Na abertura da Expoabra, DF é reconhecido como zona livre de febre aftosa sem vacinação
O Distrito Federal foi oficialmente reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como zona livre de febre aftosa sem vacinação. A certificação, entregue durante a 33ª Expoabra, no Parque de Exposições da Granja do Torto, abrange o rebanho de mais de 82 mil cabeças e representa um marco histórico ao reforçar a segurança sanitária e ampliar as oportunidades de comércio internacional de produtos de origem animal. O reconhecimento é resultado do trabalho conjunto entre o setor público e privado, que envolve a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF), a Câmara Legislativa do DF (CLDF) e a Federação da Agricultura e Pecuária do DF (Fape-DF). Essas instituições implementaram medidas rigorosas de biosseguridade, fiscalização e boas práticas na pecuária. “Ter o Distrito Federal reconhecido como zona livre de febre aftosa sem vacinação é um marco histórico. Isso fortalece a segurança sanitária do nosso rebanho e abre oportunidades para exportação de produtos de origem animal, garantindo mais renda e mobilidade comercial para nossos produtores”, comemorou a vice-governadora Celina Leão. A certificação, entregue durante a 33ª Expoabra, abrange rebanho de mais de 82 mil cabeças e representa um marco histórico ao reforçar a segurança sanitária e ampliar as oportunidades de comércio internacional de produtos de origem animal | Foto: Paulo H. carvalho/Agência Brasília Com o status de zona livre de febre aftosa sem vacinação, a capital do país fortalece a posição como fornecedor confiável de alimentos de alta qualidade e aumenta as oportunidades de exportação, especialmente para mercados mais exigentes. “O reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal mostra a pujança do setor pecuário do Distrito Federal. Nosso rebanho de animais de casco fendido — bovinos, suínos, ovinos, caprinos e bubalinos – passa a ter oportunidade de ser exportado para qualquer país do mundo, já que muitos não compram animais vacinados ou seus subprodutos. É mais mobilidade comercial, segurança e renda para o produtor”, comemora o secretário de Agricultura, Rafael Bueno. O presidente da Fape-DF, Fernando Cezar Ribeiro, também ressaltou a importância do reconhecimento: “Principalmente a questão fitossanitária, e isso mostra que Brasília está alinhada com os outros estados. A questão da febre aftosa sem vacinação é uma premiação para todo o trabalho que os produtores rurais vêm fazendo no campo. Esse reconhecimento reforça a segurança sanitária do nosso rebanho e gera novas oportunidades de comércio, mostrando que o [LEIA_TAMBEM]setor pecuário do Distrito Federal está em sintonia com padrões nacionais e internacionais”, pontuou. Cartas de crédito para produção de mirtilo Durante a cerimônia de abertura da Expoabra, produtores locais também receberam cartas de crédito do Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural (FDR). Dois agricultores foram contemplados, destinados ao cultivo de mirtilo, fruta em expansão no DF. Os recursos serão aplicados na implantação de lavouras, sistemas de irrigação, estruturas de apoio e telados. O financiamento é oferecido pelo FDR, órgão vinculado ao GDF, com o objetivo de apoiar a agricultura local e fortalecer a produção rural. O FDR oferece linhas de crédito para pequenos e médios produtores, e visa à diversificação da produção e aumento da renda no campo. O cultivo de mirtilo tem se mostrado promissor no DF. Com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), produtores locais têm investido na produção da fruta, que se adapta bem ao clima do Cerrado. A expectativa é que a produção de mirtilo no DF continue a crescer, impulsione a economia rural e ofereça novas oportunidades para os agricultores da região. “Esse avanço também mostra o quanto o governo tem trabalhado para impulsionar a produção. Essa é uma cultura em expansão que agrega muito valor à nossa economia rural”, acrescenta Rafael Bueno.
