Método Canguru regula funções vitais e promove o desenvolvimento de bebês
Criado para oferecer cuidado integral ao recém-nascido em risco, o Método Canguru promove o contato pele a pele entre o bebê e os pais, favorecendo o vínculo e fortalecendo a saúde dos pequenos desde os primeiros dias de vida. No Hospital Regional de Sobradinho (HRS), uma das unidades do DF que aplicam a técnica, mais de mil atendimentos foram registrados nos últimos três meses. Angelina Lacerda, nascida com 32 semanas e 3 dias, é um dos bebês internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal do HRS. A mãe dela, Fabiana Lacerda, 32, vive a experiência do método pela segunda vez. “Quando peguei minha filha no colo pela primeira vez, mesmo com todos os aparelhos, chorei muito. A gente canta, conversa, ora com eles no colo. Isso nos fortalece e ajuda muito os nossos bebês a melhorarem”, conta. Fabiana Lacerda: "A gente canta, conversa, ora com eles no colo. Isso nos fortalece e ajuda muito os nossos bebês a melhorarem" | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF A neonatologista da unidade, Tatiane Barcelos, explica que os benefícios da prática são comprovados. “O método auxilia na regulação da temperatura, melhora o ganho de peso, reduz o estresse do bebê, favorece o aleitamento materno e contribui para o desenvolvimento neurológico. Também diminui o tempo de internação e fortalece o vínculo familiar”, detalha. Além do toque Supervisora de Enfermagem da UTI Neonatal da unidade, Valquiria Vicente afirma que o Método Canguru vai além do simples contato físico, envolvendo logística e fluxo de trabalho organizado. “A técnica envolve uma rede multidisciplinar composta por profissionais de enfermagem, medicina, fisioterapia, fonoaudiologia, farmácia clínica, psicologia e terapia ocupacional. É uma estrutura que oportuniza vários benefícios ao recém-nascido e à família”, afirma. No Método Canguru, o bebê fica protegido da luz, do barulho e sente o coração dos pais, o que o deixa muito mais tranquilo e saudável A enfermeira do HRS Kelly Saboia reforça que o foco do Canguru é proteger o cérebro dos recém-nascidos: “Nesse contato direto com a mãe, o bebê fica quentinho, protegido da luz, do ruído, sente o coração dela bater, igual ele sentia dentro da barriga". Para tornar o ambiente hospitalar ainda mais acolhedor, os profissionais fazem passeios com mães e bebês até o heliponto da unidade. A iniciativa traz momentos ao ar livre, sol e troca de experiências. “Muitas mães ficam no hospital por semanas e precisam respirar um pouco, se fortalecer. Isso também é cuidado”, ressalta a também enfermeira do HRS Margareth Knupp. Elizabeth Alves elogia o método: "A gente toma sol, respira ar puro e, no contato pele a pele, sente o amor e o afeto que ajudam no desenvolvimento dos nossos filhos" Elizabeth Alves, mãe do pequeno Theo, de 1 mês e 13 dias, internado na Unidade de Cuidado Intermediário Canguru (Ucinca), participa dos passeios com entusiasmo. “É maravilhoso. A gente toma sol, respira ar puro e, no contato pele a pele, sente o amor e o afeto que ajudam no desenvolvimento dos nossos filhos. É bom demais”, diz. Como é feito O Método Canguru é uma política pública que começa na UTI Neonatal, onde o bebê é colocado em posição vertical, pele a pele, contra o peito da mãe ou do pai, durante horas. Os irmãos também podem realizar o contato na unidade e em casa, promovendo a interação familiar com o recém-nascido. O Ministério da Saúde lançou, em 2009, o Programa de Fortalecimento do Método Canguru em todo o país. Desde então, a Secretaria de Saúde (SES-DF) mantém um grupo especializado de tutores capacitados para orientar e implementar a técnica nas unidades públicas do DF. *Com informações da Secretaria de Saúde
Ler mais...
