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Piscicultura

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Representantes do Malawi conhecem propriedade-modelo em produção de pescado no DF

Representantes da Embaixada do Malawi visitaram a propriedade do casal Ademir e Sônia Gomes, no Setor de Chácaras do P Sul, em Ceilândia. O objetivo foi conhecer uma unidade-modelo em produção de peixes para levar ideias que possam fortalecer a cadeia do pescado no país africano. Comitiva da Embaixada do Malawi visitou propriedade-modelo de piscicultura em Ceilândia, nessa quinta (13) | Fotos: Divulgação/Emater-DF A chácara recebe acompanhamento da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal  (Emater-DF), por meio do escritório da autarquia em Ceilândia. Essa foi a segunda visita da comitiva – a primeira foi na fazenda do piscicultor Guilherme Gonçalves, no núcleo rural Ponte Alta, no Gama. O embaixador Levi Nyondo afirmou que a visita, realizada na última quinta-feira (13), foi importante para que os diplomatas pudessem conhecer de perto como a criação de peixes pode dar certo, mesmo em chácaras de menor tamanho. “No Malawi temos muita mão de obra, mas pouca expertise. Pretendemos incentivar a piscicultura no nosso país, que tem um grande potencial de crescimento”, acrescentou. Com 20 milhões de habitantes, a nação localizada na África Oriental é forte na produção de tabaco, milho e chás. “Temos mais de mil espécies de peixes, entre elas, o  chambo, da mesma família das tilápias”, informa o embaixador, que pretende levar as informações diretamente ao presidente do país, Lazarus Chakwera. De acordo com o coordenador do Programa de Aquicultura da Emater-DF, Adalmyr Borges, os malawianos se interessaram pela produção local de pescado a partir do circuito tecnológico apresentado pelos extensionistas na AgroBrasília de 2024. “Desde então, articulamos reuniões e duas visitas a propriedades locais, para demonstrar na prática como se processa a criação e comercialização dos peixes”, explicou. Com oito tanques e uma produção anual de aproximadamente 18 toneladas, Ademir e Sônia Gomes se tornaram referência na piscicultura do DF. “Antes, nós produzíamos hortaliças, mas mudamos para os peixes pois, para nós, era mais viável. Com apoio da Emater-DF, instalamos energia fotovoltaica, profissionalizamos a comercialização e temos até um tanque de ferrocimento, para fazer o manejo mais adequado dos alevinos”, relatou Ademir. “Pretendemos incentivar a piscicultura no nosso país, que tem um grande potencial de crescimento”, afirmou o embaixador do Malawi, Levi Nyondo O piscicultor contou ainda que a produção mensal varia de 1 a 1,5 tonelada. No entanto, é no período da Quaresma, os 45 dias que antecedem a Páscoa, que a lucratividade aumenta. “A Páscoa é o meu ‘Natal’, meu ‘décimo-terceiro’”, brinca Ademir. As visitas foram acompanhadas pelo assessor especial da Secretaria de Relações Internacionais do GDF, Vitor Caputo. A pasta deve intermediar um eventual acordo de cooperação técnica entre a Emater-DF e a Embaixada do Malawi no sentido de articular novas visitas entre os países e projetos de cooperação mútua. *Com informações da Emater-DF

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Curso sobre eficiência na piscicultura tem visita a propriedade modelo

O segundo módulo do curso Mão de Obra Eficiente na Piscicultura reuniu cerca de 30 produtores de diversas regiões do Distrito Federal, nesta sexta-feira (28), na propriedade do casal Ademir Gomes e Sônia Maria dos Santos Gomes, considerada uma unidade de referência em boas práticas na piscicultura pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater). O objetivo da visita à propriedade modelo em Ceilândia foi capacitar os participantes para a condução eficiente de fazendas de criação de peixes | Foto: Divulgação/ Emater-DF Na visita, os participantes conheceram o histórico da propriedade em Ceilândia que, antes de ser referência em piscicultura, trabalhava com hortaliças e tinha apenas dois tanques para peixes. “Eu fornecia para um grande supermercado, mas estava muito desgastante dar conta da demanda e as hortaliças exigiam muita mão de obra”, conta Ademir. A transição do cultivo de folhosas para a criação de peixes foi feita com a ajuda da Emater. Hoje, a família produz cerca de 10 toneladas de peixe por ano. Segundo Adalmyr Borges, responsável pelo programa de Aquicultura da Emater, o objetivo foi capacitar os participantes para a condução eficiente de fazendas de criação de peixes, abordando todos os aspectos, desde o planejamento da atividade, o manejo, a despesca e a comercialização. “Vimos os fundamentos sobre qualidade da água, alimentação, uso de energia elétrica e, em campo, mostramos como se aplica os conhecimentos teóricos de forma correta”, explicou Adalmyr. Durante a visita foram abordados aspectos práticos como medições para verificar o desempenho dos peixes e ajustes necessários para manter a qualidade da água. Além disso, foram demonstradas técnicas de despesca e as boas práticas para comercialização dos peixes. A produtora Iolanda de Lima, de Planaltina, tem procurado uma nova atividade para desenvolver na propriedade. “Meus irmãos já possuem produção e eu estou buscando informações de atividades que eu possa ter renda. Vir numa visita como essa é bom para ver na prática como um produtor está fazendo, mostrando do início ao fim como produzir e como comercializar o peixe no tempo certo”, relatou Iolanda. *Com informações da Emater-DF

