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Patrimônio Cultural Imaterial do DF

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Respeito à faixa de pedestres será votado como Patrimônio Imaterial do DF no dia 19

O Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural do Distrito Federal (Condepac-DF) definiu a relatoria do registro da cultura de respeito à faixa de pedestres como Patrimônio Cultural Imaterial do DF. Durante a 24ª reunião ordinária do conselho, realizada nesta terça-feira (9), cinco participantes se voluntariaram para produzir um parecer. A apresentação e a votação do documento ficaram marcadas para a reunião extraordinária de 19 de julho. Os voluntários são o subsecretário do Patrimônio Cultural, Felipe Ramón, e quatro representantes da sociedade civil. “O parecer deverá conter a delimitação teórico-conceitual do bem a ser registrado, um breve histórico e as opiniões sobre se aprovam ou não o registro desse bem cultural como patrimônio, assim como proposições de ações de salvaguarda. Caso aprovada, a manifestação cultural será inscrita em um livro de registro de patrimônio imaterial”, explica o subsecretário. Para o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Claudio Abrantes, o respeito à faixa de pedestres é uma marca brasiliense reconhecida nacionalmente | Foto: Divulgação/Detran-DF O secretário de Cultura e Economia Criativa do DF e presidente do Condepac-DF, Claudio Abrantes, destaca que a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), quando define cultura, trata sobre hábitos, costumes e um olhar afetivo a respeito da maneira de viver dos povos. “Talvez essa questão do respeito pela faixa de pedestres seja um dos grandes elementos identificadores dos brasilienses fora de Brasília. Se você estiver andando em qualquer lugar do Brasil e observar algum pedestre dando sinal ou um motorista parando ao visualizá-lo, é comum pensar: é brasiliense”, justifica Abrantes. A reunião será aberta para jornalistas, representantes de órgãos públicos, tais como o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-DF) e a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), e autoridades que estejam relacionadas com o histórico de respeito pela faixa de pedestres. Com a aprovação, a cultura de respeito à faixa de pedestres já é reconhecida como patrimônio imaterial na ocasião. A comunicação do reconhecimento é encaminhada para o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, que edita um decreto oficializando o processo. A expectativa é que a publicação aconteça até o dia 8 de agosto, quando é comemorado internacionalmente o Dia do Pedestre. A iniciativa de reconhecimento surgiu a partir de uma proposta da organização não governamental (ONG) Andar a Pé à Supac, que a encaminhou ao Condepac-DF. Caso reconhecida, a cultura de respeito à faixa de pedestres se juntará a outros bens imateriais registrados no Distrito Federal. Entre eles estão a Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro (Aruc) – Decreto nº 30.132/2009; o Bumba Meu Boi do Seu Teodoro – Decreto nº 24.797/2004; o Clube do Choro de Brasília – Decreto nº 28.995/2008; a Festa do Divino Espírito Santo de Planaltina – Decreto nº 34.370/2013; o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro – Decreto nº 27.930/2007); o Ideário Pedagógico de Anísio Teixeira – Decreto nº 28.093/2007; a Via Sacra ao vivo de Planaltina – Decreto nº 28.870/2008; e a Praça dos Orixás e Festa de Iemanjá – Decreto nº 39.586/2018. Reunião sobre reconhecimento da cultura de respeito à faixa de pedestres como Patrimônio Imaterial do DF Data: 19/7 Horário: 9h30 Local: Auditório do 2º andar da Biblioteca Nacional de Brasília. *Com informações da Secec

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#TBT: a fé e a tradição da via-sacra do Morro da Capelinha, em Planaltina

