Sol Nascente/Pôr do Sol: água tratada e rede de esgoto levam dignidade aos moradores
A chegada de água tratada e rede de esgoto ao Sol Nascente/Pôr do Sol mudou a realidade da população nos últimos anos, garantindo mais dignidade e qualidade de vida para os mais de 95 mil habitantes da região. Com a destinação de R$ 80 milhões ao saneamento básico, o Governo do Distrito Federal (GDF) já implantou 177 km de rede de água e 259 km de esgoto, beneficiando 27.945 imóveis com água encanada e 21.404 com coleta e tratamento de esgoto. Os investimentos de infraestrutura na cidade somam R$ 630 milhões. Desde a primeira gestão deste GDF, o Sol Nascente/Pôr do Sol tem recebido diversas obras de infraestrutura, além de equipamentos públicos | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília As obras integram os principais objetivos do Plano Distrital de Saneamento Básico (PDSB) e refletem o compromisso do governo em assegurar direitos básicos à população. Desde 2019, quando foi reconhecido como região administrativa, o Sol Nascente/Pôr do Sol tem recebido uma série de melhorias, que vão desde infraestrutura até equipamentos públicos. Símbolo desse progresso, as obras de saneamento básico são destaque da série de reportagens Esta é a Nossa História, da Agência Brasília, que leva os cidadãos a conhecer os projetos do governo que têm transformado comunidades e vidas no Distrito Federal nos últimos seis anos. Mais infraestrutura O comerciante Aldemir Pereira acompanhou a transformação na região: “Além do fim do mau cheiro, houve asfaltamento das ruas, o que facilitou a mobilidade. Isso também ajudou meu negócio, aumentando as vendas na loja de conveniência” “Quando eu cheguei aqui, o esgoto corria a céu aberto, 24 horas por dia, pelas ruas”, lembra o comerciante Aldemir Pereira, 56 anos, que testemunhou a transformação da cidade nos últimos anos. Segundo ele, a instalação da rede de esgoto trouxe mudanças significativas. “Além do fim do mau cheiro, houve asfaltamento das ruas, o que facilitou a mobilidade. Isso também ajudou meu negócio, aumentando as vendas na loja de conveniência. Só tivemos ganhos”. “Além de garantir água de qualidade e rede de esgoto, reforçamos nosso compromisso de promover cidadania e dignidade para a população” Luís Antônio Reis, presidente da Caesb A água encanada e de qualidade é fruto do esforço da Caesb, que priorizou levar esse serviço essencial para a região. Para o presidente da companhia, Luís Antônio Reis, as obras representam um marco na política social e habitacional do GDF. “Investimos R$ 80 milhões para atender o Sol Nascente/Pôr do Sol, uma região que era historicamente carente de saneamento”, relata. “Além de garantir água de qualidade e rede de esgoto, reforçamos nosso compromisso de promover cidadania e dignidade para a população”. Saúde e qualidade de vida O sistema de esgotamento sanitário do Sol Nascente/Pôr do Sol eliminou as antigas fossas sépticas, substituindo-as por uma rede moderna e integrada. O esgoto doméstico agora é coletado e transportado por sete estações elevatórias, que bombeiam 100 litros por segundo para a Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) Melchior, em Samambaia. Ao todo, a extensão da rede equivale à distância entre Brasília e Goiânia – aproximadamente 200 km. A moradora Maria Cristina do Nascimento elogia o trabalho: “Essas obras trouxeram dignidade e qualidade de vida para todos nós” Essas estações funcionam 24 horas por dia e foram projetadas para superar a topografia desafiadora da região, garantindo que todos os moradores tenham acesso a água limpa e saudável em casa. “Hoje, podemos beber água de qualidade e não precisamos mais lidar com fossas sépticas ou esgoto nas ruas. Isso transformou completamente a cidade”, comenta Maria Cristina do Nascimento, 50, moradora do Sol Nascente há mais de 12 anos. “Essas obras trouxeram dignidade e qualidade de vida para todos nós. A cidade hoje está mais bonita, mais organizada e é motivo de orgulho para quem vive aqui.” O administrador regional de Sol Nascente/Pôr do Sol, Cláudio Ferreira, reforça a importância do saneamento básico para a saúde e bem-estar da comunidade: “Além de evitar a contaminação do solo e prevenir doenças, as obras também impactam a autoestima dos moradores. Não é só infraestrutura, é humanização”.
