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Oscar Niemeyer

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Nova passarela do TRF1 será apresentada em evento na Bélgica

Com o artigo técnico Bridge connecting buildings A and C set of the headquarters of the TRF1 Brasília DF – traduzido para o português como Passarela de ligação dos Blocos A e C da sede do TRF1 em Brasília-DF —, a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) ganha destaque internacional no IABSE Congress Ghent 2025 — The Essence of Structural Engineering for Society. Considerado um dos mais importantes encontros mundiais da engenharia estrutural, o congresso ocorre entre os dias 27 e 29 deste mês, em Ghent (Bélgica), e reúne engenheiros, arquitetos, pesquisadores, gestores públicos e privados, além de universidades e organizações internacionais. O trabalho é assinado por Pedro Afonso de Oliveira Almeida (USP), Gabriel Polanzzo Ribeiro Del Duca (TRF1), Maruska Holanda (Novacap) e Ronaldo Almeida (Novacap). Passarela do TRF1 foi erguida em concreto protendido e tem quase 6 metros de altura no seu ponto mais elevado | Foto: Kiko Paz/Novacap A obra que inspirou o artigo é uma passarela tubular de aproximadamente 50 metros, concebida pelo arquiteto Oscar Niemeyer e que, como indica o título do trabalho, conecta os blocos A e C da nova sede do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). Em sua maior curvatura, a estrutura alcança quase 6 metros de altura no ponto mais elevado, no Bloco A, descendo suavemente até o ponto de junção com o Bloco C. Tudo isso apoiado em apenas um pilar – e é exatamente aí que está o grande desafio: sustentar toda a construção em apenas um ponto. Edificada em concreto protendido, a passarela se destacou pela adoção de soluções inovadoras de reforço estrutural, que representaram um desafio significativo para a equipe de engenheiros da Novacap. [LEIA_TAMBEM]De acordo com a coordenadora do Núcleo de Inovação da Diretoria de Planejamento e Projetos da Novacap, Maruska Holanda, a participação no congresso é um marco para a companhia. “É a oportunidade de projetar a engenharia pública de Brasília no cenário internacional, demonstrando a capacidade técnica da empresa na execução de obras de alta complexidade e relevância cultural”, destaca a especialista. Além do artigo brasileiro, o congresso conta com a apresentação de trabalhos de universidades, órgãos públicos e empresas de engenharia de todo o mundo, abordando temas como pontes, edifícios, estruturas em aço, concreto e madeira, sustentabilidade, manutenção e inovação tecnológica. Para o presidente da Novacap, Fernando Leite, a participação nesse cenário global reforça o compromisso da companhia em adotar e compartilhar soluções inovadoras, fortalecendo o nome de Brasília e do Distrito Federal no cenário internacional da engenharia. “A Novacap é uma empresa de vanguarda. Sempre foi, e chegou a hora de mostrar para o mundo nossa capacidade e nossa qualificação técnica”, comemora o gestor. *Com informações da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap)

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O tempo em infusão: redescobrindo a Casa de Chá aos 65 anos de Brasília

