Após três dias, combatentes controlam incêndio no Parque Nacional de Brasília
A operação conjunta entre o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF), o Brasília Ambiental, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Prevfogo do Ibama conseguiu controlar, na madrugada desta terça-feira (17), as chamas que atingiram o Parque Nacional de Brasília. Desde domingo (15), os combatentes atuavam em terra e pelo ar para impedir o avanço do fogo. As chamas que atingiram o Parque Nacional de Brasília foram controladas na madrugada desta terça-feira (17) por meio da operação conjunta entre o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF), o Brasília Ambiental, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Prevfogo do Ibama | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília Neste momento, mais de 500 bombeiros, agentes e brigadistas ambientais trabalham no resfriamento das áreas queimadas. O objetivo é evitar novos focos de incêndio. “Temos dois focos restritos a matas de galeria e em torno de 150 bombeiros trabalhando nesses locais. Além disso, cerca de 350 militares serão deslocados para esses pontos, onde irão fazer tanto o rescaldo como a vigilância. A nossa preocupação é ao longo do dia, com o aumento da temperatura e queda da umidade, que esses focos possam se propagar novamente”, detalha o comandante operacional, coronel Pedro Aníbal. A vice-governadora Celina Leão ressaltou que o Governo do Distrito Federal (GDF) colabora com a Polícia Federal nas investigações sobre a autoria do crime De acordo com o CBMDF, o fogo está confinado, mas há focos quentes dentro da mata de galeria do Córrego Bananal. “O que temos agora é um incêndio subterrâneo, que é o pior para se combater porque há muita fumaça e a visibilidade fica baixa. Não dá para saber ao certo onde que está queimando. É um trabalho demorado de água e aceiro”, defende o comandante-geral coronel Sandro Gomes. A queimada começou por volta das 11h30 do último domingo (15) próximo à região do Córrego do Bananal e da unidade de captação de água da Companhia Ambiental de Saneamento do Distrito Federal (Caesb). As chamas se alastraram rapidamente pelo terreno em razão do clima quente e seco e já consumiram 2,4 mil hectares de vegetação. A suspeita é que o incêndio tenha sido criminoso. “Temos dois focos restritos a matas de galeria e em torno de 150 bombeiros trabalhando nesses locais. Além disso, cerca de 350 militares serão deslocados para esses pontos, onde irão fazer tanto o rescaldo como a vigilância”, detalha o comandante operacional, coronel Pedro Aníbal A vice-governadora Celina Leão ressaltou que o Governo do Distrito Federal (GDF) colabora com a Polícia Federal nas investigações sobre a autoria do crime. “Isso está sendo conduzido pelo nosso secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar. Há uma colaboração entre a Polícia Federal e a Polícia Civil do DF, inclusive na possibilidade de uso de equipamentos, de troca de informações, para que a gente chegue à materialidade e autoria desse crime”, explica. Segundo o presidente do ICMBio, Mauro Pires, o órgão entrará com uma representação na Advocacia Geral da União (AGU) para reparação dos danos causados pelo incêndio. “Essa é a nossa obrigação. Uma vez que for constatado que de fato houve crime, com a investigação da polícia, nós vamos encaminhar ao Ministério Público da União, por meio da AGU, para que seja um ato judicializado. O nosso objetivo é conscientizar e chamar atenção para a população evitar esse tipo de situação, principalmente nessa época do ano”, declara Mauro Pires. “O que temos agora é um incêndio subterrâneo, que é o pior para se combater porque há muita fumaça e a visibilidade fica baixa. Não dá para saber ao certo onde que está queimando. É um trabalho demorado de água e aceiro”, defende o comandante-geral coronel Sandro Gomes Para reforçar