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Gibiteca TT Catalão

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Com cerca de 23 mil exemplares, gibiteca do Espaço Cultural Renato Russo é opção de lazer para todas as idades

Que tal aproveitar as férias escolares – ou um tempinho livre na agenda – para conhecer a primeira gibiteca aberta no país e a terceira maior em número de exemplares? Instalada no Espaço Cultural Renato Russo (ERCC), na 508 Sul, a Gibiteca TT Catalão oferece opções para todos os gostos e idades. São cerca de 23 mil títulos no acervo, dos quais 17,4 mil estão catalogados e disponíveis para a população. O funcionamento ocorre de terça a sexta-feira, das 12h às 20h. Para mergulhar no universo da história em quadrinhos, basta visitar o espaço e escolher o título de preferência. Já os empréstimos são feitos mediante cadastro, em que o interessado precisa apresentar os últimos três comprovantes de residência (versão impressa ou digital) e um documento oficial com foto. É permitido pegar até dois títulos por vez e o prazo é de uma semana, com possibilidade de renovação pelo mesmo período. Instalada no Espaço Cultural Renato Russo (ERCC), na 508 Sul, a Gibiteca TT Catalão oferece opções para todos os gostos e idades | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília “A gibiteca é um verdadeiro tesouro da cultura pop e literária no DF e um polo de criadores do nosso Quadradinho”, elucida o secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF), Claudio Abrantes. “Ser a terceira maior unidade do Brasil em número de exemplares – um acervo de cerca de 23 mil títulos para todas as faixas etárias – é um feito que nos orgulha e reforça o compromisso do GDF em garantir acesso à leitura, ao entretenimento e à formação cultural. É um ponto de encontro comunitário, especialmente agora durante o período de férias escolares.” Batizada com o nome do jornalista e ativista cultural TT Catalão, a gibiteca esteve fechada durante dez anos e foi reaberta por este Governo do Distrito Federal (GDF) em abril de 2022, após reforma. “Esse espaço é resultado de investimentos consistentes que temos feito nos últimos anos e será ainda mais fortalecido com o modelo de gestão compartilhada do Espaço Cultural Renato Russo, por meio de chamamento público para uma organização da sociedade civil. Estamos construindo uma política cultural sólida, democrática e de longo prazo”, salienta o titular da Secec-DF.   A bibliotecária Margareth Ribeiro salienta que o espaço, inaugurado na década de 1990, mantém vivo o legado de TT Catalão, falecido em 2020, e tornou-se um ponto de encontro para desenhistas e leitores. “Esse centro cultural, que é pioneiro, icônico, realmente começou a vida cultural brasiliense. Você não escreve a história cultural de Brasília sem mencionar tudo o que aconteceu aqui”, relata. “Foi oriunda da coleção do jornalista TT Catalão, que tinha um interesse muito diversificado sobre cultura e, ainda hoje, reúne muitos gibis, alguns raros, muita coisa do que foi produzido em Brasília e no Brasil.” Apaixonado pela nona arte, o professor de teoria dos quadrinhos Matheus Calci participou da organização do equipamento. Ele destaca a diversidade de títulos reunidos, que permitem que os visitantes explorem milhares de universos sem sair do lugar. “Dá para perder horas e horas aqui lendo. É ser transportado para um mundo totalmente novo e único que o quadrinho te proporciona”, afirma. As prateleiras recheadas de HQs e a música ambiente da gibiteca encantaram o estudante Natanael Almeida, 20 anos Calci descreve a infinidade disponível: “Aqui tem Turma da Mônica, Ziraldo, Disney, DC, Marvel, Image, mangá de diversos tipos, Dragon Ball, Cavaleiros do Zodíaco, Naruto, tudo que você imaginar. Tem quadrinhos franceses, como Asterix e Obelix, os mais adultos da Metalurlan e Heavy Metal, vários autores diferentes, fora os países menores. Tem títulos dos anos 2000 da Conrad, tem zine, produção independente brasiliense e do Brasil inteiro. Aqui você está bem servido de tudo quanto é tipo de coisa.” As prateleiras recheadas de HQs e a música ambiente da gibiteca encantaram o estudante Natanael Almeida, 20 anos. Morador da Estrutural, ele descobriu o espaço há pouco tempo, por indicação de um amigo, e incluiu o momento de leitura na rotina. “É como uma válvula de escape. Venho, leio, e gosto muito da acústica do local e das músicas. Todas as vezes que vim estava tocando MPB”, conta ele, que se impressiona com a magnitude do acervo. “É uma coleção gigantesca de gibis, tão grande que não faço ideia de qual começar.” Serviço Espaço Cultural Renato Russo (508 Sul) Funcionamento: Terça a domingo e feriados, das 10h às 20h Gibiteca TT Catalão Funcionamento: Terça a sexta-feira, de 12h às 20h Empréstimos mediante cadastro e com prazo renovável de sete dias corridos