Em meio às curvas de concreto que deram forma à utopia modernista de Brasília, há um cantinho onde o tempo parece descansar. A Casa de Chá, discreta e elegante como a própria cidade, guarda histórias de encontros, contemplação e silêncios embalados pelo aroma de infusões delicadas – além de um cardápio repleto de referências ao Cerrado, vegetação que cerca e compõe o Quadradinho. Projetada entre 1965 e 1966 pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer, a Casa de Chá foi concebida para ser um ponto de encontro e um local para reuniões e descanso na monumental Praça dos Três Poderes. O “restaurante da Praça dos Três Poderes”, como o próprio arquiteto nomeou em seu livro Quase Memórias, reunia os trabalhadores da região que frequentavam o local após o dia de serviço, com rodas de violão e cantorias no lado de fora. O auge da movimentação foi nos anos 1970 e 1980. Reinaugurado em 2024 em formato de café-escola, o espaço busca retomar o propósito de Oscar Niemeyer e tem demonstrado fôlego para reunir tantas pessoas e memórias quanto em décadas passadas. Agora sob gestão do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac-DF), o espaço se dedica à gastronomia e à qualificação profissional com a promoção de cursos. A Casa também funciona como Centro de Atendimento ao Turista (CAT), em uma cooperação técnica entre o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Turismo (Setur-DF). Em tempos de cafés apressados e bebidas para viagem, a Casa de Chá resgata o ritual de saborear a bebida com calma em um refúgio especial, mantendo viva a tradição de servir, em xícaras de porcelana, memórias de uma cidade que completa 65 anos. “Há quase um ano anunciamos uma proposta robusta, por meio da Fecomércio, do Senac, que foi a reformulação do espaço. Em 70 dias, reinauguramos a Casa de Chá e entregamos um restaurante-escola de qualidade, um presente para a cidade. Já recebeu mais de 115 mil pessoas em menos de um ano e é exemplo para todo o país. Moradores e visitantes mereciam um espaço para alimentação, descanso e entretenimento no centro da Praça dos Três Poderes”, afirmou o secretário de Turismo do DF, Cristiano Araújo. Projetada entre 1965 e 1966 pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer, a Casa de Chá foi concebida para ser um ponto de encontro e um local para reuniões e descanso na monumental Praça dos Três Poderes | Fotos: Divulgação/Setur-DF Essa não foi a primeira intervenção que este GDF fez no local. Em 2019, o espaço foi pintado, teve o mármore do piso polido e as paredes receberam limpeza específica para o mármore bruto. Além disso, o mapa localizado em frente ao CAT, que estava com a imagem apagada devido à ação do tempo, foi trocado. O mobiliário e decoração da unidade foram cedidos por designers da cidade, em parceria com a Associação dos Designers de Produto do Distrito Federal (Adepro-DF). Reconhecimento internacional A Casa de Chá atingiu mais de 115 mil atendimentos desde a reabertura, em julho de 2024. Atualmente, o espaço recebe uma média de 12,5 mil visitantes por mês, firmando sua posição como um dos principais pontos turísticos de Brasília. O reconhecimento não vem só de quem mora ou visita a capital. No ano passado, o local foi citado na lista 150 Tea House You Need to Visit Before You Die (150 casas de chá que você precisa visitar antes de morrer, em tradução livre), da jornalista britânica Léa Teuscher. Para o diretor do Senac-DF, Vitor Corrêa, os números e o reconhecimento refletem o quanto o café-escola tem se consolidado como um espaço de formação, acolhimento e experiências gastronômicas no DF. “Ter esse espaço é um orgulho para o Senac, especialmente ao celebrar os 65 anos de Brasília com chá, café, cerveja, drinks ou vinho — tudo com o DNA de Brasília, respeitando o Cerrado e o saber local. É um ambiente que homenageia os modernistas, construtores e idealizadores da cidade, mas também valoriza as gerações atuais, com designers, artesãos e produtores locais. A Casa de Chá é uma síntese de Brasília — e Brasília, uma síntese do Brasil”, destacou. Reinaugurado em 2024 em formato de café-escola, o espaço busca retomar o propósito de Oscar Niemeyer e tem demonstrado fôlego para reunir tantas pessoas e memórias quanto em décadas passadas Pelos olhos de um Niemeyer O fotógrafo carioca Kadu Niemeyer, 71, neto do símbolo da arquitetura brasileira com reconhecimento mundial, Oscar Niemeyer, tinha apenas 6 anos quando a família se mudou do Rio de Janeiro para viver na recém-capital do país, que completa 65 anos este ano. Acompanhando o trabalho do avô durante 54 anos, ele pôde registrar de perto cada nuance da fundação de Brasília e acumular memórias vivas em diferentes espaços. Entre eles, a Casa de Chá, que visitou em 2 de abril deste ano. À Agência Brasília, ele detalhou que estar no local foi como abrir um álbum de memórias que mistura arquitetura, cultura e convivência. “A relação da nossa família com a Casa de Chá e com todas as obras de meu avô é profundamente emocional e histórica. Meu avô sempre foi apaixonado por criar espaços que unissem beleza, simplicidade e funcionalidade, mas também que proporcionassem encontros e momentos de convivência. A Casa de Chá reflete isso: é um lugar onde arquitetura e vida se misturam de maneira única”, declarou. À frente da administração do escritório de Oscar Niemeyer, Kadu tem como objetivo preservar a imagem e o legado da família. Ele lembra das histórias sobre como o avô idealizou a Casa de Chá como um ponto de encontro e refúgio na Praça dos Três Poderes. “Ele queria que fosse um lugar onde as pessoas pudessem se conectar, refletir e apreciar a beleza de Brasília. Recentemente estive na Casa de Chá e a sensação de olhar pelas janelas, que oferecem uma vista livre do horizonte, é fantástica. É como se o espaço fosse uma extensão da própria cidade, com suas curvas ousadas e a integração harmoniosa com o Cerrado. Também me lembro das conversas sobre como a arquitetura pode transformar um espaço público em um lugar de pertencimento e identidade”, acrescentou. Durante a visita, um item que chamou a atenção de Kadu ao experimentar o cardápio, junto a esposa, foi o requeijão com sabor de pequi. “Os sabores do Cerrado são uma verdadeira celebração da biodiversidade brasileira. E conseguem realçar o sabor com delicadeza, vale a pena experimentar. Inclusive tem uma entrada com o nome de meu avô que é muito saborosa, mistura a simplicidade que ele tinha com a magnitude de ingredientes únicos”, recomendou. Funcionamento Para muitos que não conhecem Brasília – e até para os que muitas vezes passam por ali e não sabem onde fica – a Casa de Chá se situa no subsolo da Praça, com acesso por uma ampla escadaria, frontal ao Pavilhão Nacional. Funciona de quarta-feira a domingo, das 10h30 às 19h30 e, para quem pretende fazer a visita no domingo, pode usufruir do programa Vai de Graça, que garante a gratuidade do transporte público para a população. É possível fazer reservas online, para as quais são separadas 40% das mesas, mas também há atendimento por ordem de chegada. Às segundas, não há atendimento no café, mas, para quem desejar, é possível visitar o espaço e obter informações no CAT.

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Com mais de 85 mil atendimentos, Casa de Chá se consolida como ponto turístico e gastronômico de Brasília