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Do estudo à profissionalização: ações do GDF garantem direitos fundamentais a crianças e adolescentes
“Aqui, o povo acolhe.” A fala da jovem Letícia Dourado, 14 anos, é sobre os centros olímpicos e paralímpicos (COPs), equipamentos geridos pela Secretaria de Esporte e Lazer (SEL-DF) que, atualmente, atendem mais de 44 mil alunos. Mas não é exagero dizer que a declaração se aplica a todo o Distrito Federal. Os 12 centros olímpicos e paralímpicos do DF oferecem 32 modalidades esportivas e têm papel transformador na vida dos alunos | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Por meio de diferentes programas e iniciativas, o Governo do Distrito Federal (GDF) acolhe crianças e adolescentes, garantindo-lhes acesso a direitos como educação, esporte e profissionalização. Ações como essas serão mostradas pela Agência Brasília na série de reportagens Esta é a Nossa História, que levará o cidadão em uma viagem pelo DF para conhecer como os projetos do governo mudaram a realidade de pessoas e comunidades inteiras nestes últimos seis anos. Os próprios COPs são um grande exemplo. Hoje, em todo o DF, são 12 unidades, que oferecem 32 modalidades, do futebol à bocha, passando, entre outros, por atletismo, natação e judô. Para uns alunos, eles são uma alternativa para ocupar o tempo livre no contraturno escolar. “Faz muita diferença, é bom para a gente. As crianças que não fazem esporte ficam sem fazer nada”, relata Rebeka Evangelista, 11 — há cinco no COP da Estrutural. José Kauê Ramos treina badminton com o sonho de se tornar atleta paralímpico | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Para outras, o espaço é até mais do que isso. “Eu entrei por causa da ansiedade. Aí eu frequentei as aulas e melhorei muito. Estou boa, graças ao esporte”, aponta Sofia Silva, 11. “O badminton me ajudou muito a crescer, tanto como atleta quanto como pessoa. [Me ajudou] a evoluir, melhorar e conhecer mais gente com a minha deficiência”, emenda José Kauê Ramos, 14, que, desde o nascimento, convive com uma paralisia no plexo braquial e, agora que entrou para o COP, sonha em ser um atleta paralímpico: “Já treinei com alguns que foram para Paris”. “Eu entrei por causa da ansiedade. Aí eu frequentei as aulas e melhorei muito”, diz Sofia Silva, de 11 anos | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “Os centros olímpicos e paralímpicos têm um papel transformador na vida de milhares de jovens e adolescentes do Distrito Federal. Por meio do esporte, promovemos inclusão social, saúde, cidadania e uma alternativa concreta para afastar nossos jovens de situações de risco, como violência e evasão escolar. Além disso, essas iniciativas são essenciais para o desenvolvimento de habilidades socioemocionais e para a formação de cidadãos mais preparados para o futuro”, afirma o secretário de Esporte e Lazer, Renato Junqueira. “Com o investimento contínuo do governo, como a construção da unidade do Paranoá, reafirmamos nosso compromisso de democratizar o acesso ao esporte e oferecer oportunidades reais de mudança de vida”, acrescenta Junqueira, cuja pasta também é responsável por iniciativas como a Escola de Esporte, no Complexo Aquático Cláudio Coutinho, e o Compete Brasília, que financia passagens aéreas e terrestres para atletas de todas as idades, incluindo os jovens, participarem de competições fora de Brasília. Educação e profissionalização O programa Jovem Candango ofereceu oportunidades e aprendizados profissionais a Andressa dos Santos, Emmanuelly Sabino e Maria Eduarda de Oliveira | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Além do acesso ao ensino formal, no âmbito da Secretaria de Educação, este GDF garante às crianças e adolescentes ensino de idiomas, nos Centros Interescolares de Línguas (CILs); de música, na Escola de Música de Brasília; e de esportes, no Centro Integrado de Educação Física (Cief) e nos Centros de Iniciação Desportiva (CIDs). No período final dos estudos, já é importante também começar a pensar no acesso ao mercado de trabalho. E é para isso que existem programas como o Intermediação de Mão de Obra, da Secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho e Renda (Sedet). Também, o selo Empresa Parceira da Juventude e o Jovem