Evento internacional fortalece protagonismo de Brasília na governança das águas
Brasília vai sediar a 6ª Conferência Internacional da Rede Global de Museus da Água (Global Network of Water Museums – GWMN). Iniciativa do Programa Hidrológico Intergovernamental da Unesco (Intergovernmental Hydrological Programme (IHP), o evento será realizado entre 3 e 7 de novembro. De acordo com os organizadores, será um espaço para dar visibilidade aos 130 museus da água distribuídos em 44 países. A governadora em exercício Celina Leão se reuniu com representantes da Adasa, da Caesb e da Rede Global de Museus da Água | Foto: George Gianni/VGDF “A iniciativa fortalece nosso protagonismo como cidade sustentável que protege as águas, o meio ambiente e o futuro; ao mesmo tempo, reafirma a nossa presença como cenário de grandes eventos internacionais” Celina Leão, governadora em exercício O encontro ocorre uma semana antes da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), agendada para novembro, em Belém (PA). O evento foi apresentado à governadora em exercício Celina Leão pelos diretores da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) Rogério Rosso, Apolinário Rebelo e Felix Palazzo. Também participaram da apresentação o presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), Luis Antonio Reis, e o diretor executivo da Rede Global de Museus da Água, Eriberto Eulisse. A governadora em exercício ressaltou que o Distrito Federal está em uma região altamente relevante, especialmente pelo expressivo número de nascentes da região. Atualmente, 6.124 nascentes foram mapeadas em todo o DF. “A iniciativa fortalece nosso protagonismo como cidade sustentável que protege as águas, o meio ambiente e o futuro; ao mesmo tempo, reafirma a nossa presença como cenário de grandes eventos internacionais”, pontuou Celina. Memorial internacional Ainda em 2024, a Adasa lançou o projeto do Memorial Internacional da Água – MINA. O local terá papel estratégico e disseminador de informações e discussões sobre a necessidade da adoção de práticas responsáveis de uso da água. O projeto foi concebido por Oscar Niemeyer, já é filiado à rede global desde 2024 e será implantado em Brasília. Durante a Conferência da Rede Global de Museus da Água, a Adasa vai lançar oficialmente o projeto, destacando a relevância do MINA. “Será uma oportunidade para promover o intercâmbio de experiências e ampliar o diálogo internacional sobre a importância da água como bem comum da humanidade” Rogério Rosso, diretor da Adasa “Receber a conferência é uma honra e uma grande responsabilidade”, lembrou o diretor da Adasa Rogério Rosso. “Será uma oportunidade para promover o intercâmbio de experiências e ampliar o diálogo internacional sobre a importância da água como bem comum da humanidade.” Rosso também destacou o apoio institucional do governador Ibaneis Rocha e da governadora em exercício Celina Leão ao projeto MINA, que ele considera fundamental para o fortalecimento do papel de Brasília na gestão da água. “Estamos buscando apoio e recursos de entidades e de organismos internacionais para transformar o Memorial Internacional da Água em uma espécie de ONU das Águas, reunindo representações de diversos países e promovendo uma cooperação global”, reforçou. Eriberto Eulisse, por sua vez, avaliou que o evento será uma vitrine para os 130 museus da água distribuídos em 44 países. “O projeto MINA está totalmente alinhado com essa iniciativa global”, disse. “Ele vai reunir exposições temáticas e um programa educativo voltado à valorização e preservação da água, representando uma expressão concreta desse movimento internacional”. Também participaram da apresentação o ouvidor da Adasa, Fernando Freitas, do procurador Carlos Valenza e dos membros da equipe do projeto MINA.