o trabalho das equipes em solo, o Corpo de Bombeiros escalou um helicóptero e um nimbus – avião especializado de combate a incêndio – para sobrevoarem a área e auxiliarem no combate à queimada. Quatro militares foram deslocados para o lançamento de água na linha de fogo. Cada aeronave tem capacidade para lançar três mil litros por viagem. Criado em novembro de 1961, o Parque Nacional de Brasília é uma unidade de conservação de proteção integral que mantém o bioma e abriga bacias dos córregos que formam a represa Santa Maria, responsável pelo fornecimento da água potável ao DF. Conhecido popularmente como Água Mineral, o espaço conta com uma área de 42 mil hectares que abrange a DF-003 (Epia), a DF- 001 (EPCT), a DF-097 (Epac), o Setor de Oficinas Norte (SOFN) e a Granja do Torto. Força-tarefa Uma força-tarefa foi criada pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) para investigar possíveis ações criminosas relacionadas ao episódio. A decisão foi tomada após reunião, na segunda, no Palácio do Buriti, com a presença do governador Ibaneis Rocha, da vice-governadora Celina Leão e de órgãos de segurança e meio ambiente. Segundo o presidente do ICMBio, Mauro Pires, o órgão entrará com uma representação na Advocacia Geral da União (AGU) para reparação dos danos causados pelo incêndio Na ocasião, também foi decidido que os bombeiros do DF que estão deslocados para outras unidades da Federação retornarão imediatamente para reforçar o enfrentamento aos incêndios florestais. Ao todo, o contingente do GDF empenhado para combater as chamas é de 1,5 mil pessoas, entre Brasília Ambiental, Sema e demais pastas. Cadê a chuva? De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), não há previsão de chuvas para os próximos dias na capital federal. Nesta terça-feira (17), o DF bateu a marca de 147 dias consecutivos de estiagem sem qualquer expectativa de precipitação. A seca deve permanecer ao longo da semana e também nos próximos dias. Além disso, segundo o meteorologista de plantão do Inmet, Heráclio Alves, as condições climáticas continuarão favorecendo a ocorrência de incêndios devido às altas temperaturas e o clima seco. GDF em ação No fim de agosto, após o DF ser atingido por fumaça vinda de outras unidades da Federação, o governador Ibaneis Rocha instituiu um grupo de trabalho para elaborar um plano de ação para eventos críticos da qualidade do ar. A preocupação com os incêndios florestais — e suas consequências à população —, é anterior à criação do grupo de trabalho. Em abril, o governador decretou estado de emergência ambiental no DF para o período de junho a novembro, o que possibilitou a preparação dos órgãos que compõem o Sistema Distrital de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais que executa o Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Distrito Federal (Ppcif) para otimizar recursos humanos e materiais em relação às queimadas. A prevenção às queimadas teve início nos primeiros meses do ano, bem antes do período da seca, por meio da Operação Verde Vivo — coordenada pelo Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) desde 1999. Em um primeiro momento, as equipes fazem um trabalho de orientação. Depois, em uma fase iniciada em junho, há a intensificação dos trabalhos de combate, com apoio de 500 bombeiros, 27 caminhonetes, 24 caminhões-tanque, 22 caminhões de transporte da tropa, dois aviões e dois helicópteros, além de instituições parceiras. Também houve a convocação de 150 brigadistas pelo Brasília Ambiental. O principal apoio, contudo, precisa vir dos moradores. Além de não usar fogo em áreas abertas, a população pode colaborar acionando o Corpo de Bombeiros, pelo número 193, ao avistar qualquer foco de incêndio. Também é possível usar a Central de Denúncias de Incêndios Florestais, criada em julho pelo Brasília Ambiental, pelo número 9224-7202 — ligação ou WhatsApp.
