Parceria entre governo e produtores rurais garante a preservação do Descoberto
O Governo do Distrito Federal (GDF) celebrou, nesta sexta-feira (22), data em que se comemora o Dia Mundial da Água, o contrato de serviços para proteção dos recursos hídricos na Bacia do Rio Descoberto. O documento firma a parceria entre a Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb) e produtores rurais da região – eles serão remunerados para ajudar na preservação do curso de água que divide a capital federal do estado de Goiás. Bacia do Alto Descoberto ganha reforço com o engajamento dos produtores na causa ambiental; local é referência na produção sustentável de água e alimentos | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília O projeto Produtor de Água busca engajar os proprietários de terra da área nos esforços para tornar a Bacia do Alto Descoberto referência na produção sustentável de água e alimento. O objetivo é garantir a segurança hídrica, conservar o solo e proteger a vegetação nativa do Cerrado. Para isso, todos os participantes, que são voluntários, receberão o equivalente a R$ 170 por hectare preservado. Quanto maior a qualidade da água, menor o custo para o tratamento” Luís Antônio Almeida Reis, presidente da Caesb Os números ajudam a dar a dimensão da importância da bacia para o abastecimento não só das produções locais, mas de toda a população do DF. Sozinho, o reservatório é responsável por cerca de 60% de toda a água consumida na capital federal. São 452 km² de extensão, dos quais 70% estão localizados em território brasiliense (Brazlândia e Ceilândia) e 30% em Goiás (Padre Bernardo e Águas Lindas). Custos O presidente da Caesb, Luís Antônio Almeida Reis, lembra que, além da preservação dos cursos hídricos, o projeto também ajudará a reduzir custos operacionais da companhia. “Quanto maior a qualidade da água, menor o custo para o tratamento”, afirma. “Os agricultores daqui ajudando a natureza, mantendo essas áreas livres e limpas, com florestas e com tratamento natural, significa menos resíduos indo para os lagos, menos assoreamento”, complementa o gestor. “Isso melhora a qualidade da água do lago, que quando captada demandará menos químicos, menos energia e menos dinheiro para poder tratá-la.” “Não há como falar em água sem falar do Cerrado, que é o berço das águas. E, no Brasília Ambiental, temos a missão de proteger esse bioma tão importante” Rôney Nemer, presidente do Brasília Ambiental Segundo Reis, o orçamento para o projeto pode chegar a R$ 10 milhões, a serem empenhados em cinco anos. “A receptividade está excelente”, assegura. “Temos inúmeros produtores rurais chegando, e estaremos assinando os demais contratos ao longo dos próximos meses. Acreditamos que vamos atingir a nossa meta, que é de 250 produtores rurais parceiros”. Entre as ações desenvolvidas nas propriedades, estão previstos cercamento de nascentes, plantio em matas ciliares, adequação de estradas rurais, terraceamento, saneamento rural, agricultura sustentável, educação ambiental, conservação da vegetação nativa e revestimento de canais. Nesse contexto, os produtores também contarão com o apoio do Instituto Brasília Ambiental. “Toda obra que vai ser feita, principalmente quando se fala de água, precisa da parceria do instituto para obtenção do licenciamento ambiental”, lembra o presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer. “Não há como falar em água sem falar do Cerrado, que é o berço das águas. E, no Brasília Ambiental, temos a missão de proteger esse bioma tão importante”. Cadastro voluntário Os produtores rurais interessados em aderir ao projeto devem se cadastrar junto à Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). Antes, é preciso verificar se a propriedade rural está inserida nas áreas priorizadas pelo programa. Para isso, basta acionar a empresa pelo telefone (61) 3618-1015, caso esteja situada em Brasília, ou (62) 98152-1596, se estiver em Goiás. O presidente da Emater-DF, Cleison Duval, ressalta que a empresa está empenhada na captação de produtores rurais que desejem ajudar na preservação da bacia. “Essa adesão é voluntária do produtor”, reforça. “A Emater atua na mobilização de todos eles, convidando-os a participar desse projeto. Fazemos visitas às propriedades; e, nessas visitas, os técnicos discutem o que pode ser feito para adequar a propriedade às melhores condições ambientais de preservação”. Cláudio Araújo atua há 37 anos na preservação das nascentes: “A primeira recompensa direta é o aumento na produção de água” Atualmente, a área de Brazlândia dispõe de 4,5 mil propriedades, entre as quais 2,5 mil diretamente ligadas à Bacia do Rio Descoberto. Uma delas pertence ao produtor rural Cláudio Henrique Rabelo Araújo, 46, que há 37 anos trabalha na preservação e reestruturação de nascentes. “A gente protege aquelas nascentes que já existem há bastante tempo, e a primeira recompensa direta é o aumento na produção de água”, defende. Para Araújo, ter a oportunidade de ser remunerado pela atividade é um fator motivador: “É fantástico. O produtor rural que faz esse tipo de preservação não tinha, até então, incentivo financeiro. Agora, com essa possibilidade de entrar um dinheirinho, o pessoal fica feliz”.