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Agro do Quadrado: Criação de pescados bate recorde com formalização de produtores rurais

Atividade agropecuária milenar, a piscicultura tem encontrado um cenário próspero de crescimento na capital federal, detentora do terceiro maior mercado consumidor de pescados do país. Em solo brasiliense, a prática vem ganhando força especialmente entre novos produtores rurais, que contam com o apoio do Governo do Distrito Federal (GDF) para se consolidarem no ramo. “Já são mais de dez anos nessa atividade em constante crescimento, pois a demanda também é crescente e se trata de um produto de alto valor agregado e com grande apelo do consumidor local”, diz o produtor Guilherme Gonçalves | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Segundo dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater), em 2023 a produção de pescados superou impressionantes 2 mil toneladas – a maior da história da capital, representando um aumento de quase 25% em relação a 2019. Esse salto expressivo na criação reflete o potencial e a atratividade do negócio no Quadradinho. O Gama concentra mais de um quarto de toda a produção local e, em 2023, foi responsável pela criação de 555 mil kg de peixes Os números da Emater indicam que o quantitativo de produtores rurais dedicados à criação de peixes também acompanhou a tendência de crescimento da atividade. Nos últimos cinco anos, o montante de piscicultores cresceu 47,3%, saltando de 624, em 2019, para 919, no último ano. Nesse cenário de expansão, a Emater tem desempenhado papel fundamental na oferta de capacitação, suporte técnico e orientação tanto para os novos piscicultores quanto para os produtores rurais já consolidados na atividade. O presidente da Emater-DF, Cleison Duval, diz que a empresa atua para incentivar a agroindústria de pequeno porte “A empresa atua no sentido de ajudar os produtores a obterem o licenciamento ambiental e a outorga de água”, resume Adalmyr Morais Borges, coordenador do programa de aquicultura. “Também estimulamos a adoção de novas tecnologias e métodos de produção sustentáveis, utilizando-se da energia fotovoltaica e voltada para o menor consumo de água possível.” Do total de criadores, em torno de 100 comercializam regularmente a produção. Os demais produzem para a própria subsistência ou para o comércio informal. Para o presidente da Emater, Cleison Duval, um dos desafios da empresa está justamente na formalização desses piscicultores menores. “O nosso grande projeto é incentivar a agroindústria de pequeno porte. É uma preocupação nossa formalizar esses produtores para eles se inserirem no mercado formal e institucional”, afirma. A comerciante Rayane Araújo, dona de restaurante, compra pescado produzido no DF: “Por ser de um produtor local, o preço é bem mais em conta, sem falar na qualidade de ter um peixe fresco na mesa” Atualmente, são poucos os produtores locais capazes de acessar o mercado brasiliense, ainda que a capital esteja entre as unidades da Federação onde mais se consome peixe. “Queremos transformar Brasília em mais que um grande consumidor, mas um grande produtor também, formalizando todo o processo e conseguindo fechar esse ciclo. É fomento para a economia local, gerando mais empregos e renda para esses produtores”, defende o presidente. Gama lidera produção Nenhuma outra região administrativa do DF produz mais pescados que o Gama (veja a relação completa abaixo). Sozinha, a cidade concentra mais de um quarto de toda a produção local e, em 2023, foi responsável pela criação de 555 mil kg de peixes. Entre os maiores piscicultores gamenses, está Éber Maia, da Terra Mare Pescados. Arte: Agência Brasília No segmento há dez anos, o produtor é o único de todo o DF a exportar peixes para outros estados. Atualmente, ele concentra sua atividade na criação de tilápias juvenis, ou seja, em estágio de desenvolvimento. “Faço parte de um nicho específico da cadeia produtora. Eu recebo o peixe alevino, transformo em juvenil e posteriormente vendo para pesque-pagues e empresas de engorda da tilápia para abate”, detalha Maia. Os números de comercialização da criação impressionam. “Estamos vendendo uma média mensal de 240 mil juvenis. Em abril, foram 320 mil comercializados. É um mercado em crescimento, e a gente conta com todo apoio da Emater para seguir expandindo. Aqui, as visitas dos técnicos da empresa são periódicas”, continua o piscicultor. Um dos clientes de Maia está localizado a poucos quilômetros da sua propriedade, na Ponte Alta Norte, ainda no Gama. Trata-se da Piscicultura Olimpo, onde o peixe juvenil comercializado pelo produtor é engordado para ser abatido. “Além de produzir o nosso próprio juvenil, contamos com essa parceria para ampliar a nossa produção, que vem aumentando ano a ano”, afirma o proprietário, Guilherme Gonçalves. Na propriedade, os peixes juvenis são alimentados por seis meses em viveiros escavados sem revestimento e com solo natural. “Meu produto é o peixe gordo para ser vendido para frigorífico e restaurantes. Já são mais de dez anos nessa atividade em constante crescimento, pois a demanda também é crescente e se trata de um produto de alto valor agregado e com grande apelo do consumidor local”, diz. A comerciante Rayane Araújo é compradora recorrente das tilápias criadas por Gonçalves. “É um fornecedor de bastante confiança, e compramos com ele uma vez por semana”, conta. “Por ser de um produtor local, o preço é bem mais em conta, sem falar na qualidade de ter um peixe fresco na mesa. Aqui no restaurante, a tilápia frita é um dos pratos mais vendidos”.

