Vinhos do Cerrado superam rótulos internacionais em pesquisa inédita
Vinhos produzidos no Cerrado de Altitude, no Distrito Federal, têm surpreendido especialistas do setor ao apresentarem qualidade superior à de rótulos consagrados da França, Itália, Espanha, Austrália, Argentina e África do Sul. A constatação vem de uma pesquisa recente e inédita coordenada por Rafael Lavrador Sant Anna, do Instituto Federal de Brasília (IFB), em parceria com as pesquisadoras Caroline Dani (ABS-RS) e Fernanda Spinelli (Laren-RS e OIV). O estudo recebeu investimento de R$ 1,5 milhão da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), por meio dos editais FAPDF Learning Agro 2022 e 2023. Pesquisa financiada pela FAPDF aponta que vinhos produzidos no Cerrado têm qualidade superior à de rótulos consagrados da França, Itália, Espanha, Austrália, Argentina e África do Sul | Foto: Kennedy Barros A pesquisa avaliou as safras de 2022 e 2023 da variedade Syrah, uva símbolo da produção local. Os vinhos brasilienses demonstraram concentração excepcional de compostos fenólicos e antioxidantes, fatores determinantes para a estrutura, longevidade e complexidade aromática da bebida. Os dados foram comparados com padrões internacionais, utilizando protocolos reconhecidos pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), sediada em Dijon, na França, responsável por estabelecer e manter padrões para a indústria vinícola no mundo inteiro. “Os resultados foram tão expressivos que refizemos os testes. Os índices de resveratrol e outros compostos estavam acima do esperado, superando vinhos de regiões tradicionais”, afirmou Rafael Lavrador, coordenador do estudo. Pesquisador Rafael Lavrador (ao centro) coleta amostras dos vinhedos de Brasília | Foto: Arquivo pessoal As análises foram feitas em laboratório especializado de Caxias do Sul (RS), único no país capaz de aplicar os rigorosos padrões internacionais. Os pesquisadores também destacam a importância da adaptação da Syrah ao solo do DF, principalmente com o uso da técnica da dupla poda, que favorece o amadurecimento ideal da uva no inverno. Com essas concentrações, os vinhos do Cerrado garantem não apenas uma cor marcante e identidade varietal autêntica, mas também alta qualidade técnico-científica, com potencial para reconhecimento internacional e futura Indicação Geográfica (IG). O presidente da FAPDF, Marco Antônio Costa Júnior, reforça: “Essa pesquisa comprova que Brasília não apenas entrou no mapa da vitivinicultura nacional, como também já pode ser considerada referência internacional. O Cerrado brasileiro tem mostrado um potencial surpreendente, e o papel da FAPDF é justamente apoiar iniciativas inovadoras como essa, que combinam ciência, desenvolvimento regional e geração de valor para a sociedade”. Indicação Geográfica A equipe de pesquisadores já pensa na construção da primeira Indicação Geográfica brasileira com base em critérios laboratoriais e não apenas sensoriais. A ideia é utilizar os compostos fenólicos como elementos técnicos para garantir a autenticidade e rastreabilidade da produção. “Queremos que Brasília seja pioneira no país ao adotar uma IG que considere dados bioquímicos. Isso traria mais segurança ao consumidor e agregaria valor ao produto local”, defende Rafael Lavrador. A proposta já foi apresentada à Vinícola Brasília, uma das principais produtoras da região, e pode ser viabilizada com novos editais de fomento. As concentrações encontradas nos vinhos do Cerrado garantem não apenas uma cor marcante e identidade varietal autêntica, mas também alta qualidade técnico-científica | Foto: Kennedy Barros Saúde na taça Os compostos fenólicos presentes em maior quantidade nos vinhos brasilienses também oferecem benefícios à saúde: · Resveratrol – Atua na prevenção de doenças cardiovasculares e neurodegenerativas; · Antocianinas – Fortalecem o sistema imunológico e a microbiota intestinal; · Catequinas – Têm ação antioxidante e anti-inflamatória, ajudando a retardar o envelhecimento celular. Trajetória O resultado atual é fruto de uma trajetória iniciada há mais de 20 anos. Pesquisadores mineiros identificaram no Cerrado um ambiente favorável à vitivinicultura de qualidade, especialmente com o uso da técnica da dupla poda, trazida pelo pesquisador Murilo Albuquerque Regino, da Epamig. Essa técnica permite colher uvas no inverno, em condições ideais de maturação. Em 2021, a FAPDF investiu no projeto Desenvolvimento de tecnologias para o fomento da vitivinicultura no DF e Ride, conhecido como Vinhas Brasília, coordenado pela professora Márcia Terezinha Longen Zindel, da Universidade de Brasília (UnB). O projeto estruturou a cadeia produtiva local e impulsionou o enoturismo, consolidando Brasília como nova fronteira do vinho nacional. A Vinícola