GDF recebe texto do Ppcub aprovado pela Câmara e inicia análise antes da sanção
O Governo do Distrito Federal (GDF) recebeu, nesta terça-feira (23), o Projeto de Lei Complementar nº 41/2024 que cria o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (Ppcub). De autoria do Executivo, a proposta foi aprovada na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), em dois turnos, em 19 de junho. Com o retorno do projeto ao Palácio do Buriti, o governo terá 15 dias para analisar o texto antes da sanção. As secretarias de estado participarão da análise a ser feita antes do parecer do governador Ibaneis Rocha. Durante a tramitação na CLDF, o projeto, que tem 67 páginas e 15 anexos, passou por modificações para incluir emendas elaboradas pelos parlamentares – ao todo, os deputados apresentaram 197 emendas. O veto de alguns trechos considerados mais sensíveis e polêmicos já foi anunciado pelo governador, como a construção de alojamentos nas quadras 900 das asas Sul e Norte e no Parque dos Pássaros, e o uso comercial do Setor de Embaixadas. Debatido nos últimos 15 anos no DF, o Ppcub apresenta diretrizes de uso e ocupação do solo para o desenvolvimento e a modernização da área tombada de Brasília | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Elaborado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), o Ppcub foi desenvolvido para estabelecer diretrizes de uso e ocupação do solo para o desenvolvimento e a modernização da área tombada de Brasília. O plano reúne toda a legislação urbanística para facilitar a compreensão, atualizar as normas e preservar a área tombada. O Conjunto Urbanístico de Brasília (Cub) abrange as regiões do Plano Piloto, Cruzeiro, Candangolândia, Sudoeste/Octogonal e Setor de Indústrias Gráficas (SIG), incluindo o Parque Nacional de Brasília e o espelho d’água do Lago Paranoá. O conjunto é tombado nas instâncias distrital e federal e inscrito como patrimônio da humanidade. Plano previsto para ser concebido há mais de três décadas, o Ppcub foi debatido nos últimos 15 anos no DF. Só nesta gestão foram dois anos dedicados à discussão com oito audiências públicas e 28 reuniões em câmaras técnicas do Conselho de Planejamento Urbano e Territorial (Conplan), além de novos debates na CLDF ー todos incluindo a participação popular, o setor produtivo e o Legislativo.
Ler mais...
Explore o Quadrado: Monumentos enriquecem o turismo urbano em Brasília
Arte: Fábio Nascimento/Agência Brasília Embora tenha um formato semelhante a um quadrado, a capital federal dispõe de uma arquitetura que foge das arestas e explora as mais diversas formas geométricas. Tal fato é um dos pontos que mais chamam a atenção de turistas como Miguel Nascimento, de 13 anos: “É um jeito diferente, não é tudo quadrado como em outros lugares. Achei muito bonito”. O estudante Miguel Nascimento veio a Brasília pela primeira vez: “É um jeito diferente, não é tudo quadrado como em outros lugares” | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília Morador de São Paulo, Miguel tem raízes no Piauí. Ele aproveitou a visita a Brasília com os pais para explorar a cidade e compará-la com as que conhece. “Sempre tive vontade de conhecer Brasília” contou. A mãe, Isabel Cristina Nascimento, 48, reforça: “A gente vê [a cidade] pela televisão, e quando chega aqui é diferente, uma arquitetura incrível e atual. A cidade é ampla e aberta, e quem está acostumado com São Paulo estranha quando chega aqui”. O marido de Isabel, Helio Gomes, 49, complementa: “Para 60 anos atrás, foi tudo bem-pensado e planejado, com construções muito diferentes do que a gente vê em São Paulo ou no Nordeste. Eu não tinha essa visão do turismo arquitetônico, e achei muito interessante”. Nem só os turistas de fora são convidados a apreciar o turismo cívico e urbanístico de Brasília, mas também os próprios brasilienses, que muitas vezes desconhecem os diferentes cantinhos atraentes da cidade. Desenhada por arquitetos renomados como Oscar Niemeyer e Lucio Costa no final da década de 1950, a cidade em formato de avião é considerada um museu a céu aberto. “A nossa cidade foi planejada para promover essa organização cívica, permitindo aos visitantes conhecer mais profundamente a história do país” Cristiano Araújo, secretário de Turismo do DF Esse “museu” foi erguido em apenas três anos e abriga palácios, monumentos e instituições que fazem parte da história da democracia no Brasil. Brasília é considerada Patrimônio Cultural da Humanidade – e a única cidade a ganhar este título no mundo contemporâneo. É aqui que se concentram as principais instituições da República, com a vantagem de a maior parte das atrações ter entrada gratuita. “A nossa cidade foi planejada para promover essa organização cívica, permitindo aos visitantes conhecer mais profundamente a história do país”, avalia o secretário de Turismo do DF, Cristiano Araújo. “Aqui o turista pode explorar as principais instituições governamentais, monumentos e locais históricos que marcaram a construção da cidade.” Em mais uma reportagem da série Explore o Quadrado, a Agência Brasília apresenta opções diversas para aproveitar as férias escolares de julho. Principais monumentos No centro da cidade, a Praça dos Três Poderes é um amplo espaço que reúne o Supremo Tribunal Federal (Judiciário), o Palácio do Planalto (Executivo) e o Congresso Nacional (Legislativo). No subsolo, por uma entrada de escadaria, há o Espaço Lucio Costa, uma homenagem para o amigo arquiteto feita por Niemeyer, localizada ali no subterrâneo para não tirar o foco da praça. O Congresso Nacional é outro edifício imponente que chama atenção por sua relevância política e arquitetônica, com as cúpulas. A visita institucional percorre os Plenários das duas Casas legislativas, os salões Verde e Azul, além do Túnel do Tempo do Senado e do Salão Nobre da Câmara dos Deputados, e pode ser agendada pelo site do Congresso. Outro ponto de visitação é o Catetinho, que surgiu em 1956 e foi a primeira residência oficial do presidente Juscelino Kubitschek. A entrada é