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Inaugurado complexo que produz 30 vezes mais peixes com 90% menos de água

Com investimentos de cerca de R$ 380 mil, o Governo do Distrito Federal (GDF) inaugurou, nesta terça-feira (26), a Unidade de Experimentação de Produção Intensiva de Peixes da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). Trata-se de um sistema de inovações tecnológicas, localizado na sede da empresa, que promete transformar a rotina de quem trabalha na aquicultura. O complexo permite uma produção de 30 vezes mais peixes com 90% menos de água em relação aos sistemas convencionais de tanques escavados. O complexo é composto por tanques de criação em sistemas diferentes, produção de hortaliças em aquaponia – que promove reaproveitamento integral do efluente, evitando a descarga de resíduos no meio ambiente – e um equipamento de captação de energia solar. Com a unidade de experimentação, o objetivo é que os produtores de peixes do DF sejam capacitados sobre os benefícios de implementar o sistema tecnológico e se sintam interessados em investir nos próprios equipamentos. Secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo: “A unidade de experimentação é uma grande revolução e nós somos exemplo disso no Brasil” | Fotos: Ana Nascimento/Emater-DF “Hoje é um dia muito especial para a Emater. Estamos trabalhando na montagem dessa unidade há quase três anos. Não fizemos contratação de empresa para construir. A mão de obra foi toda dos nossos técnicos da empresa. O nosso objetivo é incentivar e promover o desenvolvimento da área rural do DF e, com essa estrutura, somada à Granja Modelo do Ipê, mostramos que estamos, de fato, preparados para alcançar o nosso objetivo de desenvolver essa cadeia produtiva”, afirmou o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. Também presente na solenidade de inauguração, o secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo, comemorou mais uma tecnologia que promete beneficiar os produtores do Distrito Federal. “Fiquei animado quando vi tudo isso aqui. A unidade de experimentação é uma grande revolução e nós somos exemplo disso no Brasil. Para nós, hoje é um dia de muita alegria”, pontuou. Ao lado do secretário de Governo, José Humberto, o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, disse: “O nosso objetivo é incentivar e promover o desenvolvimento da área rural do DF e, com essa estrutura, somada à Granja Modelo do Ipê, mostramos que estamos, de fato, preparados para alcançar o nosso objetivo de desenvolver essa cadeia produtiva” A unidade de experimentação, erguida graças ao investimento do deputado distrital Roosevelt Vilela, integra a estrutura do Centro de Formação Tecnológica e Desenvolvimento Profissional (Cefor) da Emater e vai ser útil na oferta de cursos e oficinas para aperfeiçoar o conhecimento e as técnicas dos produtores locais. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Todo o complexo está no âmbito do projeto Pró-Acqua, cujo objetivo é aproveitar o potencial de comercialização, já que Brasília é o terceiro maior consumidor de pescados no país, e buscar alternativas de viabilizar a pequena propriedade com geração de renda e emprego no campo, fixação do jovem na área rural, melhoria da qualidade de vida das famílias rurais e aquecimento da economia local. Sistema modular O complexo é composto de cinco unidades demonstrativas: energia solar e o uso de backup com baterias de lítio; um sistema de criação de peixes com recirculação de água; um de criação de peixes integrada com plantio de vegetais, com o aproveitamento dos efluentes da piscicultura, ricos em nutrientes que alimenta as hortaliças; um sistema de bioflocos, com tanques de ferrocimento; e o uso de sensores inteligentes no controle da produção, monitorando a temperatura da água, alimentação dos peixes e outros detalhes que auxiliam o empreendedor a reduzir os custos. Produção de destaque no DF [Numeralha titulo_grande=”1,8 milhão” texto=”Quantidade de toneladas de pescado produzidas em 76 hectares de área inundada somente em 2022 no DF, sendo 90% tilápias” esquerda_direita_centro=”direita”] O complexo visa aproveitar o potencial de comercialização e buscar alternativas de viabilizar a pequena propriedade com geração de renda e emprego no campo, fixação do jovem na área rural, melhoria da qualidade de vida das famílias rurais e aquecimento da economia local. Brasília é o terceiro maior consumidor de pescados no país. Somente em 2022, o DF produziu 1,8 milhão de toneladas de pescado em 76 hectares de área inundada. Desta produção, cerca de 90% é de tilápias.