Mais de cinco décadas de história, tradição e fé. A via-sacra do Morro da Capelinha, em Planaltina, nasceu de um “sonho de dia” e, até os dias atuais, reúne milhares de fiéis na região administrativa mais antiga do Distrito Federal. O espetáculo cênico da morte e ressurreição de Jesus Cristo é considerado Patrimônio Cultural Imaterial do DF desde 2008, pelo Decreto nº 28.870/2008, e foi incluído no calendário oficial de eventos da capital federal em 1986. A primeira montagem ocorreu em 1973, idealizada pelo padre Aleixo Susin, falecido em 2021, aos 92 anos. À Agência Brasília, em 2017, ele revelou que viu “três morros unidos que se enchiam de gente”. Logo depois, falou com os fiéis e marcou procissões saindo de três igrejas de Planaltina, das quais era pároco na época. O ponto final do encontro foi o pé do Morro da Capelinha, onde ocorreu a primeira montagem da via-sacra da região administrativa. O espetáculo é considerado Patrimônio Cultural Imaterial do DF desde 2008 e foi incluído no calendário oficial de eventos da capital federal em 1986 | Foto: Divulgação/ Arquivo Público Uma das voluntárias mais antigas é a dona de casa Maria de Lourdes Maciel, 73 anos, que participou da primeira edição. “Éramos poucas pessoas. Tinha um grupo de jovens, que fez a atuação, e um grupo de suporte, do qual eu participava”, recorda. “Naquela época era bem diferente de hoje, era tudo ‘no gogó’, não tinha caixa de som nem nada. Lembro que um jipe subiu o morro com um rapaz chamado Viltinho em cima, narrando tudo com um megafone. Nós subimos atrás cantando os hinos”. Em 1974, Maria engravidou e precisou se ausentar da organização do evento. Nos anos seguintes, ela também não esteve entre os voluntários, mas sempre na plateia, acompanhando com olhos atentos cada detalhe da apresentação anual. “Em 1990 eu retornei e fui para o figurino para trabalhar com corte e costura”, conta ela, que, por sete anos, também atuou como Maria de Nazaré, a mãe do menino Jesus. “Ajudar a fazer acontecer a peça mais importante de Planaltina é maravilhoso, um sentimento inexplicável”. Maria de Lourdes Maciel participou da primeira via-sacra do Morro da Capelinha: “Naquela época era bem diferente de hoje, era tudo ‘no gogó’, não tinha caixa de som nem nada” | Foto: Arquivo Pessoal De crachá e avental, Maria aposta na criatividade para modelar e adaptar figurinos ao time de atores. “Alguns precisam de reformas; outros, precisamos fazer do zero, porque entram pessoas novas. Geralmente, tiramos um mês para organizar tudo, mas o material costuma chegar em cima da hora, então é uma correria. É uma dedicação intensa, mas cheia de amor”, afirma. Maria nasceu em Planaltina de Goiás e tem cinco filhos. Todos já participaram da celebração, e, atualmente, um está à frente da coordenação do figurino. Os dez netos e os três bisnetos também fazem parte da história do evento, ou na plateia ou como parte do voluntariado. “A via-sacra é muito importante para Planaltina. Movimenta a parte cultural, a religiosa, traz pessoas de fora para cá. É uma semente que o padre Aleixo plantou e que nós colhemos até hoje”, completa a voluntária. Potência religiosa e cultural O evento une religiosidade, cultura e turismo | Foto: Tony Oliveira/ Agência Brasília Neste ano, a via-sacra de Planaltina recebeu R$ 1,6 milhão de investimento do Governo do Distrito Federal (GDF). O secretário de Turismo, Cristiano Araújo, destaca a relevância cultural e econômica do evento, que promete reunir cerca de 100 mil pessoas em quatro dias de festa: “São fiéis vindos de todas as regiões administrativas e de outros estados para a celebração de uma das maiores manifestações religiosas de Brasília”. O turismo religioso entrou para o escopo da política de turismo do DF em janeiro deste ano, junto ao esportivo, consolidando o reconhecimento desses segmentos como parte fundamental da estratégia turística da região. “A inclusão do turismo religioso e esportivo na legislação representa um passo fundamental para aprimorar a experiência em Brasília, reconhecendo a riqueza cultural e religiosa única que nossa região oferece”, avalia Araújo. “A via-sacra de Planaltina não apenas representa um elo profundo com nossa história e tradição religiosa, mas também se ergue como um pilar vital de turismo e economia criativa no Distrito Federal” Claudio Abrantes, secretário de Cultura e Economia Criativa O secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes, que já interpretou de Jesus Cristo na encenação, enaltece a importância do evento para o DF: “A via-sacra de Planaltina não apenas representa um elo profundo com nossa história e tradição religiosa, mas também se ergue como um pilar vital de turismo e economia criativa no Distrito Federal. Eu, que já vivi a intensidade da via-sacra da Capelinha, sei o quanto essa celebração é capaz de tocar os corações e unir comunidades, além de perpetuar valores essenciais para nossa identidade cultural”. Diogo José Pereira trabalha há 15 anos no espetáculo e, hoje, está na equipe de comunicação | Foto: Arquivo Pessoal Para o coordenador da comunicação do Grupo Via Sacra, Diogo José Pereira, a via-sacra se consolidou como um dos mais importantes eventos da região administrativa. Ele salienta que a celebração movimenta o setor turístico e econômico, com a vinda de caravanas de outros estados. “É um evento católico assistido por pessoas de muitos lugares, que vem para cá com esse objetivo e conhecem mais sobre a história do DF e de Planaltina, visitando os casarões, a pedra fundamental”, cita. “Planaltina é uma cidade totalmente cultural e, por ser a mais antiga do DF, tem muitas raízes”. Diogo, 35, entrou para o grupo aos 20 anos. Primeiro, esteve na parte musical e, em seguida, partiu para a encenação, fotografia e comunicação, área em que trabalha atualmente. “A história da via-sacra é muito bonita. É um teatro de evangelização a céu aberto. A via-sacra não distingue o público, não faz nenhuma distinção. Nós estamos ali para evangelizar qualquer pessoa que queira participar”, comenta. A equipe da encenação é formada por 1.400 integrantes voluntários, sendo 1.100 só de atores e 300 membros da equipe técnica. As apresentações começaram no Domingo de Ramos, celebrado no último dia 24, junto à via-sacra das crianças. Em seguida, ocorrem a Última Ceia, que representa a última refeição que Jesus Cristo dividiu com os apóstolos em Jerusalém antes de sua crucificação, e a Paixão de Cristo, em que o Messias é levado a julgamento. Programação → Quinta-feira (28) 20h – Encenação da Última Ceia e celebração eucarística – Estacionamento Ginásio de Funções Múltiplas → Sexta-feira (29) 14h30 – Celebração da Santa Cruz e encenação da Paixão de Cristo.