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Espaço Cultural Renato Russo homenageia TT Catalão

Um momento de afeto, reencontro e muita cultura para reverenciar uma das figuras mais emblemáticas das artes e do jornalismo do DF. Assim será a homenagem ao escritor, poeta e homem da imprensa TT Catalão (1949-2020), com uma série de atrações nesta sexta-feira (21), no Espaço Cultural Renato Russo (508 Sul). Diga-se de passagem, um cantinho cativo da cidade que ele mesmo ajudou a criar. As atividades terão início no local a partir das 16h, com a exibição do vídeo RupturaCONTradição. A entrada é gratuita. “Estamos comemorando o aniversário da nossa capital e nada melhor do que o Espaço Renato Russo pra manter essa vivacidade da memorável data”, destaca o subsecretário de Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Aquiles Brayner. TT Catalão com Gilberto Gil: escritor foi assessor especial nos tempos em que o cantor e compositor foi ministro da Cultura | Foto: Arquivo/Secec Nascido no Rio de Janeiro, TT Catalão chegou a Brasília em meados dos anos 1970 com muita ideia na cabeça e senso humanista singular. Num lugar que ainda gritava por identidade, inventou a sua própria, com um estilo de ser e criar único, dividindo a carreira de artista com a de jornalista. [Olho texto=”“TT está presente não só no espaço, mas com a política pública que ele representou em vida. Esse espírito vivo que é incorporado ao espaço promove uma vivência transformadora para a cultura e a educação”” assinatura=”Nanan Catalão, filha de TT” esquerda_direita_centro=”direita”] Pioneiro na estruturação de políticas públicas voltadas para a cultura na capital federal, TT Catalão fundou e foi o primeiro presidente eleito do Conselho de Cultura do DF. Em 1993, idealizou e geriu o Espaço Cultural Renato Russo, local afetivo das artes no Plano Piloto, point das mais variadas tribos e ideias. Como assessor especial da titularidade de Gilberto Gil no Ministério da Cultura (2003-2008), esteve à frente da criação do Programa Cultura Viva, responsável pela implantação de espaços culturais em todo o país. “TT está presente não só no espaço, mas com a política pública que ele representou em vida. Esse espírito vivo que é incorporado ao espaço promove uma vivência transformadora para a cultura e a educação”, defende a filha Nanan Catalão, que cantará em homenagem ao pai. “Todo o trabalho dele foi no investimento no setor transformador da arte, nessa cidade que reverbera cultura”, ressaltou ela. Marco no Espaço Cultural Renato Russo, a Gibiteca TT Catalão, responsável por abrigar talvez a terceira maior coleção de gibis, HQs e mangás do país, atrás apenas de São Paulo e Curitiba (a mais antiga), aumentará o acervo com a doação de encartes infantojuvenis publicados no Jornal de Brasília na década de 80. Uma das preciosidades da coleção é o primeiro encarte de quadrinhos impresso em cores em Brasília e assinado pelos quadrinistas e ilustradores José Duarte e Jô Oliveira. Confira a programação 16h: Sala Marco Antônio – Exibição do vídeo RupturaCONTradição de TT Catalão. Interlocuções com Bené Fonteles. – Exibição do vídeo de Bento Viana Agora sessenta. E contempla, com texto de TT Catalão. 17h: Galpão das Artes – Abertura da cerimônia com Mãe Baiana. Mesa: Rosana Gonçalves da Silva, Bené Fonteles e Tico Magalhães. – Entrega simbólica para a Gibiteca e a família Catalão do livro Educación, Patrimonio y Cómic , com artigo da pesquisadora, professora e doutora em Arte Educação Rosana Gonçalves sobre o trabalho de TT Catalão, que também será divulgado esta semana na Espanha, pela Universidad de Valladolid. – Fala de Leandro Mello – Artista gráfico. – Oficina de quadrinhos: Luigi Pedone – Oficina para crianças e adolescentes – paralela à mesa. – Doação de encartes infantojuvenis publicados no Jornal de Brasília na década de 80, o primeiro encarte de quadrinhos impresso em cores em Brasília – Quadrinistas e ilustradores José Duarte e Jô Oliveira. 