adriana Alves é professora do Jardim de Infância Lúcio Costa, no Guará, e já fez vários cursos na Eape. O mais recente foi de Tecnologia Assistiva com ênfase no Atendimento Educacional Especializado. O conhecimento que adquiriu lá é usado no dia a dia com os alunos. A docente atua na sala de recursos com estudantes que podem ter deficiência intelectual, transtorno do espectro autista (TEA), deficiência física ou múltipla. “Esse curso trouxe possibilidades de conhecer novos recursos, inclusive com tecnologias de baixo custo. Pude ampliar minha visão com várias ações que trazem autonomia para as crianças”, frisa a professora. Lorenzo, 6 anos, e Erik, 5, são acompanhados pela professora no contraturno escolar na sala de recursos. Eles têm autismo e participam de atividades complementares lúdicas para desenvolver a concentração, criatividade e organização mental. “Eu sou professora há 20 anos e, na minha formação inicial, não tive informações de práticas pedagógicas inclusivas. Os cursos da Eape trazem essa oportunidade de melhoria. Gosto muito de trabalhar com as crianças e ver a evolução delas ao longo do tempo”, completa Adriana. Eape vai à Escola [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para trazer ainda mais oportunidades de formação nas 14 coordenações regionais de ensino, a escola criou o programa Eape vai à Escola. Nele, os formadores vão até as escolas e propiciam ações que atendam necessidades pedagógicas específicas. Eles participam de coletivas com as escolas, de encontros com as coordenações e de oficinas com os professores. Paralelamente, todas as CREs têm um catálogo com os cursos em que os interessados podem participar. *Com informações da Secretaria de Educação do DF
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