Arte com bonecos e diálogo com comunicação não violenta fortalecem vínculos
Promover uma festa para integrar as famílias atendidas na unidade e proporcionar às crianças um ambiente lúdico onde elas fiquem à vontade para apresentar os trabalhos manuais que confeccionaram durante o percurso. Esse foi o objetivo de uma ação realizada pelo Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (Cecon) Gama Sul, unidade gerenciada pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF). Percurso é como são chamadas as atividades planejadas no âmbito do serviço. Além da apresentação dos bonecos, feitos de materiais recicláveis, o evento promovido no sábado (31/8) também contou com café da manhã, sorteio de brindes e uma sessão de conversa voltada para os pais sobre a importância da comunicação não violenta | Fotos: Flávia Mendes/Cecon Gama Sul A Festa da Família marcou o encerramento do percurso “Fortalecimento de Vínculos”. Participaram do evento 45 crianças de 6 a 14 anos, atendidas no Cecon Gama Sul, e seus familiares. Os conviventes apresentaram os bonecos confeccionados por eles mesmos para retratar pessoas que vivem com elas em casa. “Essas dinâmicas realizadas pelos centros de convivência são importantes para os conviventes refletirem sobre o dia a dia, com intuito de dar mais autonomia a eles e fortalecer os vínculos com a família e a comunidade. As atividades são planejadas de acordo com as demandas e as peculiaridades das comunidades que vivem no território e frequentam as unidades” Ana Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Social “Foi uma festa para apresentação dos trabalhos desenvolvidos com as crianças aqui do Cecon sobre fortalecimento de vínculos. Elas puderam retratar como é a convivência familiar por meio de bonecos, confeccionados por elas mesmas. Uma forma lúdica de elas expressarem sentimentos em relação à família e de os educadores avaliarem e identificarem possíveis vulnerabilidades e riscos dentro das casas daquelas famílias”, explica a chefe do Cecon Gama Sul, Flávia Mendes. Além da apresentação dos bonecos, feitos de materiais recicláveis, o evento. promovido no sábado (31/8), também contou com café da manhã, sorteio de brindes e uma sessão de conversa voltada para os pais sobre a importância da comunicação não violenta. “Foi muito interessante e construtivo. No debate, nós falamos sobre amor, carinho, atenção, de como somos o espelho que as crianças têm em casa. Depois da palestra, eu refleti sobre uma situação que aconteceu em casa e que eu poderia ter feito diferente. Lembrei de quando minha filha fez um trabalhinho e eu disse que não estava bom e ela chorou. Não deveria ter agido daquela forma. Aí, me doeu. Conversamos sobre a importância de falar tudo do jeitinho certo, sem brutalidade, foi bom que podemos ver como podemos melhorar”, conta Lívia Maria Caixeta, mãe de Emanuely, 10. A Festa da Família marcou o encerramento do percurso “Fortalecimento de Vínculos”. Participaram do evento 45 crianças, com idades entre 6 e 14 anos, atendidas no Cecon Gama Sul, e seus familiares O Cecon Gama Sul, localizado na A/E Entre Quadra 05/11, Setor Sul, atende, atualmente, 155 pessoas, entre grupos de crianças e adolescentes, com idades entre 6 e 17 anos, e adultos e idosos com mais de 60 anos. “Eles fizeram os bonequinhos para conversar sobre as dinâmicas familiares, e nessas dinâmicas percebemos que os meninos se queixavam de muito grito, muita bronca. E, por mais que a gente saiba que as mães amam os meninos, que fazem tudo por eles, às vezes não conseguem demonstrar esse amor de uma maneira mais carinhosa. Demonstra esse amor trabalhando para sustentar o filho, indo atrás de consulta, comparecendo às reuniões do Cecon. A nossa sessão de conversa foi muito nesse lugar, para fazer os pais refletirem o quanto pontuar somente os defeitos podem ser prejudicial para a autoestima da criança e para o desenvolvimento afetivo dela também”, complementa a chefe do Cecon Gama Sul. Mãe de Ulisses, Flávia Glécia da Silva gostou da dinâmica. “Nós, realmente, na hora da explosão, falamos coisas sem pensar que podem magoar, né? E, assim, às vezes, perdemos essa noção de que eles não fazem para irritar. De vez em quando, eu falo algumas coisas, mas depois eu repenso. Na minha família, nós tentamos sempre conversar bastante”, relata. “Essas dinâmicas realizadas pelos centros de convivência são importantes para os conviventes refletirem sobre o dia a dia, com intuito de dar mais autonomia a eles e fortalecer os vínculos com a família e a comunidade. As atividades são planejadas de acordo com as demandas e as peculiaridades das comunidades que vivem no território e frequentam as unidades”, conclui a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. *Com informações da Sedes-DF