Brasília, criada em 2019 no PAD-DF, já comercializa rótulos reconhecidos e, em 2024, inaugura seu complexo vitivinícola. A Syrah, uva rústica e de alta produtividade, mostrou ser a mais adaptada ao Cerrado. Com dados científicos robustos, manejo técnico avançado e apoio contínuo da FAPDF, Brasília se posiciona como nova referência internacional na produção de vinhos finos. Confira abaixo alguns destaques técnicos revelados pela pesquisa. Resveratrol · Syrah do DF: até 12,08 mg/l · Barossa Valley (Austrália): 3,85 mg/l · Médoc/Bordeaux (França): 2,9 mg/l · Toscana (Itália): 3,2 mg/l Catequinas e epicatequinas · Syrah do DF: 49,70 mg/l · África do Sul: até 17,76 mg/l · Vale do Rhône (França): cerca de 20 mg/l · Espanha (Rioja, Priorat): entre 18 e 25 mg/l Antocianinas · Syrah do DF: Malvidina até 17,90 mg/l, cianidina até 46,84 mg/l, delfinidina até 14,92 mg/l · França (Hermitage e Côte Rôtie): malvidina entre 8,5 e 11 mg/l · Argentina: Malvidina entre 7,01 e 9,75 mg/l; cianidina até 10,8 mg/l; delfinidina até 22 mg/L. *Com informações da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF)
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Feira de programação amplia acesso à tecnologia para alunos de regiões periféricas
Até 30 de agosto, cerca de 1.300 alunos da rede pública de ensino terão a chance de se envolver com temas de robótica e programação de maneira descomplicada. A iniciativa ocorre por meio do evento Transformando o futuro, voltado para o aprendizado em tecnologia. O investimento de R$ 800 mil do Governo do Distrito Federal (GDF), via Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), vai beneficiar estudantes de Ceilândia, Gama, Recanto das Emas e Estrutural. Esse tipo de apoio busca ampliar a inclusão de alunos de áreas periféricas que, muitas vezes, enfrentam barreiras no acesso a oportunidades de ensino avançado. Para o GDF, é fundamental garantir que jovens de diferentes contextos sociais tenham acesso a recursos e experiências que podem moldar seu futuro acadêmico e profissional. O investimento de R$ 800 mil do GDF, via Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal, vai beneficiar estudantes de Ceilândia, Gama, Recanto das Emas e Estrutural | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília No Brasil, apenas cerca de 0,5% da população está envolvida em atividades de pesquisa e desenvolvimento, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Por isso, é importante que oportunidades como essa sejam distribuídas de maneira mais igualitária para promover a inclusão da população, especialmente a mais carente. O apoio ao projeto Transformando o futuro é um passo estratégico da FAPDF para fortalecer a conexão entre tecnologia, educação e políticas públicas no Distrito Federal. O presidente da fundação, Marco Antônio Costa Júnior, explica que o objetivo é despertar o interesse dos estudantes pela inovação e promover a inclusão digital, preparando-os para os desafios do século XXI. “Buscamos não apenas desenvolver habilidades essenciais, como pensamento crítico e criatividade, mas também fomentar uma aprendizagem colaborativa e interdisciplinar que é fundamental para o desenvolvimento científico e tecnológico no DF, estimulando ainda o interesse desses jovens em se tornarem futuros pesquisadores”, afirma. Eloísa Lima, estudante: “Iniciativas como essa são importantes porque, muitas vezes, só temos noção do básico e, nessas oportunidades, podemos nos aprofundar” Para jovens como Sara Vila Nova e Eloísa Lima, de 14 anos e estudantes do Centro de Ensino Fundamental 10 do Gama, eventos como esse representam uma oportunidade valiosa. Elas esperam que o Transformando o futuro as ajude a se aprofundar no campo da tecnologia e, quem sabe, seguir uma carreira voltada para a pesquisa. “Tenho certeza de que vou aprender muitas coisas e que tudo que temos aqui pode, de alguma forma, servir para a nossa profissão no futuro”, diz Sara. “Iniciativas como essa são importantes porque, muitas vezes, só temos noção do básico e, nessas oportunidades, podemos nos aprofundar”, complementa Eloísa. O professor Bruno Fernandes Rodrigues reforça a importância de incluir alunos da periferia nesse tipo de iniciativa. Ele destaca que, ao abrir portas para a educação e a pesquisa em áreas periféricas, o GDF investe no futuro dos indivíduos e no avanço científico e tecnológico do país como um todo. “Muitos dos nossos estudantes dizem que querem seguir carreira na área de tecnologia da informação e programação. Esta iniciativa pode dar o impulso necessário para que eles percebam que têm essa possibilidade. Viemos de uma realidade mais periférica e estamos aqui hoje vendo uma realidade que pode influenciar não só o presente desses jovens, mas também o seu futuro”, ressalta.
