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Instituto de Cardiologia e Transplantes do DF (ICTDF)

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Instituto de Cardiologia e Transplantes do DF celebra 16 anos como referência nacional em transplantes de órgãos

O Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF) completa, nesta terça-feira (1º), 16 anos. A unidade se destaca como referência nacional para transplante de órgãos, especialmente de coração, fígado, rim, córnea e medula óssea. Até o momento, foram realizados mais de 2,7 mil procedimentos desse tipo. Na conta da instituição, entram, ainda, mais de 12 mil cirurgias cardíacas, 69 mil tomografias, 57 mil ressonâncias nucleares, meio milhão de consultas e 46 mil procedimentos intervencionistas terapêuticos ao longo dos anos. O ICTDF é uma instituição privada sem fins lucrativos, que, além de pacientes particulares e conveniados por planos de saúde, presta um serviço complementar à rede da Secretaria de Saúde (SES-DF). Por meio desse contrato, a unidade fornece atendimentos de alta complexidade cardiovascular e transplantes a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Homenagens Celina Leão: “Somos a unidade do Brasil que mais faz transplantes e isso é reflexo das atuações de homens e mulheres capacitados e especializados” | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF A solenidade de comemoração do aniversário da instituição foi marcada por homenagens a pacientes transplantados e aos servidores da unidade. “Cada profissional de saúde teve e tem importância em cada história do ICTDF. Vivemos movidos pelos nossos propósitos e, quando os colocamos em prática, temos a motivação diária para fazer acontecer aquilo que juramos durante a faculdade”, afirmou o secretário de Saúde, Juracy Cavalcante Lacerda Junior. Para a vice-governadora do DF, Celina Leão, as equipes do ICTDF exercem um papel fundamental na credibilidade da instituição hoje: “Somos a unidade do Brasil que mais faz transplantes e isso é reflexo das atuações de homens e mulheres capacitados e especializados”. A solenidade de comemoração do aniversário da instituição foi marcada por homenagens a pacientes transplantados e aos servidores da unidade O reconhecimento do esforço desses profissionais de saúde não é à toa, segundo o primeiro interventor do ICTDF, Marcos Antônio Costa. “Quando surge um órgão para ser transplantado, uma equipe se locomove até a cidade para buscá-lo, enquanto uma outra aguarda no local para a cirurgia. É uma mobilização tremenda, muitos não dariam conta de pagar por um procedimento desses”, detalhou. Junto ao empenho e à logística, está o aperfeiçoamento daquilo que se faz, tópico destacado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. “Temos que formar médicos especialistas, sobretudo em gente”, avaliou. Como ser um doador Pessoas vivas podem doar um dos rins, parte do fígado, da medula óssea ou do pulmão, desde que não prejudique a própria saúde. Em casos de fatalidades, é fundamental comunicar e conversar com a família sobre o desejo de ser doador. Não é necessário deixar nada por escrito, em nenhum documento, mas a decisão familiar é requisito para que a doação ocorra. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Saúde abre chamamento público para assegurar assistência contínua no ICTDF