gratuita, e a visitação está aberta de terça a domingo (inclusive feriados), das 9h às 17h. Na segunda-feira, o espaço fecha para manutenção e serviços internos. No Eixo Monumental, o Memorial JK é uma homenagem a Juscelino Kubistchek, o presidente que inaugurou a nova capital federal em 1960 | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Inaugurado em 1981, o Memorial JK chama a atenção de quem passa pelo Eixo Monumental. É uma homenagem ao fundador de Brasília, Juscelino Kubitschek, imortalizado na estátua acenando do alto de uma coluna de 28 m de dentro de um semicírculo – imagem que se tornou um dos cartões-postais de Brasília. As visitas ao memorial ocorrem de terça a domingo, das 9h às 18h, e o ingresso custa R$ 10 a inteira. Ali perto, no Setor Militar Urbano (SMU), está localizado o Quartel-General do Exército, sede do Comando do Exército Brasileiro. À frente do quartel está a praça Duque de Caxias, onde se encontra a concha acústica (palanque monumental) e o obelisco – ambos fazendo alusão à espada de Duque de Caxias. Praça dos Cristais, no Setor Militar Urbano, foi projetada por Burle Marx | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Do outro lado da rua está a Praça Cívica do Quartel General do Exército, popularmente conhecida como Praça dos Cristais. Foi projetada pelo paisagista Roberto Burle Marx e representa as riquezas minerais do Planalto Central, por meio do lago artificial no centro e vários espelhos-d’água com esculturas em pedras, representando os cristais. Brasília também é famosa por seus palácios. Destacam-se o Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores (MRE); o Palácio da Justiça, com nove arcos assimétricos interceptados por seis cascatas em diferentes níveis e um jardim aquático nos arredores do prédio; e o Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República e conhecido pelas colunas de mármore branco que se tornaram o símbolo de Brasília. Quadra modelo A Igrejinha da 308 Sul é um dos pontos turísticos mais visitados do Plano Piloto | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília A Superquadra 308 Sul é considerada a quadra modelo de Brasília, sendo tombada pelo Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural desde 2009. Fundada em 1962, foi construída para servir de referência para outras superquadras do Plano Piloto. Reúne trabalhos paisagísticos de Burle Marx, azulejos de Athos Bulcão, a famosa Igrejinha da 308 Sul e a Escola Parque, de Oscar Niemeyer. O projeto urbanístico de Lucio Costa tem prédios com cobogós e janelas coloridas e grandes, apelidadas de “televisão dos candangos” –, sem contar que é a primeira quadra com garagem subterrânea. Há também o popular laguinho com carpas, onde é possível alimentar os peixes com a ração disponibilizada no local. A guia de turismo Samara Augusto lembra que, devido ao tempo seco de Brasília, os vários espelhos-d’água espalhados têm duas funções: a estética e a de sobrevivência do brasiliense, pois trazem a sensação de umidade. Ela também retoma a ideia inicial do arquiteto Lucio Costa – a de que todos os moradores tivessem tudo bem perto de casa, desde jardins até postos de saúde, bibliotecas e colégios. “A cada quatro quadras forma-se um quadrado maior, compondo uma unidade de vizinhança – não foi bem assim que se desenvolveu com as entrequadras e comerciais, mas a cidade é um organismo vivo, ela não é estática”, explica Samara. “Você consegue ver o céu em Brasília sem virar a cabeça, de onde você estiver. Essa quadra é um exemplo clássico disso; o vento passa entre os prédios, que são suspensos em colunas que a gente chama de pilotis. É uma sensação de cidade do interior ao mesmo de uma capital bem-arborizada. E você ainda pode pegar frutas no meio das ruas de Brasília sem pagar nada.” Praça dos Cogumelos Ainda na superquadra modelo, existem espaços pouco conhecidos, como a Praça dos Cogumelos. A professora de yoga Andrea Amorim Hughes, 42, costuma utilizar a praça para atividades do projeto Yoga em Brasília, que reúne pessoas em lugares turísticos da cidade. Ela já passou pela Praça dos Três Poderes, Torre de TV e Ermida Dom Bosco. “Geralmente, o pessoal vem na 308 Sul para conhecer a Igrejinha ou as carpas”, conta. “Muita gente que mora em Brasília não conhece essa praça, e quando elas veem, acham o máximo”. A professora Dais Rocha (quinta a partir da esquerda, na fila de trás) faz yoga perto de casa: “É muito legal resgatar o princípio inicial do projeto de Brasília, essa questão da quadra modelo ser uma cidade saudável e um ambiente que favorece o convívio” | Foto: Matheus H. Souza /Agência Brasília Morando da SQS 308 há cinco anos e em Brasília há 14, a servidora pública Raquel de Fátima Martins, 49, revela ter se dado conta da existência da Praça dos Cogumelos pela primeira vez. “É como se você redescobrisse a sua quadra sob uma outra perspectiva, aproveitando o espaço, as árvores circulares, o som dos passarinhos”, diz. “Muitas vezes, a gente vê os turistas visitando a quadra modelo e tentando entender um pouco o que significa esse espaço, os prédios iguais e essa quietude”. A professora de saúde coletiva Dais Rocha, 56, também participa da prática de yoga na praça e reforça: “É uma oportunidade de se reconectar com a gente mesma. É muito legal resgatar o princípio inicial do projeto de Brasília, essa questão da quadra modelo ser uma cidade saudável e um ambiente que favorece o convívio. Isso dá um senso de pertencimento, que é um dos atributos de qualidade de vida. Muitas vezes predomina que Brasília é a cidade do trabalho, mas é importante conceber essa identidade da cidade”. Transporte No site ou aplicativo DF no Ponto, é possível ver quais as linhas o transporte público passam próximo aos monumentos para ir direto ou fazendo integração entre ônibus e metrô e entre ônibus. Já para quem curte um passeio de bike, há ciclovias nas imediações dos pontos turísticos – a malha cicloviária do DF é a segunda maior do país. Por meio deste guia, é possível checar as rotas existentes.