No coração de Brasília, uma das obras de Oscar Niemeyer chama a atenção de quem passa na Praça dos Três Poderes. Desde sua reabertura, em julho deste ano, a Casa de Chá tem encantado visitantes e moradores da cidade, com cerca de 85 mil atendimentos em 2024. Para fechar o ano, o espaço oferece um cardápio especial natalino até 21 de dezembro. As atividades gastronômicas retornam em 8 de janeiro de 2025, com funcionamento apenas do Centro de Atendimento ao Turista (CAT) durante o recesso. Desde sua reabertura, em julho deste ano, a Casa de Chá fez cerca de 85 mil atendimentos | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “A reabertura da Casa de Chá foi um grande presente para a população de Brasília e seus visitantes. Este espaço é perfeito para um descanso após visitas aos principais pontos turísticos da cidade e também para desfrutar da gastronomia oferecida pelo restaurante-modelo do Senac, que utiliza produtos típicos do cerrado”, afirma o secretário de Turismo, Cristiano Araújo. Entre as opções do cardápio natalino estão o salpicão de frango e cuscuz (R$ 37), o sanduíche de copa de lombo (R$ 37), o buche de Natal (R$ 24) e a rabanada francesa (R$ 24). “Buscamos trazer pratos tradicionais da cultura brasileira, infundindo mais brasilidade em cada receita”, explica o chef Santiago Mathiasen, responsável pela criação dos pratos especiais. A Casa de Chá tem vista tanto para o horizonte como para três importantes monumentos do poder – o Supremo Tribunal Federal, o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional Natural da Argentina, Santiago investiga a cultura brasiliense há mais de 10 anos e destaca a diversidade cultural da cidade: “Brasília é uma cidade mágica que reúne um pouco de todo o Brasil em um só lugar”, define. A Casa de Chá também firmou uma parceria com a Vinícola Brasília, oferecendo rótulos que harmonizam com os pratos do cardápio. Os vinhos disponíveis incluem o Sauvignon Blanc Cobogó, o Rosé Pilotis, o Malbec Syrah Croqui e o Syrah Monumental, este último classificado entre os 16 melhores vinhos na avaliação nacional. “Brasília é uma cidade mágica que reúne um pouco de todo o Brasil em um só lugar”, afirma o chef da Casa de Chá, Santiago Mathiasen Retrospectiva Em 2024, a Casa de Chá serviu mais de 1,7 mil litros de café, sendo sábado o dia de maior movimento. Os pratos mais pedidos foram o pão de queijo com carne na panela e o bolo de milho com geleia de goiaba. As mulheres são maioria entre a clientela do espaço, representando 70% do público. O estabelecimento é um café-escola do Senac, onde alunos de gastronomia realizam práticas supervisionadas, acompanhados de docentes e colaboradores. “A população de Brasília tem abraçado a proposta, especialmente a gastronomia voltada para os produtos do Cerrado”, observa Vitor Correa, diretor regional do Senac. “Tudo no local simboliza a cidade, e os visitantes podem contar com uma vista única da capital”. A cada três meses, o Senac seleciona 10 alunos para realizar a prática supervisionada na Casa de Chá, divididos entre as áreas de preparo, bebidas e atendimento no salão. Em parceria com a Associação dos Designers de Produto do Distrito Federal (Adepro-DF), o ambiente é decorado com móveis assinados por profissionais de Brasília e peças modernistas. O espaço também exibe peças produzidas por ceramistas locais, reforçando o conceito autoral do local. Além disso, a Casa abriga o Centro de Atendimento ao Turista (CAT), que fornece informações e orientações aos visitantes. Sabor e beleza Com vista para o horizonte, marca registrada da capital federal, e para importantes monumentos do poder (Supremo Tribunal Federal, Palácio do Planalto e Congresso Nacional), a beleza da Casa de Chá impressiona quem visita o espaço – projetado entre 1965 e 1966 por Oscar Niemeyer e tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A pesquisadora Julia Maia, 29, viu no estabelecimento um local agradável e acessível para trabalhar e conduzir reuniões. Natural de Porto Alegre, a gaúcha se desloca uma vez por mês de São Paulo, onde atualmente mora, para Brasília. “Me sugeriram como um espaço mais amplo, perto do centro e de quem circula pela Esplanada”, relata. “Acho o centro de Brasília muito impressionante e a visão daqui traz uma atmosfera muito particular”. A pesquisadora Julia Maia tem usado a Casa de Chá para trabalhar quando está na cidade: “Me sugeriram como um espaço mais amplo, perto do centro e de quem circula pela Esplanada” Para a atriz Raquel Mendes, 29, a Casa de Chá se tornou um local especial para as comemorações de aniversário da família. Na segunda visita ao espaço, a experiência de comemorar mais um ano de vida foi positiva. “É um lugar muito agradável e próximo ao trabalho da minha família, perfeito para reunir todos”, afirma a jovem. Pela primeira vez na Casa do Chá, Magna Patrícia Maia, 36, também saiu satisfeita com o ambiente e com a comida: “Ouvi falar muito bem do local, mas sempre estava muito cheio, então demorei a conseguir uma vaga”, conta. “É muito legal e vale a pena conhecer, principalmente para quem mora aqui em Brasília”. O café-escola funciona de quarta-feira a domingo, das 10h30 às 19h30. Embora o local tenha um sistema de reservas, a maioria das vagas são preenchidas por ordem de chegada. Também há a opção de realizar eventos corporativos com capacidade para até 30 pessoas.

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GDF encaminha licitação para conclusão da obra da nova sede do TRF1  

O Governo do Distrito Federal (GDF) autorizou o lançamento do edital para a obra de conclusão da nova sede do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). A assinatura ocorreu na manhã desta segunda-feira (9), na Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), responsável por retomar os projetos de engenharia e contratação de empresa para a finalização da obra inacabada há 17 anos. “A assinatura hoje vem fazer um resgate histórico daquilo que o TRF1 representa para a prestação judicial de todo o país”, afirmou o governador Ibaneis Rocha | Fotos: Renato Alves/Agência Brasília A construção da nova sede do TRF1 foi interrompida por problemas contratuais ao longo dos anos. Em 2023, o TRF1 firmou um contrato com a Novacap, que assumiu a responsabilidade de coordenar os trabalhos técnicos, licitar a obra e contratar a empresa para concluí-la. Ao autorizar o prosseguimento dos trabalhos, o governador Ibaneis Rocha destacou a trajetória na advocacia e a importância histórica do tribunal, que abrange grandes regiões do país. Ele avaliou que a nova sede, projetada por Oscar Niemeyer, será um marco cultural e atenderá ao crescimento e às necessidades do tribunal. Arquitetura diferenciada “A assinatura hoje vem fazer um resgate histórico daquilo que o TRF1 representa para a prestação judicial de todo o país”, declarou o chefe do Executivo. “É um tribunal que tem maior penetração, é responsável por todo o Norte e grande parte do Nordeste e também aqui do Centro-Oeste. Do lado do GDF, traz a Novacap para o local onde ela merece estar, porque é uma grande empresa de infraestrutura que nós temos no Brasil, e juntamos essa expertise com os técnicos do TRF1 e do Conselho de Justiça Federal para proporcionar isso à grande maioria da população, que tem necessidade dos trabalhos do Tribunal.” Estrutura dos blocos A e C foi concretada recentemente; a do bloco C encontra-se em fase de complementação A obra apresenta uma arquitetura arrojada de autoria do arquiteto Oscar Niemeyer. Um dos maiores desafios estruturais é a passarela que conecta os blocos A e C. Com 54 metros de extensão, a passarela tem curvatura e inclinação variáveis, sustentada por um único pilar, exigindo inovação e precisão na engenharia. Atualmente, cerca de 80 trabalhadores atuam no canteiro de obras. A estrutura do bloco C está em fase de complementação, com trabalhos de concretagem e impermeabilização, enquanto a passarela entre os blocos A e C foi concretada recentemente. Atração turística O presidente da Novacap, Fernando Leite, comemora: “É a primeira licitação internacional da Novacap, o que é motivo de orgulho para nós. Turistas do Brasil inteiro e do mundo vão querer ver esse prédio de Niemeyer” “O TRF1 é o maior tribunal do Brasil e o maior de segunda instância do mundo” Desembargador João Batista Moreira, presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região “Vamos entregar esse prédio em até quatro anos e recuperar esse tempo perdido”, reforçou o presidente da Novacap, Fernando Leite. “É a primeira licitação internacional da Novacap, o que é motivo de orgulho para nós. Ele vai se tornar um ponto de atração turística. Turistas do Brasil inteiro e do mundo vão querer ver esse prédio de Niemeyer.” Em agosto deste ano, o Tribunal de Contas da União (TCU) validou o contrato entre o TRF1 e a Novacap, permitindo a licitação direta da obra. A conclusão está prevista para janeiro de 2029. Caberá à Novacap a atualização dos projetos, licitações e contratação das empresas para conclusão da obra. O presidente do TRF1, desembargador João Batista Moreira, lembrou parte do caminho até o destravamento da obra, licitada em 2006 e iniciada em 2007. Ele citou as dificuldades atuais de acomodação física de todo o corpo de servidores e desembargadores. “O TRF1 é o maior tribunal do Brasil e o maior de segunda instância do mundo”, ressaltou o desembargador. “Temos seis tribunais regionais federais no Brasil, e a primeira região se estende por 74% do território nacional, incluindo a região amazônica, e os outros cinco tribunais cuidam de 26% do território. O tribunal vinha com dificuldade em razão do espaço, pois cresceu de 27 desembargadores para 43. As expectativas agora são boas, graças a esse apoio do DF.” Nova sede Quando concluída, a nova sede do TRF1 terá uma área total de 165 mil m², distribuídos em quatro blocos e três subsolos. Vai abrigar gabinetes de desembargadores, salas de sessão e setor administrativo, criando um espaço moderno e funcional para as atividades do tribunal. O novo edifício é considerado um marco na modernização da Justiça Federal, com um projeto que enaltece a arquitetura única de Oscar Niemeyer e une soluções inovadoras de engenharia e sustentabilidade.

