Novo modelo de interface agiliza análises de exames realizados pelo Lacen
O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF) implementou um novo modelo de interface que vai reduzir o tempo de análise dos exames. Por meio da automação dos processamentos das amostras e da integração da comunicação entre os equipamentos e sistemas laboratoriais, o tempo reduzirá de três dias e meio para um dia e meio, em média. Diariamente, são processadas 350 folhas de trabalho de amostras de pacientes. Nova interface reduziu o tempo de análise dos exames, no Lacen-DF, de três dias e meio para um dia e meio | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF A nova interface permite a comunicação entre sistemas distintos, que originalmente eram incapazes de se comunicar entre si. Em operação desde o final de julho, essa modalidade de sistema atua com nove tipos de exames em ambiente de produção, sendo que há dois novos laudos em fase de homologação para que o projeto seja concluído totalmente. Essa novidade, que veio dar agilidade aos processos, foi viabilizada por profissionais do Lacen-DF e da Coordenação Especial de Tecnologia de Informação em Saúde (Ctinf) da Secretaria de Saúde (SES-DF). A solução otimiza o fluxo de informações por meio da integração dos sistemas TrakCare, LabTrak e Portal de Exames com o software Middleware Cobas Infinity e os instrumentos analíticos e pré-analíticos da Roche. Para o gerente de Dados da SES-DF, Renan Maciel, o projeto busca melhorar os processos para a otimização das atividades laboratoriais. “Participar da entrega de soluções inovadoras e implementar tecnologias de ponta, alinhadas às melhores práticas do mercado, não apenas representa um avanço tecnológico significativo no serviço público, mas também demonstra a alta capacidade operacional da equipe”, destacou. Alta complexidade Considerado de alta complexidade, o projeto envolve 55 servidores que integram o ambiente sistêmico da saúde, de aplicação, replicação, ambiente de testes e banco de dados, linguagem fechada e código fonte não acessível. Também representam desafios a infraestrutura complexa dos sistemas e equipamentos, bem como as análises laboratoriais com sistema próprio e características únicas de cada modelo. Os passos para a implementação da interface incluíram a instalação dos equipamentos no laboratório, a criação de todo o ambiente de infraestrutura, coleta de dados e criação de novos laudos para execução na interface, os testes e a implantação do projeto em ambiente de produção de ampla escala, entre outros. *Com informações da SES-DF
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DF tem novo equipamento para diagnóstico de Covid
O DF é uma das 21 unidades da Federação contempladas com a doação do equipamento | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde O Laboratório Central de Saúde Pública do DF (Lacen) recebeu, como doação da empresa JBS, um equipamento laboratorial de extração de material genético. A iniciativa ocorreu por intermédio do Ministério da Saúde, que, por meio de termos de doações, indicou o Distrito Federal para ser uma das 21 unidades da Federação contempladas com o aparelho. Com capacidade para extrair de forma automatizada cerca de 190 amostras moleculares por hora, o equipamento será usado no diagnóstico do novo coronavírus nos exames do tipo RT-PCR que são encaminhados ao Lacen. Mais agilidade “Hoje nós já dispomos de equipamentos que fazem a extração do material genético; no entanto, esse que foi doado consegue atuar de forma mais rápida, o que nos permitirá ampliar a quantidade de amostras analisadas por dia”, explica a diretora do Lacen, Grasiela Araújo da Silva. “A doação faz parte das várias atividades desenvolvidas pela empresa por meio do programa Fazer o bem faz bem, lançado durante a pandemia para contribuir com os órgãos públicos no enfrentamento ao novo coronavírus”, relata o diretor de Relações Institucionais da JBS, Carlos Cidade. Como funciona O extrator é utilizado como parte inicial das etapas de análise. A amostra feita por meio do swab é preparada e inserida nesse aparelho para que possa ser extraído o material genético (RNA) do vírus. Posteriormente, esse material é levado a um outro equipamento que o Lacen já possui – o termociclador em tempo real (RT-PCR) –, que detecta e identifica