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Produtores visitam propriedade modelo em curso de piscicultura

O segundo módulo do curso Mão de Obra Eficiente na Piscicultura reuniu 25 produtores das regiões do Gama e de Ceilândia, nesta quinta-feira (24), na propriedade do casal Ademir Gomes e Sônia Maria dos Santos Gomes, considerada uma unidade de referência em boas práticas na piscicultura pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). Em 2022, a Emater-DF registrou 76 hectares de área inundada no Distrito Federal, produzindo, no total, cerca de duas toneladas de pescado | Foto: Divulgação/Emater-DF Os participantes puderam conhecer o histórico da propriedade que, antes de ser referência em piscicultura, trabalhava com hortaliças e tinha apenas dois tanques para peixes. “Eu fornecia para um grande supermercado, mas estava muito desgastante dar conta da demanda e exigia muita mão de obra”, contou Ademir. A transição do cultivo de folhosas para a criação de peixes foi feita com a ajuda da Emater-DF. Hoje, Ademir, a esposa e o genro produzem cerca de 15 toneladas de peixe por ano. Durante a visita, Ademir mostrou muito do que aprendeu tanto com a Emater-DF, quanto com outros produtores. Para ele, receber visitas é sempre uma oportunidade de trocar conhecimento. “Eu ensino o que aprendi durante esses anos, mas também aprendo muito. É gratificante poder repassar o que sei”, relatou Ademir. O coordenador do Programa de Aquicultura da Emater-DF, Adalmyr Borges, explicou que a criação de peixes exige atenção a diversos detalhes técnicos. “É importante os trabalhadores e empreendedores rurais terem atenção em diversos aspectos técnicos. Neste módulo, tratamos sobre a importância da avaliação da qualidade da água, mostramos conceitos e particularidades sobre nutrição e alimentação, falamos sobre planejamento alimentar e nutricional do plantel, sobre manejo sanitário e adoção de práticas de biosseguridade, despesca, biometria, transporte de peixes, além da rotina de manejo, gerenciamento e oportunidades de negócios na atividade”, ressaltou. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Produtor na região do Gama, Cirênio Vieira Morais participou do curso com a intenção de criar peixes para consumo da família, inicialmente. “O curso foi muito bom, principalmente para quem ainda não tem experiência com a piscicultura. As chances de errar e perder dinheiro diminuem quando a gente tem conhecimento”, falou. Em 2022, a Emater-DF registrou 76 hectares de área inundada no Distrito Federal, produzindo no total cerca de duas mil toneladas de pescado. Desse total, mais de 90% é de criação de tilápias. ?A Emater-DF dá todo o apoio necessário para os piscicultores, ensinando sobre manejo adequado do pescado, alimentação dos animais, tanques mais apropriados, qualidade da água e autorizações necessárias para quem quer criar peixes. Basta procurar um dos 16 escritórios da entidade para agendar uma visita técnica. *Com informações da Emater-DF

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Produção de pescado no DF supera 1.800 toneladas por ano