Ler mais...
Programa quer impulsionar turismo cívico com acesso a crédito para viagens
Capital de todos os brasileiros e um museu a céu aberto, Brasília vai ganhar um impulso para receber mais visitantes e alavancar o turismo cívico. Lançado nesta segunda-feira (20), o programa Conheça o Brasil: Cívico busca atrair pessoas à capital em datas onde a movimentação costuma diminuir. Um dos motivos para a criação do programa é a queda no setor hoteleiro aos finais de semana, quando chegam a ser registrados cerca de dez mil leitos vagos. “A ideia é suprir, por meio desse programa também, essa carência que tem nos hotéis, de quinta a domingo”, ressaltou o secretário de Turismo do DF, Cristiano Araújo. Fruto de uma parceria entre o Ministério do Turismo (MTur), a Secretaria de Turismo do Distrito Federal (Setur) e o trade turístico de Brasília, o programa tem como foco os estudantes, professores e pesquisadores de todo país. “A partir do momento em que a gente conhece nossa história, se sente parte disso, passa a valorizar, a defender. E, sem dúvida nenhuma, com esse programa, a gente também ativa os diversos elementos do trade, como guias, hotéis e setor gastronômico”, acrescentou o secretário, reforçando a importância da iniciativa tanto do ponto de vista cívico quanto econômico. O programa Conheça o Brasil: Cívico foi lançado nesta segunda-feira (20) com a presença de representantes do MTur, da Setur e do trade turístico de Brasília | Fotos: Ana Carolina Domingues/Setur Serão desenvolvidos roteiros que envolvem ícones da democracia do Brasil, como a Esplanada dos Ministérios, a Praça dos Três Poderes e o Congresso Nacional. As viagens também vão incluir museus e outros monumentos públicos, além de outras opções turísticas no Entorno, como atrativos naturais, gastronômicos e culturais. Presente ao evento, o ministro de Turismo, Celso Sabino de Oliveira, destacou a importância do programa na capital federal, que é reconhecida pela Unesco como patrimônio cultural da humanidade. A entidade também reconhece Brasília como cidade criativa pelo seu design. “Nós temos bem aqui na nossa capital federal um grande e belo patrimônio, e a gente fica aqui durante a maioria dos finais de semana com a cidade bastante ociosa, em virtude do contrafluxo do turismo de negócios e de trabalho que acontece durante a semana. Então, essa iniciativa é para buscar a ocupação dessa ociosidade, tanto nos leitos dos hotéis quanto nos assentos das aeronaves que se destinam a Brasília durante o final de semana”, acentuou. O ministro ainda reforçou a importância da parceria para que estudantes, universitários, secundaristas, professores e pesquisadores tenham condições mais favoráveis a adquirir bilhetes de passagem, hospedagem e roteiros turísticos na cidade. Crédito facilitado O secretário de Turismo, Cristiano Araújo, destaca: “A partir do momento em que a gente conhece nossa história, se sente parte disso, passa a valorizar, a defender. E, sem dúvida nenhuma, com esse programa, a gente também ativa os diversos elementos do trade, como guias, hotéis e setor gastronômico” O programa conta com crédito facilitado para aquisição de pacotes e serviços turísticos, oferecido pelo Conheça Brasil: Realiza, uma parceria entre o Ministério do Turismo e o Banco do Brasil que oferece a possibilidade de parcelamento em até 60 vezes, ainda em processo de adesão nas empresas do setor de turismo. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih), Henrique Severino, descreveu o aspecto econômico que o projeto envolve como um facilitador para a vinda dos estudantes para Brasília: “Essa parceria com o Banco do Brasil é algo que eu não me recordo de ter visto no passado. Um parcelamento em 60 vezes para as empresas que aderirem ao pacote, sem sombra de dúvidas, vai ser determinante para o sucesso desse projeto. Que bom que nós temos aí o governo distrital do Distrito Federal e o Ministério [do Turismo] de mãos dadas para viabilizar o que é tão necessário”. Ele ressaltou, ainda, o diferencial do turismo cívico para a população. “É um turismo de entretenimento com conhecimento, diferentemente do turismo de praia, de aventura, que abrange uma experiência muito mais de entretenimento com muito menos conhecimento. O cívico depende de mais estímulo, mais esforço para que as pessoas tenham um real interesse”, observou. A iniciativa contemplará a qualificação de profissionais de linha de frente de atendimento ao turista em Brasília; equipamentos de meios de hospedagem e alimentação, guias e condutores de turismo; realização de ações promocionais para estimular o espírito cívico dos brasileiros e a mobilização de instituições de ensino brasileiras para divulgação entre alunos, professores e pesquisadores.