Entidades filantrópicas ou sem fins lucrativos interessadas na prestação de serviços relacionados à gestão do Instituto de Cardiologia e Transplantes do DF (ICTDF) ainda podem participar do chamamento público lançado pela Secretaria de Saúde (SES-DF). Publicado no final de novembro, na edição extra 88-A, página 5, do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), o edital de abertura dá prazo de 40 dias para que os interessados se inscrevam no certame. O objetivo inclui assegurar a continuidade e a modernização dos serviços de alta e média complexidade em cardiologia, transplantes, além de assistência neonatal e pediátrica. A medida visa aumentar a eficiência do atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Interessados devem enviar propostas até 6 de janeiro de 2025. Convênio terá vigência de 5 anos, podendo ser prorrogado por igual período | Foto: Sandro Araújo/ Agência Saúde-DF “A nova gestão será essencial para garantir que os serviços de excelência do instituto continuem acessíveis à população. O edital reforça nosso compromisso com a saúde pública, garantindo atendimento humanizado e de qualidade”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. Instituições que desejam disputar precisam encaminhar proposta ao endereço eletrônico inexigibilidade.sesdf@saude.df.gov.br até às 18h do dia 6 de janeiro de 2025. Toda a documentação exigida, bem como demais prazos e exigências podem ser consultados no edital disponível na página oficial da SES-DF. As respostas aos pedidos de esclarecimento e impugnações também serão divulgadas no site da pasta. O início dos trabalhos pela nova gestão está previsto para até 60 dias após a assinatura do convênio. Este último terá vigência de cinco anos, podendo ser prorrogado por igual período, conforme os artigos 106 e 107 da Lei n° 14.133, de 2021. Investimento A SES-DF prevê um investimento de pouco mais de R$ 154 milhões na contratação dos serviços. No montante está inclusa assistência ininterrupta à população que necessita de atendimento em cardiologia e transplantes, emergência 24 horas, leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e diagnósticos especializados. Além disso, a entidade vencedora deverá manter a atual força de trabalho, assegurando a continuidade do atendimento técnico, e será responsável pela gestão de suprimentos, manutenção predial, segurança e outros serviços essenciais ao funcionamento do hospital. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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União cede imóveis ao Distrito Federal para projetos de saúde e segurança pública

O governo federal assinou, nesta quinta-feira (27), o contrato de cessão de dois imóveis ao Governo do Distrito Federal (GDF). O acordo foi firmado no âmbito do Programa de Democratização de Imóveis da União, cujo objetivo é destinar os espaços para implementação de políticas públicas estratégicas em benefício da população e dos entes federativos. Cerimônia da cessão dos terrenos foi realizada no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Os endereços celebrados no contrato de cessão compreendem a sede do Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF), localizado