O dia do produtor Ademir Gomes começa cedo. Não são nem 5h e o morador da zona rural de Ceilândia já está de pé. Com um oxímetro nas mãos, percorre os dez tanques que mantém em sua propriedade conferindo o nível de oxigênio da água. Ele aproveita para checar também a temperatura e o pH dos reservatórios. A rotina rígida garante o crescimento adequado das tilápias e piaus responsáveis pelo sustento da família. “Até 2014, a gente plantava hortaliças. Mas era um ritmo de trabalho desgastante, que exigia a contratação de muita mão de obra. Agora, com a produção de peixe, vivemos com mais qualidade de vida”, conta o produtor Ademir Gomes | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Números da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) apontam que os moradores da capital federal consomem cerca de 45 mil toneladas de peixe por ano. Os produtores locais abasteceram o mercado em 2022 com 1.881 toneladas do alimento, um crescimento de 14,9% em relação a 2019. [Olho texto=”“É uma atividade que tem crescido bastante, porque usa menos mão de obra e garante uma margem de lucro maior. Além disso, tudo o que é produzido consegue ser vendido no mercado local”” assinatura=”Adalmyr Borges, coordenador do Programa de Aquicultura da Emater” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Ademir é um dos 782 piscicultores cadastrados pela Emater, número registrado em 2022. ?“Eu, minha esposa e meu genro conseguimos produzir cerca de 15 toneladas de pescado por ano”, orgulha-se. “Até 2014, a gente plantava hortaliças. Mas era um ritmo de trabalho desgastante, que exigia a contratação de muita mão de obra. Agora, com a produção de peixe, vivemos com mais qualidade de vida. E temos mais tempo para aproveitarmos a família”, completa Ademir. ?A transição do cultivo de cheiro verde para a criação de peixes foi feita com a ajuda da Emater. Os técnicos da entidade ensinaram tudo o que Ademir precisava saber para iniciar o negócio. “Eles me ajudaram com as autorizações, explicaram sobre os tipos de ração, sobre a importância da qualidade da água…”, conta Ademir. “Nosso negócio cresce a cada ano, estamos satisfeitos”. A venda da produção de peixes no comércio local é garantida pela alta procura de pescado, segundo a Emater Entre os piscicultores de todo o Brasil, a tilápia reina como a favorita para o cultivo. No DF não é diferente. “É uma espécie que, além de ter caído no gosto do consumidor, oferece mais disponibilidade de alevinos [peixes que acabaram de sair dos ovos] e técnicas de criação mais acessíveis”, explica o coordenador do Programa de Aquicultura da entidade, Adalmyr Borges. “Pouco mais de 90% da produção local é composta por tilápia. O restante fica dividido entre piau, pacu, tambaqui e pintado”. ?Bom negócio ?O número de piscicultores na região é o maior dos últimos 12 anos. Segundo Adalmyr, a venda da produção no comércio local é garantida pela alta procura de pescado. “É uma atividade que tem crescido bastante, porque usa menos mão de obra e garante uma margem de lucro maior”, afirma Adalmyr. “Atualmente, o valor bruto do cultivo de peixes no DF chega a R$ 23 milhões por ano”, calcula o veterinário. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Apesar do crescimento de produtores, Adalmyr ressalta que ainda há muito potencial nesse setor no DF. Segundo ele, apenas 90 criadores vendem os pescados no comércio. “O restante mantém os tanques por hobbie, para pescar”, explica. ?A Emater-DF dá todo o apoio necessário para os piscicultores, ensinando sobre manejo adequado do pescado, alimentação dos animais, tanques mais apropriados, qualidade da água e autorizações necessárias para quem quer criar peixes. Basta procurar um dos 16 escritórios da entidade para agendar uma consultoria – o endereço e telefone de cada um deles estão disponíveis no site da instituição.

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Cresce em 25% a quantidade de produtores de pescado no DF

