Resultados da pesquisa

Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)

Thumbnail

Nova Epig: Projeto da obra respeita tombamento de Brasília e atende a requisitos do Iphan

O projeto de reconstrução da Estrada Parque Indústrias Gráficas (Epig) foi elaborado minuciosamente para respeitar a área tombada de Brasília e seguir as determinações do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O Governo do Distrito Federal (GDF) conseguiu destravar o empreendimento após mudanças técnicas no escopo, que, além de preservar a história da capital, também beneficiam o deslocamento dos pedestres e ciclistas. Executada pela Secretaria de Obras e Infraestrutura (SODF) com investimento de R$ 160 milhões, a nova Epig segue as diretrizes previstas na chamada “escala bucólica”. O conceito urbanístico definido por Lucio Costa durante a construção de Brasília limita a altura das estruturas erguidas em área tombada, com foco na harmonia entre os elementos urbanos e a vegetação. Para seguir a norma, o planejamento da obra estabeleceu a criação de uma rotatória e duas passagens subterrâneas em pontos específicos. A nova Epig segue as diretrizes previstas na chamada “escala bucólica”, com foco na harmonia entre os elementos urbanos e a vegetação | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília  “A equipe da SODF fez um grande trabalho junto à Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Seduh-DF) para termos o corredor exclusivo para ônibus sem afetar nenhum dos aspectos que são característicos da preservação do patrimônio de Brasília, patrimônio da humanidade”, salienta o secretário de Obras e Infraestrutura, Valter Casimiro.  “Conseguimos criar um corredor exclusivo de ônibus dando mais velocidade ao transporte público e trazendo esse conforto para os pedestres que precisam circular naquela região, seja do Sudoeste para o parque, vice-versa, ou mesmo nas estações do BRT, que vão estar posicionadas para fazer o deslocamento de um lado para o outro”, completa.   A rotatória fica localizada na área correspondente ao Trecho 2, entre o Sudoeste e a Octogonal. A medida evita a segregação entre os modais que poderia ser causada por um elevado. “O projeto inicial previa um viaduto ligando a Octogonal e o Sudoeste, e por baixo tinha uma trincheira que ia segregar um espaço urbano que tem muita travessia de pedestre. Com a rotatória em nível, essa travessia será simplesmente por faixa de pedestre, sem nenhum elevado ou trincheira que cause dificuldade”, explica a chefe da Assessoria de Projetos de Edificações e Urbanismo da SODF, Clebiana Silva. Já as duas passagens subterrâneas, situadas no Trecho 4, servirão para a ligação contínua entre o Parque da Cidade e o Sudoeste. Os acessos foram amplamente discutidos para assegurar acessibilidade e, principalmente, segurança para a população. Desta forma, diferentemente das estruturas do Plano Piloto, os caminhos oferecerão mais visibilidade por meio de uma estrutura sem pontos cegos e com iluminação natural. Também serão “humanizados”, com a presença de pequenos comércios e terão uma largura maior. A via terá mais visibilidade por meio de uma estrutura sem pontos cegos e com iluminação natural "As passagens subterrâneas ficarão fechadas apenas no trecho em que a pista passa por cima. As demais partes estarão abertas. Elas ficaram com aproximadamente 6 metros de largura e fizemos o uso da topografia para que a entrada e saída das passagens não ficarem como são as passagens do Plano Piloto, com ângulos retos, sem que a pessoa tenha visão de quem está entrando ou saindo. Então, quem estiver passando pela passarela, terá toda a visão da saída do lado oposto, trazendo mais segurança ao pedestre”, esclarece a chefe do setor de projetos. Silva reforça, ainda, que o projeto da nova Epig saiu do papel devido aos esforços deste GDF em entender e cumprir as determinações do Iphan. “Trata-se de um projeto desenvolvido desde a criação do PDTU, em 2011, e desde lá já vinham sendo feitas  tratativas com o Iphan. Em 2019, nós pegamos o projeto para fazer as contratações de obra e retomamos essas tratativas, identificando as exigências que o Iphan colocava. Deixamos claro na contratação integrada que essas exigências deveriam ser mitigadas de alguma forma. Fizemos uma série de estudos de tráfego para verificar outras soluções”, aponta. O projeto foi apresentado novamente neste ano, antes do início das obras, com uso de uma metodologia 3D em que a Secretaria de Obras e Infraestrutura já está avançada a nível nacional. “A visão 3D e com informações atreladas ajudou bastante na apresentação de um modo geral, para uma discussão em cima de um material mais palpável, com uma melhor visibilidade”, observa Silva. “Todo o trabalho que está sendo desenvolvido ocorre em cima de estudos de tráfego. São microssimulações em que são feitas as contagens de origem destino para verificar se a proposta está adequada, se vai gerar algum tipo de engarrafamento e se vai mitigar o que já existe.” A obra Celma Nunes: "Com a obra terminada, a gente vai ter mais tempo, mais qualidade de vida, vamos gastar menos tempo de casa para o trabalho" [LEIA_TAMBEM]Dividida em seis frentes, todas em andamento, a reconstrução da Epig vai transformar a via em um moderno corredor viário, com pistas exclusivas para ônibus e veículos de passeio. A intervenção contemplará cerca de 30 mil motoristas por dia e reduzirá em pelo menos 25 minutos o tempo de viagem dos usuários do transporte público. Os benefícios serão perceptíveis, principalmente, para quem trabalha nas cidades mais próximas ao Plano Piloto e precisa se deslocar em horários de pico. A manicure Valéria Nunes, 34, conta que leva mais de 1h para chegar ao salão, no Sudoeste. Com a obra, ela acredita que a duração do trajeto será reduzida: “Acho que a obra vai melhorar bastante a situação aqui. Tendo menos tempo no trajeto, será bom demais.” A farmacêutica Celma Nunes, 46 anos, também pondera que a rotina dos trabalhadores será beneficiada. Ela utiliza o transporte público diariamente para chegar ao Sudoeste e reconhece que os transtornos das obras são necessários para a conquista de um objetivo maior. “Ultimamente estamos tendo transtornos, mas faz parte porque é para a cidade fique melhor e nos acolha mais”, afirma. “Com a obra terminada, a gente vai ter mais tempo, mais qualidade de vida, vamos gastar menos tempo de casa para o trabalho.”  