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Conheça a Rota Brasília Capital do Rock

Brasília tem sido o berço de artistas e grupos icônicos que marcaram gerações, como Legião Urbana, Capital Inicial, Plebe Rude, Raimundos e Paralamas do Sucesso. Essas são apenas algumas das muitas bandas que nasceram e prosperaram em solo brasiliense. Identificados com placas, pontos em Brasília revelam trajetórias de bandas que construíram a história do rock nacional | Foto: Divulgação/Setur-DF Em 2021 a Rota Brasília Capital do Rock foi oficializada pelo Decreto nº 42.074, assinado pelo governador Ibaneis Rocha. O estilo musical foi tombado como Patrimônio Cultural Imaterial do DF, pela Lei Distrital nº 5.615. E a rota turística da capital da República conta com mais de 40 pontos que contam parte da história do gênero musical. “A história do rock nacional está marcada, aqui, na capital do país. Brasília está repleta de lugares em que as grandes bandas construíram a história. A Rota Brasília Capital do Rock é uma vitória para a cidade e atrai visitantes apaixonados pelo gênero musical”, afirma o secretário de Turismo, Cristiano Araújo. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A Rota Brasília Capital do Rock é um trabalho da Secretaria de Turismo em conjunto com a Secretaria de Economia, Faculdade União Pioneira de Integração Social (Upis), curadoria de Philippe Seabra e produção de Tata Cavalcante. Mais informações sobre a no Rota podem ser encontradas no site da Setur-DF. *Com informações da Setur-DF

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