dentro do Hospital das Forças Armadas, e um edifício na Quadra 506 Norte, onde será criado um espaço dedicado ao combate à violência doméstica e feminicídio. A assinatura ocorreu pela manhã, no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, e marcou, também, a instalação do fórum de apoio ao programa. O grupo de trabalho será composto por representantes de órgãos do GDF, do governo federal e organizações da sociedade civil e movimentos sociais. Políticas públicas R$ 15 mil Valor do subsídio para entrada nas habitações populares do DF Presente à cerimônia, o secretário de Governo do DF, José Humberto Pires de Araújo, celebrou a cessão dos dois imóveis e lembrou da recente concessão do terreno onde ficará, futuramente, a Policlínica do Gama: “Esses dois terrenos se somam a outra doação feita pelo governo federal, do espaço onde estamos fazendo a Policlínica. Serão três andares com 2,7 mil m² de área construída e cujo serviço vai ajudar muito na questão da saúde pública da região Sul do DF”. Araújo também ressaltou o investimento constante do GDF no fomento de políticas públicas voltadas para a moradia: “Há dez dias, o governador Ibaneis Rocha sancionou a lei de implantação do cheque moradia. Ele define um subsídio de R$ 15 mil para famílias darem entrada nas habitações populares do DF. Nesta quinta, entregamos os primeiros benefícios”. A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, destacou que o fórum com representantes da União, DF e movimentos sociais será um importante espaço de diálogo na deliberação de temas relacionados à moradia. “Vai ser um importante espaço de diálogo”, declarou. “Apesar de consultivo, quase tudo que vai sair do fórum será implementado”. Saúde e segurança Um dos endereços cedidos pela União ao DF tem quase 5 mil m² e abriga, hoje, o ICTDF. O instituto é referência no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) no atendimento especializado de alta complexidade de cardiologia e transplantes “O ICTDF presta um serviço de excelência à população e é a porta de entrada de todos os pacientes de alta complexidade do ponto de vista cardiológico e de transplantes”, lembrou a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio. “Além da parte assistencial, o instituto tem atuação dedicada ao ensino e pesquisa, que são muito importantes para a saúde pública do DF”. O outro diz respeito a um edifício na Quadra 506 Norte, destinado à Secretaria de Segurança Pública (SSP). Segundo o secretário-executivo da pasta, Alexandre Patury, o objetivo é transformar o espaço em sede de projetos e ações relacionadas ao combate à violência doméstica e feminicídio. “Ali era uma área com muita violência e circulação de criminosos; eles utilizavam o prédio abandonado”, apontou. “Além de trazer mais segurança para a região, vamos ter, naquele ponto específico, um prédio temático dedicado ao combate à violência contra a mulher.” A expectativa é de reunir no equipamento uma série de serviços públicos em segurança. “No local, teremos o Pró-Vida da Polícia Militar, as delegacias especiais de Atendimento à Mulher e a participação da Secretaria da Mulher”, acrescentou Patury.