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STJ inaugura bosque com 2 mil mudas doadas e plantadas pelo GDF

O governador Ibaneis Rocha participou, na manhã desta quarta-feira (4), da inauguração do bosque do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O local foi feito com mudas doadas e plantadas pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e concluiu o projeto do arquiteto Oscar Niemeyer para o tribunal. Nova área verde foi construída de acordo com o padrão estabelecido pelo arquiteto Oscar Niemeyer | Fotos: Renato Alves/Agência Brasília “A gente tem investido muito no plantio de árvores, e esses bosques, que circundam essa região dos tribunais e que estão aqui às margens da L4, têm um significado muito grande, porque quase toda a população e todos que visitam a nossa cidade passam por aqui” Governador Ibaneis Rocha “Brasília chama a atenção de toda a população que reside aqui e daqueles que visitam a nossa cidade exatamente por conta do verde”, afirmou o governador. “Brasília é uma cidade verde, é uma cidade bonita — em que pese o clima nosso ser bastante árido, nós passamos períodos de seca aqui muito fortes. Então, a gente tem investido muito no plantio de árvores, e esses bosques, que circundam essa região dos tribunais e que estão aqui às margens da L4, têm um significado muito grande, porque quase toda a população e todos que visitam a nossa cidade passam por aqui.” Na semana passada, lembrou o gestor, o GDF acompanhou o replantio do Bosque dos Constituintes, no Supremo Tribunal Federal (STF).  “Agora estamos aqui no STJ, fazendo um trabalho para que as pessoas possam passear nas calçadas. Foi feito aqui 1,2 km de calçadas ao redor do bosque, e vamos fazer também algumas calçadas internas para se tornarem mais um ponto de visitação para a nossa população. Então, esse é um trabalho de cuidado com a cidade”. Reflorestamento “Tivemos a preocupação ambiental de ter, entre essas espécies do Cerrado, muitas espécies frutíferas para atrair aves e animais da região” Fernando Leite, diretor-presidente da Novacap O acordo para a criação do bosque foi firmado em setembro deste ano. Foram plantadas 2.080 mil mudas — 780 a mais que as 1,3 mil previstas originalmente. São 540 ipês-amarelos, 318 jequitibás-rosa, 161 ipês-brancos, 149 pitangueiras, 129 palmeiras-jerivás e 127 saboneteiras, entre outras árvores. “A ideia foi ter aqui espécies que possam florir de forma alternada o ano todo”, explicou o diretor-presidente da Novacap, Fernando Leite. “Tivemos a preocupação ambiental de ter, entre essas espécies do Cerrado, muitas espécies frutíferas para atrair aves e animais da região.” “O bosque está aliado a uma política de reflorestamento do DF”, pontuou o secretário de Meio Ambiente, Gutemberg Gomes. “Semana passada, por ocasião do decreto do governador que instituiu o primeiro domingo de dezembro como os dias de plantio de uma muda nativa do Cerrado, nós fizemos uma grande ação com a Novacap, o Brasília Ambiental e outros órgãos, reflorestando vários parques do DF. A meta é que, durante um mês, a gente consiga fazer o plantio de mais ou menos 200 mil mudas.” Também participaram da cerimônia, entre outras autoridades, os secretários da Casa Civil, Gustavo Rocha; de Governo, José Humberto Pires de Araújo; e de Obras e Infraestrutura, Valter Casimiro, além da procuradora-geral do DF, Ludmila Lavocat Galvão, e de ministros do STJ.  Ampliação Originalmente, Oscar Niemeyer projetou a sede do STJ, inaugurada em 1995, com quatro blocos. Com o tempo, houve a necessidade de ampliar o espaço. Essa ampliação também foi projetada por Niemeyer e aprovada em 2008 junto ao Governo do Distrito Federal (GDF). O bosque integra esse projeto de ampliação, junto a um novo bloco, que tem três andares e dois subsolos para garagem, em uma área total de 14 mil m². “Este empreendimento coletivo que nós estamos fazendo não é para o STJ, é para Brasília”, ressaltou o  presidente do STJ, ministro Herman Benjamin. “E é, na verdade, para as gerações futuras. Um pouco que nós podemos dar de recuperação do Cerrado, que estamos perdendo rapidamente”. A técnica judiciária Fernanda Zago foi convidada para a inauguração: “Ver esse movimento de reflorestamento, que eu acho que deveria acontecer em todo o Brasil, cada vez mais, é uma felicidade muito grande” Durante a cerimônia, houve o plantio simbólico de mudas. Além das autoridades, foram convidados para a ação alguns servidores do tribunal. A técnica judiciária Fernanda Zago foi uma delas. “Sou servidora da casa há 12 anos, e o tribunal me proporcionar esse momento foi incrível, porque eu sempre fui muito ligada ao meio ambiente; sempre falo que, se eu não estivesse na cadeira de rodas, estaria lá no Greenpeace protegendo as baleias”, destacou. “A gente precisa da natureza, e, infelizmente, o ser humano a está destruindo. Então, ver esse movimento de reflorestamento, que eu acho que deveria acontecer em todo o Brasil, cada vez mais, é uma felicidade muito grande”.