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Inscrição para maratona de desenvolvimento de pesquisas vai até quarta (15)
Termina na quarta-feira (15) o prazo de inscrição para a Hackatona SUS Digital, maratona de desenvolvimento e apresentação de pesquisas realizada na Feira de Soluções para a Saúde. O objetivo é que sejam desenvolvidos produtos, serviços e processos com soluções digitais para o enfrentamento de pandemias e crises sanitárias. As ideias precisam ser aplicáveis ao Sistema Único de Saúde (SUS), em especial ao serviço oferecido no Distrito Federal. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas no site. A maratona ocorrerá entre os dias 21 e 23 deste mês e o resultado será divulgado no dia 29. O edital foi lançado pela Fiocruz Brasília, em parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF) e a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). A programação da Feira de Soluções para a Saúde inclui palestras, oficinas, workshops, seminários e mesas de negociação | Fotos: Breno Esaki/ Arquivo Agencia Saúde “A maratona, assim como a feira em si, é uma oportunidade para mostrar para a sociedade o que está sendo feito pela comunidade acadêmica. Ao mesmo tempo, o GDF, a FAP e a Fiocruz podem mostrar que estão comprometidas com o desenvolvimento de novas tecnologias”, explica o coordenador de Tecnologia e Inovação da FAP-DF, Gilmar Marques. O termo hackathon tem origem inglesa e combina as palavras hack (o ato de programar com excelência) e marathon (maratona). A organização do evento decidiu incluir a letra “a” no final da palavra, em apoio às mulheres na ciência e tecnologia. Com o tema Transformação Digital na Saúde, a Feira de Soluções para a Saúde vai ocorrer entre os dias 27 e 29 deste mês, no Millenium Convention Center, no Clube da Ascade. Além da Hackatona, a programação inclui desde palestras, oficinas e workshops a seminários, sessões de conversa, simpósios e mesas de negociação (pitches). O público em geral pode participar. Basta se inscrever neste link. Podem participar da Hackatona SUS Digital pessoas físicas e jurídicas, organizadas em equipes de, no mínimo, três e, no máximo, cinco integrantes Para o subsecretário de Planejamento em Saúde, Rodrigo Vidal, a transformação digital implica, diretamente, na melhoria dos serviços prestados à população e na otimização do uso de recursos públicos. “O recurso financeiro é escasso e, quando se fala em saúde, notamos que o orçamento é limitado. Então, a melhor maneira de usar esse recurso é transformando ativos digitais em ativos financeiros. Isso se dá quando conseguimos digitalizar um processo de trabalho para que o recurso financeiro possa ser aplicado em outra área que é mais analógica, mais manual”, explica Vidal. “Nos últimos 10 anos, podemos citar o prontuário eletrônico. Antigamente, havia uma estrutura enorme de arquivos físicos e profissionais para localizar os prontuários médicos. E, atualmente, todo o recurso com digitalização do processo foi direcionado a outras áreas”, completa. O edital [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Podem participar da Hackatona SUS Digital pessoas físicas e jurídicas, organizadas em equipes de, no mínimo, três e, no máximo, cinco integrantes, que podem ser de instituições e locais diferentes. As inscrições na maratona devem ser realizadas uma única vez pelo líder de cada equipe. Serão selecionadas as quatro propostas com as melhores avaliações. Conforme o edital, os projetos podem ser voltados a tecnologias de saúde digital para enfrentamento da covid-19 e suas consequências de caráter sanitário, social e econômico; transformação digital para adaptar as instituições de saúde aos novos contextos das tecnologias digitais em ascensão e dos modelos de gestão ligados a elas; e desenvolvimento da ciência cidadã, entre outros temas. As propostas selecionadas passarão para a fase de desenvolvimento de protótipos e serão incubadas no Colaboratório de Ciência, Tecnologia, Inovação e Sociedade da Fiocruz Brasília. Nesta etapa, as equipes receberão R$ 150 mil no formato de bolsas de estímulo à pesquisa. Já na etapa seguinte, de incorporação da tecnologia, serão distribuídos valores de até R$ 400 mil entre os projetos qualificados e indicados pela Secretaria de Saúde conforme as atividades exercidas, nível de complexidade e necessidade de equipamentos. Mais informações podem ser obtidas aqui.