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Blitz promove educação contra incêndios florestais
Ano após ano, o número de queimadas dispara no Distrito Federal a partir de junho, época em que começa a estiagem. O tempo frio e a baixa umidade do ar favorecem os incêndios florestais. Maus hábitos da população também ajudam no aumento das queimadas. A Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal (Sema) promoveu uma blitz educativa de prevenção aos incêndios nesta quinta-feira (6). O alerta era dado aos motoristas que trafegavam na BR-020, próximo à Estação Ecológica de Águas Emendadas, em Planaltina. A ação contou com a participação de diversos órgãos que lidam com o fogo no dia a dia, como Corpo de Bombeiros, Brasília Ambiental, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e ICMBio. Vinte alunos da Escola Classe I da cidade atuaram como multiplicadores da ação. Motoristas que passavam pela BR-020 foram orientados na prevenção a incêndios florestais | Fotos: Paulo H. Carvalho/ Agência Brasília “É um período de seca, o mato está alto e uma ponta de cigarro jogada pela janela é capaz de fazer um estrago significativo. Então temos que ter esse cuidado para minimizar os incêndios florestais”, destacou o presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer. “Juntamos todos esses órgãos, numa ação de governo não só distrital, mas federal para um trabalho de conscientização”, explicou. Dezenas de carros foram parados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e os motoristas receberam informações sobre a proibição e os perigos da queima de lixo e resto de poda, apontados pelos órgãos como as principais causas de incêndio na capital. A revista Almanaque do Fogo, que trata da prevenção e combate às queimadas, também foi entregue aos condutores. A enfermeira Nayane Thais chama a atenção para problemas respiratórios em crianças que costumam aumentar nesta época do ano Moradora de Planaltina, a enfermeira Nayane Thais, 36, foi parada e recebeu explicações sobre o tema. “A gente vê as pessoas juntando lixo e folhas secas para queimar. E isso prejudica a gente mesmo. Por exemplo, a respiração das crianças fica muito ruim nessa época”, apontou. Vestidos de lobo-guará [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Umas das idealizadoras da proposta, a coordenadora do Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do DF (PPCIF), Carolina Schubart, frisou que a ideia vem sendo bem recebida pela população. “Estamos já na quinta blitz realizada este ano, levando sempre os estudantes para falar com os motoristas. Além da participação dos agentes ambientais que são os que lidam diretamente no combate ao fogo” , citou. Para os alunos de Planaltina, que usavam máscaras de lobo-guará, a satisfação era grande em poder passar adiante a aula de cidadania aprendida, ao lado dos técnicos ambientais. “Nos sentimos importantes por estar fazendo algo pelo nosso mundo. Com esse tanto de incêndios, como vamos viver sem as nossas árvores?”, perguntou Maria Eduarda Santos, 11. Lara Rodrigues e Maria Eduarda Santos elogiaram a iniciativa de conscientizar a população “O incêndio prejudica bastante não só as pessoas, como os animais e as florestas. É legal poder ajudar a sociedade a proteger a natureza” , concluiu Lara Rodrigues, 10.
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Reunião debate estratégias de prevenção e combate a incêndios florestais
Nove órgãos que integram o Plano de Prevenção e de Combate aos Incêndios Florestais no DF (Ppcif) estiveram reunidos nesta sexta-feira (3) para consolidar as ações que serão executadas pelo programa em 2023. Estiveram presentes representantes do Brasília Ambiental, ICMbio, Jardim Botânico de Brasília, Jardim Zoológico, Aeronáutica, IBGE, Corpo Militar de Bombeiros do DF e Ibama. Entre as metas estabelecidas no encontro, serão reforçados treinamentos como o de resgate da fauna nos incêndios florestais | Foto: Divulgação / Sema-DF De acordo com a coordenadora técnica do Ppcif na Secretaria do Meio Ambiente e Proteção Animal (Sema), Carolina Schubart, este ano serão reforçados os treinamentos, como o de resgate da fauna nos incêndios florestais, que será promovido pelo Zoológico de Brasília. Na ocasião, foi aprovado um protocolo