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Distrito Federal tem novo recorde em transplantes de órgãos

A capital federal está entre os melhores índices de transplantes de órgãos e tecidos do país. De janeiro a agosto de 2023, a média de transplantes de órgãos por milhão de habitantes no Distrito Federal foi a maior do país, com 107,2. A média nacional é de 43,1, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde. [Olho texto=”“Todos somos potenciais doadores. Precisamos mudar alguns conceitos que ainda são errados. Nossas escolhas de vida ou o nosso histórico médico não são limitadores”” assinatura=”Lucilene Florêncio, secretária de Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] Em números absolutos, de janeiro a agosto de 2023 foram 543 transplantes de órgãos, medula óssea e córnea no DF. No mesmo período de 2022, o total somou 501. O transplante de rim é o que mais cresceu, passando de 64 para 93. Em 2023, até agosto, também foram feitos 21 procedimentos de coração, 81 de fígado, 93 de rim, 135 de medula e 213 de córnea. Graças ao gesto de solidariedade de muitas famílias, Marcos Antônio Gomes, 61 anos, recebeu um coração em junho e um rim em setembro deste ano, experimentando um pouco da generosidade que também já ofereceu. Em 1987, ele doou um rim para salvar a vida da irmã. “Todo o meu tratamento foi feito pelo Sistema Único de Saúde. Tenho uma vida nova, uma nova data de nascimento. Eu penso muito na família que autorizou a liberação do coração. Muitos têm a ideia de que o coração guarda a personalidade da pessoa, mas isso não existe. Doar é um gesto de amor, de desprendimento. Eu agradeço muito a família que doou e a toda a equipe que cuidou de mim”, conta com gratidão. Marcos Antônio Gomes doou um rim para salvar a vida da irmã em 1987. Em 2023, ganhou um coração e um rim novo. “Doar é um gesto de amor, de desprendimento. Eu agradeço muito a família que doou e a toda a equipe que cuidou de mim”, diz | Fotos: Michelle Horovits/Agência Saúde-DF Casado há 17 anos, depois de dois transplantes, Marcos Gomes só sonha em se recuperar e levar a esposa para viajar. “O sonho dela é conhecer Israel. Vou dar um jeito de levá-la um dia, afinal, sem sonhos não há vida, não é mesmo?”, reflete. Doadores O Distrito Federal também integra a lista das unidades da Federação com os maiores números de doadores efetivos por milhão de habitantes, em sétimo lugar. No entanto, o potencial de doação é o maior do Brasil, o que indica que o número de doadores poderia ser maior. “Cerca de 85% desses órgãos [transplantados] vêm de outros estados”, explica a diretora da Central Estadual de Transplantes do DF, Gabriella Ribeiro Christmann. “Em transplantes de córnea, caímos para terceiro, uma vez que dependemos de doação de dentro do DF. É fundamental que você compartilhe sua vontade de ser um doador com sua família”, incentiva. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Em 2022, a taxa do Distrito Federal era de 14,2 doadores por milhão, segundo dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), enquanto a média nacional foi de 17 pessoas a cada um milhão de habitantes. A doação de órgãos só ocorre com a autorização da família. Por isso, é essencial comunicar suas intenções de doar órgãos. No caso de doações de rins ou parte do fígado em vida, é preciso ser parente de até 4º grau. O Sistema Estadual de Transplantes (SET), liderado pela Central Estadual de Transplantes, é a espinha dorsal dessa rede de esperança, assegurando que os órgãos cheguem às pessoas que precisam deles. “Todos somos potenciais doadores. Precisamos mudar alguns conceitos que ainda são errados. Nossas escolhas de vida ou o nosso histórico médico não são limitadores”, reforça a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. A maior demanda no cenário nacional atualmente é por doações de rins, com 32 mil pacientes na lista de espera, incluindo 667 residentes da capital federal. No DF, no Hospital de Base (HBDF) e no Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB) são feitos os procedimentos para rim e córnea, enquanto o Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF) faz transplantes de coração, rim, fígado, córnea e medula óssea. Doando vida José Flávio dos Santos é só alegria depois de ganhar um coração novo. Ele agradece toda a equipe do SUS e do ICTDF que acompanhou sua recuperação José Flávio dos Santos sofreu com a doença de Chagas por anos, até que seu coração não suportou e ele entrou na fila de transplante em fevereiro de 2022. Por conta de complicações da enfermidade, o paciente teve direito prioritário. “Antes eu não conseguia fazer nada que cansava, não conseguia escovar os dentes, caminhar, não tinha vida. Eu ficava na cama o tempo todo”, relembra. O coração compatível para José chegou de Goiânia em 19 de setembro de 2023 e mudou a vida dele. Emocionado, ele é só agradecimento à equipe médica. “Estou só esperando a alta para ir embora. A pessoa que doa um órgão, doa vida. Hoje eu tenho vida”, frisa. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal

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Ampliação do banco de doadores de medula dá esperança a quem espera

Uma em 100 mil. Esta é a probabilidade de um paciente na lista de transplantes de medula óssea encontrar um doador não aparentado com quem seja compatível. Entre familiares, há 25% de chances de compatibilidade, geralmente com um dos pais ou irmãos. Esses números ajudam a dar o contorno à assustadora realidade de quem depende da doação do tecido para sobreviver. Dados do Registro Nacional dos Receptores de Medula (Rereme) apontam que, até o momento, 18.838 pessoas fizeram buscas por um doador de medula não aparentado. Deste total, 500 pacientes residem no Distrito Federal. Atualmente, o banco do Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) conta com mais de 5,65 milhões de inscritos – 76 mil da capital federal. O número de doadores, ainda que expressivo, é insuficiente para atender quem está na lista de espera pela doação de medula. “É muito raro que uma pessoa seja compatível com a outra, por isso é necessário ter muita gente no banco de doadores. Isso aumenta as nossas chances de encontrar doadores compatíveis”, explica o hematologista André Domingues Pereira, coordenador de transplante de medula óssea do Instituto de Cardiologia e Transplantes do DF (ICTDF). Segundo a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES), de 2020 para cá, foram realizados 529 transplantes de medula óssea; apenas 22% a partir da doação de terceiros, sendo eles aparentados ou não. A maior parte dos procedimentos na capital (412 deles) foram autólogos, condição caracterizada quando as próprias células-tronco do paciente são removidas, armazenadas e, posteriormente, infundidas. Houve aumento no número de transplantes de medula realizados na capital federal. Até agosto de 2022, foram 116 procedimentos. No mesmo período deste ano, o total de cirurgias chegou a 135 – um crescimento de 16%. Ampliação do banco de doadores é alternativa para dar mais esperanças a quem aguarda na lista por um transplante de tecido | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Hoje, o transplante de medula óssea é o segundo mais recorrente no DF, ficando atrás apenas do transplante de córnea. “O transplante, para quem vai receber, é a diferença entre curar e não curar. O alogênico é a única modalidade com possibilidade de cura para diversas doenças, em especial as leucemias”, acrescenta Pereira. Como é o transplante? A gerente de captação, registro e orientação de doadores da Fundação Hemocentro de Brasília, Kelly Barbi, afirma que, atualmente, grande parte dos procedimentos de transplante de medula ocorrem por meio de aférese. O método não prevê a necessidade de internação ou anestesia do paciente. Na aférese, o doador faz uso de uma medicação por cinco dias, para aumentar a produção das células-tronco no sangue. No dia do transplante, é feita a coleta do sangue e a separação das células-tronco, devolvendo os componentes que não são necessários ao receptor. “Hoje, mais de 90% dos procedimentos são realizados por aféreses. É seguro e tranquilo, e é importante que a população entenda que a doação de medula tem sido feita de uma forma menos invasiva. Assim como seu sangue, a partir da doação, seu organismo recupera, em até 15 dias, todo o montante que foi doado”, defende a servidora. Hoje, o transplante de medula óssea é o segundo mais recorrente no DF, ficando atrás apenas do transplante de córnea | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Há, ainda, a modalidade da punção, menos recorrente nos dias de hoje. O método consiste na retirada da medula do interior do osso da bacia por meio de punções. Diferentemente da aférese, este procedimento requer a internação do doador e pode trazer dor ao local da punção. Como doar A doação de medula óssea é um procedimento simples com capacidade de salvar uma vida. No DF, apenas a Fundação Hemocentro de Brasília está habilitada a realizar o cadastro dos potenciais doadores. Para isso, é preciso ter entre 18 e 35 anos, estar em boa condição de saúde, livre de qualquer doença incapacitante ou infecciosa. Para fazer o cadastro, são necessários apenas 4 ml de sangue do doador. A amostra será encaminhada a um laboratório de referência no Paraná, que fará os exames de histocompatibilidade. O ato pode ser feito por agendamento ou na própria doação de sangue a terceiros. Na ocasião, é preciso preencher também uma ficha com dados pessoais. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Após a conclusão dessas etapas, os doadores podem consultar o cadastro no aplicativo do Redome, responsável por realizar os cruzamentos de dados entre doadores e pacientes inscritos no Rereme. Havendo compatibilidade com um receptor, o doador é chamado a retornar no Hemocentro para aprofundar os exames. Recentemente, a enfermeira Karina Rodrigues de Souza, 32 anos, foi convocada a realizar novas coletas de sangue e se animou com a possibilidade de ser compatível com algum paciente. “Eu vim porque em 2011 fiz meu cadastro no Redome e recebi uma ligação dizendo que há uma chance de compatibilidade. Fiz pela vontade de ajudar mesmo”, relata.

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Rede pública é responsável por mais da metade dos transplantes do DF