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Evento gratuito com oficinas de fotografia, palestras e debates
Mais uma programação gratuita na capital para os amantes da tecnologia, inovação e cultura. O Art Projeção ocorre nestas sexta-feira (16) e sábado (17), no Eixo Cultural Ibero-Americano. Fomentado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF), o evento tem como tema central a tecnologia, promovendo um ambiente para network entre agentes culturais e atores da inovação e tecnologia, possibilitando discussões sobre o metaverso, a Web 3.0, entre outros assuntos. A programação conta com oficinas de fotografia ministradas por Natalia Jaguaribe na sexta (16), às 14h, e no sábado (17), às 10h. Já o professor Alexandre Bessa promoverá uma palestra gratuita com o tema Museu 2.0: Como o metaverso pode levar os museus para o próximo nível, neste sábado (17), de 14h às 15h. O público também poderá participar de uma mesa de debates na sexta (16), às 17h, na qual será possível trocar experiências e conhecimentos acerca do universo da inovação em cultura com o professor de informática Wagner Schmidt; o professor de Ciências Contábeis Alexandre Bessa; e o professor e escritor Gilson Chagas. Serviço Art Projeção – Onde: Eixo Cultural Ibero-Americano – Eixo Monumental – Quando: 16 e 17 de dezembro – Horário: de 10h às 21h – Contato: @facecdf – Entrada franca *Com informações da FAP-DF
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GDF incentiva projeto para transporte de material biológico por drone
A Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF), por meio do Programa DF Inovador, em conjunto com a Universidade de Brasília (UnB) e o Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF), fomentou a proposta desenvolvida pela pesquisadora Izabela Gimenes (Fiocruz), em parceria com a startup H4andsLab. O edital concedeu ao projeto da Fiocruz Brasília um incentivo de R$ 50 mil para a construção de um protótipo de drone viável e funcional. A ideia da pesquisadora Izabela Gimenes utiliza o drone para o transporte do material biológico colhido no campo, como sangue ou órgãos para transplante, até o laboratório | Foto: Divulgação/FAP-DF A ideia de se criar um drone para transportar material biológico surgiu com a dificuldade vivenciada por Izabela para realizar suas pesquisas. A pesquisadora conta que muitos trabalhos se tornavam inviáveis devido à distância do ponto de coleta até o laboratório, custo e dependência de transporte institucional. Para solucionar de forma prática essa questão, a pesquisadora da Fiocruz formou uma parceria com a startup H4andsLab, por intermédio do Programa DF Inovador, da FAP-DF. O objetivo do programa é promover a inovação e transformação digital de organizações públicas e privadas do Distrito Federal e RIDE, unindo pesquisadores e startups para a criação de projetos que possam gerar melhorias para a sociedade. O protótipo foi construído e testado sem material biológico e percorreu uma distância de 8 km em menos de 20 minutos, algo que demoraria 40 minutos se o trajeto fosse feito por transporte tradicional. Além disso, houve uma redução no custo do deslocamento em 28%. Ambas reduções são significativas e podem promover transformações no que diz respeito ao transporte de sangue e órgãos para transplante, como informa o CEO da H4nds, Luis Eduardo Ludgero. A segunda fase dos testes será feita incorporando o trabalho da pesquisadora da UnB Olga Machado, que transportará material biológico para realizar o estudo de vigilância genômica para monitoramento de casos de tuberculose associados à covid-19. Caso o teste seja bem sucedido, o projeto seguirá para novas etapas. *Com informações da FAP-DF
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Periódico gratuito de pesquisas científicas do DF é lançado
A Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF) lança, nesta quinta-feira (30), sua mais nova iniciativa de divulgação científica: o periódico anual Diálogo Científico FAP-DF. Com o objetivo de disseminar de forma gratuita os melhores projetos fomentados pela fundação, a publicação conta com 50 pesquisas em diversas áreas do conhecimento, além de matérias de fomentos eficazes gerados pelo apoio público. Arte: FAP-DF No Brasil, o acesso a publicações científicas ainda se dá de forma restrita, uma vez que existem custos altos tanto para o pesquisador publicar quanto para a população consumir o conteúdo, causando um afastamento entre a sociedade e a ciência. “A FAP-DF assume o compromisso de democratizar a ciência e torná-la de fácil acesso à população para que esse conhecimento não fique retido apenas nas universidades e comunidades científicas”, explica o presidente da fundação, Marco Antônio Costa Júnior. Divulgação científica no Brasil A divulgação científica possui um papel fundamental para a sociedade e também para a manutenção das instituições científicas. Ao analisar a produção científica nacional, tem-se 31 centros de pesquisa brasileiros contemplados no levantamento de 2022 do Centro de Estudos para a Ciência e Tecnologia da Universidade de Leiden, na Holanda. A instituição, que anualmente publica o ranking das principais instituições acadêmicas do mundo, tem como objetivo central do levantamento a análise do impacto científico de cada centro de pesquisa analisado. A lista contabiliza as publicações catalogadas na Web of Science, um banco de dados pago que reúne o conteúdo de diversos periódicos científicos. Para entrar no ranking da Universidade de Leiden, o centro de pesquisa precisa ter ao menos 100 publicações na coleção principal da Web of Science. [Olho texto=”“É nosso dever não apenas instigar o desejo de fazer ciência, como também fomentar pesquisas, apoiar apresentações de projetos de forma nacional e internacional e divulgar todo o conteúdo produzido com o apoio da fundação” ” assinatura=”Marco Antônio Costa Júnior, presidente da FAP-DF” esquerda_direita_centro=”direita”] No caso do Brasil, esses números variam de 1.000 a 10.000 publicações e a Universidade de Brasília se encontra na décima posição, com 2.620 publicações catalogadas. Em comparação com a América Latina, o Brasil publica 24,77% a mais do que os países vizinhos, com uma média de publicação de 31,81% entre todas as 31 universidades mencionadas no levantamento. Os dados demonstram a força da produção científica nacional, mas que ainda podemos melhorar. Apesar da grande quantidade de publicações, existem muitos desafios a serem vencidos até que um trabalho chegue a um banco de dados como o Web of Science. De acordo com o pesquisador Luís Gomes, a comunidade acadêmica fica dependente do sistema pago e seus pesquisadores se sentem pressionados para publicar em revistas de alto impacto, com custos que podem chegar a US$ 5 mil (equivalente a cerca de R$ 26 mil), além de custos associados a assinaturas digitais ou impressas dos periódicos. Com os altos valores de publicação e de acesso aos materiais existentes, periódicos como o Diálogo Científico FAP-DF aparecem como um suspiro de alívio, liberando as travas existentes para que trabalhos de alta qualidade sejam publicados e consumidos. Disseminação do conhecimento A FAP-DF tem como missão ser aliada na produção e divulgação do saber, atuando mediante o ciclo da ciência, composto por cinco etapas que resultam na disseminação do conhecimento científico. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A fundação começa com o objetivo de instigar o desejo de se fazer ciência e segue com o fomento de pesquisas de nível médio, por meio de programas como o Pibic Júnior e Pibiti Júnior; tem, também, o fomento de pesquisas de nível superior, com Pibic, Pibiti, Demanda Espontânea, PDPG e Programa FAPDF Learning. O ciclo continua com o apoio à apresentação de projetos nacional e internacionalmente, com as iniciativas FAP Participa DF e o FAP-DF Movimenta. Todos esses programas e fomentos culminam na última fase do ciclo, que é o aumento da divulgação científica com o Prêmio FAP-DF e o FAP-DF Publica. Este ano, a FAP-DF já alocou R$ 47 milhões em 12 programas de fomento à pesquisa, e a perspectiva é seguir oferecendo oportunidade. Um dos editais criados com foco na última etapa do ciclo da ciência é o FAP-DF Publica. Ele foi a primeira iniciativa da fundação a não só ajudar a fazer ciência, mas a divulgá-la para valorizar os cientistas brasilienses e tornar a pesquisa mais aplicável pela geração de acesso ao conhecimento. Mas apenas auxiliar a divulgação das pesquisas em revistas nacionais e internacionais não era o suficiente. De acordo com Marco Antônio Costa Júnior, “é nosso dever não apenas instigar o desejo de fazer ciência, como também fomentar pesquisas, apoiar apresentações de projetos de forma nacional e internacional e divulgar todo o conteúdo produzido com o apoio da fundação”. Dessa forma, Diálogo Científico surge como mais uma oportunidade de reconhecer e ampliar a visibilidade de pesquisas desenvolvidas no DF. Serviço: Acesse, gratuitamente, o Diálogo Científico FAPDF pelo site da fundação ou pelo link: https://www.fap.df.gov.br/dialogo-cientifico-fapdf-periodico-de-pesquisa-cientifica/
