Divulgado o resultado definitivo para a realização da Escola de Carnaval
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), publicou nesta quinta-feira (17), no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), o resultado definitivo da avaliação das propostas do edital de chamamento público para a realização da Escola de Carnaval (edital nº 29/2024). A organização da sociedade civil (OSC) selecionada para celebrar termo de colaboração — Grêmio Recreativo Carnavalesco Cacique do Cruzeiro, com 14,40 pontos — tem o prazo de cinco dias corridos, a contar da data de publicação do resultado final, para apresentar a documentação de habilitação. A organização da sociedade civil (OSC) selecionada para celebrar termo de colaboração tem o prazo de cinco dias corridos, a contar da data de publicação do resultado final, para apresentar a documentação de habilitação | Foto: Divulgação/Secec-DF A Secec-DF poderá, caso necessário, solicitar a apresentação de documentação por parte das demais organizações participantes no certame, respeitando a ordem classificatória para atender a eventual inabilitação da organização da sociedade civil inicialmente selecionada e garantir a eficiência na avaliação dos documentos, otimizando os prazos previstos. *Com informações da Secec-DF
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Reaberta, com muita alegria, a Passarela do Samba
Foi aberto oficialmente na noite desta quinta (22) o desfile das escolas carnavalescas de 2023 na Passarela do Samba Marcelo Sena – nome dado em homenagem ao sambista do DF que faleceu em janeiro –, montada no Eixo Cultural Ibero-Americano (antiga Funarte). Os desfiles serão realizados até sábado (24), com a divulgação dos resultados e aclamação da grande campeã no domingo (25). Integrado à cerimônia, o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues (C), comemorou: “O samba está voltando. Não existe época para sonhar, nem época para que o sonho se realize. Está aqui o sonho sendo realizado” | Fotos: Caio Marins/Secec Presentes à cerimônia, representantes de 13 escolas e de suas comunidades, membros do candomblé, da corte do Momo e outras personalidades do carnaval e do samba assistiram à lavagem da pista com água de quartinha – uma infusão com ervas para abrir os caminhos desse importante segmento da economia criativa. As escolas de samba do DF não desfilavam desde 2014. “O samba está voltando”, ressaltou o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. “Não existe época para sonhar, nem época para que o sonho se realize. Está aqui o sonho sendo realizado. O desafio é continuar [com o desfile] ano após ano. Ano que vem, tem de ser ainda mais bonito”. Caminhos abertos [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para que os grupos carnavalescos pudessem sair às ruas neste ano, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) investiu R$ 7 milhões em recursos diretos, além de R$ 5 milhões em editais anteriores, como o que criou a Escola de Carnaval. A medida foi fundamental para capacitar o segmento. À frente da Escola de Carnaval, Milton Cunha foi o mestre de cerimônias. O carnavalesco paraense, que divide suas atividades entre Rio de Janeiro e Brasília, era todo alegria. “Estou muito feliz”, disse. “Foram nove anos de espera. Eu penso no soldador, no serralheiro, na bordadeira, nesses artistas populares que precisam ocupar esse território, vindos de todas as regiões administrativas”. A subsecretária de Difusão e Diversidade Cultural da Secec, Sol Montes, também era toda alegria. “Só tenho a agradecer a essas pessoas, pois são muitos sonhos reunidos num só”, declarou. “Quando eu pus o pé nessa avenida pela primeira vez, vi nos olhos de muita gente a dúvida: ‘será que vai ter carnaval?’ Hoje eu ouvi tanto ‘obrigado’ que valeu a minha vida”. Tradição africana Tradição da lavagem das ruas com uma infusão de ervas celebra caminhos abertos Ao som de um ponto cantado para Exu Onan, reverenciado na Umbanda como o orixá que abre caminhos, o sambista Dilson Marimba, homenageado da noite, foi um dos primeiros a entrar na Passarela do Samba, ao lado de Sol Montes e do titular da Secec. [Olho texto=”“Desfile fora de época vai atrair muito turismo, e os empresários vão ganhar muito dinheiro” ” assinatura=”Francisco Paulo Ferreira, presidente da Escola de Samba Bola Preta, de Sobradinho” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Segundo a tradição, as escolas de samba nasceram dos terreiros de candomblé africanos. Nesses rituais, reza a crença, as divindades comparecem e protegem seus filhos quando convocadas pelos atabaques – e foi assim que os africanos escravizados fizeram ao longo de mais de 350 anos, tempo durante o qual foram vítimas da desumana prática. Ao assumir a cerimônia, o presidente da Escola de Samba Bola Preta ,de Sobradinho, Francisco Paulo Ferreira, se disse dividido entre a alegria de ver o desfile voltar e “a tristeza de saber que muita gente não tem o devido respeito” a essa manifestação cultural. “Foi tudo meio ‘atropelado’, mas te digo uma coisa: segunda-feira vamos começar a planejar o carnaval de 2024”, afirmou. Ferreira sonha alto. Pensa no projeto de fazer um desfile na capital com as escolas vencedoras dos principais carnavais do país. O sambista acredita que a grande tarefa deste segmento da economia criativa é buscar sustentabilidade, fugindo da sazonalidade impressa pelo calendário. Defende que o carnaval saia da aba do Estado e caminhe com as próprias pernas. “Desfile fora de época vai atrair muito turismo, e os empresários vão ganhar muito dinheiro”, acredita. *Com informações da Secec
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Aula de confecção de fantasias é um aperitivo para o Carnaval
Uma oficina de fantasias com integrantes das escolas de samba do Distrito Federal é um aperitivo para o desfile de Carnaval do DF, no mês de abril. E as aulas são ministradas por gente que entende: o carnavalesco Milton Cunha, pesquisador e comentarista da festa carioca, está na cidade para os preparativos. O aprendizado é feito em uma das salas do Eixo Cultural Ibero-americano (antiga Funarte), espaço que já está tomado por fantasias e adereços que vão abrilhantar a festa em Brasília. A aulas de produção desses adereços é um projeto fomentado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) chamado Escola de Carnaval, orçado em R$ 300 mil. Na realidade, as atividades do ateliê são a parte final da proposta que, desde o ano passado, vem capacitando e articulando a organização da cadeia produtiva das escolas de samba locais. Desde 2015, Brasília teve os desfiles interrompidos e o Carnaval deste ano é mais do que esperado nos barracões das escolas. O carnavalesco Milton Cunha elogia: “Para mim, Brasília é a terceira cidade brasileira que olha com ‘olhos profissionais’ para as comunidades de escolas de samba. Além do Rio e São Paulo, logicamente, creio que Brasília está na frente das outras capitais” | Fotos: Hugo Lira/Secec Carnavalesco reverenciado no país, Milton começou na Beija-Flor, em 1994, e foi aluno de Joãosinho Trinta. Para Milton, a capital está no caminho certo quando se fala de Carnaval. “Para mim, Brasília é a terceira cidade brasileira que olha com ‘olhos profissionais’ as comunidades de escolas de samba. Além do Rio e São Paulo, logicamente, creio que Brasília está na frente das outras capitais”, observa. “Vale lembrar que o Carnaval conta a história das comunidades. E, assim, vim com outras figuras do Rio de Janeiro trazer um pouco da nossa expertise”, diz. As aulas são gratuitas e vão até a próxima sexta-feira (31). São direcionadas para um público-alvo: pessoas ligadas às escolas de samba do Carnaval do DF. Rosângela da Silva: “Aprendi a aproveitar materiais, que antes iam pro lixo, e a usar novos conceitos” Plumas, paetês e belos adereços se espalham nas mesas instaladas no ateliê. E as atividades inspiram pessoas que vivem o Carnaval de Brasília há um bom tempo, como Rosângela da Silva, 42 anos, conhecida como Madona. A artesã participa há 20 anos da festa local, seja produzindo alegorias, desfilando ou deixando suas dicas. “Isso aqui é um aprendizado enorme pra gente. A gente passa a pensar fantasias de uma forma diferente. Aprendi a aproveitar materiais, que antes iam pro lixo, e a usar novos conceitos”, conta. “Carnaval pra mim é tudo”, diz Madona, que já trabalhou para a Aruc e a Acadêmicos da Asa Norte. Francis Barros: “Estou amando a oficina. Eu que produzo peças para o balé, agora estou ‘migrando’ para o Carnaval” “Estou