Candango, ambos da Secretaria da Família e Juventude. “Eles entram jovens e saem adultos”, comenta a diretora da EC 203 de Santa Maria, Ariane Mayara Alves, sobre os impactos positivos nos estudantes de programas como o Jovem Candango | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília “O programa Jovem Candango é uma porta aberta que abrirá muitas outras no caminho profissional dos jovens em situação de vulnerabilidade do DF. Graças ao apoio contínuo do governador Ibaneis Rocha, estamos impulsionando a juventude do DF para a chance de vida que buscam”, reforça o secretário da Família e Juventude, Rodrigo Delmasso. A iniciativa é voltada a jovens a partir de 14 anos, que estejam no ensino médio. No momento, são 1.102 contratados e a meta para este ano é elevar o número para 3 mil. Paralelamente aos estudos, eles fazem uma espécie de estágio em órgãos do GDF e recebem uma bolsa. Valor que fez diferença na vida de Emmanuelly Sabino, 17. “Agora eu consigo comprar minhas coisas, consigo fazer o que não conseguia antes, porque minha família é de baixa renda. Muitas das minhas coisas eu conquistei por mim mesmo, como meu celular”, celebra. Mas, mais até do que o dinheiro, a experiência é a maior conquista para os jovens candangos. “Sempre tive medo de não conseguir entrar em um trabalho por causa disso. Mas agora eu sei muito mais”, enfatiza Emmanuelly. Suas colegas de trabalho na Escola Classe 203 de Santa Maria fazem coro. “Me deu muitas experiências novas e muito aprendizado também”, diz Andressa Pereira, 17. “A gente cresce emocionalmente, vê futuro, vê que consegue crescer mais, vê os objetivos, vê as coisas de outras formas”, completa Maria Eduarda de Oliveira, 19. Os gestores também aprovam a iniciativa, seja pela troca com os adolescentes, seja pela oportunidade de ajudá-los no início da vida profissional. “Eles fazem com que a gente consiga ter a engrenagem rodando. E nós estamos educando também, [a forma] como eles falam, dizendo o que é certo e o que é errado…”, pontua a diretora da EC 203, Ariane Mayara Alves. Ao falar sobre a forma como os aprendizes saem da experiência, ela resume, de certa forma, o objetivo da rede de ações voltada a esse público: “Eles entram jovens e saem adultos”.
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Do café da manhã em casa à segurança, viaduto do Riacho Fundo transforma vida da população
Como um viaduto impacta a vida da população? Olhando por alto, a resposta é até óbvia: melhora o fluxo do trânsito e reduz congestionamentos. Mas, se aproximarmos um pouquinho, é possível ver além. Com investimento de R$ 30 milhões, o viaduto do Riacho Fundo – região que celebra 35 anos nesta quinta (13), substituiu a antiga rotatória de acesso ao Riacho Fundo, poupando tempo e dando mais segurança aos quase 80 mil motoristas que, diariamente, trafegam por esse trecho da EPNB | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília Na casa da diarista Joana Maia, por exemplo, desde que o viaduto do Riacho Fundo foi erguido, os três filhos dela — de 3, 11 e 14 anos — acordam com o café da manhã na mesa. Isso só é possível porque a mãe, que antes despertava às 5h e saía às 6h para chegar às 8h no trabalho, no Plano Piloto, agora pode sair de casa às 6h45, o que lhe garante tempo de preparar a primeira refeição dos pequenos e comer ao lado deles. “Foi muito bom, tenho mais qualidade de vida, mais tempo, posso dormir até um pouco mais tarde. Até no financeiro também, todo dia eu gastava R$ 25 de café [da manhã] na rua”, celebra Joana. O financeiro, aliás, é outro aspecto a ser observado. Não só o das famílias, mas o da cidade como um todo. Morador do Riacho Fundo há 30 anos, Márcio Macrini aponta que o viaduto valorizou imóveis e aqueceu o comércio local. Márcio Macrini, morador do Riacho Fundo há 30 anos, diz que o investimento em infraestrutura valorizou a região e aqueceu o comércio local: “As pessoas querem mudar para cá e conhecer mais a nossa cidade” | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília “As pessoas querem mudar para cá e conhecer mais a nossa cidade, porque, antes, passavam e não sabiam o que tinha. Agora não, existe a possibilidade, por ter um espaço de tempo maior, de entrar, circular, verificar até o que tem de comércio, o que tem de bom, a