GDF promove conscientização sobre gravidez na adolescência
Para disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas acerca de gravidez na adolescência, a Secretaria de Saúde (SES-DF), durante todo este mês, distribuirá cartazes de sensibilização em diversos equipamentos de saúde e escolas particulares e públicas. A assistência, porém, se estende ao longo de todo o ano e envolve o trabalho de equipes multiprofissionais. Em 2024, foram registrados mais de 2,3 mil partos de menores de 18 anos no Distrito Federal | Foto: Mariana Raphael/Arquivo Agência Saúde A SES-DF conta com uma rede de 176 unidades básicas de saúde (UBSs) que funciona como porta de entrada para consultas ginecológicas. Além do atendimento clínico, as equipes – compostas por enfermeiras, assistentes sociais, nutricionistas, psicólogos e outros profissionais da área – proporcionam um acolhimento integral, acompanhando tanto os aspectos físicos quanto os emocionais do paciente. “Trata-se de um ciclo de vida de desenvolvimento social, emocional e intelectual, para o qual o jovem pode se preparar para lidar apenas na fase adulta” Elizabeth Maulaz, assistente social da Secretaria de Saúde Os jovens contam ainda com diversos métodos contraceptivos, oferecidos gratuitamente pelas unidades da pasta. A primeira linha de escolha para os adolescentes são os chamados Métodos Anticoncepcionais Reversíveis de Longa Duração (Larc), projetados para oferecer prevenção à gravidez por um longo período, sem a necessidade de intervenções frequentes, como o dispositivo intrauterino (DIU), por exemplo. Números altos A gravidez na adolescência é uma preocupação crescente, e a informação é a chave para reduzir os índices, segundo a assistente social Elizabeth Maulaz, da SES-DF. “Queremos conscientizar a sociedade sobre o tema”, afirma. “Trata-se de um ciclo de vida de desenvolvimento social, emocional e intelectual, para o qual o jovem pode se preparar para lidar apenas na fase adulta”. Contudo, dados do InfoSaúde mostraram que, em 2024, foram mais de 2,3 mil partos de menores de 18 anos no Distrito Federal. No âmbito nacional, o Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos 2025 (Sinasc) aponta quase 2,6 milhões de partos realizados em 2023 no país. Desses, 303 mil foram de adolescentes grávidas, sendo 13,9 mil em jovens de 10 a 14 anos e quase 290 mil em jovens de 15 a 19 anos. De acordo com a lei brasileira, a relação sexual com adolescentes menores de 14 anos é considerada crime, tipificado como estupro de vulnerável – bem como o casamento infantil ou qualquer relacionamento envolvendo práticas sexuais com adolescentes dessa faixa etária. Informação e desafios Ginecologista e obstetra do Adolescentro, Cecília Vianna assegura que, no local, o assunto é abordado tanto no consultório quanto em rodas de bate-papo: “Promovemos o diálogo em todas as oportunidades, essencial para a compreensão dos riscos associados à gravidez não planejada. A adolescência é um período ainda de imaturidade, instabilidade econômica, onde a jovem está se descobrindo”. Para a gerente do Adolescentro, Bibiana Coelho Monteiro, o tema vai além de uma questão de saúde e precisa ser discutido abertamente. “É necessário ampliar o debate, levando o tópico para as escolas, para dentro das casas e todos os espaços da comunidade em que os adolescentes estão inseridos”, avalia. Segundo a gestora, a falta de informação sobre o uso de métodos contraceptivos e planejamento reprodutivo ainda são desafios na prevenção da gravidez não planejada de adolescentes. Quando ela ocorre, os riscos de morte da mãe e do bebê se elevam, além de comprometer a vida escolar, gerando impactos sociais e afetivos. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Saúde integra grupo intersetorial contra gravidez na adolescência
Moema Campos: “A meta é desafiadora, mas estamos dispostas a fazer o possível para cumpri-la” | Foto: Breno Esaki / Secretaria de Saúde A Secretaria de Saúde, junto a outros órgãos do Governo do Distrito Federal, integrou um grupo temático intersetorial para formular estratégias de prevenção a casos de gravidez na adolescência, com ações voltadas a esse público. A meta é reduzir os índices em 50% até 2023 no DF. A iniciativa marcou, nesta terça-feira (4), o início das atividades da Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, que tem como tema “Educar para Prevenir”. Apesar de o Distrito Federal ser uma das unidades da Federação com um dos menores índices do país em gravidez na infância e na adolescência, ainda registra uma taxa de aproximadamente 12%. A média é de 12 bebês nascidos, por dia, que são filhos de mães adolescentes. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “A meta é desafiadora, mas estamos dispostas a fazer o possível para cumpri-la e reduzir essa taxa de 12% para 6% até 2023. Para isso, contamos com uma rede de atenção à saúde organizada com as unidades básicas de saúde [UBS]. A grávida adolescente pode ser atendida na Atenção Primária. A ideia é que esteja vinculada ao médico de família em uma UBS próxima de sua casa”, informou a subsecretaria de Atenção Integral à Saúde, Moema Campos. A gestora apontou outras unidades de saúde voltadas ao atendimento e acompanhamento desse público, como o Adolescentro e os ambulatórios em Taguatinga e Gama, e assinou o termo de compromisso para criação do grupo intersetorial. Também fizeram parte da solenidade representantes das pastas da Justiça e Cidadania, Mulher, Juventude e Educação, além da Defensoria Pública do DF. O grupo se comprometeu, ainda, a promover um calendário de ações continuadas e direcionadas preferencialmente ao público adolescente, sempre em consonância com a sociedade civil. “A grande meta desse grupo, além de alcançar a redução de 50%, é conseguir construir multiplicadores. Isso é a maior representação de união de forças, para que eles sigam em frente e modifique realidades”, comentou a subsecretária de Políticas para Criança e Adolescente da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), Adriana Faria. Evento contou com apresentação de coral infantil e documentário Gravidez na Adolescência | Foto: Breno Esaki / Secretaria de Saúde A ação, promovida pela Sejus, reuniu ainda conselheiros, estudantes e a comunidade em geral. Contou com a apresentação de um coral infantil e do documentário Gravidez na Adolescência, com relatos de jovens pais. O objetivo foi informar sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução da incidência da gravidez na adolescência. Semana Instituída pela Lei nº 13.798/19, a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência é celebrada anualmente no período que inclui o dia 1º de fevereiro. A data, que conta com campanha de conscientização, tem o objetivo de disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas.
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GDF propõe ações para prevenir gravidez na adolescência
A Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania (Sejus) lançou nesta quinta-feira (7/2) uma carta compromisso com o intuito de desenvolver ações de prevenção da gravidez na adolescência. A medida é um trabalho conjunto de órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF), liderado pela Subsecretaria de Políticas para Crianças e Adolescentes. O Brasil é um das nações com maior índice de gestação na adolescência, à frente de mais de 150 países. Todos os anos, pelo menos 1 milhão de adolescentes engravidam. Levantamento do Ministério da Saúde de 2017, referente a 2015, mostrou que naquele ano foram 546.529 mil nascidos vivos de mães com idade entre 10 e 19 anos. Número que representa 18% dos 3 milhões de nascidos vivos na ocasião. Como forma de criar políticas de combate a esse problema de saúde e social, na data de 1º de fevereiro foi instituída a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, conforme previsto na Lei nº 13.798/2019, acrescida ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Em cerimônia no Núcleo de Atendimento Integrado (NAI) da Sejus, a subsecretária de Políticas para Crianças e Adolescentes, Adriana Farias, destacou a importância de cuidar dos jovens. “A gravidez na adolescência traz complicações e adversidades para a adolescente e para a criança que está por vir. A proposta é que façamos ações de prevenção durante todo o ano, com os órgãos públicos, para tratar o tema com seriedade”, pede. A subsecretária de Políticas para Crianças e Adolescentes, Adriana Farias, fez a leitura da carta compromisso A carta compromisso tem como objetivo disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas para reduzir a incidência de gestação nessa fase da vida. Contribuem para essa ocorrência fatores como a pobreza, inadequação de modelos de identificação oferecidos pela sociedade, o enaltecimento da mulher grávida, famílias disfuncionais e vulneráveis e o abuso de álcool e outras drogas. Com o corpo ainda em formação, a gravidez gera risco a essas adolescentes. Os riscos de aborto espontâneo e parto prematuro aumentam carregados pela falta de estrutura, imaturidade física, funcional e emocional, que, por sua vez, podem acarretar em depressão. Assessora do secretário de Educação, Rafael Parente, Sônia Prado participou do evento e lembrou a importância de conscientização, informação e corresponsabilização dos garotos em uma gravidez. “Os meninos também precisam ter essa conversa. Nós da Educação vamos desenvolver ações para dar clareza ao tema. Não só para meninas, mas também para os meninos”, pontuou Sônia. Fala que foi corroborada pelo secretário-adjunto de Justiça, Maurício Carvalho. “Os rapazes também concorrem com isso. Gravidez não se faz sozinha, não existe ação espontânea. Ao acontecer temos vidas e ciclos interrompidos, pessoas fora do mercado de trabalho, carregando e perpetuando essa situação”, alerta. Secretário da Juventude, Léo Bijos cobrou empenho da administração pública para diminuir os índices. “É fundamental fazer essa carta compromisso. Essas tragédias só vão ser interrompidas se tiver ação do governo. É nossa responsabilidade.” De acordo com dados da Secretaria de Saúde, em 2018, no Distrito Federal, das 35.647 crianças nascidas de janeiro a novembro, 4,2 mil (11,78%) são filhas de mães de 10 a 19 anos, ou seja, a cada dia, o DF registrou o nascimento de 