amando a oficina. Eu que produzo peças para o balé, agora estou ‘migrando’ para o Carnaval”, brinca a aluna Francis Barros, 60 anos, moradora do Jardim Botânico. E para quem pensa que escola de samba não tem muito a ver com Brasília, a história é diferente. “Precisamos valorizar essa manifestação cultural tão importante para a cidade. O Carnaval se confunde com a história da cidade. Antes mesmo da inauguração de Brasília, no ano de 1959 , o aniversário de Juscelino [Kubitschek] foi na Cidade Livre em um baile com a participação do Salgueiro”, revela a subsecretária de Difusão e Diversidade Cultural da Secec, Sol Montes. Treze escolas ganharão a avenida O Carnaval de Brasília terá o desfile de 13 escolas este ano – seis no grupo especial e mais sete no de acesso – e será realizado nos dias 21 – aniversário da cidade – e 22 de abril. Serviço Oficina de confecção de fantasias de Carnaval Data: Até 31 de março Horário: Das 14h às 22h Local: Eixo Cultural Ibero-americano, Sala Fayga Ostrower (Eixo Monumental) Participação gratuita, mediante inscrição
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Com apoio de R$ 11 milhões do GDF, escolas de samba se preparam para 2023
O Carnaval é uma das pautas prioritárias em andamento na Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), tendo em vista que se trata de setor estratégico abalado nos últimos dois anos em função da covid-19. Dois projetos complementares entre si movimentam essa potente cadeia criativa: o Edital de Apoio das Atividades Carnavalescas Permanentes, que disponibilizou R$ 3,45 milhões para que os carnavalescos retomassem as ações em modo virtual, e a Escola de Carnaval, com um aporte de R$ 1,5 milhão, destinado a programa de capacitação. Em paralelo, o Fundo de Apoio à Cultura (FAC) destinou, no Edital Brasília Multicultural 1 de deste ano, R$ 6,4 milhões à linha de apoio Jeito Carnavalesco, para premiação de ao menos 77 projetos envolvendo atividades carnavalescas de rua e de escolas de samba. Um dos premiados vai organizar o desfile das escolas de samba em 2023, com aporte de R$ 1 milhão. O Edital de Apoio das Atividades Carnavalescas Permanentes destinou R$ 3,45 milhões para que os carnavalescos retomassem as ações em modo virtual | Fotos: Divulgação “O Carnaval é o espelho do povo, e o Distrito Federal, a confluência do país. Ainda no começo desta gestão, houve a percepção de que não bastava voltar com os desfiles sem um preparo, sem uma organização ou articulação do setor. Depois de muitas escutas e diagnósticos, muitas visitas aos barracões, depois de conversar com gestores, a Secec entendeu que o caminho tinha que ser pela formação e profissionalização de toda a cadeia produtiva do Carnaval”, explica o secretário de Cultura e Economia e Criativa, Bartolomeu Rodrigues. [Olho texto=”“Ainda no começo desta gestão, houve a percepção de que não bastava voltar com os desfiles sem um preparo, sem uma organização ou articulação do setor. Depois de muitas escutas e diagnósticos, a Secec entendeu que o caminho tinha que ser pela formação e profissionalização de toda a cadeia produtiva do Carnaval”” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”direita”] Emprego e renda No primeiro projeto, o resultado foi impressionante: 4,5 mil empregos diretos e indiretos gerados, com um apoio a 1,5 mil agentes culturais, sendo 80% de negros e, em sua maioria, de comunidades para além do Plano Piloto. São públicos específicos e, muitas vezes, vulneráveis, como o LGBTQIA+ e as mulheres. A ideia era de que esses recursos fossem utilizados pelas escolas e blocos para fomentar pequenos eventos, pagar recursos humanos e contas atrasadas e, assim, ganhar novo fôlego. “É uma retomada, porque o DF tem um público de carnaval desde sua criação. Então, é um esforço de rearticulação, da volta desse público para ele sentir que sua escola está voltando e as comunidades também irem voltando para o barracão”, conta a subsecretária de Difusão e Diversidade Cultural, Sol Montes. Para o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do DF (Liestra), Hélio dos Santos, o resultado foi animador. “Brasília estava sentindo falta dessas atividades; mesmo nas lives foi um trabalho bom. Foi o que possibilitou que as escolas se estruturassem e fizessem