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Centro de convivência Gama Sul recebe evento sobre envelhecimento saudável
Em alusão ao Dia Nacional da Pessoa Idosa, celebrado neste domingo (1º), o Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (Cecon) Gama Sul preparou para esta sexta-feira (29) uma manhã especial, com direito a café da manhã, aulão de zumba, sorteio de brindes e muito bate-papo sobre envelhecimento saudável e garantia de direitos. A unidade gerenciada pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF) atende um grupo de 60 idosos. O objetivo foi proporcionar às idosas um momento de descontração, atividade física e de troca de experiências. “Eu não tenho dúvida de que o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) é uma das melhores políticas públicas que contempla esse ciclo etário da pessoa idosa. Elas se sentem protagonistas e isso é muito importante para a autoestima e a autonomia delas”, destaca a chefe do Cecon Gama Sul, Flávia Mendes. Grupo de idosos que frequenta a unidade socioassistencial participou de café da manhã, aula de zumba, sorteio de brindes e bate-papo realizado em parceria com a UnB | Foto: Flávio Anastácio/Sedes Por meio de uma parceria com a Universidade de Brasília (UnB), a equipe do Cecon Gama Sul convidou o grupo intergeracional, composto por adultos e idosos, para participar da sessão de conversa Mulheres negras idosas 60 +: a potência do envelhecer cidadão. O bate-papo foi conduzido pelas pesquisadoras Denise Ferreira Costa e Leides Moura, que conheceram o trabalho realizado pelo Cecon por meio do documentário Condão, lançado no ano passado para contar a história de três idosas atendidas na unidade. A sessão de conversa fez parte da Semana Universitária da UnB. “Esse evento representa espaços de convivência, de troca, de fortalecimento de vínculos, de sabedoria sendo repartida, de aprendizado mútuo entre as gerações, de compromisso pelo direito de envelhecer com dignidade no Brasil”, pontua a pesquisadora Leides Moura, coordenadora do grupo de trabalho Envelhecimento Saudável e Participativo da UnB. Moradora do Gama, Francisca das Chagas, de 96 anos, foi uma das convidadas. “Essa festa está maravilhosa, não tem melhor”, comemora. “Isso aqui é meu presente, eu amo. Sou uma das primeiras que entrei aqui na unidade”, conta a Maria da Conceição Ribeiro Boaventura, de 74 anos. [Olho texto=”“Essa questão da socialização é um comportamento neuroprotetor, evita vários tipos de demência. É uma forma de estimulação cognitiva, porque eles trocam informações”” assinatura=”Thiago Aguilar, educador social da Sedes” esquerda_direita_centro=”direita”] O Cecon Gama Sul atende, no total, 116 pessoas, entre adolescentes, adultos e idosos. O SCFV é realizado em grupos, organizado a partir de percursos, de modo a garantir aquisições progressivas aos usuários, de acordo com o seu ciclo de vida, a fim de complementar o trabalho social com famílias e prevenir a ocorrência de situações de risco social. “No caso das pessoas idosas, o serviço de convivência tem papel fundamental no fortalecimento de vínculos com a família, com a comunidade, propicia trocas de experiências e vivências, fortalecendo o respeito, a solidariedade e a autonomia desse público”, reitera a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. Cecon [Olho texto=” “Esse evento representa espaços de convivência, de troca, de fortalecimento de vínculos, de sabedoria sendo repartida, de aprendizado mútuo entre as gerações, de compromisso pelo direito de envelhecer com