Hospital Regional de Sobradinho realiza primeira trombólise para tratamento de AVC isquêmico
O Hospital Regional de Sobradinho (HRS) realizou, pela primeira vez, o procedimento de trombólise endovenosa para tratamento do Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCi). Até então, a prática era feita pela Secretaria de Saúde (SES-DF) exclusivamente no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). “O que foi feito no HRS, no dia 16 de junho, representa o início da descentralização da trombólise no DF”, avalia a referência técnica distrital (RTD) em Neurologia da SES-DF, Letícia Costa Rebello. Iniciativa integra o projeto AVC no Quadrado, da SES-DF, que visa ampliar o acesso ao tratamento e reduzir a incidência da doença. Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF A trombólise é um procedimento que visa dissolver coágulos sanguíneos (trombos), causadores da obstrução do fluxo do sangue no cérebro, resultando em um AVC isquêmico. Ampliação do serviço A expansão da trombólise para outras unidades indica um avanço significativo no atendimento a vítimas de AVC na rede da SES-DF, segundo a RTD. A iniciativa integra o projeto AVC no Quadrado, lançado no final de maio. O objetivo é ampliar o acesso ao tratamento e reduzir o número de óbitos e a incidência da doença. "O que foi feito no HRS representa o início da descentralização da trombólise no DF", avalia a RTD de Neurologia da SES-DF, Letícia Costa (ao centro) | Foto: Arquivo pessoal Tanto no HRS quanto no HRG, o suporte técnico é feito por neurologistas do HBDF por meio da telemedicina. Os especialistas do HBDF avaliam as tomografias feitas em Sobradinho ou no Gama e orientam, à distância, a realização do tratamento. [LEIA_TAMBEM]Secretária-adjunta de Assistência à Saúde da SES-DF e ponto focal do projeto AVC no Quadrado, Edna Maria Marques destaca que a descentralização do exame permite atendimentos mais rápidos, decisórios em casos de acidentes vasculares. "Cada minuto é importante quando se trata de AVC, sendo que o melhor tratamento é aquele estabelecido no menor espaço de tempo, proporcionando ao paciente a técnica específica (trombolítica) logo na primeira assistência médica", avalia Marques. *Com informações da SES-DF
Ler mais...
Projeto AVC no Quadrado vai ampliar atendimento no DF
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) lançou, nesta quinta-feira (29), o projeto AVC no Quadrado, uma iniciativa para ampliar o atendimento a pessoas vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC), além de oferecer mais uma técnica avançada para tratamento. O foco é tanto reduzir a mortalidade quanto as sequelas em pacientes. Com o projeto AVC no Quadrado, a trombólise endovenosa, tratamento hoje disponível apenas no Hospital de Base, passará a ser oferecida também nos Hospitais Regionais do Gama (HRG) e de Sobradinho (HRS). O procedimento apresenta resultados considerados significativos: a cada 100 pacientes que passam pela trombólise endovenosa, 32 apresentam melhora clínica e 13 ficam sem sequelas. A técnica consiste na administração de medicamentos para dissolver o coágulo sanguíneo que bloqueia a artéria afetada, restaurando a normalidade da circulação no cérebro. Evento reuniu a administração da Secretaria de Saúde, além de representantes do Corpo de Bombeiros e do IgesDF | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Já o Hospital de Base, atualmente a única unidade do DF a oferecer trombólise intravenosa 24h, passará a oferecer também a trombectomia mecânica, técnica avançada e de alta complexidade no tratamento agudo de casos selecionados. O principal benefício é permitir tratamento até 24 horas após o acidente vascular cerebral. “Os impactos desse projeto são inúmeros. A partir do momento em que paramos para pensar em uma entrega de valor para a população, trabalhamos com propósito”, comemora o secretário de Saúde do DF, Juracy Cavalcante. A iniciativa reúne tanto a gestão central da SES-DF quanto as diretorias dos hospitais, além do Corpo de Bombeiros, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF). O evento realizado na Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências de Saúde (Fepecs) contou com a presença de Vítor Paulo Júnior, 35 anos, que sofreu um AVC há dois anos e conseguiu se recuperar quase sem sequelas. “Eu sei da importância de ter um atendimento com velocidade, com rapidez, para evitar problemas ainda maiores. Esse programa hoje ajuda a dar visibilidade ao tema”, elogia. Edna Maria Marques, e o secretário de Saúde, Juracy Cavalcante, destacaram a importância do projeto “AVC no Quadrado” para os pacientes do DF A secretária-adjunta de Assistência à Saúde da SES-DF, Edna Maria Marques, destacou os avanços da pasta no tratamento de doenças cardíacas e ressaltou a determinação em ampliar o atendimento para os casos de AVC. “Queremos expandir esse projeto para todos os hospitais da Secretaria de Saúde e transformá-lo em modelo para o Brasil”, afirma. [LEIA_TAMBEM]Outra face do projeto AVC no Quadrado foi destacada pela médica neurologista da SES-DF, Letícia Rebello. Trata-se da integração de equipes dos hospitais por meio do Telestroke, ferramenta de telemedicina que possibilita até o envio de exames de imagem em tempo real. “Temos acesso a esse dispositivo pelo celular. Isso é um marco. Nunca havíamos conseguido essa integração, e isso vai revolucionar a assistência”, explica. Alta demanda O acidente vascular cerebral é uma das principais causas de mortes no Brasil, com uma vítima a cada sete minutos, chegando a 120 mil por ano. Cerca de 70% dos sobreviventes ficam com algum grau de incapacidade e 50% tornam-se dependentes para as atividades do dia a dia. No DF, em 2023, foram mais de R$ 7,4 milhões em custos com internações por AVC, com uma média de R$ 2,9 mil por hospitalização. *Com informações da Secretaria de Saúde
Ler mais...