apresentações depois de tanto tempo, levando ao mundo todo o carnaval do DF”, comemora ele. “Essa é uma gestão que abriu as portas para as entidades carnavalescas, nunca tivemos tanto espaço como estamos tendo agora. Espaço e parceria. E o resultado disso virá nos desfiles, porque as escolas estarão preparadas para apresentar um desfile à altura do nosso Carnaval”. [Olho texto=”A Escola de Carnaval conta com quatro módulos – Gestão Profissional do Carnaval, Artes Visuais, Artes Musicais e Artes da Dança ” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Força na capacitação Iniciada desde fevereiro, a Escola de Carnaval é um projeto de projeção nacional. A ação tem como objetivo capacitar os integrantes e interessados das agremiações a retornarem à avenida em 2023, promovendo o diálogo com o terceiro setor e agentes públicos, além de articular toda a cadeia carnavalesca. Para isso, o projeto conta com quatro módulos: Gestão Profissional do Carnaval, Artes Visuais, Artes Musicais e Artes da Dança – englobando, assim, toda a dinâmica produtiva do Carnaval. A curadoria da Escola de Carnaval deu, ainda, mais força ao projeto. O carnavalesco Milton Cunha, cenógrafo, comentarista de desfiles em diversas emissoras e pós-doutor em narrativas do Carnaval, foi o grande nome por trás dessa capacitação. Em um primeiro momento, ele mesmo entrevistou e analisou a situação dos agentes culturais que realizam o que chamou de “carnaval candango”, para então estruturar as etapas seguintes. [Olho texto=”“Esses editais vieram para fortalecer nossas comunidades e toda a estrutura das escolas. Os projetos abrangem as pessoas que estão ativas e inativas, fazendo com que participem. É um resgate, uma capacitação que é de suma importância para que em 2023 a gente consiga fazer um desfile maravilhoso para Brasília”” assinatura=”Luciano Garcia, presidente do Grêmio Recreativo Carnavalesco Unidos de Vicente Pires” esquerda_direita_centro=”direita”] “O tripé da minha curadoria é constituído pela gestão administrativa, o artístico-visual e o artístico-musical. Primeiro, abordo a visão geral da escola de samba como fenômeno da modernidade, da sociedade do espetáculo. Em seguida, vem o resgate histórico, para que figurinista, carnavalesco, projetista de alegoria e compositor saibam que o tema tem um passado. Aí, temos as aulas de croqui, risco, volumetria, ergonomia e também alegoria, com suas noções espaciais. A terceira parte é a musicalidade, quando você trata de enredo, da harmonia musical”, detalha Milton Cunha. Além de Cunha, outros profissionais renomados das escolas de samba do Rio de Janeiro e de São Paulo também estiveram em Brasília, promovendo oficinas dentro da Escola de Carnaval. Em cinco meses de ações, foram 840 inscrições, com 313 alunos capacitados e certificados e 12 diferentes oficinas. Só na primeira etapa, foram certificadas 60 pessoas, envolvendo profissionais das escolas de samba e dos blocos tradicionais. Para as 14 escolas participantes, no entanto, a responsabilidade é ainda maior: só poderão desfilar em 2023 os grupos que participarem do projeto, garantindo uma gestão responsável e ainda mais qualidade para as apresentações. Um dos projetos, a Escola de Carnaval, teve um aporte de R$ 1,5 milhão, para capacitação Na avaliação do presidente da Organização da Sociedade Civil Luta pela Vida, gestora do projeto, Rômulo Sulz, essa é uma experiência única para os carnavalescos. “Acredito que em 2023 nossas escolas e blocos carnavalescos experimentarão um salto de qualidade de produção extremamente perceptível a todos, inclusive aos próprios envolvidos”, destaca. [Olho texto=”“Eu me emociono só de falar. Isso plantou uma esperança dentro de nós. Precisávamos muito do curso para a gente se atualizar e entender mais sobre o nosso posto de rainha, de coordenadora de passistas, a função da corte, mas também entender mais sobre o Carnaval”” assinatura=”Valéria Bonifácio, rainha de bateria do Grêmio Recreativo Escola de Samba Capela Imperial, de Taguatinga” esquerda_direita_centro=”direita”] Na execução do projeto, foram gerados 20 empregos diretos e 65 indiretos, incluindo pessoas com deficiência e diversos profissionais do setor cultural. “A população toda se move quando o Carnaval acontece. Ainda temos