específico para esse trabalho. “Outra meta será a realização de visitas às propriedades rurais em áreas de influência de unidades de conservação, para passar informações de prevenção ao fogo. Para isso, vamos articular as ações com a Secretaria de Agricultura e a Emater”, adiantou Carolina Schubart. De acordo com o calendário anual do Ppcif, nos próximos dias o governo assinará o decreto que estabelece Estado de Emergência Ambiental no DF. Isso permite agilizar as ações de prevenção e combate aos incêndios. A medida é válida até novembro e possibilita, entre outras iniciativas, a contratação de brigadistas, além de facilitar a compra de equipamentos pelo Ibram. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Ficou acertado na reunião a realização de blitzes educativas entre os meses de abril e julho. A iniciativa envolve os órgãos do Ppcif e ocorre próximo a unidades de conservação mais vulneráveis aos incêndios, como a Estação Ecológica de Águas Emendadas e o Jardim Botânico. Este ano, o Ppcif também programou rondas integradas nos locais mais críticos. Outra iniciativa será o aprimoramento do trabalho de perícia em áreas afetadas pelo fogo, com o apoio do Sistema Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), do Ibama e do Instituto Chico Mendes (ICMbio). *Com informações da Sema
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Zoo treina especialistas em resgate de animais em incêndios florestais
Profissionais que atuam na identificação, contenção e manejo de mamíferos, aves e répteis, além dos cuidados e primeiros socorros a animais feridos, participam do Curso de Resgate de Fauna em Incêndio Florestal, promovido pela Secretaria do Meio Ambiente, no âmbito do Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PPCIF). O evento, que teve início terça-feira (8), ocorre até quinta-feira (10), das 8h30 às 17h, na Fundação Jardim Zoológico de Brasília (FJZB), com 20 horas de duração, entre aulas teóricas e práticas. O Curso de Resgate de Fauna em Incêndio Florestal, promovido pela Secretaria do Meio Ambiente, ocorre até quinta (10) | Fotos: Arquivo/Sema [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Entre os temas abordados no curso estão Identificação, contenção e manejo de aves e de mamíferos do Cerrado; Resgate, contenção e manejo de repteis e de artrópodes; Manejo e cuidados com animais feridos; Primeiros socorros, e Veterinária. A formação é voltada a brigadistas e servidores do Instituto Brasília Ambiental, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Jardim Botânico de Brasília (JBB), Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) e Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA). Entre os temas abordados no curso estão ‘Identificação, contenção e manejo de aves e de mamíferos do Cerrado’ e ‘Primeiros socorros’ A coordenadora técnica do PPCIF, Carolina Schubart, explica que a ação é de grande importância para a capacitação e integração das instituições. “Principalmente dos brigadistas florestais que trabalham em campo, que, assim que forem bem treinados, podem ajudar a salvar a vida dos animais feridos durante os incêndios, com um resgate realizado de forma mais segura, tanto para eles como para os animais”, ressalta. A brigadista florestal Amanda Victoria Marques Rodrigues, do Brasília Ambiental, avalia que o curso está sendo bastante útil no dia a dia da profissão. “Acredito que o brigadista florestal é o primeiro que tem contato com o animal que que está machucado. Então, é importante aprender a como proceder com o resgate”, afirma. A cabo do CBMDF Naiara Rayane de Sá de Oliveira também destacou a importância do curso: “Todas as informações que a gente recebe aqui são essenciais, já que muitas vezes, nos incêndios florestais, encontramos animais feridos que podem ser resgatados e melhor atendidos.” A médica veterinária e diretora de Aves do Zoológico de Brasília, Ana Cristina de Castro, explica que é importante saber como manejar os animais feridos com mais segurança no momento do resgate. “Tanto para ele, quanto para os profissionais que atuam na ocorrência. A dica é estar atento à individualidade e à fragilidade da espécie e ao modo correto de fazer as contenções”, alerta. *Com informações da Secretaria do Meio Ambiente do DF