Mais de 70 profissionais voluntários chegam ao Hospital Regional de Sobradinho
Mais de 70 profissionais voluntários foram recebidos, na última semana, para o início das atividades no Hospital Regional de Sobradinho (HRS). Médicos, profissionais de enfermagem, cirurgiões-dentistas, fisioterapeutas, farmacêuticos, biomédicos e técnicos em segurança do trabalho, em radiologia e em análise clínica vão apoiar as equipes da unidade hospitalar nas atividades de assistência em saúde. Para alguns, essa é a primeira oportunidade de obter experiência profissional. Para muitos, isso é parte de um grande sonho. Os enfermeiros Guilherme Ferreira, 25 anos, e Ana Marli Gomes, 46, se conheceram na recepção aos voluntários realizada na quinta-feira (3), no auditório do bloco administrativo do HRS, onde foram oferecidas orientações assistenciais e administrativas. Guilherme Ferreira e Ana Marli Gomes se conheceram no HRS e têm o mesmo sonho: ajudar pessoas por meio da enfermagem | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde Guilherme cresceu com as histórias contadas pelo pai, que atuava no serviço terceirizado do Hospital Regional de Planaltina. O convívio com integrantes da equipe hospitalar serviu de exemplo para que ele escolhesse os rumos da profissão: cuidar de pessoas. “O sentimento de ajudar quem está passando por algo adverso faz com que a gente veja que não é único no mundo e que tenha mais empatia”, compartilha. Formada em 2020, Ana Marli tem no currículo uma rica trajetória como técnica de enfermagem. Ela conhece bem o pronto-socorro do HRS, onde voltará a atuar, agora, como enfermeira voluntária – durante a pandemia de covid-19, fez parte do serviço por meio de contrato temporário. “Tenho o sonho de um dia voltar ainda, definitivamente, como enfermeira concursada”, confessa. Voluntário em saúde Em 2025, o HRS passa a contar com 258 profissionais voluntários em várias áreas de saúde | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde Na SES-DF, há dois modelos de voluntariado: o social e o profissional. O voluntariado profissional é específico para aqueles com formação na respectiva área em que pretendem atuar. Para participar do programa, é necessário apresentar registro nos conselhos profissionais e estar regular com suas obrigações. Neste ano, 73 profissionais assumiram as vagas para atuação no HRS. Eles se juntam a centenas de profissionais que ingressaram no serviço no último ano. Para participar do programa, é necessária a assinatura de termo de adesão, válido por um ano e prorrogável por igual período. Para 2025, a unidade hospitalar de Sobradinho passa a contar com 258 profissionais voluntários. “Toda vez que a gente tem uma oportunidade de treinamento, é uma chance para formar um bom profissional. A gente busca transmitir um pouco aquilo que a gente gostaria de receber. Se a gente pode propagar a ideia de que o serviço público pode ser feito com carinho e com qualidade, toda a sociedade é quem ganha”, garante o diretor do HRS, Bruno Guedes. Atualmente, a Saúde do DF conta com o apoio de 2.348 voluntários. Em todas as superintendências há a Coordenação de Voluntariado. Os interessados em participar do programa devem procurar a unidade de saúde mais próxima de sua residência e se informar das atividades de voluntariado desenvolvidas no local. O contato também pode ser feito pelo e-mail gevol.dipmat@saude.df.gov.br. *Com informações da Secretaria de Saúde
Ler mais...