cursos planejados até agosto, a produção não pode parar. Da mesma maneira inclusiva e diversa com que acontece o Carnaval, a Escola de Carnaval segue a todo vapor, preparando o retorno das nossas escolas”, aponta Rômulo. Outro ponto alto destacado por ele é a descentralização das atividades da Escola de Carnaval para as regiões administrativas (RAs). Na capacitação nas primeiras oficinas, a curadoria elencou profissionais para repassarem esses conhecimentos em cursos ministrados gratuitamente para o público de outras RAs, como Ceilândia e Taguatinga. Até agora, foram 150 pessoas formadas. Entre os professores, está Valéria Bonifácio, rainha de bateria do Grêmio Recreativo Escola de Samba Capela Imperial, de Taguatinga. Familiarizada com o samba desde criança e “cria” da Associação Recreativa e Cultural Unidos do Cruzeiro (Aruc), como ela mesma se define, Valéria participou das primeiras oficinas e depois ministrou a aula de samba no pé em Taguatinga. “Eu me emociono só de falar. Isso plantou uma esperança dentro de nós. Precisávamos muito do curso para a gente se atualizar e entender mais sobre o nosso posto de rainha, de coordenadora de passistas, a função da corte, mas também entender mais sobre o Carnaval”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Esse cronograma de ações cria expectativas para o Carnaval de 2023. Para o presidente do Grêmio Recreativo Carnavalesco Unidos de Vicente Pires, Luciano Garcia, é a oportunidade de fortalecimento e preparação. “Esses editais vieram para fortalecer nossas comunidades e toda a estrutura das escolas. Assim, os projetos abrangem as pessoas que estão ativas e inativas, fazendo com que participem. É um resgate, uma capacitação que é de suma importância para que em 2023 a gente consiga fazer um desfile maravilhoso para Brasília. É o que o setor espera”, destaca. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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Carnaval de 2023 já começa a ser preparado
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) aquece os tamborins para o Carnaval 2023. Nesta semana, integrantes das escolas de samba do Distrito Federal interagem com mestres do Rio de Janeiro no projeto Escola de Carnaval, termo de colaboração que qualifica e reestrutura esse segmento para o retorno às ruas após uma interrupção de oito anos. “O Carnaval não mexe só com o imaginário do folião; impacta a economia do Distrito Federal, que tem hoje uma das festas de rua mais populares do país”, observa o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. Por meio do projeto Escola de Carnaval, foliões das escolas de samba do DF podem aperfeiçoar a performance | Foto: Hugo Lira/Secec No Eixo Cultural Ibero-americano, a bateria do mestre Roadney, da Beija-Flor de Nilópolis, ecoou pelo Setor de Divulgação Cultural. Ao seu lado, ritmistas de todas as principais escolas do DF acompanhavam a performance para manter a levada pulsante. Nota 10 no desfile do Grupo Especial, na Sapucaí, os passistas Dhu Costa, Karla Moreno e George Lousada ensinavam a sincronia entre os movimentos do corpo e o samba que explodia dos tambores. Escola de Carnaval [Olho texto=”“É fundamental que o Distrito Federal esteja nessa rede de maiores carnavais do país” ” assinatura=”Sol Montes, subsecretária de Difusão e Diversidade Cultural” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Com 20 anos de Carnaval, a rainha de bateria da escola Águia Imperial de Ceilândia, Katia Miranda, vibrou com o aprendizado. “A Escola de Carnaval já impacta a minha vida”, disse. “Participei do primeiro módulo e já me transformei como carnavalesca. Agora, aprimoro a dança de passista. Estou aprendendo novas coreografias e já sonho com o módulo de aderecista, porque eu crio e faço fantasias”. Nesta sexta-feira (6), 80 passistas e ritmistas recebem, às 21h, a certificação de participação desse módulo, em cerimônia no Eixo Cultural Ibero-americano. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Criada pela prefeitura de Belo Horizonte (MG) em 2020, a Rede Cidades do Carnaval tem como principal objetivo a integração dos gestores públicos das cidades que promovem os principais carnavais brasileiros. “É fundamental que o Distrito Federal esteja nessa rede de maiores carnavais do país”, avalia a subsecretária de Difusão e Diversidade Cultural da Secec, Sol Montes, que acompanha de perto todos os trabalhos da Escola de Carnaval – da qual o carnavalesco e pesquisador Milton Cunha é curador. “O desafio é o de realizar a folia e suas diferentes manifestações tradicionais, promovendo intercâmbios de boas práticas e inovações em formatos, processos e políticas públicas do Carnaval, que é um dos maiores eventos em potencial turístico e cultural do Brasil.” *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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Abertas as portas da Escola de Carnaval