Ler mais...
Inscreva-se para o Prêmio José Aparecido de Oliveira
Criado em 2007, o Prêmio José Aparecido de Oliveira está de volta, coordenado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec) para reconhecer trabalhos de relevância na preservação e valorização do patrimônio cultural do DF. As inscrições estão abertas até 4 de novembro. Brasília foi reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade em 1987, durante o governo de José Aparecido de Oliveira, que dá nome ao prêmio | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A premiação marca o calendário de dezembro, mês em que é celebrado, desde 1987, o aniversário do reconhecimento de Brasília como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Na edição deste ano, serão premiados os três melhores trabalhos inscritos e selecionados pela comissão de julgamento. O primeiro colocado receberá R$ 15 mil e um certificado, enquanto o segundo e o terceiro classificados terão, respectivamente, R$ 10 mil e R$ 5 mil. Oportunidade [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “A retomada dessa premiação é um esforço que traz uma satisfação muito grande para a Secretaria de Cultura e Economia Criativa”, diz o titular da Secec, Claudio Abrantes. “Estamos certos de que muitos agentes culturais da cidade esperavam por essa oportunidade de reconhecimento.” José Aparecido de Oliveira ocupou o cargo de governador do Distrito Federal entre 1985 e 1988. Durante a sua gestão em 1987, Brasília ganhou o título de Patrimônio Cultural da Humanidade. No mesmo ano, a área central da cidade foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan). Confira o edital da Secec sobre a premiação. Faça sua inscrição por meio deste link. *Com informações da Secec
Ler mais...
Ppcub será enviado à Câmara Legislativa no segundo semestre
A proposta do Projeto de Lei Complementar (PLC) sobre o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (Ppcub) deverá ser encaminhada à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) ainda no segundo semestre deste ano, caso passe por todo o rito legal ao longo dos próximos meses. A previsão foi apresentada pelo secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Vaz, durante o evento “Bate-papo sobre o Ppcub”, promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal (OAB/DF) na noite dessa segunda-feira (24). O encontro também contou com a presença do presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass. Na ocasião, Marcelo Vaz destacou que a proposta de lei está “madura e pronta para seguir os próximos passos”. Após a reunião pública promovida em novembro do ano passado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), as contribuições entregues pela sociedade foram analisadas pela equipe da pasta. Agora, a nova proposta será encaminhada para o respaldo do Iphan, com os pontos específicos que foram alterados. “Estamos na reta final para encaminhamento. O Iphan nos respondendo e, recebendo deles esse projeto de lei o quanto antes, convocamos uma audiência pública. Em seguida, submetemos ao Conplan [Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal]”, informou o secretário. “Ao seguir as formalidades legais, conseguiremos encaminhar esse projeto de lei à CLDF, no mais tardar, no segundo semestre deste ano”, garantiu. O secretário de Habitação, Marcelo Vaz, destacou que a proposta de lei está “madura e pronta para seguir os próximos passos” | Foto: Seduh/ Divulgação A proposta tem três pilares principais: a proteção do patrimônio urbanístico e arquitetônico de Brasília; o uso e ocupação do solo; e os planos, programas e projetos para o futuro da capital. “O Ppcub vem no sentido de tornar mais claras as normas, trazer segurança jurídica e prezar pela preservação. Mas a preservação não é um engessamento. É exatamente conciliar os anseios da população com a necessidade da cidade de crescimento”, ressaltou Vaz. Na mesma linha de raciocínio, o presidente do Iphan reforçou a importância de Brasília ser, além de preservada, projetada para o futuro. Para ele, o tombamento incentiva setores como o turismo cívico, de eventos e educação patrimonial. “Nosso papel é mostrar para a população que ser patrimônio mundial não é entrave para o desenvolvimento. Muito pelo contrário, é uma grande oportunidade”, afirmou Leandro Grass. Setor Comercial Sul [Olho texto=”“É um projeto que vem sendo elaborado há, pelo menos, 12 anos, com a realização de várias audiências públicas e muita discussão com a sociedade”” assinatura=”Marcelo Vaz, secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O debate também abordou a necessidade de um projeto de lei para ampliar os usos e atividades do Setor Comercial Sul (SCS). A pedido de entidades como a Federação do Comércio do Distrito Federal (Fecomércio-DF), o texto sobre a área acabou sendo destacado do Ppcub. “Tinha um clamor da sociedade, e não só do comércio, para diversificar as atividades do SCS porque, com isso, se traz movimento ao centro da cidade, segurança, emprego e renda. Naquele momento, entendemos que era necessário antecipar esse debate, porque a discussão com o Ppcub era muito maior. Ao destacar um ponto específico que é necessário, urgente e já há consenso, avançamos”, explicou Marcelo Vaz. Também presente no evento, a secretária-executiva de Gestão e Planejamento do Território da Seduh, Janaína Vieira, pontuou que, além da ampliação dos usos do SCS, o Governo do Distrito Federal (GDF) queria reformar todo o setor, com projetos de requalificação, criação de novos estacionamentos, melhoria das calçadas e praças. “Era um projeto casado, não somente da ampliação dos usos, mas também de requalificação urbana, porque o setor todo pedia por isso. Foi algo conjunto, o que levou a destacar o projeto do Setor Comercial Sul do Ppcub”, comentou Janaína Vieira. “Com o SCS, todo mundo comemorou”, elogiou o presidente da Comissão de Direito Urbanístico e Regularização Fundiária da OAB/DF, Leonardo Serra, mediador do evento. “Essa ampliação só está trazendo legalidade a uma prática que estava ocorrendo lá dentro, com várias atividades que já são exercidas lá”, complementou. Etapas Depois de anos em discussão, a proposta do Ppcub passou pelo crivo do Iphan-DF. Isso porque foi construída dentro dos limites da Portaria n° 166/2016 do instituto, usada inclusive como referência na elaboração do projeto de lei. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Além disso, foi debatida por seis meses com as entidades civis e do governo que integram a Câmara Temática do PPCUB, criada pelo plenário do Conplan a pedido dos seus conselheiros. “É um projeto que vem sendo elaborado há, pelo menos, 12 anos, com a realização de várias audiências públicas e muita discussão com a sociedade. Já chegamos em um modelo bem maduro e analisado pelo Iphan em duas oportunidades. Estamos prontos para seguir em frente”, destacou Marcelo Vaz. *Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh)
Ler mais...