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OMSA reconhece Brasil como zona livre de febre aftosa sem vacinação
A agropecuária do Distrito Federal celebra um importante avanço com o reconhecimento oficial do Brasil, incluindo todas as suas unidades da Federação, como zona livre de febre aftosa sem vacinação. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (29), durante a 92ª Assembleia Geral dos Delegados Nacionais da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), realizada em Paris, na França. O Brasil, com todas as suas unidades federativas, foi reconhecido pela OMSA como zona livre de febre aftosa sem vacinação | Foto: Divulgação/Seagri-DF Esse marco histórico é resultado de um esforço conjunto entre os entes federativos e o governo federal, com destaque para a atuação do Governo do Distrito Federal, por meio da Secretaria de Agricultura (Seagri-DF), no cumprimento rigoroso das metas do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE/Pnefa). No DF, ações preventivas como a suspensão da vacinação, a capacitação das equipes técnicas e o reforço da vigilância sanitária em todo o território foram fundamentais para essa conquista. O secretário de Agricultura do Distrito Federal, Rafael Bueno, e a servidora Priscilla Pereira, da Coordenação de Controle e Erradicação da Febre Aftosa da Seagri-DF, integram a delegação brasileira no encontro internacional, ao lado de representantes do Ministério da Agricultura e Abastecimento (Mapa) e de diversos estados. O titular da Seagri-DF, Rafael Bueno, e a servidora Priscilla Pereira, integram a delegação brasileira “Esse reconhecimento internacional confirma o trabalho técnico e responsável que temos desenvolvido no Distrito Federal. A sanidade animal é uma prioridade para o GDF, pois garante não apenas a saúde dos rebanhos, mas também abre caminho para a exportação e valoriza ainda mais o produtor rural local”, destacou Rafael Bueno. A última campanha de vacinação contra a febre aftosa no DF foi realizada em novembro de 2023. Desde então, as ações de educação sanitária e o trabalho junto aos produtores rurais foram intensificados, com foco no monitoramento do rebanho e no fortalecimento do Serviço Veterinário Oficial (SVO). Segundo a subsecretária de Defesa Animal e Agricultura, Danielle Araújo, o reconhecimento sanitário do DF como área livre de febre aftosa sem vacinação é fruto do esforço coletivo entre instituições públicas, extensão rural e setor produtivo. “É uma conquista de várias mãos. As equipes de defesa agropecuária do país inteiro se mobilizaram, e aqui no DF tivemos um trabalho de excelência, com ações intensas de vigilância ao longo dos últimos anos”, afirmou. Ela também ressaltou o papel essencial dos servidores, produtores, técnicos da extensão rural e da Emater: “O principal parceiro, obviamente, é o produtor rural, que comprou a ideia e colaborou para que a gente pudesse manter um estado sanitário satisfatório.” Novo status sanitário [LEIA_TAMBEM]Com o novo status, o Distrito Federal passa a integrar uma elite global de regiões com elevado controle agropecuário, o que abre novas possibilidades de exportação para a carne bovina e seus derivados. Isso beneficia diretamente os produtores locais e fortalece a economia rural. O último caso de febre aftosa no Brasil foi registrado em 2006 e, no Distrito Federal, não há ocorrências há décadas. O reconhecimento da OMSA reforça o compromisso do GDF com uma agropecuária moderna, segura e alinhada aos padrões internacionais. Sobre a doença A febre aftosa é causada por um vírus da família Picornaviridae, gênero Aphthovirus. Considerada uma das doenças infecciosas mais contagiosas entre animais, ela afeta principalmente os biungulados (de casco fendido), como bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e suínos. A propagação é extremamente rápida: o vírus se dissemina por contato direto entre animais infectados e suscetíveis, além de contaminar solo, água, roupas, veículos, utensílios e instalações. Até mesmo o vento pode transportar o agente causador, o que aumenta os riscos de surtos em regiões vizinhas. *Com informações da Secretaria de Agricultura (Seagri-DF)
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