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Mulheres do campo

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Mulheres do campo participam de curso sobre o cultivo de uvas na Fazenda Água Limpa

Como parte das celebrações pelo Dia Internacional da Mulher, cerca de 60 produtoras rurais participaram, nesta quinta-feira (6), do minicurso do Governo do Distrito Federal (GDF) sobre viticultura no cerrado. Promovido pela Secretaria da Mulher, a capacitação terá dois dias de duração e faz parte do projeto “Agropecuária Sustentável: Mulheres Transformando o Campo”. A iniciativa visa fomentar a participação feminina no agronegócio sustentável. Ao longo do ano, a pasta organiza diversas ações para capacitar e apoiar as mulheres do campo. “No total, são seis minicursos e temos também visitas técnicas até a Fazenda Água Limpa. Elas aprendem sobre criação de gado, corte, leite, ovinos e manuseios de máquinas. Hoje em específico, as mulheres vão ver sobre a produção da uva e a viticultura no geral”, afirmou a subsecretária de Ações Temáticas da Secretaria da Mulher, Dayanne Timóteo. A iniciativa visa fomentar a participação feminina no agronegócio sustentável | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Viabilizada por emenda parlamentar da deputada Jaqueline Silva no valor de R$ 330 mil, a formação é conduzida em parceria com a Universidade de Brasília e aborda desde a introdução à viticultura até o planejamento e estruturação de vinhedos, além da seleção de variedades adaptadas ao bioma Cerrado. “Esse projeto é um mix de entendimentos e possibilidades para as mulheres que já trabalham com a agricultura ou que desejam ingressar na área. As alunas contam com transporte, lanche e toda a estrutura necessária para a realização do curso”, explicou Dayanne. Para Anália Pereira, a capacitação vai servir para colocar em prática em casa: “Eu cresci em lavoura, trabalhei muito tempo na roça com meus pais e hoje tenho algumas plantações em casa, inclusive um pé de uva. Estou aqui para aprender como melhorar o cultivo. Amo mexer com a terra e sou muito grata por essa oportunidade” Entre as alunas, Messias Teodora da Rocha, de 73 anos, estava empolgada para poder colocar em prática o aprendizado. “Eu amo a natureza e sempre estou em chácaras. Cultivo rosa do deserto em casa, então eu gosto muito de mexer com isso. Para mim, é uma grande oportunidade para aprender mais sobre agricultura e, quem sabe, expandir meu cultivo”, relatou. O mesmo foi compartilhado pela aluna Anália Pereira, 73. Para ela, a capacitação vai servir para colocar em prática em casa: “Eu cresci em lavoura, trabalhei muito tempo na roça com meus pais e hoje tenho algumas plantações em casa, inclusive um pé de uva. Estou aqui para aprender como melhorar o cultivo. Amo mexer com a terra e sou muito grata por essa oportunidade”. Os próximos cursos são de prevenção a incêndio em áreas agrícolas; práticas rotineiras de produção agrícola para mulheres; formulação manual de ração para vacas em lactação; e mecanização agrícola para mulheres. As inscrições serão feitas no site do Instituto Movimento.

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Rodas de terapia levam acolhimento para mulheres do campo

