Parceria entre GDF e instituição privada ensinará letramento racial para promover formação em direitos humanos
Foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta terça-feira, 21 de outubro, o extrato do Acordo de Cooperação Técnica nº 03/2025, firmado entre a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) e o Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP). A parceria tem como objetivo promover ações educativas voltadas à formação em direitos humanos e igualdade racial, com foco na capacitação gratuita de estudantes, professores e colaboradores da instituição. O IDP é a primeira instituição privada a aderir ao programa de letramento racial, que amplia ações educativas para combater injúrias raciais no ambiente acadêmico. A iniciativa surge após episódios de injúria racial no ambiente universitário, que ganharam repercussão e impulsionaram uma resposta institucional. A principal ação prevista é a implementação do curso de letramento racial, que oferecerá capacitações, palestras, eventos e ações sociais para fortalecer a conscientização sobre o racismo estrutural e a promoção da inclusão. A dor de ser alvo de racismo ainda ecoa na memória de Laryssa Shneider, 26 anos, estudante de publicidade e propaganda do IDP. No início deste ano, ela foi vítima de um ataque racista em um grupo de WhatsApp da faculdade — episódio que levou à expulsão do agressor. “Eu me senti humilhada, e o pior foi perceber que muitos colegas não entenderam a gravidade do que aconteceu. Achavam que era só uma piada”, contou. O caso de Laryssa, somado a outro episódio recente — a divulgação de um vídeo de teor elitista e discriminatório por um aluno do IDP —, motivou a instituição a buscar apoio da Seju-DF para ações educativas. "O IDP buscou o apoio da Sejus para transformar uma situação negativa em oportunidade de mudança", afirmou o subsecretário de Direitos Humanos e Igualdade Racial, Juvenal Araújo | Fotos: Jhonatan Vieira, Ascom/Sejus-DF Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do DF, os ambientes escolares foram o terceiro local com mais registros de injúria racial em 2024, representando 10,9% dos casos. Pesquisa do Instituto de Pesquisa e Estatística do DF revelou que 18% dos estudantes negros afirmaram já ter sofrido racismo nas escolas, enquanto 59% dos professores relataram que o preconceito mais comum em sala de aula está relacionado à raça ou etnia. “O racismo não depende de intenção, depende de ignorância”, afirmou a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, durante a assinatura do acordo. “Quando a gente entende o impacto das nossas palavras e atitudes, não pode mais fingir que não sabe. O letramento racial é um caminho para construir espaços mais justos, acolhedores e seguros para todas as pessoas.” Já o subsecretário de Direitos Humanos e Igualdade Racial, Juvenal Araújo, ressaltou o comprometimento da instituição com a prevenção. “O IDP buscou o apoio da Sejus para transformar uma situação negativa em oportunidade de mudança. Agora, vamos oferecer formação contínua, que prepara não só para reagir, mas para prevenir atitudes discriminatórias”, declarou. A estudante Laryssa Shneider foi vítima de um ataque racista em um grupo de WhatsApp da faculdade: "Eu me senti humilhada". O agressor foi expulso e a instituição procurou a Sejus para ações aducativas O curso faz parte do Programa de Letramento Racial criado pela Sejus-DF, que desde abril deste ano tem realizado oficinas e palestras em escolas públicas do DF, alcançando centenas de alunos, professores e servidores. Com a formalização do acordo, o IDP torna-se a primeira instituição privada a aderir oficialmente ao programa, que pretende ampliar sua abrangência para outros espaços educativos, tanto públicos quanto privados. As ações serão desenvolvidas em articulação com o Conselho Distrital de Promoção da Igualdade Racial, visando fortalecer a cidadania, a proteção dos direitos humanos e a construção de ambientes mais inclusivos no Distrito Federal. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF)
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Curso de letramento racial vai capacitar estudantes e professores de instituição particular de ensino superior no combate ao racismo
A dor de ser alvo de racismo ainda ecoa na memória de Laryssa Shneider, 26 anos, estudante de publicidade e propaganda do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP). No início deste ano, ela foi vítima de um ataque racista em um grupo de WhatsApp da faculdade — episódio que ganhou repercussão e levou à expulsão do agressor. “Eu me senti humilhada, e o pior foi perceber que muitos colegas não entenderam a gravidade do que aconteceu. Achavam que era só uma piada”, contou. O caso de Laryssa, somado a outro episódio recente — a divulgação de um vídeo de teor elitista e discriminatório por um aluno do IDP —, que impulsionou uma resposta institucional. Laryssa Shneider sofreu racismo em um grupo de WhatsApp da faculdade: "O pior foi perceber que muitos colegas não entenderam a gravidade do que aconteceu. Achavam que era só uma piada" | Fotos: Jhonatan Vieira/Sejus-DF O IDP firmou, nesta quinta-feira (7), um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) para promover ações de enfrentamento ao racismo e valorização da diversidade no ambiente universitário. A principal ação prevista na parceria é a implementação do curso de letramento racial, com capacitações, palestras, formações, ações sociais e eventos temáticos voltados a professores, estudantes e colaboradores da instituição. Marcela Passamani: "Quando a gente entende o impacto das nossas palavras e atitudes, não pode mais fingir que não sabe" “O racismo não depende de intenção, depende de ignorância”, afirmou a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, durante a assinatura do acordo. “Quando a gente entende o impacto das nossas palavras e atitudes, não pode mais fingir que não sabe. O letramento racial é um caminho para construir espaços mais justos, acolhedores e seguros para todas as pessoas.” O diretor acadêmico do IDP, Atalá Correia, que assinou o documento em nome da instituição, destacou o papel da educação na construção da equidade: “Estamos unindo esforços com o poder público para enfrentar uma chaga histórica. Essa parceria nos dá instrumentos para avançar no combate ao racismo dentro e fora da sala de aula”. O subsecretário de Direitos Humanos e Igualdade Racial, Juvenal Araújo, ressaltou o comprometimento da instituição com a prevenção. “O IDP buscou o apoio da Sejus para transformar uma situação negativa em oportunidade de mudança. Agora, vamos oferecer formação contínua, que prepara não só para reagir, mas para prevenir atitudes discriminatórias”, declarou. Injúria racial [LEIA_TAMBEM]De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), os ambientes escolares foram o terceiro local com mais registros de injúria racial em 2024, representando 10,9% dos casos. Já um estudo do Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF) divulgado neste ano apontou que 18% dos estudantes negros afirmaram já ter sofrido racismo nas escolas. Entre professores, 59% relataram que o preconceito mais comum em sala de aula é o relacionado à raça ou etnia. Criado pela Sejus-DF, o Programa de Letramento Racial oferece oficinas, conversas e palestras voltadas à conscientização sobre o racismo estrutural e à promoção de ambientes mais inclusivos. A iniciativa já passou por diversas escolas públicas do DF desde abril deste ano, alcançando centenas de alunos, professores e servidores. Com o novo acordo, o IDP se torna a primeira instituição privada de ensino a aderir ao programa, que deve continuar se expandindo para outros espaços educativos — públicos e privados. *Com informações da Sejus-DF
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