GDF expande leitos neonatais em Sobradinho e Planaltina
O Hospital Regional de Planaltina (HRPl) e o Hospital Regional de Sobradinho (HRS) ampliaram a capacidade de atendimento a recém-nascidos. Sete leitos de Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (Ucin) foram abertos neste mês para atender aos bebês nascidos nesses hospitais. Também conhecidas como “unidades semi-intensivas”, as Ucins são utilizadas por bebês nascidos após mais de 32 semanas que necessitem de assistência contínua, como suporte respiratório e aquecimento. No Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), também foram abertos mais 13 leitos de retaguarda para cuidados neonatais. Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (UCIN) é indicada para recém-nascidos que necessitam de assistência contínua | Fotos: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF “A ampliação dos leitos neonatais é um avanço essencial para ampliar o acesso e garantir um atendimento mais ágil e humanizado aos recém-nascidos, fortalecendo a rede pública de saúde”, afirma o secretário de Saúde do Distrito Federal, Juracy Cavalcante Lacerda Júnior. Foram realizadas adaptações estruturais e recuperação de equipamentos para permitir a abertura dos leitos, além de reforço no efetivo dos servidores das unidades. Nesta semana, a Secretaria de Saúde (SES-DF) também lançou edital para contratação de 50 médicos neonatologistas. Sobradinho O diretor do Hospital Regional de Sobradinho, Bruno Guedes, destaca os números dessa ampliação. Em 2024, por exemplo, o acréscimo de dois leitos de Unidade de Terapia Intensiva neonatal (Utin) permitiu atender 123 bebês a mais em 12 meses. Com mais cinco leitos de Ucin, o HRS se consolida como centro de referência. “Ter esse aparato aqui permite dar segurança para essa criança não ter que ser removida, passar por um transporte”, explica. Somente em 2024, o HRS realizou 2.402 partos, incluindo 718 filhos de pais residentes em estados próximos. A unidade já contava com cinco leitos de Ucin e dez de Utin. Os leitos de terapia intensiva são destinados a bebês em quadros de saúde de maior complexidade ou que nasceram com menos de 32 semanas. Novos leitos de Ucin do Hospital Regional de Planaltina já estão prontos para receber pacientes Planaltina No HRPl, dois leitos de Ucin foram ativados. Outros quatro já estavam em funcionamento. A unidade vive momento de expansão: um novo bloco com 30 leitos de enfermaria adulto (12 femininos e 18 masculinos), 13 leitos de internação pediátrica, nove leitos de UTI e nove cadeiras para diálise (sendo duas para diálise peritoneal). Além dos leitos, o novo espaço contará com postos de enfermagem, sanitários, quartos de isolamento, sala de serviços, sala de equipamentos, sala de curativos, área de prescrição médica, rouparia e expurgo. O hospital também terá, ainda em 2025, o início das atividades da Casa de Parto, a primeira do DF a funcionar dentro de um hospital. No local, mães de baixo ou zero risco vão poder dar à luz em um ambiente com estrutura diferenciada, além de contar com o suporte de uma equipe de saúde especializada em partos normais e humanizados. Secretaria de Saúde também capacitou servidores e abriu seleção para reforçar o atendimento neonatal no DF A diretora do HRPl, Keyla Blair, elogia o investimento no hospital, que atende mães de regiões urbanas e rurais. “Recebemos famílias em situação de vulnerabilidade e poder ofertar o serviço aqui ajuda muito, pois as mães e as crianças não precisam ficar internadas em locais distantes, como no Plano Piloto, Taguatinga ou Ceilândia. Conseguimos, assim, dar um acolhimento melhor”, acrescenta. Somente em 2024, foram 2.247 partos no HRPl, incluindo 338 de famílias de estados próximos. Santa Maria O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), também reforçou o atendimento a recém-nascidos que precisam de cuidados críticos com mais 13 leitos de retaguarda. São oito leitos de retaguarda de Utin e mais cinco de Ucin. Para viabilizar a ampliação, alguns equipamentos e incubadoras foram transferidos do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), que está parcialmente interditado para reforma, e do Hospital Regional de Taguatinga (HRT). *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
Ler mais...