12 bebês de crianças e adolescentes. Objetivos das ações: – Promoção da participação ativa e consciente de adolescentes na prevenção da gravidez na adolescência; – Disseminação de informações científicas e exatas sobre a saúde sexual; infecções que podem ser transmitidas; contracepção; enfrentamento da violência; – Promoção permanente de atividades com especialistas (palestras; oficinas; exibição de filmes; rodas de conversa) sobre gravidez na adolescência, para conscientização, nas unidades da administrativas; em Centros de Convivência; Centros de Juventude; escolas públicas e privadas e no sistema de saúde; – Garantia do acesso da adolescente que engravida precocemente à saúde, à assistência social, ao acompanhamento e aconselhamento psicológico e ao tratamento médico com dignidade; – Garantia de tratamento especial à estudante gestante e em fase de amamentação para evitar a evasão escolar; – Garantia da educação profissional, oferecendo percursos que conduzam à expectativa positiva de vida para adolescentes; – Garantia do desenvolvimento integral na adolescência, articulando família, escola e sociedade; Produção material informativo para disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas sobre gravidez na adolescência; – Promoção de cursos e atividades diversas sobre Gravidez na Adolescência; medidas preventivas e educativas para a capacitação de servidores e da sociedade civil; – Mapeamento da realidade dos adolescentes de nossa comunidade, que engravidam sem intenção para elaboração de políticas pontuais; – Mobilização e articulação sistemática dos Conselhos Tutelares e de toda a comunidade para que conheçam e disseminem informações sobre medidas preventivas e educativas para redução dos índices de gravidez na adolescência; – Promover o amparo a meninas que engravidam precocemente auxiliando na construção de novos horizontes sob a perspectiva da vivência da maternidade.
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GDF lança campanha sobre prevenção da gravidez na adolescência
Secretaria de Justiça lança campanha sobre prevenção de gravidez na adolescência. Foto: Divulgação Nesse período, serão realizadas atividades preventivas e educativas, pelo poder público e por organizações da sociedade civil, em todo o Distrito Federal. De acordo com o Secretário de Justiça e Cidadania do DF, Gustavo Rocha, a Sejus compromete-se a atuar, não apenas durante a semana instituída pela lei, mas com ações sistemáticas, consistentes e continuadas, ao longo do ano, para disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução da incidência da gravidez na adolescência. “Nosso compromisso é promover a reflexão e conscientização, a partir da discussão com especialistas para o enfrentamento desse problema de saúde pública, que sacrifica nossos adolescentes e o futuro da nação”, reforçou o secretário. A subsecretária de Políticas para Crianças e Adolescentes, Adriana Faria, destaca a importância de medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução dessa incidência. “A programação busca direcionar ações de conscientização aos adolescentes: aos que são atendidos nos centros de atenção à criança e ao adolescente; aos que cumprem medida socioeducativa; e aos que formam o Comitê Consultivo dos Direitos da Criança e Adolescente (CDCA/DF); além de envolver representantes dos Conselhos Tutelares.” A campanha sobre prevenção da gravidez na adolescência é uma resposta à Lei nº 13.798/2019, que acrescenta ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) – Lei 8.069/1990 –, um novo artigo instituindo a data de 1º de fevereiro para o início da Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência. Mortalidade A gravidez na adolescência é causa importante de mortalidade juvenil, perdendo em números apenas para homicídios e acidentes no trânsito, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Uma consequência avassaladora é o abandono da escola, prejudicando a formação intelectual e, muitas vezes, interrompendo, ou comprometendo a construção de uma carreira profissional. Para a OMS, os adolescentes são indivíduos entre 10 e 20 anos, que representam 23% da população brasileira. Dados de fevereiro de 2018 revelavam que, na América Latina e no Caribe, a taxa de gravidez entre adolescentes é a segunda mais alta do mundo, superada apenas pela média da África Subsaariana. Risco A adolescente que engravida precocemente enfrenta situação de risco, pois o corpo, em formação, não está pronto para uma gestação. O bebê pode nascer prematuro e, na maioria dos casos, há complicações na gravidez e no parto. Contribuem para a gravidez na adolescência fatores como a pobreza; a falta ou inadequação de modelos de identificação oferecidos pela sociedade, como um enaltecimento da mulher grávida. Parceiros São parceiros da inciativa da Sejus, a Secretaria de Saúde do DF; a Subsecretaria do Sistema Socioeducativo; o Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do DF (CDCA/DF); a Defensoria Pública do DF; o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) e o Sistema Fibra. Programação da campanha
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