Tradicional elemento utilizado nas degustações durante a Semana Santa em substituição à carne vermelha, o peixe está em alta nesta temporada – que sinaliza um bom momento para os piscicultores. E o Distrito Federal tem registrado um aumento significativo na quantidade de produtores do pescado: de 623, em 2021, o total aferido em 2022 foi de 782 piscicultores – 25% de crescimento –, segundo dados do relatório de atividades agropecuárias da Emater. O coordenador de aquicultura da Emater, Adalmyr Borges, com os produtores Cleide Caldas e Sérgio Martins: “A grande vantagem do produtor local é o acesso a um ambiente comercial diferenciado” | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Os números demonstram que o incentivo para o fortalecimento da cadeia produtiva pelo Governo do Distrito Federal tem impulsionado o mercado local. Os programas da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri) e da Emater oferecem subsídios desde a aquisição dos alevinos, passando pela capacitação e a assistência técnica aos criadores. “O Alevinar é um programa que fomenta uma atividade que tem grande potencial na região, uma vez que a população do Distrito Federal tem um consumo mais elevado de pescados”, sinaliza o secretário-executivo de Agricultura, Rafael Bueno. “Isso é uma oportunidade para o produtor rural do DF, contribuindo para que ele tenha cada vez mais ganhos expressivos com a piscicultura e também para a diversificação da atividade agropecuária local.” afirma. Atividade promissora A piscicultura atraiu a produtora Cleide de Sousa Caldas. Investindo nessa atividade há um ano, ela e seu marido, Sérgio Martins, produzem atualmente uma média de quatro toneladas nos tanques construídos na chácara da família, no Núcleo Rural do Cariru, região do Paranoá. “Já tinha um certo interesse na atividade, e um produtor me sensibilizou para o cultivo”, conta ela . “Decidimos melhorar os tanques e, com a ajuda dos técnicos da Emater, hoje produzo e comercializo meus peixes aqui na região.” Quando optou por esse trabalho, Cleide lembra que o primeiro caminho foi procurar ajuda da empresa de assistência. “Fiz vários cursos, participei dos encontros de produtores e estou aprendendo ainda”, relata. “Quando tenho problemas aqui, por exemplo, com a água, o pessoal do governo vem me ajudar. O apoio que tive e tenho é essencial”. Coordenador de Aquicultura da Emater, Adalmyr Borges explica que a maioria do cultivo do pescado no DF se dá em pequenas propriedades rurais, sendo a comercialização feita de maneira direta para os consumidores. [Numeralha titulo_grande=”1.880 toneladas  ” texto=”Total de pescado produzido no DF em 2022 ” esquerda_direita_centro=”direita”] “A grande vantagem do produtor local é o acesso a um ambiente comercial diferenciado”, pontua o gestor. “Os peixes cultivados aqui chegam para o consumidor com um frescor maior, então os piscicultores acabam produzindo os alevinos em pequenos espaços, com menos água, porém garantindo a eles um melhor ganho com essa venda direta. Ganham o produtor e o consumidor, com um peixe de qualidade. Além disso, [a piscicultura] impulsiona a economia local.” Aumento da produção  Em 2020, o DF produziu 1.768 toneladas de pescado; em 2021, 1.816, e, em 2022, 1.880. Para incentivar a criação de peixes e capacitar produtores rurais, a Emater e a Seagri promovem com frequência cursos voltados para esse público. Técnicas de construção de viveiros, análise de transparência, temperatura e acidez da água, bem como métodos de manejo de peixes, são alguns dos ensinamentos compartilhados nesses eventos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os produtores que tenham interesse em investir ou participar dos cursos de qualificação em piscicultura podem procurar um dos 15 escritores da Emater espalhados pelo DF ou procurar a Seagri pelo e-mail getec@seagri.df.gov.br.

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GDF avança no fortalecimento da cadeia produtiva local de pescados