dignidade no Brasil”” assinatura=”Leides Moura, coordenadora do grupo de trabalho Envelhecimento Saudável e Participativa da UnB” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O grupo intergeracional do Cecon Gama Sul é atuante, se reúne três vezes por semana para realizar as atividades planejadas, trocar experiências e encontrar os amigos, além dos encontros de alfabetização social, para que os idosos tenham noções básicas de letramento e possam ter autonomia no dia a dia. “Muitas delas são viúvas, têm vínculos mais superficiais com família, os filhos se casaram, muitos moram longe. Nosso grupo de idosas é bem antigo. Quando elas constroem esse vínculo, elas não deixam de frequentar, só por uma questão de mobilidade mesmo”, explica Flavia Mendes. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Educador social da Sedes especialista em gerontologia, Thiago Aguilar explica que os centros de convivência têm papel importante para o envelhecimento saudável e prevenção de doenças. “As pessoas necessitam conviver, se relacionar. E, conforme vamos envelhecendo, perdemos essa convivência, alguns ciclos de amizade. Dentro dos centros de convivência, eles vão reencontrando isso, vão ressignificando essa nova fase da vida. É uma base para esse envelhecimento ativo, porque eles vão se empoderando, vão desenvolvendo protagonismo entre os seus pares. Isso vai consolidando a autonomia e a independência deles. Essa questão da socialização é um comportamento neuroprotetor, evita vários tipos de demência. É uma forma de estimulação cognitiva, porque eles trocam informações”, conclui o educador, que atende no Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Mozart Parada, em Taguatinga. *Com informações da Sedes-DF
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História de três idosas negras do Gama vira documentário
O Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (Cecon) Gama Sul produziu um documentário para contar a história de três mulheres negras e idosas atendidas pela unidade. O filme Condão, disponível no canal do YouTube da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), valoriza as raízes e vivências na comunidade e abre um espaço para o compartilhamento de histórias de vida. Assista aqui ao trailer. Grupo de idosos atendidos pelo Cecon Gama Sul assiste ao documentário | Foto: Divulgação/Sedes As protagonistas são Maria Amélia Nunes, de 71 anos, Zita Gonçalves e Maria de Lourdes da Silva, ambas de 70 anos. Elas fazem parte de um grupo de 60 idosos atendidos no Cecon Gama Sul, que integra a rede de proteção social da Sedes. A unidade desenvolve projetos, chamados percursos, para trabalhar temas específicos com as pessoas atendidas. [Olho texto=”“O processo de registro acabou se tornando uma ferramenta de escuta e reconhecimento para o fortalecimento de vínculos com a própria história, para nomeação de emoções e ressignificação de dores e perdas, que passaram a ser vistas como momentos de crescimento pessoal”” assinatura=”Flávia Mendes, chefe do Cecon Gama Sul” esquerda_direita_centro=”direita”] “Neste ano, a ideia foi desenvolver o percurso da Consciência Negra com uma proposta diferente, trabalhando a visibilidade e a escuta mesmo. O documentário fala de dores, de racismo, mas fala de superação também. As três protagonistas conseguiram cuidar dos filhos, estudar, superar as dificuldades, as questões pessoais”, explica a chefe do Cecon Gama Sul, Flávia Mendes. Percursos são os projetos desenvolvidos mensalmente na unidade. “O processo de registro acabou se tornando uma ferramenta de escuta e reconhecimento para o fortalecimento de vínculos com a própria história, para nomeação de emoções e ressignificação de dores e perdas, que passaram a ser vistas como momentos de crescimento pessoal”, acrescenta. “Para elas, foi muito emocionante se verem ali. Elas choraram quando assistiram o documentário.” No Cecon Gama Sul, são atendidos grupos de crianças de 6 a 14 anos de idade, adolescentes entre 15 e 17 anos e idosos com 60 anos ou mais. Atualmente, atende um total de 115 pessoas, mais o acompanhamento familiar. “O grupo de idosos ficou muito emocionado com as narrativas