Regiões administrativas terão mapas com locais preferidos da população
Brasília, 21 de agosto de 2022 – Considerada Patrimônio Cultural da Humanidade, desde 2013, a capital federal tem um evento específico no calendário oficial para celebrar o título. As Jornadas do Patrimônio estão previstas na Lei nº 5.080/2013. Com programação gratuita, a edição deste ano teve início no dia 11 deste mês e segue até o dia 31 com oficinas presenciais e encontros online. Sob o tema “Territórios afetivos: história, representação e contradições nas cidades do DF”, a conferência propõe um olhar diferenciado às dimensões patrimoniais de Brasília, levando em consideração a multiplicidade territorial encontrada nas regiões administrativas. Até por isso, o evento tem atividades em três regiões administrativas (RAs): Brazlândia, Guará e Ceilândia. A primeira atividade itinerante foi realizada na Coordenação Regional de Ensino de Brazlândia, no dia 11 deste mês | Foto: Secec A estreia foi com as atividades itinerantes, que consistem em oficinas para dar apoio técnico pedagógico aos profissionais da educação e criar um mapa afetivo com referências culturais das regiões administrativas do DF. A primeira ocorreu na Coordenação Regional de Ensino (CRE) de Brazlândia, no dia 11. As próximas serão nas CREs do Guará, no dia 23, e de Ceilândia, no dia 25. Ao todo, são 30 vagas em cursos de três horas em dois turnos – às 9h e às 14h. As inscrições são feitas via formulário. “Estamos priorizando muito as RAs para descentralizar a informação. Estamos levando conhecimento e também ouvindo para gerar conhecimento novo. Essa é a nossa proposta”, afirma o assessor especial da Subsecretaria do Patrimônio Cultural (Supac) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), Felipe Ramón. Educação Para a chefe da Unidade de Educação Básica de Ceilândia, Fabricia Estevão, as oficinas têm um papel importante para os professores por trabalharem na prática os territórios afetivos das cidades. “É uma oportunidade de relembrar esse patrimônio histórico; não só falar dele, mas sentir-se pertencente ao espaço e debatê-lo”, afirma. Como o Dia do Patrimônio Cultural também faz parte do calendário escolar, é mais uma chance para os profissionais se capacitarem para tratar do assunto em sala de aula. “Os professores já fazem esse trabalho de preservação e valorização do patrimônio para que os estudantes se sintam pertencentes. Ao mesmo tempo que muitos se identificam com a nossa história, alguns não conhecem. Nós temos tantas culturas: o São João, a Casa do Cantador e a Biblioteca Pública”, complementa Fabricia. Encontros online Nos dias 29 e 31 ocorrem os encontros em formato remoto e em dois turnos, às 10h e às 14h30, no canal da Subsecretaria de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (Eape), da Secretaria de Educação (SEE). Estão previstas as participações de especialistas da Universidade de Brasília (UnB), do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), da Universidade Federal de Goiás (UFG), do Instituto Brasília Ambiental, da SEE e da Secec. Jornadas do Patrimônio é uma realização das secretarias de Cultura e Economia Criativa e de Educação em parceria com a Superintendência do Iphan no Distrito Federal, do Instituto Brasileiro de Museus e da Câmara Legislativa do Distrito Federal. Programação Jornadas do Patrimônio Online – Canal do Eape 29/8 10h – “Territórios afetivos: Outras Brasílias e suas contribuições”. Com apresentação de Cristiane Portela (HIS/UnB) e mediação de Thiago Perpétuo (Iphan) 14h30 – “Territórios afetivos: Escolas do DF”. Com apresentação de Luiz Olivieri (UFG) e mediação de Renata Azambuja (SEEDF) 31/8 10h – “Territórios afetivos: Histórias negras nas cidades do DF”. Com apresentação de Ana Flávia Magalhães (HIS/UnB) e mediação de Rosinaldo Barbosa da Silva (SEE) 14h30 – “Territórios afetivos: Grafite e as representações das cidades do DF”. Com apresentação de Renata Almendra (Brasília Ambiental) e Nzinga (artista do grafite) e mediação de Danilo Rebouças (Secec) Presencial – Coordenação Regional de Ensino 11/8, às 9h e 14h – CRE de Brazlândia 23/8, às 9h e 14h – CRE do Guará 25/8, às 9h e 14h – CRE de Ceilândia.