“Alecrim, alecrim dourado que nasceu no campo sem ser semeado.” A cantiga, entoada por vozes femininas, toma conta de uma fazenda no meio do PAD-DF. Na varanda de uma casa simples, mais de 30 mulheres soltam a voz de mãos dadas. É com a ajuda da música que elas se preparam para compartilhar suas angústias e conquistas, seus medos e suas alegrias. Cerca de 80 mulheres da zona rural participam do projeto Terapia Comunitária Integrativa (TCI), desenvolvido pela Emater-DF desde junho de 2022 | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Em um espaço seguro e amoroso, onde o julgamento não tem vez, as trabalhadoras do campo falam. Uma celebra a formatura do neto. A outra se revolta diante do seu próprio divórcio. Uma jovem chora a relação conflituosa com a mãe, dependente química. Todas ouvem, acolhem, respeitam, compartilham. O relato de experiências semelhantes traz uma nova perspectiva para quem se sente perdida diante dos seus problemas. Ao final, elas se abraçam, cantam e dançam. Respiram aliviadas como quem tira um peso das costas. E termina, assim, mais uma roda de Terapia Comunitária Integrativa (TCI). Desde junho de 2022, o projeto da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) leva apoio psicológico a cerca de 80 mulheres da zona rural. As sessões quinzenais são feitas em São Sebastião, PAD-DF, Rio Preto, Vargem Bonita e Itaquara. “Cheguei aqui grávida, achando que era uma simples roda de conversa. Mas encontrei muito mais do que isso. Encontrei acolhimento, ajuda”, conta Fernanda Dias A TCI é uma prática genuinamente brasileira. Foi criada pelo psiquiatra Adalberto Barreto, que, trabalhando em uma comunidade carente do Ceará, incentivava as pessoas a falarem sobre suas dores como forma de encontrar a solução dos seus problemas. “É um método muito eficaz, que pode ser aplicado por qualquer profissional, sem a necessidade de ter uma formação em psicologia”, afirma Maria Bereza, assistente social da Emater-DF. [Olho texto=”“Na terapia, abro meu coração, conheço gente que já passou por coisas que eu passei. Isso me ajuda a buscar uma solução para meus problemas e, principalmente, traz um grande alívio”” assinatura=”Lázara Pereira da Rocha, produtora rural” esquerda_direita_centro=”esquerda”] As sessões organizadas pela empresa pública são comandadas por 12 terapeutas voluntárias formadas no método, que atuam como facilitadoras das conversas. “A premissa da terapia comunitária é: se tem problema na roda, tem solução também”, ensina Maria. “No momento em que a pessoa fala da sua dor, ela pode encontrar outra que tenha passado por uma dor parecida. E que fez algo para superar aquela situação difícil”. Mudança de vida ?Participar das rodas de TCI foi um divisor de águas para a futura professora Fernanda Dias, como a própria jovem de 17 anos gosta de se apresentar. A moradora do PAD-DF tem uma história de vida difícil, marcada principalmente pela ausência materna. A frustração, o sentimento de rejeição e um impressionante amadurecimento precoce estão presentes nas falas da jovem em mais de um ano de terapia comunitária. “Cheguei aqui grávida, achando que era uma simples roda de conversa. Mas encontrei muito mais do que isso”, conta Fernanda. “Encontrei acolhimento, ajuda. Aqui, eu falo, sou ouvida, conheço histórias de superação e posso contar com a experiência de mulheres mais velhas para enxergar meus problemas com outros olhos. É um empoderamento, né? Tem sido muito importante pra mim.” A terapeuta Fernanda Ramos é voluntária do projeto e ressalta os resultados das sessões: “As mulheres rurais conseguem falar de suas dores e traçar estratégias para superá-las de forma muito pragmática” A terapia abriu os olhos de Fernanda para a busca por uma carreira. A jovem começou a fazer cursos voltados para administração e pedagogia e já está matriculada para retomar os estudos no próximo ano. “Vou concluir o ensino médio e me tornar professora. Porque esse é o meu sonho. E se outras mulheres que passaram por histórias parecidas com a minha conseguiram, eu também vou conseguir”, garante a jovem. Resposta rápida A profundidade que as sessões de terapia comunitária alcançam impressiona a terapeuta Fernanda Ramos Martins. Voluntária do projeto há um ano, ela se surpreende com os resultados das rodas. “As mulheres rurais conseguem falar de suas dores e traçar estratégias para superá-las de forma muito pragmática”, avalia. “O problema existe e elas estão lá para buscar a solução. É descomplicado”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A terapeuta ressalta que, no campo, a vivência de outras mulheres costuma ser mais valorizada do que no meio urbano. “Para elas, basta conhecer uma história de superação para que passem a acreditar na mudança de suas histórias”, observa Fernanda. “Essas mulheres se fortalecem com as experiências umas das outras”. Para a produtora rural Lázara Pereira da Rocha, 44 anos, escutar a história de vida de outras mulheres é transformador. “Eu sofri muito na infância, saí de casa muito nova. E isso sempre refletiu na forma como tratava meus filhos, meu marido”, aponta. “Na terapia, abro meu coração, conheço gente que já passou por coisas que eu passei. Isso me ajuda a buscar uma solução para meus problemas e, principalmente, traz um grande alívio”. Lázara diz que foi nas sessões que ela aprendeu a respeitar e acolher com mais amor e carinho seus filhos. Foram as rodas que a ensinaram a ser uma mãe melhor. “Eu tive meu primeiro filho com 15 anos, era muito nova na época. Não tinha quem me ensinasse nada”, recorda. “Aprendi a ter mais paciência dentro de casa, a ser mais harmoniosa com minha família e até com meus vizinhos. Tem sido um processo bonito”.  

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Mulheres em situação de vulnerabilidade recebem atendimento especializado