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Curso capacita servidores para resgate de animais em incêndios
A Secretaria do Meio Ambiente (Sema) coordena o Curso de Resgate de Fauna em Incêndio Florestal, com o objetivo de capacitar servidores de órgãos que integram o Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Ppcif). O treinamento começa nesta terça-feira (8) e vai até quinta (10), das 8h30 às 17h, na Fundação Jardim Zoológico de Brasília (FJZB), com 20 horas de duração, entre aulas teóricas e práticas. Brigadistas terão aulas teóricas e práticas sobre resgate de animais em incêndios, incluindo os cuidados e primeiros socorros a bichos feridos | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental Ministrado por profissionais da fundação, o curso vai preparar o corpo técnico que atua em incêndios florestais para identificar, conter e manejar mamíferos, aves e répteis, além ensinar os cuidados e primeiros socorros a animais feridos. A formação é voltada a brigadistas e servidores do Brasília Ambiental, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Jardim Botânico de Brasília (JBB), Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) e Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA). [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A coordenadora técnica do Ppcif na Sema, Carolina Schubart, explica que a ação é de suma importância para a capacitação e integração das instituições. “Principalmente para os brigadistas florestais que trabalham em campo, e que, assim, podem ajudar a salvar a vida dos animais feridos durante os incêndios, com um resgate realizado de forma mais segura, tanto para eles quanto para os animais”, completa. Entre os temas abordados, estão Identificação, contenção e manejo de aves e de mamíferos do cerrado; Resgate, contenção e manejo de repteis e de artrópodes; Manejo e cuidados com animais feridos; Primeiros socorros e Veterinária. *Com informações da Secretaria do Meio Ambiente
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Cervo-do-Pantanal, ameaçado de extinção, chega ao zoo
O cervo-do-Pantanal Dudu foi recomendado pelo programa de conservação da Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (Azab) | Fotos: Ivan Mattos/Zoológico de Brasília Ele mede 1,2 m e pesa 35 kg, aproximadamente. Apesar de parecer grande, trata-se de um filhote de cervo-do-Pantanal, que chegou órfão à Fundação Jardim Zoológico de Brasília (FJZB). Muito mais do que um indivíduo para aumentar a lista de animais do Zoo de Brasília, Dudu, como é carinhosamente chamado pela equipe, representa um grande passo rumo à conservação da sua espécie, considerada ameaçada de extinção. Ele chegou ao Zoo em fevereiro por recomendação do programa de conservação da Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (Azab) e, atualmente, recebe todos os cuidados neonatais no hospital veterinário do zoo para que se desenvolva bem e saudável. [Olho texto=”Estima-se que existam aproximadamente 25 mil cervos-do-Pantanal no Brasil e dois mil na Argentina, de acordo com ICMBio e UICN” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O cervo-do-Pantanal é considerado o maior cervídeo da América do Sul, podendo atingir a marca de 1,9 m de comprimento e altura, quando adulto. Dudu foi encontrado com apenas dois meses de vida em uma fazenda na cidade de Lucas do Rio Verde, Mato Grosso, e foi acolhido por moradores da região. Trata-se de um território que sofre forte pressão do desmatamento devido ao crescimento da agricultura e da pecuária, cenário comum nas principais áreas remanescentes em que a espécie ainda existe. A fragmentação de habitat, em consequência do desmatamento, assim como a transmissão de doenças trazidas pelo gado doméstico, está entre as principais ameaças à população de cervos-do-Pantanal, o que a torna uma espécie ameaçada de extinção pelo Instituto Chico Mendes (ICMBio) e pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). [Olho texto=”A tendência populacional do cervo-do-Pantanal é de declínio, com diminuição maior que 30% nos próximos 15 anos” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Diante do cenário cada vez mais preocupante com relação à espécie na natureza, as ações de conservação em cativeiro entre instituições se tornam cada vez mais