GDF contrata 14 mil plantões de pediatria para prontos-socorros de hospitais
A partir de 1º de março, os prontos-socorros pediátricos da rede pública do Distrito Federal contarão com um reforço no atendimento médico. A Secretaria de Saúde (SES-DF) contratou mais de 14 mil plantões de pediatria, a serem realizados por profissionais de empresas privadas nos próximos seis meses. Com investimento de R$ 15 milhões, devem ser contempladas as emergências do Hospital Materno-Infantil de Brasília (Hmib) e dos hospitais regionais de Ceilândia (HRC), Brazlândia (HRBz), Guará (HRGu), Taguatinga (HRT), Sobradinho (HRS), Planaltina (HRPl) e da Região Leste (HRL), no Paranoá. Com a assinatura do contrato haverá ampliação no atendimento e redução no tempo de espera | Fotos: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF A medida busca minimizar o impacto na assistência durante o período de aumento no número de casos de doenças respiratórias. “O reforço é uma ação estratégica para fortalecer a rede de urgência e emergência, garantindo que as crianças recebam um atendimento ágil e eficaz, especialmente durante os períodos de maior demanda”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. As escalas médicas serão organizadas conforme a necessidade de cada unidade, em caráter complementar. A coordenadora de Atenção Especializada à Saúde (Cates) da SES-DF, Julliana Macêdo, explica que com a assinatura do contrato haverá ampliação no atendimento. “Com esse apoio, reduzimos o tempo de espera, aumentamos a capacidade da rede pública e asseguramos que cada criança receba o cuidado necessário no momento certo”, avalia. Estratégias 475 Número de pediatras na Secretaria de Saúde A SES-DF conta, hoje, com 475 pediatras em sua rede. Além da nova contratação de plantões, a pasta já havia adotado outras estratégias para fortalecer a assistência, como nomeações em concurso, mudança de especialidade de médicos com formação em pediatria e ampliação da carga horária de 20 para 40 horas semanais a profissionais interessados. Mesmo com os esforços para recompor o quadro de especialistas, a pediatria é considerada uma especialidade de difícil provimento em todo o Brasil. “Em nosso concurso de 2022, apenas 40% das vagas para a especialidade foram preenchidas. Agora, adotamos a contratação por pessoa jurídica, um modelo já utilizado com sucesso em outros estados e que possui respaldo jurídico”, explica a secretária de Saúde. Atualmente o déficit na rede pública é de cerca de 170 pediatras. Mais investimentos Além do reforço nos plantões, o Governo do Distrito Federal (GDF) tem expandido o atendimento pediátrico nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), gerenciadas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF). As UPAs de São Sebastião, Ceilândia I, Recanto das Emas e Sobradinho II já oferecem pediatria 24 horas e, em breve, o serviço será ampliado às unidades de Samambaia e Núcleo Bandeirante. Porta de entrada O novo reforço, contudo, não substitui o atendimento na rede de Unidades Básicas de Saúde (UBSs), que continua sendo a porta de entrada preferencial à assistência infantil. Esses locais contam com médicos e enfermeiros de família capacitados para atender crianças e encaminhá-las aos serviços especializados, quando necessário. Já as unidades hospitalares e de emergência devem ser buscadas para casos urgentes e graves. *Com informações da Secretaria de Saúde
Ler mais...
Investimento de R$ 6 milhões transforma cozinha, ambulatório, pronto-socorro e laboratório do Hospital de Sobradinho
O Hospital Regional de Sobradinho (HRS) tem passado por transformações importantes para melhorar as condições de atendimento à população da região Norte. Com aporte de R$ 6 milhões, o Governo do Distrito Federal (GDF) reformou a cozinha, o laboratório e a entrada do ambulatório e trabalha no pronto-socorro, que será reconstruído em quatro etapas. Nesta quinta-feira (14), a governadora em exercício Celina Leão esteve no local para acompanhar as benfeitorias e detalhou que as alterações no Programa de Descentralização Progressiva de Ações de Saúde (Pdpas) foram essenciais para as intervenções. Celina Leão destacou que as alterações no Programa de Descentralização Progressiva de Ações de Saúde (Pdpas) foram essenciais para as intervenções no HRS | Fotos: Renato Alves/Agência Brasília “Estamos com várias obras aqui. A entrada do ambulatório foi totalmente reformada, a cozinha e o laboratório também e parte do pronto-socorro, que será feito em quatro etapas para não prejudicar o atendimento. Isso é fruto de um decreto nosso que alterou