delas e orgulhoso também”, relata Flávia. “Eu achei maravilhoso poder me ver ali e contar um pouco da minha vida, me emocionei na hora que assisti ao vídeo pronto. No começo, não topei, mas depois me senti à vontade para falar. Foi uma vida de muita dificuldade, mas graças a Deus sou feliz e faria tudo novamente. Tenho filhos muito bons”, ressalta uma das protagonistas do documentário, Maria Amélia Nunes. O vídeo foi filmado e produzido nos meses de outubro e novembro para ser apresentado na conclusão do percurso em alusão ao Dia da Consciência Negra Atendida pelo Cecon Gama Sul há quatro anos, Maria Amélia compartilhou sua história, contou como criou os seis filhos sozinha e encontrou o amor aos 55 anos. “Fui mãe solteira, nenhum dos pais assumiu os filhos. Fiz diária, faxina. Quando trabalhava no Hospital do Gama, reencontrei uma pessoa que conhecia desde os 14 anos. Ele ficou viúvo, nos casamos no civil e na igreja em três meses”, conta. “Ele fez questão de fazer tudo do jeito que eu sonhava, me tratava como uma princesa, comprou uma casa para nós. Fomos casados por cinco anos e quatro meses até a morte dele, em 2010”, relata a aposentada, que passou a frequentar o Cecon Gama Sul com o apoio de uma das filhas, depois que o marido morreu. O vídeo foi filmado e produzido nos meses de outubro e novembro para ser apresentado na conclusão do percurso em alusão ao Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro. O nome do documentário, Condão, foi escolhido em homenagem à poesia de uma artista negra local, Claudia Martins. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O diretor de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da Sedes, Clayton Andreoni Batista, reforça a importância de ações como essa para alcançar os objetivos do serviço. “Elas oportunizam espaços de escuta, reconhecimento e protagonismo, são ferramentas eficazes para o alcance dos nossos objetivos individuais e coletivos”, pontua. O Distrito Federal tem 16 Cecons de execução direta da Sedes, além das instituições parceiras e dos centros de Referência de Assistência Social (Cras) que oferecem o serviço. Hoje, os centros de convivência atendem um total de 1.778 usuários. O serviço também é ofertado por cinco Cras e por OSCs parceiras da Sedes, beneficiando mais 3.900 pessoas. “O Cecon é uma unidade pública de assistência social que atende famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade e risco social. O serviço é realizado em grupos, separados por faixas etárias, para complementar o trabalho social que é feito com essas famílias e prevenir situações de risco social”, reitera a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. *Com informações da Sedes
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Para reflexão sobre a maternidade, encontros reúnem mães no Gama
Em homenagem ao Mês da Mães, o Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (Cecon) Gama Sul, vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), promoveu três encontros voltados à reflexão sobre a maternidade. Participaram mães de crianças e de adolescentes atendidos pelo Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV). O último encontro, na terça (10), contou com a participação de uma psicóloga e de uma assistente social do Centro do Referência de Assistência Social (Cras) Gama. Oferecer um espaço de escuta e de diálogo sobre maternidade e políticas sociais é o objetivo desta iniciativa, que também representa uma oportunidade para os profissionais que acompanham essas famílias. Realizadas em três etapas, reuniões contaram com participação de familiares | Foto: Divulgação/Sedes “Em vez de fazer um café da manhã ou uma festa, entendemos que seria importante oferecer esse espaço de escuta, de ouvir essas mães que têm filhos assistidos aqui na nossa unidade, entender os processos delas, de como elas se tornarem mães, além de saber como elas entendem o papel do serviço”, resume a chefe do Cecon Gama Sul, Flávia Mendes. [Olho texto=” “Ter espaços de fala como esse, para elas desabafarem, refletirem, é fundamental. É tornar a maternidade mais leve” ” assinatura=”Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social” esquerda_direita_centro=”direita”] “Elas