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Pesquisa científica terá R$ 20 milhões no Distrito Federal
A Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF) lançou, nesta segunda-feira (27), o programa FAPDF Learning para garantir o apoio financeiro na realização de pesquisas científicas no Distrito Federal e Entorno. São R$ 20 milhões que serão ofertados para pesquisadores, com titulação de doutorado, desenvolverem projetos nas áreas de agronegócio, biotecnologia e saúde, govtech (startups que buscam gerar inovação para a gestão pública) e ciência, tecnologia e inovação (CT&I). A expectativa é que a primeira chamada seja publicada até o final de julho. Programa lançado pela FAP-DF busca incentivar pesquisadores, com titulação de doutorado, a desenvolverem projetos em áreas como agronegócio, biotecnologia e saúde | Foto: Divulgação/FAP-DF O coordenador da pesquisa poderá ser residente no DF ou na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride). Neste programa, serão admitidos coordenadores com vínculo empregatício e, também, de professor voluntário à instituição de ensino, contanto que possuam título de doutor. As propostas serão selecionadas de acordo com as etapas de habilitação, que incluem a análise de mérito técnico-científico com 17 critérios definidos, e de maturidade tecnológica, com cinco critérios. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “A FAP-DF se mobilizou para criar um programa permanente de apoio a pesquisas em áreas específicas, pois acreditamos que elas atendem aos interesses da população, além de gerar resultados de alto valor agregado. Apesar de ser um ano atípico, por causa das eleições, alocamos mais de R$ 47 milhões em 12 programas de fomento à pesquisa e a perspectiva é seguir oferecendo oportunidade”, ressalta o diretor-presidente da FAP-DF, Marco Antônio Costa Júnior. As chamadas a serem desenvolvidas dentro do programa foram definidas a partir de um mapeamento da capital e serão denominadas Agro, Bio Health, GOV e Tech Learning. A fundação ainda poderá lançar chamadas para outras macroáreas de pesquisa, a depender da identificação de outras necessidades sociais. O programa busca soluções e desenvolvimento social por meio de projetos de pesquisa aplicáveis. O programa em sua íntegra poderá ser acessado na página da fundação e os coordenadores terão, além de bolsas de pesquisa para ele e sua equipe, financiamento de itens referentes a capital e custeio, como equipamentos, material bibliográfico, softwares, entre outros. *Com informações da FAP-DF
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Governo do DF incentiva inovação e certifica 50 novas startups
O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP-DF) e da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF (Secti-DF), certificou, na manhã desta quinta-feira (3), 50 novas startups, que foram fomentadas e capacitadas no âmbito do programa Start BSB. A assinatura dos contratos dos projetos de fomento entre as empresas e o GDF proporcionará para os empreendedores o investimento público individual de até R$ 112 mil e um processo de mentoria e assessoria empresarial de seis meses. A seleção pública contou com mais de mil participantes inscritos no site do programa e 428 propostas recebidas, provenientes das 39 áreas da Ride | Foto: Jaqueline Husni/Agência Brasília Dos mais de 1.000 projetos inscritos, os aprovados abrangeram 53% do DF – oriundos de 17 regiões administrativas -, sendo que 68% dos selecionados têm entre 25 e 40 anos. Representando o governador Ibaneis Rocha, e acompanhado de outras autoridades, o vice-governador Paco Britto fez entrega simbólica a três projetos selecionados do programa. [Olho texto=”“Esse dinamismo agrega eficiência à produtividade dos setores industriais, já que essas empresas fazem gerar oportunidades de empregos de qualidade, oferecendo soluções a problemas emergentes e às necessidades do mercado, e, por fim, girar a economia do Distrito Federal”, afirma o vice-governador Paco Britto” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Eu não tenho dúvidas de que a capital do país será, em breve, uma das maiores referências de empreendedorismo inovador do Brasil. E o programa Start BSB é um importante passo nessa caminhada”, frisou Paco. “Queremos