o Pdpas e, agora, permite aos gestores locais fazerem essas mudanças juntamente com os contratos de manutenção da Secretaria de Saúde”, explicou Celina Leão durante visita ao hospital. Citado pela governadora em exercício, o Pdpas é utilizado principalmente nas compras de farmácia e foi alterado no ano passado para que bens permanentes também pudessem ser adquiridos, o que não era permitido desde que o programa foi lançado, em 2010. O Programa de Descentralização Progressiva de Ações de Saúde permite acesso rápido a recursos e a fornecedores para resolver problemas. “A ampliação nesta modalidade possibilita que façamos algumas entregas que podem ser vistas pelo usuário e pelos servidores e trabalhadores. Quando eu digo que o recurso está indo para aquisição de mobiliário, as pessoas podem adentrar os hospitais, as UBSs e verificar que os equipamentos são novos, que houve a aquisição de bens e que está havendo, sim, um investimento naquele local. Isso dá uma maior visibilidade”, detalhou a superintendente da Região Norte de Saúde, Débora Fernandes. Um novo hospital Na cozinha do HRS são preparadas 2 mil refeições diariamente Local onde são produzidas 2 mil refeições diariamente, a cozinha foi modernizada para atender às normas de vigilância sanitária. Com uma área de aproximadamente 200 metros quadrados, o ambiente foi reorganizado para melhorar a circulação e a eficiência. Além disso, as redes elétrica e hidráulica foram totalmente reformadas e foram criadas áreas específicas para o armazenamento adequado de hortaliças e proteínas. O local ainda ganhou nova iluminação, uma maior entrada de luz natural e telas de proteção. A cozinha recebeu novo sistema de ar-condicionado, proporcionando um ambiente mais confortável para os profissionais. O piso foi substituído, as paredes foram pintadas e portas, janelas e vidros foram trocados, garantindo maior segurança e funcionalidade ao espaço. “Nos últimos 20 anos esse hospital nunca foi um canteiro de obras igual está hoje. Ele atende em torno de 6 mil pacientes por mês, tem 250 leitos de internação e conseguimos avançar nas entregas para melhorar a estrutura física. Além disso, fizemos a manutenção do telhado. Desde 2006 que a nossa cobertura era um problema e hoje, pela primeira vez, em 2024, não tivemos problemas com relação às chuvas“, detalhou o diretor do hospital, Bruno Guedes. Cuidado com a saúde Em agosto do ano passado, o GDF entregou a reforma da cozinha do Hospital de Base, que, junto com o refeitório, não recebia melhorias nas suas estruturas há mais de 40 anos. O serviço contou com um investimento de R$ 675 mil. Outro hospital que está em obras é o Regional de Planaltina. Na nova subestação de energia elétrica, o GDF investiu R$ 1,3 milhão. Além disso, está sendo construído um novo bloco auxiliar, que terá dois pavimentos e contará com 30 leitos de enfermaria adulto, 13 leitos de internação pediátrica, nove leitos de UTI e nove cadeiras para diálise. O Hospital Regional de Brazlândia, erguido na década de 1970, também passa por uma reconstrução completa, visando a adaptação às normas atuais e aos dias de hoje. O projeto prevê a ampliação do número de leitos, de 26 para 60, atendendo a uma demanda crescente da região.
Ler mais...
Reforma da cozinha do Hospital Regional de Sobradinho é concluída
A reforma da cozinha do Hospital Regional de Sobradinho (HRS) foi concluída. Com investimento de quase R$ 230 mil, as benfeitorias na estrutura deixaram o ambiente mais arejado e em conformidade com as normas recentes da Vigilância Sanitária. “Podemos oferecer ainda mais qualidade alimentar aos pacientes e servidores”, comemora o diretor da unidade, Bruno Guedes. Uma das melhorias foi na divisão do espaço de aproximadamente 200 metros quadrados, criando salas para o armazenamento separado e adequado de hortaliças e proteínas. Com investimento de quase R$ 230 mil, as benfeitorias na estrutura deixaram o ambiente mais arejado e em conformidade com as normas recentes da Vigilância Sanitária | Foto: Jhonatan Cantarelle/ Agência Saúde-DF Outra mudança é visível na iluminação da cozinha. Além de ter renovado toda a parte elétrica, as janelas foram trocadas para melhorar a entrada de luz e receberam telas de proteção. Atualmente, quatro nutricionistas trabalham na cozinha supervisionando a produção diária de cerca de 1,8 mil refeições. “Temos uma empresa que produz os alimentos e tudo é fiscalizado pelos profissionais da Secretaria de Saúde (SES-DF)”, assegura a chefe do Núcleo de Nutrição e Dietética do HRS, Deyse Lucy Luiz e Castro. *Com informações do IgesDF
Ler mais...