Foi publicada nesta semana a Portaria nº 18/2023, que regulamenta o programa Alevinar, criado pelo Decreto nº 44.222, de 10 de fevereiro de 2023. Coordenada pela Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri), a iniciativa tem como objetivo promover o desenvolvimento da cadeia produtiva de pescados no DF e contribuir com o repovoamento de espécies nativas de peixes nas bacias hidrográficas do cerrado. Para o secretário-executivo de Agricultura, Rafael Bueno, é importante o fomento à cadeia produtiva de pescados no Distrito Federal por ser uma atividade de extrema relevância do ponto de vista da geração de emprego, renda e riqueza. “O Alevinar é um programa que fomenta uma atividade que tem grande potencial na região, uma vez que a população do Distrito Federal tem um consumo mais elevado de pescados. Isso é uma oportunidade para o produtor rural do DF, contribuindo para que tenha cada vez mais ganhos expressivos com a piscicultura e também para a diversificação da atividade agropecuária local”, afirma. Entre as diretrizes do Alevinar, destacam-se a profissionalização do setor produtivo local de pescados, a verticalização da produção e comercialização de pescados, a facilitação do acesso a crédito e o incentivo tributário para todo o setor produtivo da aquicultura, além da capacitação dos envolvidos na cadeia produtiva e a difusão de tecnologias de produção aquícola sustentáveis e de alta produtividade. O programa Alevinar tem como objetivo promover o desenvolvimento da cadeia produtiva de pescados no DF e contribuir com o repovoamento de espécies nativas de peixes nas bacias hidrográficas do cerrado | Foto: Divulgação/Seagri A diretora de Políticas para o Desenvolvimento Rural da Seagri, Cláudia Gomes, avalia que a capacitação é uma das ferramentas para promover a formalização e profissionalização de muitos aquicultores. “A Seagri manterá durante todo o ano de 2023 cursos gratuitos, com atividades teóricas e práticas, realizados na Granja Modelo do Ipê, voltados à atividade de produção de pescados, bem como eventos no formato de simpósio e dia de campo, todos ministrados por excelentes profissionais e com a estrutura necessária para trazer muito conhecimento ao produtor”, informa. “Inclusive, no final de junho, realizaremos o Simpósio de Aquicultura, com foco no cooperativismo e associativismo dos produtores”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Ainda segundo a normativa publicada, no Centro de Tecnologia em Aquicultura da Granja Modelo do Ipê da Seagri deve ocorrer a produção de alevinos de espécies nativas de peixes para repovoamento das bacias hidrográficas, assim como a produção de material genético, peixes reprodutores e matrizes para distribuição pelo programa. “Com o trabalho de melhoramento genético e seleção dos peixes realizado aqui na nossa região, esperamos que em um futuro próximo tenhamos um peixe adaptado às condições locais, beneficiando os piscicultores do Distrito Federal”, avalia o gerente de Tecnologia Agropecuária da Seagri, Angelo Costa. O programa prevê o fornecimento das matrizes às estações de alevinagem, a serem localizadas em Brasília e na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride). As estações serão selecionadas por chamamento público e capacitadas para receber as matrizes para produção de alevinos. “O objetivo é estimular o desenvolvimento de mais uma atividade produtiva na cadeia de pescados, a produção de alevinos, hoje carente no DF”, esclarece Angelo Costa. “Como contrapartida, até 20% da produção de alevinos das estações de alevinagem deve ser destinada para distribuição pelo programa”. A distribuição de alevinos pelo programa será destinada preferencialmente a pequenos e médios produtores e a agricultores familiares, para as finalidades de consumo próprio ou de produção de pescado para comercialização, sendo proibida a comercialização dos alevinos recebidos. “O pescado dos produtores participantes do Alevinar terá prioridade nas aquisições institucionais da Secretaria da Agricultura. O objetivo é incluir os pequenos produtores locais no mercado formal, profissionalizando esses piscicultores e contribuindo para a verticalização da comercialização”, explica o gerente da Seagri. *Com informações da Seagri

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Termo de cooperação vai fortalecer programa de criação de peixes

Uma parceria assinada com o Governo Federal vai turbinar o programa Alevinar, de produção e manejo de tilápias, criado pela Secretaria da Agricultura (Seagri-DF). Exemplo para o Brasil com seus 583 mil alevinos produzidos na capital desde 2019 e cerca de 350 produtores cadastrados, o Alevinar agora receberá mulheres do curso Agricultura da Vida, do Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, aumentando o seu alcance. E proporcionando alternativas de renda no campo. [Olho texto=”“O Alevinar serve como modelo para o resto do país. Ele tem tido sucesso em manter o homem no campo e dar viabilidade econômica para as famílias”, pontua ” assinatura=”Candido Teles, secretário de Agricultura” esquerda_direita_centro=”direita”] O termo de compromisso foi assinado nesta quinta-feira (27) pelo secretário de Agricultura, Candido Teles; a ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Cristianne Brito, e pela secretária nacional de Aquicultura e Pesca, Andréia Ribas, na Granja Modelo do Ipê, no Park Way. O objetivo é profissionalizar cada vez mais a piscicultura tanto para fortalecer a alimentação como uma fonte de renda para pequenos e médios produtores. “O Alevinar serve como modelo para o resto do país. Ele tem tido sucesso em manter o homem no campo e dar viabilidade econômica para as famílias. Para se ter uma ideia, no DF hoje se consome cerca de 60 mil toneladas de peixe e produzimos apenas 15 mil toneladas”, pontua Candido Teles. “Hoje já temos a parceria com a Codevasf, que nos ajuda a ampliar o programa no âmbito nacional. E com essa parceria com os ministérios, isso só tende a crescer”, complementa. A partir do acordo assinado entre GDF e Governo Federal será possível profissionalizar cada vez mais a piscicultura na capital | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A ministra Cristianne Brito lembra que o Agricultura da Vida é um dos eixos do projeto Mães do Brasil, do Executivo nacional. Segundo ela, com a parceria, se aproveita o que há de melhor em cada uma das políticas públicas. “Isso significa pegar ferramentas de cada um dos programas e unir para que dê bons resultados”, opinou. “O Alevinar é reconhecido no Brasil e queremos levar autonomia financeira para a mulher e cuidar de mães também”, disse. “Estamos unidos e imbuídos em iniciativas para transformar vidas. Não é só capacitar pessoas para a piscicultura, mas focar no desenvolvimento social e econômico, no resgate de pessoas que têm dificuldades em tirar seu sustento”, destacou a secretária da pesca. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Projeto Reflorestar O projeto Reflorestar – que consiste na recomposição da vegetação local – também será beneficiado com o acordo de cooperação. “Além do nosso projeto com os alevinos que já é um sucesso, teremos mais gente envolvida nesse importante esforço de recomposição da vegetação da capital. O acordo nos ajudará muito”, observa a presidente da Emater-DF, Denise Fonseca. Seiscentos e vinte e oito produtores rurais foram beneficiados nos últimos três anos com mudas nativas doadas pela Seagri e já auxiliaram na recomposição de 689 hectares de área rural no DF, após capacitação do governo. Os termos para o cadastramento e a capacitação de novos integrantes no Alevinar e no Reflorestar serão definidos pelas pastas nas próximas semanas.