falaram como é bom ter um espaço onde elas podem ser vulneráveis, porque em casa, às vezes, o grande esforço é para parecer forte, não demonstrar fraqueza, não chorar na frente dos filhos, e aqui elas puderam se expressar livremente”, conta Flávia. “Conseguimos perceber a multiplicidade de processos que envolvem a maternidade.” Participante dos encontros, Uilma Silva, 39 anos e mãe de uma adolescente de 15 acompanhada pelo Cecon Gama Sul, gostou da ação. “Foi maravilhoso, me senti à vontade para contar minha história, conversar”, diz. “Também gostei de ouvir o que as outras mães tinham para dizer, suas vivências. Eu via a maternidade como um fardo; a vida sempre foi muito difícil, sempre tive que trabalhar para sustentar minha família. Por isso, hoje, faço questão que minha filha estude para que ela tenha o que eu não tive.” A secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, reforça: “Nós, mães, temos que ter vários braços: ser mãe, profissional, mulher. É a responsabilidade pelo cuidado, pela educação, pela formação dos nossos filhos. Por isso, ter espaços de fala como esse, para elas desabafarem, refletirem, é fundamental. É tornar a maternidade mais leve”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Encontros No primeiro encontro, as participantes falaram sobre o que identificam em seu papel de mãe, suas qualidades e defeitos, como elas veem ou viam suas próprias mães e como é a educação de seus filhos. “Elas se sentiram bem em poder falar, mostrar e tentar entender as próprias vulnerabilidades”, relata Flávia Mendes. O segundo encontro foi remoto e teve como foco o a influência da maternidade na educação, no trabalho e nas relações sociais. “A intenção era também saber como, na opinião das mães, o serviço de convivência impacta a maternidade, no cuidado dos filhos e se, para elas, o Estado oferece apoio adequado.” “A atuação conjunta com a equipe do Cras favorece a articulação necessária e complementariedade entre os serviços de convivência e de Proteção e Atendimento Integral à Família [Paif], possibilitando o atendimento integral das famílias referenciadas”, avalia o diretor de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da Sedes, Clayton Andreoni. *Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social
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Pretos e pardos são maioria no Cadastro Único no DF
Divulgação/https://www.instagram.com/memorias.da.quarentena/ A maioria dos inscritos no Cadastro Único no Distrito Federal é considerada preta ou parda. De acordo com dados do Ministério da Cidadania, o número corresponde a 348.581 das 457.914 pessoas residentes no DF que estão no Cadastro Único, que, na capital federal, é coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes). Dessas, 317.322 se autodeclaram pardas e 31.259 declararam no ato da inscrição que são pretas. As mulheres pardas e pretas são maioria, 184.837 e 18.955, respectivamente. “Nosso público é formado, principalmente, por pretos e pardos. Por isso, consideramos importante preparar ações direcionadas para eles no Mês da Consciência Negra. Temos consciência que enfrentar a exclusão social é um dos passos para combater a exclusão racial”, ressalta a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha. A chefe do Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do Gama Sul, Flávia Mendes, explica que a equipe tem diferentes metodologias para abordar a temática no trabalho desenvolvido na unidade, mesmo neste período de pandemia. “Temos consciência de todas as desigualdades que afetam esse público. Acreditamos que o Mês da Consciência Negra deve ser celebrado e homenageado como ferramenta de resistência ao racismo e todas as suas formas”, explica. [Olho texto=”Escolhemos nove famílias que se autodeclaram pretas ou pardas. Enviamos o material, a tela e as tintas, e apresentamos quatro símbolos e os significados para eles escolherem o que iriam pintar. Temos famílias que têm um histórico de vivência muito difícil, então, foi uma tentativa de trazer esse sentimento de superação” assinatura=”Flávia Mendes, chefe do Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do Gama Sul” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Para o Mês da Consciência Negra, o Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do Gama Sul preparou uma atividade especial com os usuários: uma exposição virtual com pinturas de símbolos da cultura africana feitas pelas famílias de crianças e adolescentes entre 6 e 14 anos atendidas na unidade. “Escolhemos nove famílias que se autodeclaram pretas ou pardas. Enviamos o material, a tela e as tintas, e apresentamos quatro símbolos e os significados para eles escolherem o que iriam pintar. Temos famílias que têm um histórico de vivência muito difícil, então, foi uma tentativa de trazer esse sentimento de superação, por isso, escolhemos também as famílias negras e pardas para trabalhar, que são maioria. Eu acho que seria importante trabalhar com todas elas, mas, pelo contexto da pandemia, escolhi essas famílias para que elas tivessem esse sentimento de pertencimento”, destaca Flávia Mendes. Ao mostrar os símbolos, conversar sobre a origem e significado, os usuários tiveram a oportunidade de escolher uma figura e, a partir daquele momento, passaram a receber instruções sobre a pintura. As famílias mandaram fotos das produções pelo whatsapp da unidade socioassistencial. Divulgação/https://www.instagram.com/memorias.da.quarentena/ Chefe de família, dois dos quatro filhos de Maria Jucelia Neves dos Santos, de sete e 11 anos, frequentam há dois anos o Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do Gama Sul. “Aqui em casa todos nós somos negros e vivemos um momento complicado. Para nós foi um aprendizado, porque não conhecíamos esses símbolos. Nós nos reunimos para pintar, foi um momento alegre para a nossa família, os meninos ficaram muito orgulhosos”, conta. “Escolhemos o símbolo do pássaro olhando para trás, que significa aprender com o passado. Eu achei legal o significado porque a gente tem um passado tão difícil e isso foi interessante”. “Em uma situação sem pandemia teríamos explorado mais esse tema, mas diante da necessidade de manter o distanciamento social, optamos pela exposição virtual com símbolos da cultura adinkra na página temporária do Instagram que criamos para registrar a memória dessa quarentena. Também foi uma forma de tentar amenizar o peso da quarentena, trazer o que teve de positivo, porque é uma situação muito difícil para os nossos usuários, muitos tiveram redução na renda, por exemplo. Então, eu quero que eles vejam com leveza, pelo menos, parte desse processo”, pontua a chefe do Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. A exposição virtual está disponível no Instagram no endereço: @memorias.da.quarentena Centro de Convivência A unidade do Gama Sul atende 66 usuários, por semana, sendo a maioria idosos, além das crianças e adolescentes entre 6 a 14 anos. Com o atendimento remoto adotado desde março como medida para evitar disseminação da Covid-19, o Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos passou a desenvolver atividades direcionadas não apenas para o usuário, mas para as famílias. Divulgação/https://www.instagram.com/memorias.da.quarentena/ Maria Jucelia, de 37 anos, relata que teve apoio importante do Centro de Convivência no ano passado quando teve câncer e precisou parar de trabalhar. “Sou faxineira e perdi meu emprego no ano passado e neste ano. Tenho recebido um apoio incrível. Eles ajudaram com as crianças, tivemos acesso a benefícios sociais”. O Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos é uma unidade pública de assistência social para o atendimento de famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade e risco social. No DF, são 17 unidades gerenciadas pela Secretaria de Desenvolvimento Social. O objetivo é estimular a integração e a troca de experiências entre os usuários, valorizando o sentido de vida coletiva, de forma a promover o respeito às diferenças, a colaboração, o autoconhecimento, a autoconfiança e a cidadania, além de fortalecer os vínculos com a família e comunidade. *Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social
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