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Equipes trabalham na construção de passarela em obra de nova sede de tribunal

Projetada há décadas pelo arquiteto Oscar Niemeyer, a nova sede do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) segue em obras. Atualmente, entre outros serviços, as equipes do local trabalham na passarela de ligação do Bloco A (prédio dos desembargadores) ao Bloco C (salas de sessões). Como esperado, essa estrutura seria um grande desafio arquitetônico para os engenheiros, pois trata-se de um percurso curvo e inclinado devido à diferença de altura dos dois edifícios. A passarela tem 54 metros de extensão em sua maior curvatura e quase 6 metros de altura no ponto mais alto (no Bloco A), descendo suavemente até o ponto de junção com o Bloco C | Foto: Ádamo Dan/Novacap “Estamos falando de uma imponente obra de concreto armado de grande complexidade devido ao seu grau de curvatura. Estamos diante de um verdadeiro desafio para a engenharia”, enfatiza a fiscal do projeto da passarela, a engenheira civil da Novacap, Joice Kozlowski. “Para tirar essa estrutura do papel foi preciso empregar técnicas e soluções inovadoras para garantir sua durabilidade e estabilidade”, complementa. “A ideia de Niemeyer era conectar todos os quatro prédios do complexo”                         Joice Kozlowski, engenheira civil da Novacap A passarela tem 54 metros de extensão em sua maior curvatura e quase 6 metros de altura no ponto mais alto (no Bloco A), descendo suavemente até o ponto de junção com o Bloco C. Tudo isso apoiado em apenas um pilar e, exatamente aí, está o grande desafio: sustentar toda essa estrutura em somente um ponto. “Estamos conseguindo. A ideia de Niemeyer era conectar todos os quatro prédios do complexo”, ressalta Joice Kozlowski. Projetista da passarela, o engenheiro Pedro Afonso de Oliveira Almeida ficou a cargo de definir como conceber um projeto tão audacioso. O especialista explica que, apesar de ser apenas uma viga de sustentação, a estrutura é “pendurada” por suportes em cada prédio, o que garante seu apoio. “São dois raios de curvatura em cada parede. A parte interna tem um raio maior e a externa tem um raio menor. Ela tem uma sessão variável a cada metro. Não é uma situação trivial de pontes curvas”, finaliza o também professor universitário com passagem pela Universidade de São Paulo (USP). Responsável por uma equipe de cerca de 80 funcionários, o diretor da Coordenadoria de Obras da Nova Sede do TRF1, o engenheiro Gabriel Del Duca, lembra também que a construção segue por outras frentes como o reforço da fundação e dos pilares, bem como na armadura do piso e das paredes, a empena de concreto e o fundo do Bloco C, após a finalização da segunda e da terceira lajes do prédio. *Com informações da Novacap

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Apresentado o projeto do Memorial Internacional da Água 

Como parte das comemorações do Dia Mundial da Água, instituído como 22 de março, a Adasa lançou o projeto do Memorial Internacional da Água – MINA. A apresentação foi feita durante o evento Conexão Brasília Museu Aberto, na terça-feira (12) na Embaixada de Portugal. A iniciativa conta com apoio do GDF. Maquete do memorial: espaço abrigará cursos, exposições e diversas atividades voltadas à discussão do tema água | Foto: Divulgação/Adasa    “Nosso objetivo é disseminar mundialmente a discussão sobre a água, por se tratar de um bem vital para a humanidade” Raimundo Ribeiro, diretor-presidente da Adasa Os detalhes do complexo arquitetônico, que colocará Brasília na vanguarda das discussões globais sobre os recursos hídricos, foram expostos pelo diretor-presidente da Adasa, Raimundo Ribeiro, e pelo coordenador do projeto e diretor da agência, Rogério Rosso.   “Vai ser mais do que uma joia arquitetônica para o Brasil”, declarou o embaixador de Portugal, Luís Faro Ramos. “Vai se constituir um centro internacional de pesquisa sobre a água, que é um dos temas mais importantes da nossa época.”     Memorial Além de assumir um papel estratégico e disseminador de informações e discussões sobre a necessidade da adoção de práticas responsáveis de uso da água, o projeto se juntará ao legado do mestre da arquitetura modernista brasileira, Oscar Niemeyer, pois faz parte da estrutura do MINA um museu desenhado pelo artista. É nesse espaço que serão promovidos cursos, reflexões e exposições.  “Hoje tivemos a oportunidade de ver como Brasília, da utopia à capital, chega a todos os lugares do mundo”, ressaltou Raimundo Ribeiro. “Nosso objetivo é disseminar mundialmente a discussão sobre a água, por se tratar de um bem vital para a humanidade. O Brasil, por deter 12% da água doce disponível no planeta, não poderia deixar de oferecer uma alternativa que é um palco internacional para todos aqueles que querem propor discussões e estudos sobre o tema.” Rogério Rosso, por sua vez, acrescentou: “Tivemos a felicidade de resgatar um projeto do Niemeyer feito há décadas que vem consolidar o papel do Brasil na questão hídrica, mas também envolver a comunidade internacional. A premissa é que os nossos parceiros, aqueles que entendem a importância do MINA para o mundo, serão na verdade os grandes fundadores no ponto de vista da sua criação e participação no dia a dia do memorial”.   Espaço para reflexões O especialista Gilberto Antunes, que trabalhou durante 50 anos com Oscar Niemeyer, apresentou a maquete do projeto. Confeccionadas com papel cartão e acrílico pintados, as miniaturas mostram os quatro núcleos principais: o Museu da Água, o Centro de Estudos da Água, o anfiteatro e os prédios administrativos . “A cidade é famosa por seus monumentos imponentes e icônicos, e agora busca atrair visitantes para discutir questões hídricas e admirar a arquitetura de Niemeyer, simbolizando a importância da água para a vida” Cláudio Abrantes, secretário de Cultura e Economia Criativa “Foi gratificante criar esta maquete, um projeto grandioso que conhecia desde a época do Oscar”, lembrou Gilberto. “São mais de 400 maquetes e meio século ao lado dele, cujo ritmo de trabalho era excepcional. A maquete do museu é impressionante, mistura traços tradicionais e inovadores do Niemeyer.” Para o diretor da Adasa Félix Palazzo, a maquete mostra o que está por vir:  “É um projeto fantástico que a Adasa assume com essa grande responsabilidade e com o sentimento de dever para entregar não só para a cidade de Brasília, mas para o mundo. Será um espaço privilegiado para o debate das questões dos recursos hídricos, de como preservar a água para as gerações futuras”.   Presente ao lançamento, o secretário de Cultura e Economia Criativa, Cláudio Abrantes, afirmou: “A cidade é famosa por seus monumentos imponentes e icônicos, e agora busca atrair visitantes para discutir questões hídricas e admirar a arquitetura de Niemeyer, simbolizando a importância da água para a vida. O MINA dá continuidade a esse DNA de Brasília”. O professor emérito da UnB José Carlos Coitinho também saudou a novidade: “É uma bela iniciativa respaldada por um projeto magnífico que traz a forma inconfundível de Niemeyer. Vivemos num momento em que o globo está enfrentando uma crise hidrográfica e energética, e nos tranquiliza saber que há pessoas pensando nesses debates”.    O projeto Com curadoria de Danielle Athayde, o Conexão Brasília Museu Aberto teve várias atrações em sua primeira edição, como uma homenagem ao ex-presidente José Sarney pela sua contribuição na criação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Além de uma projeção ao ar livre que transformou o prédio da Embaixada de Portugal em uma tela, o evento teve como destaque a exibição do minidocumentário Brasília – da utopia à capital, sobre o projeto cultural que já promoveu a capital do Brasil nos 11 países por onde passou, impactando um público de mais de 350 mil pessoas.  Participaram representantes diplomáticos de Luxemburgo, Índia, Angola, Guiné Bissau, Espanha, África do Sul, Países Baixos, Cabo Verde, Uruguai, Bélgica, Colômbia e República Ganesa. Do GDF, além do titular da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, estiveram presentes os secretários de Relações Internacionais, Paco Britto; de Turismo, Cristiano Araújo, e de Obras, Luciano Oliveira, além do diretor-presidente da Novacap, Fernando Leite. *Com informações da Adasa