o vírus Sars-CoV-2, causador da Covid-19. “Existem vários métodos utilizados para realizar a extração DNA e RNA, inclusive processos manuais”, pontua Grasiela. “Então, quando podemos lançar mão de um equipamento para fazer esse processo de forma automatizada, podemos dar maior qualidade e celeridade aos processos e aliviar o trabalho humano, evitando o desgaste profissional.” A extração de DNA ou RNA é uma fase fundamental para o diagnóstico eficiente de muitas doenças e investigações. A operação é feita a partir de materiais biológicos, como sangue, saliva, células epiteliais, urina e outros fluidos corporais. A partir daí, pode-se analisar se o DNA ou RNA extraído é de determinado agente. Com isso, o equipamento doado auxiliará no diagnóstico de diversas outras doenças, como dengue, zika e chikungunya. * Com informações da Secretaria de Saúde
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Intensificadas ações de combate à dengue
Agentes da Vigilância Ambiental percorrem diariamente da ruas do DF: trabalho inclui conscientização | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde As ações de combate à dengue prosseguem em todo o DF. Diariamente, agentes da Vigilância Ambiental percorrem as ruas para realizar inspeções e ações de combate ao mosquito Aedes aegypti. Até a Semana Epidemiológica 45 (de 29/12/2019 a 7/11/20), foram notificados 46.145 casos prováveis de dengue no DF, o que representa um acréscimo de 219 casos (0,47%) em relação à semana anterior. [Numeralha titulo_grande=”46.145″ texto=”casos prováveis de dengue foram registrados no DF entre dezembro de 2019 e o início deste mês” esquerda_direita_centro=”centro”] De acordo com o boletim, observa-se em 2020 um aumento de 22,7% no número de casos prováveis, na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram registrados 37.613 casos prováveis. A Região de Saúde Sudoeste apresentou 11.450 casos (24,8%), seguida das regiões Sul, com 8.487 ocorrências (18,4%), e Norte, com 7.763 casos (16,8%). Embora a Região Sudoeste tenha apresentado o maior número de registros, a Região Sul apresenta a maior taxa de incidência (3.109,2 por 100 mil habitantes). Casos confirmados Até a Semana Epidemiológica 45, foram confirmados 69 casos de dengue grave (DG) e 749 casos de dengue com sinais de alarme (DSA), com 44 óbitos – dez no Gama, quatro em Ceilândia e Planaltina, três em Samambaia e Vicente Pires, dois em Sobradinho, Guará, Sobradinho II, Lago Sul, Recanto da Emas, Taguatinga e Santa Maria e um no Riacho Fundo II, Paranoá, Fercal, Águas Claras, Sudoeste/Octogonal e Plano Piloto. No mesmo período do ano passado, foram registrados 53 óbitos. “Realizamos ações diariamente nas residências do DF”, informa o diretor de Vigilância Ambiental, Edgar Rodrigues. “Já nos pontos estratégicos, que são os locais com maior incidência de contaminação, as vistorias ocorrem quinzenalment,e e sempre é utilizada a borrifação com UBV costa [fumacê]l.” Ações da semana Nesta semana, o Sanear Dengue, que conta com o apoio do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), empreendeu ações de combate ao mosquito da dengue no Jardim Botânico e em São Sebastião. O fumacê, informa Rodrigues, também tem passado nas áreas em que ocorre o maior índice de casos de dengue. Gama e Sobradinho foram contemplados nas últimas ações. A Diretoria de Vigilância Ambiental orienta que toda a população tire dez minutos por semana para inspecionar seu quintal e possíveis áreas que podem acumular água parada. “Com o aumento das chuvas, a preocupação cresce, por isso é importante verificar todos os locais, garagens, jardins, plantas que acumulam água e calhas”. Tipos de vírus Em relação ao monitoramento das cepas do vírus da dengue, os subtipos circulantes no DF são o DenV-1, detectado em 384 exames, e o DenV-2, presente em apenas 32 do total de amostras analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública do DF (Lacen). “O vírus DenV-2 é o que possui maior taxa de agressividade e maior letalidade, enquanto o vírus DenV-1 tem maior capacidade de contaminicidade e menor taxa de letalidade”, explica o subsecretário de Vigilância à Saúde, Dino Valero. Em 2019, o DenV-2 predominou, sendo detectado em 71,1%, e o Denv-1, em 28,9% do total de amostras analisadas.
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