produtividade, o que acontece aqui na cidade”, avalia o administrador de empresas e jornalista, para quem o viaduto era um sonho: “Às vezes a gente nem acredita”. Transformação “O Riacho Fundo foi criado como uma cidade-dormitório. Agora não. O Riacho Fundo tem uma vida própria”, celebra Neide de Lima | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília O sonho de Macrini, e da população do Riacho Fundo — região que completa 35 anos nesta quinta-feira (13) —, ganhou forma em 29 de novembro do ano passado. Batizada de Complexo Viário Deputado Carlos Lacerda — em homenagem ao ex-distrital que morreu em abril de 2024 —, a obra teve investimento de R$ 30 milhões, oriundos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e gerou cerca de 150 empregos diretos. O viaduto substituiu a antiga rotatória de acesso ao Riacho Fundo, poupando tempo e dando mais segurança aos quase 80 mil motoristas que, diariamente, trafegam por esse trecho da Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB). “A gente tem a satisfação de acessar a EPNB e saber que temos um acesso exclusivo para quem vai para o Riacho Fundo, não precisa mais acessar aquele retorno, não tem fila, não tem trânsito”, diz Neliton Portuguêz Essa segurança é outro impacto positivo na vida da população. “Aqui nós tínhamos muitos acidentes, porque [a EPNB] é uma via rápida, de velocidade. Hoje já não se registra mais, então melhorou muito”, relata Neliton Portuguêz, servidor da Administração Regional e morador do Riacho Fundo há 26 anos. “Hoje é mais tranquilo. A gente tem a satisfação de acessar a EPNB e saber que temos um acesso exclusivo para quem vai para o Riacho Fundo, não precisa mais acessar aquele retorno, não tem fila, não tem trânsito.” Qualidade de vida, segurança, valorização… Quantas histórias cabem em apenas um viaduto? Cada um dos 44.464 moradores do Riacho Fundo, certamente, tem a sua própria. Mas comum a todos eles é a sensação de que a cidade foi transformada. E quem sintetiza isso é a aposentada Neide de Lima, que acompanhou a fundação da região, em 1990. “O Riacho Fundo foi criado como uma cidade-dormitório. Todos trabalhavam fora e vinham para cá só à noite, dormiam e voltavam. Agora não. O Riacho Fundo tem uma vida própria”, exalta ela, que, morando em Brasília desde a década de 1960, viu também a capital federal passar do sonho ao concreto: “Brasília se tornou essa cidade maravilhosa. Agradeço a Deus viver para ver isso”.
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Novas creches públicas garantem qualidade de ensino e segurança alimentar a crianças do DF
Os últimos anos foram um marco para milhares de famílias de baixa renda que moram no Distrito Federal e precisam sair para trabalhar ou cuidar dos afazeres de casa tendo a certeza que os filhos pequenos estão em um lugar seguro – onde é fornecido desenvolvimento pedagógico e são servidas cinco refeições por dia às crianças, garantindo segurança alimentar. Tudo isso graças aos centros de educação da primeira infância (Cepis) do DF, que promovem a inclusão social por meio da igualdade de acesso às oportunidades educacionais. Com investimento de mais de R$ 34 milhões do Governo do Distrito Federal (GDF), foram 13 Cepis inaugurados entre 2019 e 2024, além de diversas reformas nas unidades existentes e novos Cepis com obras concluídas com previsão de inauguração para este ano. Conforme a Secretaria de Educação (SEEDF), atualmente há 63 Cepis ativos e aproximadamente 14 mil novas matrículas registradas em 2025 para serem encaminhadas à educação infantil. Para o início do ano letivo 2025, está prevista a oferta de aproximadamente 12 mil vagas, o que corresponde à capacidade atual das creches públicas. Desde a inauguração dos Cepis e outras estruturas públicas de atendimento à primeira infância, como as primeira creches rurais do DF inauguradas pelo GDF em 2023, a lista de espera pelas vagas na rede pública de educação infantil reduziu de 24 mil para 2,5 mil crianças – que serão encaminhadas assim que forem concluídas as ampliações da rede. Entre as famílias impactadas pelos novos espaços, está a da atendente de telemarketing Larissa Lorrayne Marques, 24, mãe do pequeno Kauã Gabriel, de 4 anos. Ele é considerado um xodó no Cepi de Samambaia, onde entrou em 2021 com 