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#TBT: Ermida Dom Bosco, refúgio de fé, natureza e história em Brasília

Arte: Agência Brasília Quem procura um lugar na capital que seja amplo, cercado por natureza e com uma bela vista da cidade, encontra tudo isso na Ermida Dom Bosco, no Lago Sul. Tradicional monumento e ponto turístico de Brasília, o prédio fica sob o paralelo 15S (15 graus ao sul do plano equatorial da Terra), conforme o sonho do salesiano Dom Bosco, em 1883, homenageado pela construção das capelas no local. A Agência Brasília transporta você ao passado, caminhando pela antiga Ermida Dom Bosco em mais uma matéria da série especial #TBTdoDF, que utiliza a sigla em inglês de Throwback Thursday (em tradução livre, quinta-feira de retrocesso) para relembrar fatos marcantes da nossa cidade. Local de fé Da área externa é possível ter vista para alguns dos melhores ângulos de Brasília | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília A Ermida foi a primeira construção de alvenaria da cidade, inaugurada em 1957, antes mesmo de Brasília. Ao redor estende-se o Parque Ecológico Ermida Dom Bosco, recentemente categorizado como Monumento Natural. Em 2020, o local passou por reformas que trouxeram mais acessibilidade, como rampas de acesso, pisos táteis e placas com orientações em Braille. Monumento foi inaugurado antes de Brasília | Foto: Arquivo Público do DF Da capela projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, é possível contemplar um dos melhores ângulos de Brasília, no ponto principal do Parque Ecológico Dom Bosco, que fica à margem do Lago Paranoá. O monumento, que virou uma unidade de conservação em 1999, foi construído em homenagem a Dom Bosco (1815-1888), padre italiano que profetizou a construção de Brasília. O sacerdote católico difundiu a obra salesiana, que no Brasil teve início em 1883, com a fundação do Colégio Salesiano Santa Rosa, de Niterói (RJ). Natureza e paz Sempre que tem tempo, a veterinária Isabela Simas vai à Ermida: “Ter um refúgio onde você pode vir, se sentir próximo à natureza, acalma a mente e deixa a gente melhor para enfrentar o dia a dia” | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Aproximadamente 20 mil pessoas passam pela Ermida Dom Bosco por mês. Entre elas, a médica veterinária Isabella Simas, 30 anos, que, aproveitando a tarde com os amigos em um piquenique, comentou sobre a acessibilidade do local, com as reformas feitas em 2020. “É importante porque cada vez mais pessoas conseguem vir e desfrutar desse lugar, então ter acessibilidade para cadeirantes e deficientes visuais, por exemplo, faz com que essas pessoas possam sentir a maravilha que é ficar aqui, próximo da natureza”, disse. Isabella contou que gosta de ir à Ermida quando não está trabalhando. “A natureza é um lugar que traz paz, então, às vezes, no meio da confusão da cidade, ter um refúgio onde você pode vir, se sentir próximo à natureza, ouvir os pássaros e ver os bichos, longe de todo esse caos, acalma a mente e deixa a gente melhor para enfrentar o dia a dia”, ressaltou. O produtor musical Israel Batista conheceu a Ermida este ano: “É um lugar muito bom para relaxar, ficar tranquilo, praticar um esporte e curtir com a família” | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Já o produtor musical Israel Albuquerque Batista, 25, morador do Núcleo Bandeirante, neste ano foi pela primeira vez ao parque ecológico. Jogando uma partida de frisbee, ele contou que pretende voltar mais vezes. “É um lugar muito bom para relaxar, ficar tranquilo, praticar um esporte e curtir com a família, sem contar o pôr do sol maravilhoso e aquela visão linda da cidade, incomparável”, elogiou. Pôr do sol A Ermida Dom Bosco é, de fato, conhecida por ser um dos locais com o pôr do sol mais bonito de Brasília, especialmente no período da seca. Também há trilhas e espaços para andar de skate e bicicleta, além de um cais que dá acesso ao Lago Paranoá. O autônomo Leonyller Felix, 30, levou a sobrinha Isabella Souza, 17, para conhecer o espaço público. Ele frequenta o parque há 15 anos e lembrou que sempre tomava banho no lago com os colegas quando era adolescente. “É um ponto de reunião de amigos”, acentuou. “O pessoal gosta muito de tirar fotos, e considero um dos lugares mais bonitos de Brasília. É sempre uma experiência bacana vir aqui”. Isabella, que vai se mudar para a Argentina e aproveitou para conhecer lugares diferentes na capital antes de se despedir, complementou a fala do tio: “É um lugar muito lindo, e eu gosto de lugares calmos. Acho que é importante ter um espaço público assim, para a população frequentar”. Espaço preservado [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] As equipes do Instituto Brasília Ambiental, da Administração Regional do Lago Sul e da Novacap cuidam da manutenção do parque, com recursos que vêm por emendas parlamentares ou de compensações ambientais. O Serviço de Limpeza Urbano (SLU) também ajuda com a limpeza. O presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, destacou a importância dos atributos naturais que a região apresenta, como a vegetação nativa, fauna, recuperação das águas degradadas e educação ambiental – com o projeto Parque Educador –, além de programas de pesquisa de ecossistemas locais. “A população usa muito também a região para ensaios de casamento, festa de 15 anos, fora as missas e as atrações para turistas”, enumerou. “É uma região que mistura cultura, misticismo, religião e preservação”. Para o gestor, o local é parte da identidade do DF, sendo uma herança cultural e histórica da cidade.