necessárias. A tendência populacional do cervo-do-Pantanal é de declínio, com diminuição maior que 30% nos próximos 15 anos. Dudu faz parte do programa de conservação da Azab e a expectativa é que, quando atingir a fase adulta, receba a recomendação de pareamento com uma fêmea. O filhote recebe duas mamadeiras por dia, além de folhas e frutas, explica o supervisor de manejo Gabriel Campanati “Agora temos no Zoológico de Brasília mais uma espécie contemplada pelo Acordo de Cooperação Técnica da Azab e do ICMBio. Isso significa que nossa instituição está contribuindo cada vez mais para a conservação de espécies ameaçadas de extinção. O Dudu é um fundador, com genética nova e, sendo um macho, ele pode vir a ser pai de diversos filhotes que poderão ser reintroduzidos na natureza ou ainda dar continuidade ao programa de conservação em cativeiro”, explica o supervisor de manejo Gabriel Campanati. Equipe do zoo viajou mais de mil quilômetros para resgatar o animal A equipe do Zoológico de Brasília, em conjunto com os órgãos ambientais, se deslocou por mais de mil quilômetros para resgatar Dudu, que atualmente conta com todos os cuidados dos médicos veterinários. Por ainda ser um filhote, são ofertadas duas mamadeiras por dia, além de alimentos sólidos, como folhas e frutas. Com o planejamento alimentar proposto pela equipe de nutrição do Zoológico de Brasília, Dudu se desenvolve bem, com ganho de 1 a 2 kg por semana. Enquanto cresce, a equipe técnica está projetando um novo recinto para que o público o conheça melhor. Cervo-do-Pantanal Estima-se que existam aproximadamente 25 mil cervos-do-Pantanal no Brasil e dois mil na Argentina, de acordo com ICMBio e UICN. Não se sabe quantos ainda existem no Paraguai e Peru, mas presume-se que a população não é grande. A espécie é considerada extinta no Uruguai desde 1958. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”] Assim como o nome diz, é um animal que gosta de regiões alagadas. Sua área de ocorrência original era do norte da Argentina até a fronteira do Cerrado com a Amazônia, quase sempre associado a brejos, beiras de rio, pântanos e outros tipos de habitats alagados, mas hoje, devido a pressões humanas, está quase que exclusivamente limitado ao Pantanal mato-grossense. *Com informações do Zoológico de Brasília
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Curso capacita profissionais para combate a incêndios florestais
A segunda etapa do Curso de Sistema de Comando de Incidentes teve início nesta segunda-feira (24). O CSCI/Básico capacita oficiais e servidores dos órgãos do Governo do Distrito Federal que atuam no combate a incêndios florestais para o uso padronizado de ferramentas durante as ocorrências. A iniciativa, articulada pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e aplicada pelo Corpo de Bombeiros (CBMDF), apresenta aos oficiais, praças e candidatos de outras instituições uma ferramenta de gerenciamento de incidentes padronizada para todos os tipos de sinistros. Tal modelo permite ao usuário adotar umSemaa estrutura organizacional integrada para suprir as complexidades e demandas de incidentes únicos ou múltiplos, independentemente das barreiras jurisdicionais. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A primeira etapa foi realizada na última semana. Nessa segunda fase são ministradas aulas práticas e aplicada prova teórica nas instalações do Grupamento de Proteção Civil (GPCiv), em Taguatinga (DF). As atividades presenciais resguardam todos os procedimentos de segurança para evitar a contaminação por Covid-19. Devido à pandemia, na semana passada as aulas teóricas foram realizadas em ambiente virtual, pelo sistema EAD. O curso tem a duração de 20 horas. No total, 30 servidores das instituições parceiras que atuam na execução dos trabalhos de prevenção e combate estão em treinamento – profissionais do Brasília Ambiental, do Zoológico, do Jardim Botânico, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), do ICMBio, da Polícia Militar do DF, da Defesa Civil, da Aeronáutica e da Escola Superior de Guerra. [Numeralha titulo_grande=”R$ 3 milhões” texto=”liberados pelo GDF para contratação de 148 brigadistas” esquerda_direita_centro=”centro”] “O curso é essencial para quem trabalha diretamente com incidentes de qualquer