9 meses de idade. A mãe conta como foi importante a passagem do filho pelo espaço pedagógico – especialmente no período final da pandemia, com o Cepi sendo um centro de oportunidades para desenvolver o lado social na interação com outras crianças e professores. “Ter um lugar para deixá-lo foi uma mão na roda, porque ele entrava às 6h45 e ficava até o final do dia, então dava tempo de a gente trabalhar, se dedicar aos afazeres da casa e às demais responsabilidades com ele aqui”, comenta Larissa. Agora o pequeno irá para outra unidade pública de educação que cuida de crianças maiores. Larissa acrescenta que Kauã teve um desenvolvimento rápido sob os cuidados da creche, um ambiente que vai deixar saudade. “Ele praticamente aprendeu a andar aqui e já chegou em casa mexendo em tudo, foi muito boa essa experiência. Também colocavam atividades para fazermos em casa, então juntava a família e a escola. A vida toda dele foi nessa creche, ele teve uma experiência ótima com os professores, monitores, e todo mundo sempre foi atencioso. Vou sentir muita falta”. Com investimento de mais de R$ 34 milhões do Governo do Distrito Federal (GDF), foram 13 Cepis inaugurados entre 2019 e 2024 | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Cuidado especial Além da creche pública acolher as crianças em tempo integral, uma atenção especial é direcionada às famílias e , à saúde das crianças. É o que relata a auxiliar de cozinha Jussaria Sousa da Gama, 35, ao falar do filho de 2 anos, Gael Arquiles. O pequeno frequenta o Cepi de Samambaia há mais de um ano, e foi na unidade escolar que a mãe pôde ser alertada sobre restrições alimentares de Gael. “A creche descobriu rápido que ele tinha alergia à proteína do leite de vaca, que é pior que a intolerância à lactose. Entraram em contato comigo, me auxiliaram e adaptaram o cardápio aqui, tudo direitinho. Quando a gente precisa, a diretora e as meninas da secretaria dão um bom retorno, até chamam no WhatsApp. A creche acolheu meu filho muito bem, sempre foi bem tratado”, detalha. Jussiara conta que teve facilidade para matricular Gael, além de ter sido um processo rápido num momento que ela precisava do apoio: “Facilitou muito para mim e outras mães. Eu vou trabalhar às 6h30 e volto às 16h, então seria bem complicado ter que pagar alguém ou sair do emprego para cuidar dele. Então, por ser gratuito, é uma renda extra em casa, porque graças a Deus não preciso trazer nada para a creche, o Gael vai só com a roupa que está vestindo. E sei que aqui ele é bem-cuidado”. Entre as famílias impactadas pelos novos espaços, está a da atendente de telemarketing Larissa Lorrayne Marques, 24, que é mãe do pequeno Kauã Gabriel, de 4 anos | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Investimento na base Em 2019 foram inaugurados dois Cepis em Samambaia (Azulão e Bambu). Em 2020, mais dois na região (Bem-te-vi e Periquito), além de um Cepi no Lago Norte (Cajuzinho) e outro em Ceilândia (Papagaio). Em 2021 foi a vez da comunidade do Pôr do Sol receber o Cepi Jandaia. Em 2023, foram cinco estruturas construídas para cuidar dos pequenos: os Cepis Sarah Kubistchek (Sol Nascente), Orquídea do Cerrado (Ceilândia), Tucano (Planaltina) e também as primeiras creches públicas rurais da história do DF – a Creche Núcleo Rural Pipiripau, em Planaltina, e a Creche Núcleo Rural Jardim II, no Paranoá. Já em 2024, veio a inauguração do Cepi Rosa do Campo, em Santa Maria. As unidades contam com salas de atividades para a educação infantil, sala multiúso, direção, secretaria, sala de professores, solários, fraldários, lactário, sala de amamentação, refeitório, pátio não coberto para a instalação de brinquedos infantis, sanitários para alunos e sanitários para professores/comunidade, sanitários para pessoas com ´deficiência (PcDs), playground, cozinha, despensa, rouparia, lavanderia, vestiários e copa para os funcionários. Todos os Cepis foram construídos utilizando o projeto padrão do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), com variações nas versões aplicadas. Os Cepis Papagaio, Cajuzinho e Bem-te-vi seguem a primeira versão do projeto, enquanto as unidades Jandaia, Tucano e Rosa do Campo seguem a versão mais recente, com ajustes na estrutura para melhor atender às necessidades das crianças.