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#TBT: Brasília, há 36 anos Patrimônio Mundial pela Unesco

Tesouro urbanístico e símbolo de um dos mais importantes fatos históricos do país, Brasília é, há 36 anos, Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A honraria foi concedida à capital federal em 7 dezembro de 1987, apenas 27 anos após a sua inauguração. Desde então, Brasília compõe o seleto grupo de monumentos agraciados com o título, a exemplo da Muralha da China e das pirâmides do Egito. O título de patrimônio mundial da humanidade se refere ao conjunto urbanístico-arquitetônico de Brasília — o Plano Piloto —, assinado pelo urbanista Lucio Costa. A concepção, projeção e construção do sonho de Juscelino Kubitschek transcorreram entre 1957 e 21 de abril de 1960, quando a cidade foi inaugurada. A Agência Brasília revisita a história da capital e dos títulos que a preservam em mais uma matéria da série especial #TBTdoDF, que aproveita a sigla em inglês de Throwback Thursday para reviver fatos marcantes para o Quadradinho. [Olho texto=”“Esse título também é uma forma de preservar e proteger essa herança para as gerações futuras e torna nossa cidade uma fonte de inspiração para o mundo”” assinatura=”Cristiano Araújo, secretário de Turismo” esquerda_direita_centro=”direita”] A área tombada da cidade tem 112,25 km², sendo o maior perímetro urbano sob proteção histórica do mundo, e coleciona atributos dignos de tombamento. Quem ousa passear pela cidade tem a oportunidade de prestigiar as quatro escalas de Lucio Costa — monumental (a do poder), residencial (das superquadras), gregária (dos setores de serviços e diversão) e bucólica (das áreas verdes entremeadas nas demais) — e conversar com os traços de Oscar Niemeyer. Em diversos pontos da capital, é possível ainda prestigiar as obras de Athos Bulcão e vislumbrar o paisagismo de Burle Marx. O título permite que o conceito inovador e vanguardista da cidade seja mantido, além de incentivar o movimento turístico na região. “Nossa capital é um lugar especial, não apenas para os brasileiros, mas para toda a humanidade. Temos aqui sítios naturais e culturais, com uma arquitetura modernista, planejamento urbano inovador e funcional”, avalia o secretário de Turismo, Cristiano Araújo. “Esse título também é uma forma de preservar e proteger essa herança para as gerações futuras e torna nossa cidade uma fonte de inspiração para o mundo”. O título de Patrimônio Mundial da Humanidade se refere ao conjunto urbanístico-arquitetônico de Brasília — o Plano Piloto —, assinado pelo urbanista Lúcio Costa | Foto: Divulgação/Adriano Teixeira O subsecretário de Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), Felipe Ramón, afirma que “o tombamento é o reconhecimento mundial da importância do Plano Piloto para a civilização”. Segundo ele, a preservação de Brasília exige a avaliação do plano urbano e a adoção de uma visão voltada para o futuro, em que as próximas gerações também entenderão a importância da capital, processo que ocorre com a educação patrimonial. “Nós temos atribuição direta sobre tombamentos e registros, sendo que o primeiro diz respeito aos bens materiais, e o segundo, aos imateriais. Nós zelamos pela preservação desses espaços, além de fomentarmos a educação patrimonial, que é o que faz com que os jovens adultos e crianças conheçam a importância do patrimônio cultural e do tombamento e assim passem a preservá-los”, explica o subsecretário. Preservação A capital federal também é tombada pelo GDF e pelo Iphan | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília A capital também é reconhecida como patrimônio cultural em outras duas instâncias diferentes: é tombada pelo Governo do Distrito Federal (GDF) e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O primeiro ato de preservação da cidade ocorreu em 14 de outubro de 1987, com a publicação do decreto n° 10.829/1987, que regulamenta a lei n° 3.751/1960. A medida, que propõe a preservação da concepção urbanística de Brasília, permitiu que a cidade fosse tombada mundialmente. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Já em 14 de março de 1990, a cidade foi inscrita no Livro de Tombo Histórico pelo Iphan. O feito é referente à mudança da capital do país do Rio de Janeiro para o Planalto Central, considerado um dos mais importantes acontecimentos históricos do país no século 20. “Representa uma radical mudança na geografia do país, promovendo a ocupação das áreas centrais do território nacional que, majoritariamente, concentra as maiores cidades no litoral”, pontua o instituto em nota enviada à Agência Brasília. “Brasília representa um marco muito significativo para o debate internacional referente ao reconhecimento de sítios enquanto patrimônio da humanidade”, continua o órgão. “Foi o primeiro conjunto urbanístico moderno a ser declarado. Esse reconhecimento confirma não apenas a genialidade do urbanismo de Lucio Costa e a arquitetura de Oscar Niemeyer, mas a capacidade de realização brasileira de criar uma capital em um território pouquíssimo ocupado, em tempo exíguo. Coroa também o esforço de milhares de trabalhadores que empreenderam a epopeia da construção, os candangos”, finaliza o Iphan. Visite A Catedral Metropolitana é um dos 12 pontos turísticos da rota arquitetônica | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília O GDF criou rotas turísticas para que o Quadradinho seja desbravado por completo. Destaque para a Rota Arquitetônica, que leva o visitante a um tour nas obras e monumentos que fazem de Brasília um marco da arquitetura mundial. Há também a Rota Cívica, composta por monumentos e espaços importantes para a democracia do país, entre outros miniguias. Veja todas aqui.  