Ler mais...

Thumbnail

Conplan aprova criação do Setor Jóquei Clube para 51,9 mil habitantes

A criação do novo bairro chamado Setor Jóquei Clube (SJC), na Região Administrativa de Vicente Pires, foi aprovada nesta quinta-feira (10) pelo Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan). A previsão é que 51,9 mil moradores ocupem até 17,3 mil apartamentos a serem construídos na região, conforme estimativa da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), proprietária do terreno e responsável pelo projeto de parcelamento do solo. O Setor Jóquei Clube tem a área total de 2.277.233,172m², localizada entre a Estrada Parque Taguatinga (EPTG) e a Via Estrutural. O objetivo do parcelamento é promover a oferta de novas áreas habitacionais com a criação de 261 lotes para moradia, comércio, serviços, indústria e uso institucional, além de dois parques urbanos, espaços para áreas verdes e equipamentos públicos, como escolas e uma nova subestação de energia. Após a aprovação no Conplan, a Terracap deverá apresentar o projeto urbanístico à Seduh para análise técnica | Foto: Terracap “Esta é a aprovação de um verdadeiro bairro planejado, seguindo todas as diretrizes estabelecidas em lei, com a previsão de toda a infraestrutura necessária, e agregando diversos usos no mesmo projeto. É o melhor caminho para ordenar o território, oferecendo lotes regulares, moradias de qualidade à população de diversas faixas de renda, e respeitando as questões ambientais”, declarou o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Vaz. “Essa é a forma mais eficaz de combater as ocupações desordenadas do território”, ressaltou. No local, serão oferecidos imóveis para diversos perfis da população. São propostos lotes de uso misto, ou seja, destinados à implantação de prédios residenciais nos andares superiores com áreas comerciais e de serviços nos andares inferiores, oferecendo atividades econômicas de abrangência tanto local quanto regional. Consultado para o projeto, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) avaliou que seria adequado ter na região edificações com variedade de alturas, mantendo como regra a altura máxima fixada em 21 metros (seis andares). O presidente da Terracap, Izidio Santos, destacou a importância de ofertar lotes regulares como fundamental para que a cidade tenha o ordenamento necessário: “Um projeto urbanístico aprovado e com o licenciamento ambiental é o que a Terracap oferece à cidade, com este belo projeto”. “Vejo que esse projeto vem complementar uma política habitacional, oferecendo áreas disponíveis para diversas faixas de renda” Ivelise Longhi, conselheira do Codese A criação do Jóquei Clube foi elogiada pela conselheira e representante do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico do Distrito Federal (Codese-DF), Ivelise Longhi. “Vejo que esse projeto vem complementar uma política habitacional, oferecendo áreas disponíveis para diversas faixas de renda”, disse Longhi. “Fico muito feliz porque estamos planejando o desenvolvimento urbano em uma área pressionada, que conta com um parque ecológico, e que está próxima de uma ocupação desordenada na Estrutural e das obras em Vicente Pires”, lembrou o secretário do Meio Ambiente, Gutemberg Gomes. “Planejar no Conplan, que é a obrigação institucional desse conselho, me deixa muito tranquilo, porque, de fato, o meio ambiente agradece”, afirmou. O relato sobre o Setor Jóquei Clube foi dividido entre o Instituto de Arquitetos do Brasil no Distrito Federal (IAB-DF) e a Secretaria de Governo (Segov-DF). Como houve divergência entre os relatos, cada um deles foi apresentado separadamente ao colegiado. Na votação, houve 30 votos favoráveis ao projeto, três contrários e uma ausência. Próximos passos Após a aprovação no Conplan, a Terracap deverá apresentar o projeto urbanístico à Seduh para análise técnica. Depois, ele será submetido à aprovação por decreto governamental. Após a conclusão desse trâmite, os lotes poderão ser registrados em cartório. Histórico A área já era considerada urbana desde o Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot) de 2009, que estabeleceu as primeiras diretrizes para o parcelamento do solo. A pedido da Terracap, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh-DF) elaborou o Estudo Territorial Urbanístico (ETU) aplicável ao local. Esse documento era necessário para viabilizar o início do processo de parcelamento do solo urbano. Além disso, em 2021 foi assinado um termo de cooperação técnica entre o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Terracap, e a Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi-DF). Pelo acordo, a associação elaborou o projeto urbanístico da região. Em contrapartida, o GDF realizará o processo de licitação pública, além de providenciar a infraestrutura e o licenciamento ambiental necessários para a construção na área. “Hoje é um grande dia para nós, trazendo ao Distrito Federal mais uma área de desenvolvimento sustentável, que beneficiará a população”, afirmou a conselheira e representante da Ademi-DF, Ana Paula Fonseca. “Somente com a oferta de áreas planejadas de forma sustentável conseguiremos coibir novas ocupações irregulares, que causam tantos danos ao meio ambiente”, ressaltou. *Com informações da Terracap

Ler mais...

Ordenar

Ordenar

Faceta do tipo

Tipo

Filtro personalizado

Faceta da marca

Marcador