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Envelhecer com dignidade: Programas de governo transformam a vida dos idosos do Distrito Federal
No Distrito Federal, envelhecer é sinônimo de cuidado e amparo. Com uma rede socioassistencial cada vez mais fortalecida, o Governo do DF (GDF) tem garantido que a população idosa da capital do país tenha qualidade de vida, autonomia e acolhimento. Seja no acesso à saúde, no suporte social ou nas políticas de inclusão, os idosos encontram nos programas e projetos públicos aliados para enfrentar os desafios da idade com dignidade e bem-estar. Com o envelhecimento acelerado da população, o Distrito Federal já conta com mais de 356 mil idosos, representando 11,84% dos habitantes. O crescimento desse grupo etário é expressivo: enquanto a população total do DF aumentou 4,5% nos últimos anos, o número de pessoas com 60 anos ou mais saltou 34,5%, refletindo a longevidade e as transformações demográficas do Quadradinho. Diante da crescente expansão da população idosa, o desafio diário é criar oportunidades para que cada fase da vida seja vivida com dignidade, segurança e respeito. O compromisso com esta população, refletido nas ações coordenadas por diversas áreas deste GDF que transformam o dia a dia dos cidadãos, é uma das iniciativas e obras que a Agência Brasília relembra na série de reportagens Esta é a Nossa História. Lazer e conexão Um dos principais programas de governo voltados ao público idoso é o Projeto Viver 60+, coordenado pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), por meio da Subsecretaria de Políticas para Idosos (Subidoso). Em 2024, mais de 7 mil pessoas com idade acima de 60 anos foram beneficiadas com atividades como caminhadas, aulas de dança, ginástica, bailes e passeios a pontos turísticos, cinema e zoológico. O programa também promoveu grupos de convivência, em que os participantes socializam e fortalecem laços afetivos, além de oficinas e atividades físicas que estimulam corpo e mente. Para a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, é justamente o suporte psicológico oferecido pela iniciativa que ajuda a enfrentar questões emocionais comuns nessa fase da vida. “Cuidar da saúde mental da pessoa idosa é cuidar da dignidade e do bem-estar de quem sempre cuidou de nós. Todos eles merecem o nosso respeito e atenção”. Um dos principais programas de governo voltados ao público idoso é o Projeto Viver 60+, coordenado pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Além do bem-estar mental, a prática de exercícios físicos é essencial para manter a saúde e prevenir doenças. Valdivina Oliveira, 65 anos, reforça a importância de iniciativas como o projeto. “A gente que passa dos 60 anos precisa movimentar o corpo. Se ficarmos sentados no sofá assistindo a televisão o tempo todo, a vida passa e a gente vai se apagando. Eu trabalhei a vida inteira e só agora tive essa oportunidade de cuidar da minha saúde. Isso é essencial. Quanto mais programas como esse, melhor. Movimentar o corpo também desafoga a saúde pública, porque quem pratica exercícios não adoece tanto”, explica. Os benefícios do Viver 60+ também são percebidos por Raimundo Lima, de 78 anos. Ele já participa das aulas há dois anos e sente a diferença no seu dia a dia. “Eu tinha um problema no braço que me incomodava muito. Depois que comecei a fazer as aulas, hoje não tenho mais nada. Tá tudo beleza, tudo bom. O importante é estimular o corpo. Isso aqui traz qualidade de vida. Tem muita gente que não acredita nesses projetos do governo, mas eu sou a prova de que funciona. Se ficar parado, adoece”, enfatiza. Os benefícios do Viver 60+ também são percebidos por Raimundo Lima, de 78 anos. Ele já participa das aulas há dois anos e sente a diferença no seu dia a dia | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Saúde e