18h – Galpão das Artes – Encerramento – Nanan Catalão acompanhada de Valerinho Xavier. – Cortejo com Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro e a Orquestra Alada Trovão da Mata. Serviço Homenagem a TT Catalão no aniversário de Brasília Local: Espaço Cultural Renato Russo Horário: 16h Entrada gratuita *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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Primeira HQ do Distrito Federal ganha homenagem na Gibiteca da 508 Sul

Brasília, 22 de julho de 2022 – A revista Risco, de histórias em quadrinhos (HQ), criada por artistas gráficos de Brasília em 1976, está entre as preciosidades da Gibiteca TT Catalão, recentemente reaberta no Espaço Cultural Renato Russo (ECRR). O local, que guarda em seu acervo 23 mil títulos, entre histórias de super-heróis, mangás, gibis infantis e graphic novels, realiza evento neste sábado (23) sobre a publicação com o objetivo de lembrar que é a casa dos ilustradores brasilienses. “A Gibiteca TT Catalão, um dos maiores acervos de novelas gráficas no Brasil, tem um valor inestimável. Apresenta a história do cartoon e serve de inspiração para as novas gerações interessadas nas diversas manifestações das artes gráficas, incluindo o desenvolvimento de jogos eletrônicos. A missão da Secec é promover este acervo para cada vez mais usuários”, diz o subsecretário do Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), Aquiles Brayner. Entre os vinis expostos no Espaço Cultural Renato Russo, está ‘Nervos de Aço’, de Paulinho da Viola, com ilustração de Elifas Andreato | Fotos: Divulgação / Secec O evento também vai montar uma exposição de vinis com capas concebidas por grandes ilustradores brasileiros. Haverá bancas para trocas, compra e venda de gibis raros. Em mesas redondas, várias gerações de ilustradores conversarão com o público sobre o estado da chamada nova arte. “A ideia do evento é reunir as gerações que colaboraram com a Risco e a galera que hoje está representando o DF no cenário nacional”, explica a gerente do espaço, Marmenha Rosário. Publicação histórica Risco fez história em sua existência de três números ao colocar o trabalho de ilustradores, cartunistas e chargistas da capital federal no mapa da crítica política e social, enfrentando a censura da ditadura militar (1964-1985). Fez parte de uma década marcada pela atuação da imprensa alternativa no Brasil, na qual despontaram títulos célebres, como Pasquim (1969), Opinião (1972) e Movimento (1975), para ficar entre os mais conhecidos. Um dos fundadores da publicação, o jornalista e ilustrador José Duarte de Mello explica o nome escolhido para a publicação: “Risco tinha duplo sentido. Significava tanto a ideia de traço gráfico quanto a de perigo que corríamos pelas críticas à ditadura militar, que não admitia ser questionada. A repressão era brutal e não raras vezes fomos censurados”. O ilustrador Jô Oliveira, que havia chegado à capital depois de estudos em design e animação na Hungria, participou dos três números da Risco – inclusive assinando a primeira capa da revista, uma crítica ao imperialismo dos Estados Unidos. Ele destaca na publicação a ousadia em conteúdo e linguagem e também o pioneirismo. Reconhece também o amadorismo da empreitada, pois a publicação não tinha recursos financeiros sustentáveis nem sistema de distribuição. Outro vinil da exposição é ‘O que é amar’, de Johnny Alf, com ilustração de capa criada por Jô Oliveira e Mello Menezes Os recursos para colocar a revista na rua acabavam saindo dos bolsos dos próprios participantes e das vendas erráticas feitas nos bares da cidade. A publicação ainda dependia da boa vontade do Sindicato dos Jornalistas do DF, que rodava fiado o material em sua gráfica. Entre os participantes que carregaram o projeto da revista havia representantes de agremiações de esquerda, anarquistas, libertários, poetas e “gente que simplesmente desejava chutar o balde”, resume o arquiteto e ilustrador Luís Augusto Jungmann Andrade, o Girafa. “Éramos jovens artistas que