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Apresentado o projeto do Memorial Internacional da Água
Como parte das comemorações do Dia Mundial da Água, instituído como 22 de março, a Adasa lançou o projeto do Memorial Internacional da Água – MINA. A apresentação foi feita durante o evento Conexão Brasília Museu Aberto, na terça-feira (12) na Embaixada de Portugal. A iniciativa conta com apoio do GDF. Maquete do memorial: espaço abrigará cursos, exposições e diversas atividades voltadas à discussão do tema água | Foto: Divulgação/Adasa “Nosso objetivo é disseminar mundialmente a discussão sobre a água, por se tratar de um bem vital para a humanidade” Raimundo Ribeiro, diretor-presidente da Adasa Os detalhes do complexo arquitetônico, que colocará Brasília na vanguarda das discussões globais sobre os recursos hídricos, foram expostos pelo diretor-presidente da Adasa, Raimundo Ribeiro, e pelo coordenador do projeto e diretor da agência, Rogério Rosso. “Vai ser mais do que uma joia arquitetônica para o Brasil”, declarou o embaixador de Portugal, Luís Faro Ramos. “Vai se constituir um centro internacional de pesquisa sobre a água, que é um dos temas mais importantes da nossa época.” Memorial Além de assumir um papel estratégico e disseminador de informações e discussões sobre a necessidade da adoção de práticas responsáveis de uso da água, o projeto se juntará ao legado do mestre da arquitetura modernista brasileira, Oscar Niemeyer, pois faz parte da estrutura do MINA um museu desenhado pelo artista. É nesse espaço que serão promovidos cursos, reflexões e exposições. “Hoje tivemos a oportunidade de ver como Brasília, da utopia à capital, chega a todos os lugares do mundo”, ressaltou Raimundo Ribeiro. “Nosso objetivo é disseminar mundialmente a discussão sobre a água, por se tratar de um bem vital para a humanidade. O Brasil, por deter 12% da água doce disponível no planeta, não poderia deixar de oferecer uma alternativa que é um palco internacional para todos aqueles que querem propor discussões e estudos sobre o tema.” Rogério Rosso, por sua vez, acrescentou: “Tivemos a felicidade de resgatar um projeto do Niemeyer feito há décadas que vem consolidar o papel do Brasil na questão hídrica, mas também envolver a comunidade internacional. A premissa é que os nossos parceiros, aqueles que entendem a importância do MINA para o mundo, serão na verdade os grandes fundadores no ponto de vista da sua criação e participação no dia a dia do memorial”. Espaço para reflexões O especialista Gilberto Antunes, que trabalhou durante 50 anos com Oscar Niemeyer, apresentou a maquete do projeto. Confeccionadas com papel cartão e acrílico pintados, as miniaturas mostram os quatro núcleos principais: o Museu da Água, o Centro de Estudos da Água, o anfiteatro e os prédios administrativos . “A cidade é famosa por seus monumentos imponentes e icônicos, e agora busca atrair visitantes para discutir questões hídricas e admirar a arquitetura de Niemeyer, simbolizando a importância da água para a vida” Cláudio Abrantes, secretário de Cultura e Economia Criativa “Foi gratificante criar esta maquete, um projeto grandioso que conhecia desde a época do Oscar”, lembrou Gilberto. “São mais de 400 maquetes e meio século ao lado dele, cujo ritmo de trabalho era excepcional. A maquete do museu é impressionante, mistura traços tradicionais e inovadores do Niemeyer.” Para o diretor da Adasa Félix Palazzo, a maquete mostra o que está por vir: “É um projeto fantástico que a Adasa assume com essa grande responsabilidade e com o sentimento de dever para entregar não só para a cidade de Brasília, mas para o mundo. Será um espaço privilegiado para o debate das questões dos recursos hídricos, de como preservar a água para as gerações futuras”. Presente ao lançamento, o secretário de Cultura e Economia Criativa, Cláudio Abrantes, afirmou: “A cidade é famosa por seus monumentos imponentes e icônicos, e agora busca atrair visitantes para discutir questões hídricas e admirar a arquitetura de Niemeyer, simbolizando a importância da água para a vida. O MINA dá continuidade a esse DNA de Brasília”. O professor emérito da UnB José Carlos Coitinho também saudou a novidade: “É uma bela iniciativa respaldada por um projeto magnífico que traz a forma inconfundível de Niemeyer. Vivemos num momento em que o globo está enfrentando uma crise hidrográfica e energética, e nos tranquiliza saber que há pessoas pensando nesses debates”. O projeto Com curadoria de Danielle Athayde, o Conexão Brasília Museu Aberto teve várias atrações em sua primeira edição, como uma homenagem ao ex-presidente José Sarney pela sua contribuição na criação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Além de uma projeção ao ar livre que transformou o prédio da Embaixada de Portugal em uma tela, o evento teve como destaque a exibição do minidocumentário Brasília – da utopia à capital, sobre o projeto cultural que já promoveu a capital do Brasil nos 11 países por onde passou, impactando um público de mais de 350 mil pessoas. Participaram representantes diplomáticos de Luxemburgo, Índia, Angola, Guiné Bissau, Espanha, África do Sul, Países Baixos, Cabo Verde, Uruguai, Bélgica, Colômbia e República Ganesa. Do GDF, além do titular da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, estiveram presentes os secretários de Relações Internacionais, Paco Britto; de Turismo, Cristiano Araújo, e de Obras, Luciano Oliveira, além do diretor-presidente da Novacap, Fernando Leite. *Com informações da Adasa
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