Em uma iniciativa dedicada ao Outubro Rosa – mês de conscientização para a prevenção ao câncer de mama –, a Secretaria da Mulher do Distrito Federal (SMDF) promoveu, entre 16 e 27 de outubro, no Centro Especializado em Saúde da Mulher (CESMU), na 514/515 Sul, uma série de atendimentos especializados em saúde para as mulheres do campo e em situação de vulnerabilidade. Também conhecida como Clínica da Mulher, a unidade localizada na 514 Sul proporciona cuidados de saúde abrangentes e especializados, além de oferecer um ambiente acolhedor e atencioso para mulheres que necessitam de apoio e tratamento | Foto: Divulgação/SMDF As 50 mulheres encaminhadas pela SMDF receberam atendimentos personalizados, como exames preventivos, consultas médicas e orientações sobre prevenção, com o objetivo central de proporcionar cuidados específicos e promover a conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Para a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, a ação busca reduzir as barreiras de acesso aos cuidados de saúde essenciais. “A ação da SMDF durante o Outubro Rosa reforça o compromisso da secretaria em apoiar e promover a saúde e o bem-estar das mulheres em todas as esferas da sociedade. A solidariedade e o cuidado com as mulheres que enfrentam o câncer de mama são valores fundamentais desta iniciativa”, destaca. Também conhecida como Clínica da Mulher, a unidade localizada na 514 Sul proporciona cuidados de saúde abrangentes e especializados, além de oferecer um ambiente acolhedor e atencioso para mulheres que necessitam de apoio e tratamento. Carla Camilo, gerente da unidade, destacou que a detecção precoce aumenta as chances de cura. “Na ação conjunta do CESMU com a Secretaria da Mulher, as mulheres foram acolhidas pela equipe multidisciplinar, orientadas sobre a importância de realizarem anualmente seus exames e, por fim, encaminhadas à consulta médica em ginecologia”, explicou. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Maria de Lourdes Coelho, que passou pela cirurgia de retirada da mama há onze meses, foi uma das mulheres assistidas que receberam acompanhamento no CESMU e ressaltou a importância de iniciativas que incentivem o cuidado com a saúde. “É muito importante a iniciativa da Secretaria da Mulher. Só assim, será possível evitar passar por um processo mais doloroso. Prevenir é melhor do que remediar. Além dos exames ofertados, o apoio da equipe ao levar informações e alertar para os riscos, mostrando o quão é importante que a mulher faça a mamografia”, expressou. Para mais informações sobre futuras iniciativas e serviços oferecidos pela SMDF, consulte o site da Secretaria de Mulher do Distrito Federal. *Com informações da Secretaria de Mulher do Distrito Federal (SMDF)

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Iniciativa orienta mulheres do campo sobre enfrentamento à violência

A Secretaria da Mulher (SMDF) implementará ações específicas para a prevenção e o enfrentamento de todas as formas de violência contra as mulheres rurais. Nesta terça-feira (8), foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) o Programa + Direitos para as Mulheres do Campo e do Cerrado. A iniciativa consiste em visitas itinerantes às áreas rurais, levando projetos e ações da SMDF nas áreas de saúde, educação, autonomia econômica e prevenção à violência contra a mulher. A iniciativa consiste em visitas itinerantes nas áreas rurais, levando projetos e ações da SMDF nas áreas de saúde, educação, autonomia econômica e prevenção à violência contra a mulher | Foto: Divulgação/SMDF Por meio de unidades móveis, o Programa + Direitos para as Mulheres do Campo e do Cerrado terá como foco o atendimento às regiões administrativas mais remotas. Para a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, é essencial que o programa atue em áreas rurais, localidades remotas ou distantes dos centros urbanos de todo o território do Distrito Federal e Entorno. “As mulheres do campo, muitas vezes, enfrentam mais riscos de violência de gênero devido à distância dos locais onde vivem, longe da rede de apoio, como vizinhos, familiares ou serviços emergenciais. Por isso, é fundamental a conscientização da mulher sobre o que é a violência de gênero e seus direitos”, destaca. Em sintonia com o II Plano Distrital de Políticas para Mulheres, o programa tem como objetivo promover o acesso das mulheres rurais às políticas públicas, com foco na promoção, proteção e garantia dos direitos. Além de promover ações para garantir e proteger os direitos das mulheres rurais em situação de violência, considerando questões culturais, étnico-raciais, geracionais, de orientação sexual, de deficiência e inserção social e econômica, de diferenças regionais e territoriais, também realizará ações para desconstruir estereótipos de gênero e modificar padrões sexistas, perpetuadores das desigualdades de poder entre homens e mulheres e da violência de gênero, considerando as diversidades existentes entre as mulheres e pautando-se pelas especificidades presentes nas comunidades rurais. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Fórum Distrital Permanente das Mulheres do Campo e Cerrado O projeto teve origem a partir das demandas compartilhadas pelas mulheres no Fórum Distrital Permanente das Mulheres do Campo e Cerrado, estabelecido pelo Decreto nº 40.220, de 31 de outubro de 2019, que ocorre bimestralmente com a presença de lideranças femininas do campo. Esse é o momento em que elas têm a chance de apresentar as necessidades da comunidade e solicitar serviços ao governo. O Fórum Distrital Permanente das Mulheres do Campo e do Cerrado, um órgão colegiado, de caráter consultivo e vinculado à SMDF, é composto por mulheres representantes de diversos grupos, como quilombolas, indígenas, mulheres rurais, ciganas, entre outras, e por membros dos órgãos do governo do Distrito Federal. O fórum tem a missão de debater propostas de políticas voltadas para a promoção da saúde, dos direitos e da autonomia econômica das mulheres do DF. *Com informações da Secretaria da Mulher (SMDF)  

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