Hospital Regional de Sobradinho promove banho de sol para mães e bebês internados
Após a dieta das 15h, as mães com bebês internados nas unidades de cuidados intermediários do Hospital Regional de Sobradinho (HRS) começam a se preparar. Cada uma carrega o seu bebê, coloca-o em posição canguru e sai em um passeio – o banho de sol. Promovido pela unidade de cuidado neonatal do hospital, a iniciativa promove benefícios físicos e mentais para mães e crianças. O banho de sol oferta o contato pele a pele entre os bebês e as mães, uma ação que auxilia o crescimento e desenvolvimento dos recém-nascidos | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF O banho de sol tem como objetivo ofertar o contato pele a pele entre os bebês e as mães, uma ação que auxilia o crescimento e desenvolvimento dos recém-nascidos, principalmente os prematuros. Após o breve passeio até o heliporto do hospital, as mães se dirigem para um espaço aberto e de sombra para uma roda de conversa. Neste momento, podem desabafar umas com as outras mães. E as ferramentas utilizadas para quebrar o gelo são diversas, como um gibi que conta a história de um bebê prematuro. O livreto também traz informações sobre a nova lei que ampara as mães de prematuro quanto à licença maternidade. Conforme ressalta a enfermeira da Unidade de Neonatologia que coordena as atividades, Margareth Knupp, a ação dá oportunidade às mães de saírem do ambiente fechado do hospital, que muitas vezes é estressante devido ao longo tempo de internação. “São momentos muito importantes para as mães, de descontração, de interação e de conversar com outras mulheres. Além disso, reforça o Método Canguru, uma iniciativa que ajuda no desenvolvimento e recuperação dos bebês”, explica. Layla Priscila Oliveira, 33 anos, está internada com o pequeno Kalel após uma gestação de alto risco. “O ambiente hospitalar não é fácil, e cada um sabe o que vivenciou” Layla Priscila Oliveira, 33 anos, é mãe do pequeno Kalel Oliveira e participante dos banhos de sol. Com gestação de alto risco, Kalel veio ao mundo com 29 semanas. “Tive o bebê no Hmib [Hospital Materno Infantil de Brasília] e a extração foi muito difícil. Ele sufocou e, no relatório médico, até está escrito que nasceu com morte aparente. Não ouvi choro, não ouvi nada”, relatou. Devido à pressão alta de Layla no pós-parto, a moradora do Riacho Fundo precisou tomar medicação intravenosa, enquanto o bebê estava entubado. Cinco dias depois, ambos precisaram ser transferidos ao Hospital Regional de Sobradinho, onde conheceu os banhos de sol. “O ambiente hospitalar não é fácil e cada um sabe o que vivenciou. Nunca tive essa mentalidade de um dia viver em uma UTI neonatal e ter um filho prematuro. Tudo é muito pesado de carregar e, aqui, podemos apoiar umas às outras”, declarou. A atividade é conduzida por profissionais da equipe multiprofissional, composta por enfermeiros, psicólogos, terapeutas ocupacionais e técnicos em enfermagem. O público-alvo são mães com os bebês internados nas unidades neonatais. Além do breve passeio até o heliporto, as mães se reúnem em uma roda de bate-papo para desabafar e confortar umas às outras Pele a pele Um dos princípios do banho de sol é o contato pele a pele entre mães e bebês, uma ação preconizada pelo Método Canguru. O contato promove o ganho de peso, aumenta o vínculo entre bebê e mãe, além de melhorar a amamentação. O Método Canguru é dividido em três etapas. A primeira começa no pré-natal, com a identificação da gestação de risco e a internação hospitalar, com o bebê assistido na Unidade de Terapia Intensiva (Utin) ou na Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional (Ucinco). Em seguida, mãe e bebê são transferidos à Unidade de Cuidados Intermediários Canguru (Ucinca), quando permanecem juntos 24 horas por dia, fortalecendo os laços familiares e promovendo segurança à mãe em relação aos cuidados. Por fim, a terceira etapa é iniciada após a alta, nas consultas em nível ambulatorial e com acompanhamento em parceria com a atenção básica até o bebê completar 40 semanas de idade gestacional ou 2.500 gramas. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES)
Ler mais...