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#TBT: Superquadra 308 Sul, uma obra de arte a céu aberto

Entre os elementos urbanísticos mais notáveis da cidade planejada para ser a capital da República está a Superquadra Modelo da 308 Sul. E falar da quadra-modelo é falar de Brasília. A concepção, conforme seu autor, o urbanista Lúcio Costa, se tratava da reaproximação do habitante com o seu lugar de morada. A ideia era reunir, nas proximidades, os serviços necessários à comunidade local. A Agência Brasília conta, nesta quinta-feira (7), a história da quadra-modelo de Brasília no #TBTDoDF – um especial de matérias que aproveita a sigla em inglês para Throwback Thursday para mostrar fatos que marcaram o Distrito Federal. Além da arborização, os pilotis são um marco da superquadra e de Brasília | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A Unidade Vizinhança dentro do modelo original, que serviria de base para as outras quadras da cidade, é o conjunto que reúne as quadras da Asa Sul 107, 108, 307 e 308, um verdadeiro sítio histórico onde é possível percorrer a superquadra utópica, a Igrejinha, o Cine Brasília, o Clube Vizinhança, biblioteca, escolas e o Espaço Cultural Renato Russo. Tudo cercado de árvores e entremeado de jardins, praças e parquinhos. Fundada em 1962, a Superquadra segue os padrões imaginados no plano original. As bases seriam a simplicidade, praticidade e o convívio comunitário. Tombada pelo Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural desde 2009, a 308 Sul abarca obras importantes das principais referências da nossa capital: paisagismo de Burle Marx, azulejos de Athos Bulcão na Igrejinha Nossa Senhora de Fátima e na Escola Parque de Oscar Niemeyer. Os nove prédios residenciais foram projetados pelos arquitetos Marcelo Campello, Sérgio Rocha, José Ricardo Abreu e Luiz Acioli. Escola Parque 307/308 Sul em construção | Fotos: Divulgação/Arquivo Público “Todo o discurso de Lúcio Costa traz essa reaproximação do homem com a natureza, pela altura dos prédios, o tamanho da quadra e essa ideia do chão livre, com os pilotis que deixa aberto para a passagem. Na 308 Sul, o conceito foi levado ao extremo, é a única quadra em que os pilotis se integram e grande parte da vegetação ainda é original, conforme o modelo criado por Burle Max”, destaca o arquiteto e prefeito comunitário da quadra, Matheus Conque Seco. A obra paisagística de Burle Max é um marco e uma referência na proposta de Lúcio Costa de construir uma cidade profundamente marcada por jardins e outras áreas verdes em campo aberto. O paisagismo da superquadra toma toda a redondeza e conta com espelho d’água com carpas ornamentais, a Praça do Cogumelo para crianças, e o Serpentário. Convívio comunitário Além da arborização, os pilotis são um marco da superquadra e de Brasília. Os blocos residenciais estão localizados não em lotes, mas em projeções. Assim, o térreo fica desimpedido, sendo, portanto, um importante elemento de integração entre as quadras, onde todos podem ir e vir e cruzar a cidade sem impedimento de muros, passando por baixo dos blocos. Os nove prédios residenciais foram projetados pelos arquitetos Marcelo Campello, Sérgio Rocha, José Ricardo Abreu e Luiz Acioli “Os edifícios residenciais refletem a ideia de o espaço ser de todos ao adotarem a tipologia do pilotis totalmente aberto. Lúcio Costa, Oscar Niemeyer e toda a geração que trabalhou na construção da cidade enxergavam Brasília como retrato do Brasil do futuro, uma sociedade mais igualitária, democrática. Isso não se concretizou, mas não por culpa da arquitetura. É um projeto que permite o encontro entre as pessoas”, pontua o arquiteto. Conque conta que Lúcio Costa dizia que até o sexto andar ainda há uma grande relação com o chão, de modo que um filho que estivesse brincando embaixo do prédio pudesse ouvir o chamado que viesse da mãe, lá de cima. A Igrejinha fotografada em fevereiro de 1965 Morador da quadra há mais de 60 anos, Fernando Bassit relembra alguns dos momentos na região. “Estudei aqui, ao lado do meu prédio, toda a minha infância. Naquela época, à tarde, eram dezenas de crianças brincando embaixo dos blocos e estudávamos na mesma escola da quadra”, conta Bassit. “Tenho um vínculo afetivo muito forte, ter esse patrimônio construído em área pública é uma satisfação enorme. Morar aqui é maravilhoso”, completa. Um reduto de memória Para além do urbanismo, a quadra é artisticamente privilegiada devido a sua importância histórica e arquitetônica, com construções tombadas como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. A tradicional Igreja Nossa Senhora de Fátima, a Igrejinha, foi projetada por Oscar Niemeyer em 1958. Nas paredes externas, é possível encontrar o trabalho figurativo de Athos Bulcão em azulejos. A recém-inaugurada Escola Classe 308 Sul A Escola Parque e a Escola Classe também compõem a quadra residencial com o intuito de oferecer o modelo de ensino integral pensado por Anísio Teixeira. A quadra ainda conta com o jardim de infância, que recebeu a visita da rainha Elizabeth II do Reino Unido, em 1968. O Plano de Construções Escolares de Brasília previa que a cada quatro superquadras (uma Unidade de Vizinhança) deveria existir uma Escola Parque. Ainda integram a Unidade de Vizinhança o Espaço Cultural Renato Russo, o Cine Brasília e o Clube Vizinhança. O conglomerado de espaços é um importante ponto turístico da cidade, tão essencial que a Secretaria de Turismo inaugurou, em março de 2022, um Centro de Atendimento ao Turista (CAT), que realiza cerca de 2 mil atendimentos por mês. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “O turismo é algo muito positivo para nós moradores, e ter o CAT na região impulsiona o turismo para cá. Hoje temos uma população mais velha, não temos mais aquela quantidade de crianças na região, então esse público novo é importante para a nossa vizinhança”, acredita Fernando Bassit.

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