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Criadores aprendem técnicas de produção e comercialização de tilápias

A Secretaria de Agricultura (Seagri) está promovendo nesta semana, na Granja Modelo do Ipê, a terceira edição do Curso de Produção e Comercial de Tilápia. Entre os participantes há produtores interessados em diversificar culturas e donos de propriedades que veem na atividade uma nova fonte de renda. Quinze alunos participam das aulas, que vão das 8h às 12h. Entre os alunos do curso, alguns têm contato com a piscicultura pela primeira vez e outros buscam aperfeiçoar os conhecimentos | Foto: Lúcio Bernardo Jr./ Agência Brasília Em cinco dias, com carga horária de 20h/aula, são ensinadas desde técnicas de produção e construção de tanques até a comercialização e gestão do negócio. Os palestrantes são especialistas na área e foram convidados pela Seagri, Emater, Serviço Nacional de Aprendizagem (Senar) e Secretaria de Pesca do Ministério da Agricultura. No grupo que está fazendo o curso nesta semana, alguns alunos têm contato com a piscicultura pela primeira vez e outros se matricularam em busca de aperfeiçoar os conhecimentos. Arimar Rodrigues, 43 anos, diz que aprendeu “na marra” como fazer o cultivo de tilápias. Depois, o piscicultor fez alguns cursos de aperfeiçoamento. “Agora vim aqui em busca de mais conhecimento e saber se existem novidades no mercado. Esses cursos são importantes para todos, desde os que já estão no mercado até os que estão começando”, disse o piscicultor. Em cinco dias, são ensinadas desde técnicas de produção e construção de tanques até a comercialização e gestão do negócio Arimar destacou também a boa qualidade das aulas ministradas, com teoria e prática. O produtor cria tilápias há dois anos em Brazlândia e tem hoje em seu tanque 2 mil peixes, o equivalente a duas toneladas de pescado. “Nosso mercado é grande, mas ainda temos algumas deficiências, como na comercialização”. A venda hoje é feita de maneira informal, e Arimar lembrou a necessidade profissionalizar o comércio do produto. “A procura pelos cursos aumentou, principalmente por parte de pequenos produtores rurais que querem diversificar a produção. São pessoas que já têm uma atividade em suas chácaras e que, por necessitarem de água para irrigação, desejam aproveitar os reservatórios como tanques de criação de peixes”, explicou o gerente de Tecnologia Agropecuária da Seagri, Ângelo Augusto Costa. Ângelo ressaltou que o DF tem grande potencial para a produção de tilápia por dispor de água de boa qualidade na maioria das propriedades e pelo fato de o mercado ser bastante aquecido, com demanda maior que oferta. “Brasília hoje é o terceiro mercado do país em pescado, perdendo apenas para São Paulo e Rio de Janeiro”, explicou. Depois de aprender “na marra” sobre criação de tilápias, o produtor Arimar Rodrigues busca no curso mais conhecimento Segundo o técnico, são consumidas no DF 60 mil toneladas por ano de peixes de água doce e salgada e crustáceos. Considerando apenas o peixe de água doce, o consumo local é de cerca de 16 mil toneladas. Mesmo que se considere o consumo só de peixes de água doce, ainda há muito espaço para a expansão da produção local. “A nossa produção é de 2 mil toneladas por ano, e a estimativa de consumo anual é de 15 mil a 16 mil toneladas por ano no DF”, disse Ângelo. Desta forma, os criadores locais ainda podem aumentar sua produção em, no mínimo, 13 mil toneladas.

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