Diálise peritoneal é uma alternativa a pacientes renais crônicos
O aposentado Antônio Barbosa do Vale, 65, demonstra até certo carinho na hora de falar da máquina de diálise peritoneal. “Ela é minha companheira. Onde estou, dependo dela”, conta. Diabético, há dois anos se tornou paciente renal crônico e precisou começar a fazer diálise – procedimento que remove resíduos e água em excesso no sangue. A rotina de ir três vezes por semana ao hospital e ficar quatro horas ligado na máquina de hemodiálise foi substituída pelo tratamento alternativo. “A qualidade de vida é melhor. Não sinto dor alguma”, garante. Antônio Barbosa do Vale, 65, prefere a diálise peritoneal por proporcionar melhor qualidade de vida: “É minha companheira” | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF Enquanto a hemodiálise consiste em manter o paciente sentado por horas ligado à máquina para purificar o sangue, na diálise peritoneal há uma conexão por um cateter implantado no abdômen. Uma diferença relevante é a hora do procedimento: pode ser feito em casa, à noite, enquanto dorme, sendo necessário manter o equipamento ligado na tomada e a uma pia. A Secretaria de Saúde (SES-DF) fornece o aparelho a cada paciente, além das bolsas com líquido usado para filtragem do sangue e outros materiais necessários. Com essa facilidade, o videomaker Thairone Martins, 32, consegue manter a rotina de trabalho. “Para o meu estilo de vida funciona bem, pois o tratamento não exige que eu pare de fazer algo ao longo do dia”, conta. Hoje, ele acorda pela manhã pronto para encarar o dia, enquanto na época da hemodiálise era comum ter mal-estar depois de cada sessão. “Nos dias em que fazia hemodiálise pela manhã, à tarde não ‘valia mais nada’. Às vezes, não conseguia nem andar”, lembra. Com a diálise peritoneal, ele se aventurou, inclusive, a fazer viagens de 15 dias, levando no carro a máquina e os insumos necessários. A SES-DF conta com ambulatórios de diálise peritoneal nos hospitais regionais de Taguatinga (HRT) e Sobradinho (HRS), onde são atendidos pacientes de todas as regiões administrativas O acompanhamento é constante. A SES-DF conta com ambulatórios de diálise peritoneal nos hospitais regionais de Taguatinga (HRT) e Sobradinho (HRS), onde são atendidos pacientes de todas as regiões administrativas. Também há clínicas conveniadas com a oferta do serviço. No momento, são 844 vagas a novos pacientes ou para aqueles que querem migrar da hemodiálise para a modalidade. O médico nefrologista do HRT Gladson Paiva Ferreira diz que a eficiência da diálise peritoneal é a mesma da hemodiálise. “A sobrevida do paciente é praticamente a mesma. Os tratamentos se equivalem.” As vantagens estão na preservação dos vasos sanguíneos e na manutenção da função renal residual por mais tempo, ainda que em pequena escala. Vale lembrar, no entanto, que o paciente precisa atender a alguns requisitos para que seja elegível à diálise peritoneal: não pode ter hérnias nem grande acúmulo de gordura abdominal, além de precisar de um ambiente adequado para fazer o procedimento. “Há paciente idoso que não consegue fazer sozinho, então precisa do suporte da família”, complementa o nefrologista. No momento, são 844 vagas a novos pacientes ou àqueles que querem migrar da hemodiálise para a modalidade Em Sobradinho, a enfermeira Jéssica Guimarães lembra sobre a importância de ensinar os pacientes a se atentarem para uma dieta adequada, higiene e de todos os cuidados com o cateter e a máquina. “Fazemos um treinamento até que ele aprenda e possa ir para a casa seguro. É essencial que esse paciente tenha uma rede de apoio”, opina. Seguindo o passo a passo, é possível que o consiga fazer anos de diálise peritoneal, sem precisar retornar à hemodiálise. Dia Mundial dos Rins Lembrado anualmente na segunda quinta-feira de março – portanto, em 2024, no dia 14 -, o Dia Mundial dos Rins busca promover a saúde desses órgãos. No Brasil, estima-se que há entre 3 milhões e 6 milhões de adultos com doença renal crônica. “Todos devem cuidar dos rins. Porém, pessoas que têm diabetes e hipertensão devem ter uma atenção maior, pois há risco maior de evoluir para um problema renal”, afirma a nefrologista Francinara Cunha, da SES-DF. Ela recomenda beber até três litros de água por dia e ficar atento a sintomas como náuseas, vômitos e inchaços. O número de pacientes com doença renal crônica tem subido. Na rede pública do DF, o acolhimento inicial é feito nas unidades básicas de saúde (UBSs). Se houver indicação, a pessoa é encaminhada aos ambulatórios especializados. Além das 844 vagas para a modalidade de diálise peritoneal, há outros 1.331 pacientes em hemodiálise, realizadas em hospitais da rede pública e em clínicas conveniadas. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
Ler mais...