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Megaoperação de combate à dengue chega a Brazlândia
Brazlândia recebeu, neste sábado, uma megaoperação do Governo do Distrito Federal (GDF) para a eliminação de focos do mosquito Aedes aegypti. A força-tarefa contou com a atuação de órgãos de governo para limpar terrenos sujos e recolher lixo descartado irregularmente. A operação reuniu mais de 300 pessoas e percorreu as ruas do Setor Veredas, Vila São José e do distrito de Vendinha, no município de Padre Bernardo, em Goiás, durante toda a manhã. Vicente Pires e 26 de Setembro, em Taguatinga, são as próximas regiões administrativas a receberem a operação de combate ao mosquito. Comunidade contou com atendimento de diversas equipes destacadas pelo GDF | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília [Olho texto=”“Todos os dias o governo tem entregado ações efetivas no combate à doença” ” assinatura=”Celina Leão, vice-governadora” esquerda_direita_centro=”esquerda”] No Dia D de Brazlândia, equipes da Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde (SES-DF), do Serviço de Limpeza Urbano (SLU), do Corpo de Bombeiros (CBMDF) e de outros órgãos do GDF reforçaram as ações contra a proliferação do mosquito nas regiões com maior registro de casos, com orientação à população, visitas domiciliares e limpeza de áreas públicas, entre outras atividades. Equipes a postos Este é o quarto fim de semana marcado para realizar a megaoperação de erradicação do mosquito. O Dia D já percorreu todas as regiões administrativas para vistoriar casas e limpar áreas públicas, além de promover a conscientização entre os moradores. Desde 1º de janeiro, as equipes do SLU já recolheram 48.395 mil toneladas de resíduos das áreas públicas. A vice-governadora do DF, Celina Leão, lembrou que as ações devem seguir até que seja decretado o fim da situação de emergência na saúde pública. [Olho texto=”“Estamos cuidando para que todos os dias sejam Dia D” ” assinatura=”José Humberto Pires de Araújo, secretário de Governo” esquerda_direita_centro=”direita”] “Todos os dias o governo tem entregado ações efetivas no combate à doença”, afirmou Celina. “Temos 40% das unidades básicas de saúde com atendimento voltado à dengue, temos tendas de acolhimento em várias regiões administrativas e agora teremos um hospital novo que chega à região de Ceilândia.” De acordo com o secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo, o Dia D é mais uma ação para reforçar a conscientização. “É preciso que tenhamos cuidado todos os dias”, pontuou. “O Dia D é o que temos para chamar a atenção da população, para fazer essa grande mobilização e trazer o governo para perto do cidadão. Estamos cuidando para que todos os dias sejam Dia D”. Entorno Por se tratar de uma região que faz fronteira com municípios goianos do Entorno, a rede de atendimento em saúde expandida pelo GDF tem sido procurada também pela população que vive na região, como o pintor José de Sousa Lima, 47. Ele mora em Águas Lindas de Goiás e procurou a tenda de acolhimento na Administração Regional de Brazlândia para a filha, diagnosticada com dengue. “Essa tenda está sendo muito boa porque desafoga os hospitais, promove atendimento e é a opção mais viável para quem mora em Goiás”, elogiou. “Aqui o atendimento está bem rápido.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A aposentada Fátima Luciano Cardoso, 55, também se manifestou empolgada com a força-tarefa: “Essa ação é importantíssima. Eu estou triste porque não estarei em casa para recebê-los. Mas quem puder, deixe as equipes entrar para que olhem tudo e orientem a população sobre o combate. A comunidade precisa se conscientizar”. De acordo com o administrador regional de Brazlândia, Marcelo Gonçalves, as tendas estão equipadas para acolher quem precisar de atendimento. “O atendimento médico não tem fronteira”, disse. “Nossas ações são planejadas para receber quem é daqui de Brazlândia e quem é de fora também. Estamos com 150 atendimentos diários, e Brazlândia está preparada, na área da saúde, para acolher a população do DF e do Entorno”.
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