Ler mais...
Depois de anos de espera, GDF avança com o PPCub
[Olho texto=”“O PPCub tem uma grande importância para o desenvolvimento do Distrito Federal. Envolve vários aspectos, e combinamos essa reunião pela necessidade de ter todos os partícipes juntos nessa missão, que será a aprovação desse plano”” assinatura=”Governador Ibaneis Rocha” esquerda_direita_centro=”direita”] O Governo do Distrito Federal (GDF) recebeu do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Distrito Federal (Iphan-DF) o parecer técnico com a análise final sobre o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCub). O documento define as regras de uso e ocupação da área tombada na capital federal, esclarece as diretrizes e a regulamentação de preservação de Brasília como Patrimônio Cultural da Humanidade. No parecer, o Iphan-DF faz elogios à minuta do PPCub, elaborada pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh). Também destaca algumas soluções trazidas pela pasta e faz recomendações ao texto. Desde o início do processo de discussões sobre o plano, há cerca de 10 anos, o Iphan-DF tem dado contribuições técnicas. A partir do parecer técnico com a análise final do Iphan-DF, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação fará a análise sobre as regras do uso e a ocupação da área tombada de Brasília e dará os encaminhamentos até o envio do plano à CLDF | Fotos: Lúcio Bernardo Jr A entrega do parecer ocorreu, nesta terça-feira (21), em reunião no Salão Nobre do Palácio do Buriti e contou com a presença de representantes do GDF, do instituto, além de deputados distritais e federais. Na ocasião, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, recebeu em mãos o parecer técnico do superintendente do Iphan-DF, Saulo Diniz. [Olho texto=”“A partir de hoje, escreveremos uma nova história no DF. No passado, chegaram várias bolas quadradas em relação a esse assunto. Nos debruçamos e analisamos mais de mil folhas de documento para poder fazer a nossa contribuição ao GDF”” assinatura=”Saulo Diniz, superintendente do Iphan-DF” esquerda_direita_centro=”direita”] “O PPCub tem uma grande importância para o desenvolvimento do Distrito Federal. Envolve vários aspectos, e combinamos essa reunião pela necessidade de ter todos os partícipes juntos nessa missão, que será a aprovação desse plano”, afirmou Ibaneis Rocha. O superintendente ressaltou a parceria com o GDF e mencionou a expectativa de anos para a entrega do PPCub. “A partir de hoje, escreveremos uma nova história no DF. No passado, chegaram várias bolas quadradas em relação a esse assunto. Nos debruçamos e analisamos mais de mil folhas de documento para poder fazer a nossa contribuição ao GDF”, comentou Saulo Diniz. Em seguida, o governador passou o documento ao secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Mateus Oliveira, cuja pasta será responsável por fazer toda a análise das sugestões do Iphan-DF e dar os devidos encaminhamentos ao PPCub. “Esse momento representa a conclusão de uma etapa importante. Ao longo dos últimos anos, chegamos a uma proposta que foi analisada e recebe esse parecer, que considero como um sinal verde”, declarou Mateus Oliveira. “Daqui para frente, a bola está com a Seduh. Passaremos os próximos meses ajustando essa proposta. O próximo passo será seguir para audiência pública, aprovação no Conplan e, em seguida, encaminhar à Câmara Legislativa”, ressaltou. Recomendações Ao todo, o Iphan-DF apontou no parecer técnico 19 recomendações para a minuta do PPCub se adequar com a legislação federal de preservação, além de sugestões de aperfeiçoamento e indicações de itens para estudo e regulamentação futuras. [Olho texto=”“Quatro projetos de lei da área tombada, idealizados pela gestão do governador Ibaneis Rocha, aprovados pelo Iphan e pela CLDF. Isso é reflexo desse trabalho de muita sinergia e muito alinhamento técnico”” assinatura=”Mateus de Oliveira, secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “São 19 pontos com observações e considerações, muitas das quais já fizemos uma rápida avaliação e entendemos que são questões simples a serem esclarecidas ou retificadas, conforme o caso”, comentou o titular da Seduh. O secretário destacou alguns pontos em que ainda será necessário um debate mais abrangente. Entre eles, a diversificação de usos para a concessão do Autódromo Internacional de Brasília, a altura dos prédios na quadra 901 da Asa Norte e a proibição de uma rede elétrica do tipo aérea, chamada catenária, na operação de um futuro Veículo Leve sob Trilhos (VLT) na W3. Quanto ao programa Viva Centro!, que traça as diretrizes para a revitalização do Setor Comercial Sul (SCS) com a proposta de moradias no local, o Iphan-DF manteve o mesmo entendimento sobre a necessidade de aprofundar os estudos sobre o assunto. Além de destacar a exigência de uma lei específica para a instituição do programa. Sinergia Mateus Oliveira aproveitou o momento para pontuar o trabalho conjunto da Seduh com o Iphan-DF ao longo desta gestão, que resultou em grandes conquistas para o Distrito Federal. “Quero ressaltar a parceria com o Iphan e o fato de termos avançado nesses três anos como nunca tínhamos avançado antes”, destacou. Na ocasião, o secretário lembrou-se de quatro projetos de lei complementar (PLCs) de iniciativa do Executivo que tiveram o aval do instituto e foram aprovados