criar vantagens competitivas sustentáveis e promover o crescimento econômico”, salientou. Os investimentos desta gestão, no programa de incentivo ao empreendedorismo inovador do DF, visam estimular o desenvolvimento de startups no DF e na Região Integrada de Desenvolvimento do DF e Entorno (Ride). Na opinião do vice-governador, para sustentar a inovação, é preciso ter condições de promover a existência de um ecossistema de startups dinâmico. “Esse dinamismo agrega eficiência à produtividade dos setores industriais, já que essas empresas fazem gerar oportunidades de empregos de qualidade, oferecendo soluções a problemas emergentes e às necessidades do mercado, e, por fim, girar a economia do Distrito Federal”, elencou Paco. Como braço operador desse projeto, a FAP-DF atingiu, neste período, um orçamento recorde, segundo o diretor presidente da fundação, Marco Antônio Costa Júnior. “Nunca na história do Distrito Federal foi investido na tecnologia como neste governo”, garantiu, agradecendo ao governador Ibaneis Rocha pelo entusiasmo, apoio e incentivo ao setor. Segundo ele, atualmente, a fundação está com oito editais abertos, com inscrições que incluem bolsas para a área de desenvolvimento científico. Histórico Já o titular da Secti, secretário Gilvan Máximo, classificou esta quinta-feira (3) como um dia histórico. “A FAP vivia nas páginas policiais. Graças a Deus, com muita luta, garra, competência [deste governo], saiu dessas páginas. As empresas tecnológicas sempre tiveram dificuldades no DF”, disse, referindo-se a gestões anteriores. “Este governo dá oportunidade para as pessoas. O governador e Paco tiraram o DF das trevas”, valorizou. [Olho texto=”O Start BSB conta com mais de R$ 5 milhões em recursos para investimento em novas empresas de base tecnológica” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] No discurso, Máximo falou ainda sobre as melhorias destinadas ao setor tecnológico, no DF, citando, por exemplo, a redução do ISS de 5% para 2% e a isenção dos carros elétricos por cinco anos. “Mais de 300 mil CNPJs foram abertos”, completou. “Vamos fazer de Brasília o vale do silício brasileiro”, concluiu, referindo-se a uma economia digital significativa. Sobre o programa O Start BSB é um programa de apoio a startups e projetos inovadores voltado para pessoas físicas, maiores de 18 anos e residentes no DF ou Ride, desenvolvido e executado pela FAP-DF e pela Secti-DF e por parceiros estratégicos como o Sebrae e a Fundação Certi. O intuito da Start BSB é impulsionar o empreendedorismo inovador na capital federal, além de acelerar o desenvolvimento do ecossistema de inovação do DF e Ride, atrair capital humano para a região e possibilitar o desenvolvimento e o intercâmbio de conhecimentos e novas tecnologias. O programa conta com mais de R$ 5 milhões em recursos para investimento em novas empresas de base tecnológica. Ele prevê aos projetos aprovados, além do recurso na modalidade de subvenção econômica, bolsas, capacitações e suporte para o desenvolvimento do negócio. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os milhares de participantes inscritos no programa tiveram propostas voltadas nos segmentos de tecnologia, educação, comércio, sustentabilidade, entre outras. Empresas que atuam no desenvolvimento da inteligência artificial foram as que obtiveram maior pontuação na avaliação do programa, como a Flow Consultoria em Design, a Dyagnosys e a Photos.Live, que atuam, respectivamente, na produção de design de produtos; desenvolvimento de software de teleconsulta e em soluções para produtos de eventos. A seleção pública contou com mais de mil participantes inscritos no site do programa e 428 propostas recebidas, provenientes das 39 áreas da Ride. *Com informações da Secti
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FAP-DF forma banco de consultores remunerados
A Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF) reformulou o edital voltado para a formação de seu banco de consultores (Edital 05/2020). Entre as principais mudanças, estão a redução dos pré-requisitos para participação e o estabelecimento de remuneração por parecer produzido. [Olho texto=”Para se candidatar é necessário, entre outros requisitos, ter nacionalidade brasileira ou estar em situação regular no País; possuir titulação de doutor(a) e ter participado de, pelo menos, dois projetos de pesquisa” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] O edital estabelece as condições gerais para realizar o credenciamento de consultores para exercerem as atividades de avaliação, seleção e acompanhamento de programas e projetos submetidos à FAP-DF. A seleção é voltada para pesquisadores vinculados a instituições de ensino e/ou pesquisa e/ou Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs) de todo o Brasil que, se selecionados, terão duas atribuições principais: * Emitir parecer circunstanciado sobre o mérito acadêmico, técnico e ?nanceiro, bem como qualquer outra questão pertinente ao projeto analisado, de programas, projetos e Documentos de Oficialização de Demandas (DOD) submetidos à FAP-DF; * Emitir parecer sobre o mérito acadêmico, técnico e ?nanceiro, bem como qualquer outra questão pertinente aos programas e projetos analisados no acompanhamento e avaliação técnica e cientí?ca apoiados pela FAP-DF. Para se candidatar é necessário, entre outros requisitos, ter nacionalidade brasileira ou estar em situação regular no País; possuir titulação de doutor(a) e ter participado de, pelo menos, dois projetos de pesquisa. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Remuneração Com a nova versão do Edital 05/2020, os especialistas que passarem a integrar o banco de consultores ad hoc da FAP-DF serão remunerados pelo serviço prestado. A previsão é de pagamento de até R$ 350,00 por parecer, a depender do tipo de parecer a ser entregue de acordo com as categorias definidas nas normas. O parecer será emitido pelo consultor em sua localidade de origem, já que eles podem atuar como consultores pesquisadores de qualquer parte do Brasil. Leia a íntegra da nova versão do Edital 05/2020 no site da FAP-DF. Também é possível chegar ao edital seguindo pela barra superior de menus na página inicial, passando o cursor sobre a opção “Editais” e escolhendo o ano de 2020. *Com informações da FAP-DF
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Mais 6 mil vagas para o DF Inova Tech
A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Apoio à Pesquisa do DF (FAP-DF) vão lançar 6 mil vagas para o programa DF Inova Tech. O anúncio será feito nessa quinta-feira (19), durante a formatura simbólica dos alunos do programa. “O programa de capacitação profissional promovido pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação é hoje o maior do Brasil e capacita jovens e trabalhadores de todas as idades para o mercado de trabalho”, destaca o titular da Secti, Gilvam Maximo. Em busca de qualificação Criado em 2019 pela Secti e pela FAP-DF, o DF Inova Tech é executado em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do DF (Senai-DF). Qualifica profissionais de 46 cursos em áreas como tecnologia da informação, automação industrial, telecomunicações, construção civil, metalmecânica e energia. As primeiras turmas começaram neste ano, e a previsão é que, em três anos, sejam qualificados mais de 45 mil profissionais. Mesmo em um ano afetado pela pandemia da Covid-19, 1.840 alunos se inscreveram e 474 já concluíram a formação. Todas as aulas do projeto ocorrem nas escolas do Senai-DF, no Gama, em Taguatinga e em Sobradinho. A partir de 2021, também serão ministradas na nova Escola Senai Brasília, no Setor de Indústrias Gráficas (SIG). Oportunidades “O DF Inova Tech oferece uma oportunidade única aos brasilienses e denota concretização da nossa missão institucional, pois com o apoio a esse programa fomentamos não apenas o desenvolvimento científico e tecnológico do Distrito Federal, mas podemos contribuir efetivamente para a geração de oportunidades, inclusão digital, social e econômica”, reforça o diretor-presidente da FAP-DF, Marco Antônio Costa Júnior. “O Governo do DF e a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação assumiram um papel de protagonistas na formação profissional no DF ao criar o DF Inova Tech e vão obter resultados tanto na colocação de pessoas no mercado quanto na atração de investimentos”, avalia o presidente da Federação das Indústrias do DF (Fibra) e do Conselho Regional do Senai-DF, Jamal Jorge Bittar. Interessados nas novas vagas, que estarão disponíveis para o primeiro trimestre de 2021, podem se inscrever no site do Senai. Diplomação e lançamento de vagas do programa DF Inova Tech Data: quinta-feira (19), às 10h. Local: Palácio do Buriti — Salão Branco. Evento restrito a convidados e imprensa, conforme os protocolos de segurança adotados em função da pandemia de Covid-19. * Com informações da Secti
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