dimensão. No nosso caso, o curso é voltado para capacitar servidores a aplicar estratégias de melhor resposta e organização operacional para o combate aos incêndios florestais de grande proporção no DF”, informou a assessora técnica da Sema para o Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PPCIF), Carolina Schubart. De acordo com Carolina, normalmente são realizados dois cursos por ano, com capacitação média de 60 profissionais. No entanto, com o isolamento decorrente da pandemia, só foi realizado um curso até o momento. A capacitação faz parte das ações do PPCIF, coordenado pela Sema e executado por instituições parceiras. Para a realização das ações, o GDF liberou R$ 3 milhões destinados à contratação de 148 brigadistas. Em abril foi publicado o Decreto 40.614/2020 declarando estado de emergência ambiental no Distrito Federal, com relação aos incêndios florestais que recorrentes entre os meses de abril e novembro. Também foram realizados aceiros mecânicos nas diversas unidades de conservação do DF. * Com informações da Secretaria do Meio Ambiente
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Zoo de Brasília acolhe cinco filhotes órfãos de lobo-guará
O Berçário do Zoológico de Brasília acolhe desde a quarta-feira passada (24) cinco filhotes, resgatados órfãos, da espécie lobo-guará. O resgate ocorreu depois de pesquisadores do Onçafari localizarem a mãe, Caliandra, morta a cerca de 10 quilômetros de distância da toca, na Fazenda Trijunção, na divisa do Goiás com Minas Gerais e Bahia. Caliandra era monitorada havia nove meses por meio de um colar de GPS e auxiliava nos estudos e pesquisas científicas relacionadas à espécie. Com informações obtidas pelo colar, sabe-se que os filhotes nasceram no dia 1 de junho e ficaram órfãos no dia 23 de junho. Por recomendações do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (Cenap/ICMBio), a equipe do Onçafari fez o resgate após localizarem os filhotes sozinhos na toca. “No início, acreditávamos que mãe ainda não tinha retornado da caça, porém o sinal do GPS indicou durante três dias que ela permaneceu imóvel em outro local. A equipe foi verificar pensando que o colar havia caído, mas encontraram Caliandra sem vida”, comenta Mario Haberfeld, fundador do Onçafari. Os cinco filhotes foram resgatas em Goiás e trazidos para o Zoo de Brasília. Fotos: Divulgação Depois de resgatados, os animais foram encaminhados para o Zoológico de Brasília, instituição com estrutura e equipe adequadas para receber os filhotes. “Eu mapeei os locais nas redondezas e o mais próximo com condições de acolher os animais era o Zoo de Brasília. Fiz as recomendações iniciais para a equipe no campo e, paralelo a isso, fiz a ponte com a equipe do Zoo”, explica Rogério Cunha de Paula, analista ambiental do Cenap/ICMBio. Os animais viajaram de carro com três biólogos pesquisadores, que acompanhavam o estado de saúde durante todo o trajeto. Ao final da tarde, ao chegarem no Zoológico de Brasília, a equipe técnica do Zoo realizou o primeiro contato com os animais. Foi feito um exame clínico inicial para avaliar frequências cardíaca e respiratória, temperatura, nível de hidratação, coloração de mucosa oral e conjuntival, escore corporal e peso. “Realizamos uma análise bem detalhada, pesagem e, depois, os alimentamos. No geral, eles estavam clinicamente bem, mas com indícios de desidratação, já que ficaram 48h sem os cuidados da mãe. Além disso, observamos que as mucosas estavam pálidas, indicando uma possível anemia”, conta a médica veterinária do Zoológico de Brasília, Fernanda Mergulhão. Os animais vão passar por exames mais detalhados para diagnosticar possíveis infecções no sangue e parasitas nas fezes. Além disso, o Zoo de Brasília conta com um zootecnista responsável pelo setor de alimentação e nutrição animal, Lucas Carneiro, que formulará uma dieta adequada para cada indivíduo. “Estamos desenvolvendo um protocolo alimentar de acordo com procedimentos nacionais e internacionais de manutenção de lobo-guará. Como esses filhotes já estão em fase de pré-desmame, iremos iniciar uma alimentação sólida, que inclui carne, rações e frutas”, detalha. Por enquanto os filhotes vão receber todos os cuidados no Zoológico de Brasília e, quando estiverem independentes, os órgãos