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), com o apoio do Escritório de Assuntos Internacionais (EAI) realizou na sexta-feira (25) a cerimônia da semana de abertura do projeto Escola de Carnaval, cuja finalidade é capacitar, profissionalizar e articular a organização da cadeia produtiva das escolas de samba, que teve o desfile interrompido em 2015. O carnavalesco Milton Cunha (D) vai acompanhar mais de 20 agremiações do DF durante seis meses | Foto: Divulgação/EAI Mais de 20 escolas de samba, blocos e agremiações de carnaval do Distrito Federal participam do Escola de Carnaval e serão acompanhados pelo carnavalesco Milton Cunha, curador do projeto, durante seis meses. Com o aporte de R$ 1,5 milhão, a proposta engloba todas as regiões administrativas (RAs). Escola de Carnaval é um “esquenta” para o desfile das escolas de samba em 2023. Devido à interrupção dos desfiles em 2014, o projeto tem o viés de recompor essa tradição. Dessa forma, os recursos vão servir para o pagamento de despesas e capacitação de até 500 membros de cada comunidade. Além de financiar eventos esporádicos, de produção dos agentes para vivenciarem suas composições, reuniões e festejos fora de época. Além de Milton Cunha, a cerimônia da semana de abertura, realizada no Eixo Cultural Ibero-americano (antigo Espaço Funarte), contou com a presença da chefe do EAI, Renata Zuquim; do secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, e de representações diplomáticas do Panamá, Costa Rica, Chile, Equador, Nicarágua, Paraguai, Guatemala e El Salvador. “O reconhecimento de Brasília como Capital Ibero-americana das culturas 2022 está em sinergia com o exercício de reconhecimento de nossas raízes e nos convida a desfrutar da cultura ibero-americana, para viver e propagar os ritmos e cores de nossa região e de vários povos”, disse Renata Zuquim na abertura da cerimônia. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Bartolomeu Rodrigues fez questão de ressaltar a importância do Carnaval de Brasília: “É muito importante a presença dessas representações diplomáticas aqui, para que conheçam esse pedaço da cultura de Brasília. O Carnaval faz parte de uma cadeia produtiva, que chamamos de economia criativa, que não pode parar. Esse projeto nasceu para dar horizonte, para mostrar que nós não nos deixamos nos abater com tudo o que aconteceu; que o Carnaval, o samba e todas as representações culturais precisam ser preservadas”. Milton Cunha reforçou: “O Carnaval, para nós brasileiros, é uma forma de expressão. Nós acabamos nos transformando na capital mundial do Carnaval, pois adoramos ver a realidade nesse rasgo artístico”. O projeto Escola de Carnaval – lançado no edital nº 27/2021 – tem duração de oito meses, que podem ser prorrogados por igual período. Trata-se de um termo de colaboração, portanto, de iniciativa do GDF, executado pela organização da sociedade civil (OSC) Luta pela Vida. *Com informações da Secec e do EAI
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Escola de Carnaval prepara setor para 2023