queriam criar seus próprios espaços, ao lado de nomes já consagrados como Jô Oliveira e o chargista Fernando Lopes, que então trabalhava no Correio Braziliense“, conta. O ideia para a criação da revista saiu de uma reunião entre Girafa, a ilustradora, escritora e professora Maria Cecília (Ciça) Fittipaldi Vessani e os artistas gráficos Carlos Bravo e Augusto Pontes. “Risco não tinha um eixo editorial específico. Era a reunião de várias opiniões em linguagem gráfica. “Foi uma ação entre amigos que deu poucos e apetitosos frutos”, diz Girafa. Salões Duarte acredita que a publicação contribuiu para a divulgação de novos ilustradores e quadrinistas e influenciou na criação dos salões de humor que aconteceram em Brasília. Lembra a Mostra Brasiliense de Humor, realizada no Serviço Social do Comércio (Sesc), no mesmo ano do lançamento da Risco. A jornalista Cora Rónai, companheira de anos de Millôr Fernandes, elogiou na época os artistas participantes da mostra. “Se eu fosse uma conceituada crítica de artes visuais, agora ia gastar um montão de laudas, louvando a qualidade artística do trabalho da moçada”, escreveu em página do Correio Braziliense divulgando o evento. A exposição em Brasília viajou pelo país, pondo os artistas da capital federal em contato com colegas de outros estados. Entre os eventos principais da época, onde chargistas, cartunistas e ilustradores se encontravam, está o Salão Internacional de Humor de Piracicaba, em São Paulo, criado em 1974, que teve a mais recente edição em 2020. Gibiteca O doutor em comunicação pela UnB Raimundo Clemente Lima Neto trabalha na Gibiteca TT Catalão, remunerado pela organização da sociedade civil Instituto Janelas da Arte. Ele organiza as numerações frequentemente confusas de revistas que avançam até certo ponto e depois retornam a zero, num desafio para bibliotecários que não estão familiarizados com HQs. Em sua tese de doutorado sobre HQ na UnB, Cartografia sem fundamento: a página de quadrinhos como espaço pós-histórico, Lima Neto pesquisa a hipótese de que história e escrita estão perdendo espaço para registros audiovisuais. Ele não chegou a frequentar a Gibiteca original, criada em 1999 pelo jornalista, poeta e ativista cultural Vanderlei dos Santos Catalão (patrono do espaço). Falecido em 2020, ele havia doado sua coleção de quadrinhos para a Gibiteca na 508 Sul. Contudo, Lima Neto testemunha que a Gibiteca funcionou como ponto de encontro para estudantes e aficionados pelas bandas desenhadas, como diz em francês. E afirma que Risco deixou legado. Autor de Lendas Inventadas, livro de HQ que compila histórias urbanas de nove cidades do DF, com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), Lima Neto dá como exemplo de influências da Risco a revista Samba, também disponível na Gibiteca, que reúne hoje artistas gráficos que frequentavam o espaço da 508 Sul na primeira década do início deste século. Estudioso do tema, Lima Neto identifica na Risco o “traço sujo, carregado”, uma característica também presente em ilustrações de outras publicações críticas da época, alusão possível a pichações que deixavam nos muros os protestos sociais reprimidos nos canais de comunicação. Capas de vinis O evento deste sábado resgata uma amostragem de discos de vinil cujas capas foram criadas por ilustradores. Tem elepês de Paulinho da Viola e Toquinho no traço de Elifas Andreato; Bethânia e Caetano por Mário Bag; Johnny Alf por Jô Oliveira e Mello Menezes; Millôr assinando capa do MPB4. Tudo tem apelo visual para ganhar as paredes. Essas preciosidades foram emprestadas à Gibiteca pelo Clube e Museu do Disco de Brasília, fundado por Janete das Graças Sousa em 2014, no Guará. Casada com o ilustrador José Duarte de Mello, contou com a ajuda dele para fazer a seleção, cabendo a Lima Neto a palavra final sobre o que os usuários da Gibiteca vão ver entre mais de 30 itens. Serviço Revista Risco – 45 anos Sábado (23), das 10h às 19h Mesa redonda, exposição de arte da Risco, exposição de vinis, feira de colecionadores Gibiteca TT Catalão Horário de visitação: terça a sexta-feira, de 10h às 20h, e sábado, de 13h às 19h Espaço Cultural Renato Russo, 508 Sul (61) 3244-5751   *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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