bem-estar A promoção da saúde e bem-estar dos idosos no Distrito Federal também são realidades nos Centros Olímpicos e Paralímpicos (COPs) da capital do país. Nos equipamentos públicos, aulas gratuitas têm gerado benefícios significativos para a qualidade de vida dos idosos, promovendo não apenas melhorias físicas, mas também a integração social e a sensação de pertencimento à comunidade. Um dos COPs mais requisitados pela população idosa do DF é o de Santa Maria, onde 670 alunos com idade acima de 60 anos participam de atividades como hidroginástica, capoterapia, ginástica localizada e exercícios físicos orientados. A confeiteira Neide Gomes, 62, também encontrou no COP uma solução para melhorar sua saúde | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Uma das matriculadas é Maria da Guia, 73. A aposentada começou a frequentar a unidade há 8 anos e não deixou mais o espaço. “Frequentar as aulas mudou muito a minha vida, porque eu não fazia nada e, quando entrei aqui, não quis mais sair. Me sinto mais feliz, uma mulher de 20 anos, mais disposta”, brinca. “Sinto que o meu corpo está muito disposto e hoje tenho muita energia. Aqui é maravilhoso”. A confeiteira Neide Gomes, 62, também encontrou no COP uma solução para melhorar sua saúde. Com a fibromialgia, ela sofria intensamente com as dores e os remédios não estavam surtindo o efeito esperado. “Fazer hidroginástica foi a melhor decisão que tomei. Eu pagava por aulas de hidro e não resolvia minhas dores, até que me inscrevi aqui e fui sortuda de conseguir uma vaga há 4 anos. Tem sido a diferença na minha vida”, relata Neide. Superando barreiras Aos 69 anos, Nazaré Lopes é um exemplo do viés transformador da educação. Com uma trajetória marcada por desafios pessoais e familiares, a idosa decidiu retomar os estudos após a perda de um filho, em 2016. Com pouca instrução formal na juventude, ela sempre teve o desejo de aprender, mas a vida, com suas dificuldades e responsabilidades, a impediu de seguir esse caminho até 2024, quando concluiu o ensino básico por meio da Educação de Jovens e Adultos (EJA). “Eu sempre gostei de estudar. Quando era menina, minha mãe não queria me deixar estudar, mas eu insistia. Vi tanta coisa que me encantava, como as fotos das enfermeiras do Rio de Janeiro. Eu sonhava em poder seguir esse caminho, mas as coisas foram acontecendo e tive que adiar esse sonho”, relata, emocionada. Para a aposentada, retomar os estudos foi um desafio, mas também uma forma de lidar com o luto da perda do filho e reconstruir a vida. “Foi difícil, mas encontrei uma turma acolhedora que me motivou a continuar. Muitas vezes quis desistir, principalmente quando adoeci, mas não parei. Agora meu sonho é entrar na faculdade, estudar gastronomia ou até mesmo realizar meu sonho antigo de ser enfermeira”, afirma. Histórias de superação como a de Nazaré se multiplicam por todo o Distrito Federal, onde a busca pela educação entre a população idosa tem se tornado uma realidade cada vez mais presente. Para atender a essa demanda crescente, o GDF retomou, em 2024, o programa DF Alfabetizado, da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), que havia sido suspenso em 2018. Segundo a pasta, atualmente, 80% dos atendidos pela iniciativa têm mais de 60 anos. Em 2024, o programa atendeu cerca de 1.250 idosos em situação de analfabetismo, com a previsão de ampliar a oferta para mais 50 turmas no próximo semestre. Mais do que garantir a escolarização, a preocupação com a melhoria da qualidade de vida dos estudantes é uma constante. O Programa Escola Comunidade Ginástica nas Quadras (PGinQ), por exemplo, oferece atividades físicas gratuitas, como ginástica, yoga e caminhada, e beneficia anualmente cerca de 12 mil pessoas, com uma participação significativa de idosos.
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