[Olho texto=”“Tenho a convicção de que esta é a última vez que falamos de proibição do carnaval. Vamos superar esta situação. Quero agradecer o apoio do setor carnavalesco, com o qual estamos conversando desde junho do ano passado para fortalecer a folia de 2023”, aponta o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) pôs o bloco na rua nesta sexta-feira (25), que seria do tradicional carnaval, interrompido há dois anos por conta da covid-19. Com a presença de carnavalescos das agremiações do Distrito Federal, a pasta lançou o projeto Escola de Carnaval, cuja finalidade é capacitar, profissionalizar e articular a organização da cadeia produtiva das escolas de samba, que teve o desfile interrompido em 2015. “Tenho a convicção de que esta é a última vez que falamos de proibição do carnaval. Vamos superar esta situação. Quero agradecer o apoio do setor carnavalesco, com o qual estamos conversando desde junho do ano passado para fortalecer a folia de 2023”, aponta o secretário Bartolomeu Rodrigues. Ao todo, o projeto vai capacitar 500 agentes, que serão multiplicadores. Vai unir os 16 carnavalescos do DF no projeto de capacitação para qualidade do desfile de carnaval 2023 | Fotos: Hugo Rila / Secec-DF [Olho texto=”“A ideia da Escola de Carnaval é justamente pegar todos os elementos que fazem e formulam o Carnaval, os que administram as escolas de samba, e rearticular o setor, que se desorganizou”, explica a subsecretária de Difusão e Diversidade Cultural, Sol Montes” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O titular da Secec lembra que carnaval não é só festa. “Além de manifestação cultural importantíssima, é também instrumento de atividade econômica. O GDF não deixou o setor desamparado. Já investimos, sem a perspectiva do carnaval, em torno de R$ 5,5 milhões (em atividades que dão emprego e renda). Agora é a vez da Escola de Carnaval”. “A ideia da Escola de Carnaval é justamente pegar todos os elementos que fazem e formulam o Carnaval, os que administram as escolas de samba, e rearticular o setor, que se desorganizou”, explica a subsecretária de Difusão e Diversidade Cultural, Sol Montes. Ela reforça que um dos eixos principais do projeto é incentivar a gestão profissional da cadeia produtiva que envolve 7 mil trabalhadores no DF. O projeto – lançado no edital nº 27/2021 – tem duração de oito meses, que podem ser prorrogados por igual período. Trata-se de um termo de colaboração, portanto, de iniciativa do GDF, executado pela organização da sociedade civil (OSC) Luta pela Vida, no valor de R$ 1,5 milhão. Para o presidente da Liga dos Blocos Tradicionais de Brasília, o projeto é revolucionário e inovador. “Mostra que a gestão da cultura está preocupada com formação e profissionalização de toda a cadeia produtiva do carnaval. Isso nos enche com a sensação de um futuro promissor, brilhante” Serão realizados três módulos formativos. O primeiro deles será focado em gestão (planejamento, elaboração de projeto, legislação de carnaval, captação de recursos públicos e privados, elaboração de plano de comunicação e prestação de contas). No segundo, será discutido o universo lúdico do carnaval, como desenhos artísticos de fantasias/figurinos, maquiagem de carnaval, análise estrutural das alegorias e adereços e cenografia carnavalesca. O último módulo versa sobre a musicalidade: dança do passista, samba enredo, mestre-sala e porta-bandeira, ritmistas de escola de samba e bateria de samba e percussão. [Olho texto=”“O pressuposto deste projeto é o talento das comunidades. Esse é o legado que ficará para a cidade”, complementa o carnavalesco Milton Cunha” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Ao todo, o projeto vai capacitar 500 agentes, que serão multiplicadores. Vai unir os 16 carnavalescos do DF no projeto de capacitação para qualidade do desfile de carnaval 2023. Parte das oficinas ocorrerá no Eixo Cultural Ibero-americano. Algumas, no entanto, ocorrerão nos barracões das escolas. “O pressuposto deste projeto é o talento das comunidades. Esse é o legado que ficará para a cidade”, complementa Milton Cunha, revelando que o tema a ser trabalhado nos módulos é: “Brasília, Capital Ibero-americana das Culturas de 2022”. Curadoria de primeira A curadoria do projeto é de Milton Cunha, carnavalesco histórico (que passou por escolas como Beija-Flor), cenógrafo e comentarista de desfiles nas principais emissoras de TV, mestre e doutor em Letras, com pós-doutorado em narrativas do carnaval e professor universitário. “O tripé da minha curadoria é constituído pela gestão administrativa, o artístico-visual e o artístico-musical. Primeiro, abordo a visão geral da escola de samba como fenômeno da modernidade, da sociedade do espetáculo. Em seguida, vem o resgate histórico, para que figurinista, carnavalesco, projetista de alegoria e compositor saibam