na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Eles tratavam da segurança jurídica com a extensão de uso para comércios no Setor de Indústrias Gráficas (SIG), conhecida como a Lei do SIG, a criação de novos lotes para equipamentos culturais no lado oeste do Eixo Monumental, a revisão da lei de concessão do uso para área pública nos comércios da Asa Sul, mais conhecidos como puxadinhos, e a definição dos parâmetros urbanísticos para a instalação de um museu tecnológico no lote onde fica o antigo Edifício Touring. “Quatro projetos de lei da área tombada, idealizados pela gestão do governador Ibaneis Rocha, aprovados pelo Iphan e pela CLDF. Isso é reflexo desse trabalho de muita sinergia e muito alinhamento técnico”, avaliou Mateus Oliveira. “Com muita habilidade, criamos essa sinergia entre o Iphan e o GDF. Conseguimos derrubar barreiras”, confirmou o superintendente Saulo Diniz. “Sempre digo que antes de Brasília ser tombada pelo Iphan, foi tombada pelo GDF. Então, a responsabilidade é de ambos”, completou. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Presente na reunião, o presidente da Comissão de Assuntos Fundiários (CAF) da CLDF, Cláudio Abrantes, citou a importância de os projetos de lei elaborados pelo Executivo serem aprovados na casa e a urgência em seguir com o andamento do PPCub, até chegar à votação na Câmara Legislativa. “Estaremos à disposição para contribuir”, ressaltou. Também compareceram na reunião os secretários de Governo, José Humberto Pires; de Educação, Hélvia Paranaguá; de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues; a secretária executiva de Planejamento e Preservação da Seduh, Giselle Moll; o presidente da Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap), Izídio Santos; e a deputada federal Bia Kicis. *Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação do DF
Ler mais...
Imagens de Brasília brilham no Google Arts & Culture
[Olho texto=”“O Museu Nacional da República e o acervo representam uma parte da relação entre arte e arquitetura que está na base da construção e concepção de Brasília. É muito importante que ferramentas tecnológicas como o Google Arts & Culture deem essa visibilidade internacional”” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”direita”] A coleção Brasília: um Sonho Construído apresenta um passeio imersivo pelo passado e presente da capital desenhada por Oscar Niemeyer e planejada por Lúcio Costa, por meio de 90 exposições virtuais com cerca de 4.000 imagens históricas, além de 200 obras de arte digitalizadas em alta resolução, tours virtuais em 360° pelos principais museus da cidade e recursos educativos para pais e professores. “O Museu Nacional da República e o acervo representam uma parte da relação entre arte e arquitetura que está na base da construção e concepção de Brasília. É muito importante que ferramentas tecnológicas como o Google Arts & Culture deem essa visibilidade internacional”, destaca o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. Além da curadoria do Museu Nacional da República, a mostra teve colaboração do Arquivo Público do Distrito Federal, Instituto de Arquitetos do Brasil, Museu da Câmara dos Deputados, Supremo Tribunal Federal e outras 15 organizações sediadas em Brasília. O secretário Bartolomeu Rodrigues comemora o lançamento da coleção que universaliza a arte e a cultura de Brasília | Fotos: Divulgação/Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF “Agora, por meio do projeto Google Arts & Culture, será possível fazer uma visita virtual ao museu e isso poderá servir de incentivo à pesquisa, à fruição, ao cuidado e ao sentimento de pertencimento a quem ainda não conhece presencialmente e está distante fisicamente desse espaço cultural”, aponta a diretora do Museu Nacional da República, Sara Seilert. Considerada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco desde 1987, Brasília é a primeira cidade da América Latina a ter uma exposição dedicada no Google Arts & Culture, seguindo os passos de outras grandes cidades também reconhecidas por sua riqueza cultural, como Parma, na Itália, Pittsburgh e Milwaukee, nos EUA, e Lagos, na Nigéria. “Seu plano urbano ousado, a efervescência da sua cena artística e os traços modernos marcantes da capital do Brasil, um dos marcos arquitetônicos mais importantes do planeta, estão, agora, acessíveis para amantes da cultura no mundo inteiro que queiram conhecer ou descobrir em um só lugar os tesouros que fazem dessa cidade um incrível museu a céu aberto”, diz Luisella Mazza, diretora global de operações do Google Arts & Culture. Buffalo e os Siouxies, de Alice Lara, está entre as imagens de mais de 200 obras de Brasília: um Sonho Construído Para além do Museu Nacional, é possível visitar outros espaços da Secretaria de Cultural e Economia Criativa (Secec), como as bibliotecas Nacional e Pública de Brasília, Complexo Cultural Samambaia e Memorial dos Povos Indígenas. A vida cultural das regiões administrativas (RAs) também está disponível no Google Arts & Culture. Viagem aos museus A experiência pela capital federal também reserva espaço para museus cujo trabalho é preservar a arte e o patrimônio da cidade e do Brasil, do Museu Nacional da República à Fundação Athos Bulcão, passando pelo acervo de arte da Câmara dos Deputados. Graças à tecnologia de Art Camera, imagens de mais de 200 obras de artes foram capturadas em ultrarresolução, possibilitando