de fiscalização ambiental vão definir a melhor destinação para os indivíduos. “Ainda é muito cedo para falar sobre destinação. Por enquanto, nossa prioridade é manter a saúde e o desenvolvimento dos filhotes. Faremos esse cuidado preservando o comportamento natural da espécie para que, caso seja definido pelos órgãos competentes, os animais estejam aptos a participar de programas de reintrodução na natureza”, esclarece o biólogo e diretor de mamíferos do Zoo de Brasília, Filipe Reis. Os filhotes contam com acompanhamento técnico em período integral no Berçário do Zoológico de Brasília. Apesar de o parque estar fechado para visitação, o público pode acompanhar o desenvolvimento dos animais por meio das redes sociais do Zoológico de Brasília e do Onçafari. Os animais ainda não têm nome – e o público é quem vai ajudar na escolha. Agora, durante cinco dias a partir desta quinta-feira (2), haverá uma votação no perfil oficial do Zoológico no Instagram (@zoobrasilia) para que os seguidores escolham o melhor nome para cada um. As opções de nomes serão frutos do Cerrado, uma homenagem ao bioma no qual a espécie é um dos representantes mais emblemáticos. Onçafari O Onçafari atua no Pantanal, Cerrado, Amazônia e Mata Atlântica com o objetivo de promover a conservação do meio ambiente e contribuir com o desenvolvimento socioeconômico das regiões em que está inserido por meio do ecoturismo e de estudos científicos. O projeto é focado na preservação da biodiversidade em diversos biomas brasileiros, com ênfase em onças-pintadas e lobos-guarás. Presente há três anos no Cerrado, o Onçafari atua na Pousada Trijunção, uma fazenda com mais de 33 mil hectares no coração do bioma. Localizada na divisa dos estados de Minas Gerais, Bahia e Goiás, o animal em foco desta base é o lobo-guará. * Com informações Zoológico de Brasília
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Águas Claras e Floresta Nacional abrem jornada de blitze contra incêndio
| Foto: Sema / Divulgação O Parque de Águas Claras e a Floresta Nacional de Brasília serão as primeiras Unidades de Conservação (UCs) a receber a Blitz Educativa de Prevenção dos Incêndios Florestais no Distrito Federal. Com o objetivo de atender um público maior os eventos vão acontecer de forma simultânea, no dia 27 de março, das 8h às 12h. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Ao todo serão dez as UCs atendidas, cinco a mais do que no ano passado. Além de Águas Claras, os parques Ezechias Heringer, Prainha, Fercal e Estação Rádio receberão as blitze pela primeira vez, em calendário que segue até agosto. A reunião de planejamento para a realização da estratégia em 2020 foi na tarde desta quinta-feira (20), na sede da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), responsável por coordenar o Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PPCIF-DF). As blitze buscam conscientizar e alertar a população sobre a proibição e os perigos da queima de lixo e resto de poda, as principais causas de incêndio florestal no Distrito Federal. No ano passado, 4,4 mil veículos foram abordados em eventos no Park Way, na Floresta Nacional de Brasília, no Jardim Botânico de Brasília, no Parque Boca da Mata e na Estação Ecológica de Águas Emendadas (Esecae). Estas são áreas de preservação mais vulneráveis aos incêndios florestais. | Foto: Sema / Divulgação “Neste ano decidimos atender aos pedidos da população e, pela primeira vez, realizar duas blitzes no mesmo dia. No ano passado muitos motoristas abordados elogiavam a iniciativa e sugeriam outras regiões administrativas ou UCs para a gente atuar. Então, vamos testar o formato no final de março e avaliar seu funcionamento”, explica a coordenadora do PPCIF na Sema, Carolina Leite Queiroga Schubart. O Grupo Executivo do Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do DF é composto por: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Departamento de Estradas de Rodagem (DER/DF), Companhia de Saneamento Ambienta do DF (Caesb), Aeronáutica, Marinha, Corpo de Bombeiros (CBMDF), Secretaria de Saúde, Jardim Botânico de Brasília (JBB), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Brasília Ambiental. * Com informações da Secretaria de Meio Ambiente
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