que o tema tem um passado. Aí temos as aulas de croqui, risco, volumetria, ergonomia e também alegoria, com suas noções espaciais. A terceira parte é a musicalidade. Aí você trata de enredo, da harmonia musical”, resume. Para o secretário Bartolomeu Rodrigues, carnaval não é só festa. “Além de manifestação cultural importantíssima, é instrumento de atividade econômica”. A subsecretária Sol Montes reforça que “um dos eixos principais do projeto é incentivar a gestão profissional da cadeia produtiva que envolve 7 mil trabalhadores no DF” “A Secec está ajudando na capacitação dos envolvidos com o carnaval do DF ao trazer para o curso a experiência de um grande curador na área, que é o Milton Cunha, que sabe tudo sobre carnaval”, explica Romulo Sulz, presidente da instituição Lute pela Vida. “Chamo o carnaval de Brasília de carnaval candango. Acho que essa experiência reflete o Planalto Central. O artista popular planaltino expressa uma visão de mundo de capital federal. A festa se constrói numa ideia inicial da solidão do sertão, mas é preciso celebrar. Então ele vai misturar elementos de todos que vieram, de todas as regiões. É um carnaval multicultural e, ritmicamente, ele dialoga com muita coisa brasileira, não é um carnaval que ficou fechado em si. É um carnaval de contribuições”, define Cunha. [Olho texto=”“Vai servir para preparar nossos componentes nas diversas áreas das escolas de samba para que o carnaval volte com força total em 2023. Estamos aguardando com muita expectativa o início dos cursos e acreditamos que será um grande sucesso”, complementa o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do DF, Hélio dos Santos” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Sol lembra que “já havia carnaval na Cidade Livre [hoje, Núcleo Bandeirante], antes da inauguração da capital”. Ela concorda com Cunha que a diversidade marca o carnaval de Brasília. Cita o Cruzeiro, que reflete o carnaval carioca, os blocos, que lembram suas origens regionais, como o Galinho de Brasília, de inspiração pernambucana, ou as matrizes africanas do Recôncavo Baiano. “Aqui os blocos no carnaval tocam até rock”, lembra Sol, em alusão, por exemplo, ao celebrado Eduardo e Mônica. A subsecretária também destaca os blocos alternativos que empunham alto bandeiras LGBTQIA+ e do feminismo. “São muito fortes e correspondem a 30% das agremiações que vão para as ruas”, afirma. Projeto revolucionário Paulo Henrique Nadiceo, presidente da Liga dos Blocos Tradicionais de Brasília, elogia a iniciativa de Escola de Carnaval: “Acho o projeto revolucionário, inovador. Mostra que a gestão da cultura está preocupada com formação e profissionalização de toda a cadeia produtiva do carnaval. Isso nos enche com a sensação de um futuro promissor, brilhante”. Hélio dos Santos, presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do DF (Liestra), aproveita para mencionar outros recursos do GDF que chegaram para o setor: “Podemos dizer que o carnaval de Brasília renasceu”. Refere-se ao edital nº 34/2021, que selecionou organizações da sociedade civil para desenvolver atividades de apoio às escolas de samba e blocos tradicionais. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Com o recurso de R$ 2,75 milhões, a União das Escolas de Samba do DF vai atender pelo menos 15 localidades e territórios de escolas de samba. Já a Liga Carnavalesca dos Trios, Bandas e Blocos Tradicionais (LCTBBT) ficará a cargo de projeto voltado a oito localidades e territórios de blocos tradicionais, recebendo aporte de R$ 1,2 milhão. Sobre a Escola de Carnaval, Hélio diz que “vai servir para preparar nossos componentes nas diversas áreas das escolas de samba para que o carnaval volte com força total em 2023. Estamos aguardando com muita expectativa o início dos cursos e acreditamos que será um grande sucesso”. Serviço Escola de Carnaval – Onde: nas regiões administrativas de Ceilândia, Taguatinga, Santa Maria, Plano Piloto, Asa Norte e Cruzeiro – Quando: de 21 de março a 15 de julho – Inscrições: a partir de 25 de fevereiro no site do projeto, só para agentes das escolas de samba – Para mais informações: www.escoladecarnaval.org.br *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF
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