uma visão mais detalhada da técnica de cada artista. Entre elas estão Buffalo e os Siouxies, de Alice Lara, e Paisagem nº 9, de Lucia Laguna, ambas expostas no Museu Nacional da República, cujo acervo on-line também conta com outras 100 obras de arte digitalizadas, de artistas modernistas e contemporâneos. Por meio de imagens do Google Street View, os visitantes percorrem os corredores de seis museus da capital por meio de tours virtuais em 360°, entre eles o Museu de Valores, o Centro Cultural dos Três Poderes e também o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF). As mentes da capital A coleção traz uma seção dedicada ao pioneirismo e trabalho do arquiteto Oscar Niemeyer, uma das mentes por trás da construção da cidade. Entre suas obras está a Catedral Metropolitana de Brasília, que ganhou uma versão em 3D e pode ser vista em realidade aumentada, permitindo projetar o monumento e interagir com ele pelo celular de onde estiver. O Museu Nacional da República abriga acervo que conta com mais de 100 obras de arte digitalizadas, de artistas modernistas e contemporâneos Ainda, é possível conhecer as criações de Niemeyer em ângulos pouco convencionais na seção “Brasília vista de Cima”, proposta pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), com imagens aéreas inéditas de paisagens, jardins, parques e prédios icônicos do Plano Piloto, sendo possível ver as escalas urbanas que definem as identidades arquitetônicas e culturais de Brasília. Brasília antes de Brasília Além da série de imagens da construção da capital, um dos destaques da exposição virtual é a seção com registros históricos do Arquivo Público do Distrito Federal, que apresenta eventos fundamentais para o surgimento da cidade. Entre eles estão as trajetórias dos trabalhadores e trabalhadoras que chegaram ao centro do país para construir a cidade. Cada história é contada a partir das cartas enviadas às famílias, nas mais distantes regiões, com relatos emocionantes sobre os dias em que Brasília saía do papel e se tornava realidade. Os documentos podem ser lidos ou ouvidos em uma das experiências mais marcantes da mostra. Sobre o Google Arts & Culture [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Desde 2011, o Google Arts & Culture vem ajudando instituições culturais a disponibilizar seus acervos e patrimônios no mundo digital, com o objetivo de dar acesso ao conhecimento e tesouros da arte para as pessoas em qualquer lugar do mundo. A plataforma dá acesso às coleções de mais de 2.000 museus em mais de 80 países. É uma forma imersiva de explorar a arte, a história e as maravilhas do mundo, como as pinturas da casa de Van Gogh e o Taj Mahal. O site é gratuito e está disponível nesse link ou por meio do aplicativo disponível nas lojas de app IOS e Android. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF
Ler mais...
Formas e cores de Brasília são tema de debate
Os renomados Darlan Rosa e Ralfe Braga debatem aspectos da cidade com a secretária de Turismo, Vanessa Mendonça | Arte: Divulgação/Setur Patrimônio Cultural da Humanidade, Brasília já nasceu moderna, quando, por obra de Oscar Niemeyer, o concreto – material preferido do arquiteto – ganhou curvas e leveza, e, pelas mãos de outros renomados artistas, o cinza típico que marca as construções da cidade ganhou cores e contrastes. É essa beleza que a Secretaria de Turismo (Setur) traz para o debate da série Prosa Criativa desta quinta-feira (15). O encontro virtual ocorre às 20h, pelas redes sociais da Setur. O design nas formas e cores da capital é o tema desta edição, que tem como convidados o pintor, escultor, desenhista e programador visual Darlan Rosa e o artista plástico Ralfe Braga. A série faz parte da programação do Outubro Criativo, ação da Setur que prevê uma série de atividades durante este mês para celebrar os três anos do reconhecimento mundial de Brasília como Cidade Criativa do Design. Os convidados Darlan Rosa chegou a Brasília em 1967. Mineiro de Coromandel, ele sempre viu na capital federal uma grande vocação para a escultura, com amplos espaços gramados e arborizados. “O desenho das minhas esculturas parte do diálogo com a arquitetura da cidade”, conta. “Elas são vazadas para capturar a paisagem e colocá-la como parte da obra”. Criador do personagem Zé Gotinha – símbolo de uma campanha muito bem-sucedida de vacinação contra poliomielite, sarampo e rubéola – e autor de mais de 40 obras espalhadas pela cidade, Rosa também marca presença com seus trabalhos em nove países – Alemanha, Canadá, Cuba, El Salvador, França, Jordânia, Moçambique, Estados Unidos e Palestina. “Eu sempre ouço dos brasileiros que por lá passam: ‘essas são as esferas de Brasília’”, conta, lembrando a referência aos formatos geométricos de Brasília destacados em sua arte. “E eu tenho muito orgulho de saber que meu trabalho lembra a cidade”. Já Ralfe Braga, amapaense, desembarcou na cidade aos 17 ano, em 1976, com o sonho de conhecer a capital federal. Hoje, radicado e apaixonado confesso por Brasília, ele tem aqui uma fonte de inspiração. “Tem uma frase que eu gosto de repetir que é a seguinte: mentes tão geniais como as de JK, Lucio Costa e Oscar Niemeyer nos legaram Brasília e seu entorno, como uma imensa tela branca que pintamos todos os dias”, exalta. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] * Com informações da Setur
Ler mais...