Dono do maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, o Brasil é também o segundo país que mais realiza os procedimentos, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, segundo dados do Ministério da Saúde. Os números só são possíveis graças ao Sistema Único de Saúde (SUS) que, sozinho, é responsável pelo financiamento de 88% de todas as cirurgias feitas em território nacional. Maria Olindina Araújo ficou 42 dias à espera de um coração. “Pouco tempo depois, fui chamada, fiz o transplante e agora tenho uma vida nova” | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília [Olho texto=”“Estudos mostram que, durante a pandemia, houve uma redução no número de doadores, principalmente por traumatismo cranioencefálico, o que pode se relacionar com a redução, ao menos nos primeiros meses da pandemia no Brasil, de pessoas nas ruas e, consequentemente, do número de alguns tipos de acidentes e traumatismos”” assinatura=”Gabriella Ribeiro Christmann, diretora da CET” esquerda_direita_centro=”direita”] No Distrito Federal, essa realidade não é diferente. Só nos últimos cinco anos, a rede pública de saúde foi responsável pela realização de mais da metade dos transplantes entre pacientes da capital. Foram 3.118 procedimentos realizados desde 2019, sendo 1.633 bancados pelo SUS – um total de 52%. Os dados são da Secretaria de Saúde (SES-DF) e da Central Estadual de Transplantes do DF (CET-DF). Do total de cirurgias, 543 procedimentos haviam sido realizados até 25 de setembro: 213 de córnea, 135 de medula óssea, 93 de rim, 81 de fígado e 21 de coração. Trata-se de uma média, em 2023, de 60 transplantes por mês – uma média superior à dos últimos quatro anos. Esse aumento se dá em função da retomada das cirurgias no período pós-pandemia. “Estudos mostram que, durante a pandemia, houve uma redução no número de doadores, principalmente por traumatismo cranioencefálico, o que pode se relacionar com a redução, ao menos nos primeiros meses da pandemia no Brasil, de pessoas nas ruas e, consequentemente, do número de alguns tipos de acidentes e traumatismos. Além disso, no transplante de córnea, houve um período em que não se pôde captar de doadores de coração parado”, explica a diretora da CET, Gabriella Ribeiro Christmann. Atualmente, a capital está habilitada a realizar transplantes de coração, fígado, rim, córnea, medula óssea e pele. No âmbito da rede pública, quatro unidades são tidas como referência na realização dos procedimentos, entre as quais estão o Instituto de Cardiologia e Transplantes do DF (ICTDF), o Hospital Universitário de Brasília (HUB), o Hospital de Base do DF (HBDF) e o Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB). Esperança “Até cinco anos atrás, apenas 6% dos corações possíveis de serem aproveitados eram transplantados. Esse número já subiu para 9%”, afirma o médico Vitor Salvatore Barzilai Atualmente, há 1.260 pacientes do DF à espera de um órgão. Eles integram a lista nacional de receptores, que já contabiliza 66,2 mil pessoas, segundo dados do Ministério da Saúde. As maiores demandas por transplantes são entre pessoas que precisam da doação de córneas, além de pacientes renais e hepáticos. A diretora da CET explica, porém, que o problema não está no tamanho da lista em si, mas no baixo índice de doadores. As negativas de familiares de possíveis doadores falecidos, muitas vezes por desconhecimento da importância do procedimento, também leva dificuldade a quem precisa de um novo órgão para viver. “Ainda existe a triste realidade de termos muito protocolo para poucos doadores. Na maioria dos casos, só o transplante é capaz de dar uma sobrevida aos pacientes graves”, afirma. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Paciente do ICTDF, Maria Olindina Araújo, 51 anos, viveu na pele a ansiedade de quem aguarda por um transplante. Diagnosticada com insuficiência cardíaca, ela ficou 42 dias à espera de um coração. “Descobri essa doença aos 29 anos e iniciei meu tratamento, que durou cerca de dez anos. Mas meu quadro foi piorando, fiquei muito mal e me colocaram na lista. Pouco tempo depois, fui chamada, fiz o transplante e agora tenho uma vida nova”, relata. Na unidade pública de saúde, Maria Olindina foi atendida por médicos como Vitor Salvatore Barzilai, intensivista do ICTDF, que vê na prática os desafios do transplante de órgãos no Brasil. “Apenas uma baixa porcentagem de pacientes precisará de terapias avançadas, nas quais o transplante se mostra como melhor tratamento. Mesmo assim, existe um gargalo de pessoas para tratar e, por conta de uma série de desafios, não conseguimos assistir essas pessoas”, enfatiza. “Especialmente no caso de transplante de coração: até cinco anos atrás, apenas 6% dos corações possíveis de serem aproveitados eram transplantados. Esse número já subiu para 9% e, se a gente conseguir dobrar esse percentual, consequentemente, conseguimos dobrar a quantidade de transplantes de coração realizados”, detalha o servidor.

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