Oficinas de propostas para o transporte e mobilidade são concluídas em todas as regiões administrativas
A fase das oficinas de propostas para o Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU) e o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável (PMUS) foi concluída, nessa quinta-feira (4), com eventos promovidos pela Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob-DF) em todas as 35 regiões administrativas do DF. Durante três semanas, a população teve a oportunidade de debater e aprimorar as propostas elaboradas a partir do diagnóstico levantado em pesquisas de campo e contribuições populares. Nas oficinas, foram debatidos os temas relevantes para transformar a mobilidade urbana no Distrito Federal. São propostas como as Ruas Completas, que buscam promover a convivência harmônica entre pedestres, ciclistas, transporte coletivo e veículos particulares. A expansão e qualificação da Rede Cicloviária, com a criação de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, também foi debatida, assim como a adoção das chamadas Zonas 30 para aumentar a segurança viária, além da otimização dos pontos de integração entre os diferentes modais de transporte. A dinâmica das oficinas permitiu que os participantes apresentassem suas considerações, garantindo uma troca rica e democrática de ideias. Oficinas foram realizadas em todas as 35 regiões administrativas do DF | Foto: Divulgação/Semob O secretário de Transporte e Mobilidade do DF, Zeno Gonçalves, ressaltou a relevância da etapa de debates diretos com a população, lembrando que foram duas séries de oficinas, uma na fase de diagnóstico e outra para discussão das propostas para cada RA. "Em todas as regiões administrativas, recebemos contribuições importantes para a construção de um plano de mobilidade que seja realmente o espelho do que a população quer para a mobilidade urbana. Mas o processo não para por aqui, esse diálogo vai continuar nas audiências públicas, onde as propostas serão novamente debatidas com a população, antes de serem consolidadas no projeto que será encaminhado para a Câmara Legislativa", disse o secretário.[LEIA_TAMBEM] Com o encerramento das oficinas, a equipe técnica fará a sistematização das contribuições recebidas, integrando as sugestões da população às propostas já existentes. O documento será apresentado à população na terceira audiência pública, prevista para outubro. Por fim, a etapa final da elaboração do projeto ocorrerá com a redação de um Projeto de Lei do PDTU e PMUS. A proposta final será debatida na quarta audiência pública, que deverá se realizar em dezembro deste ano. *Com informações da Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob-DF)
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Novo PDTU busca adaptar transporte e mobilidade ao crescimento do DF
O Plano Diretor de Transporte Urbano do DF (PDTU) será atualizado. A autorização para que esse trabalho seja feito foi dada nesta terça-feira (9) pela vice-governadora Celina Leão. Com o novo PDTU, o Governo do Distrito Federal (GDF) busca atender as necessidades da população em relação ao transporte público e a mobilidade da capital como um todo. Representantes do LabTrans, da UFSC, participaram da assinatura da atualização do Plano Diretor de Transporte Urbano, processo que demanda recursos de R$ 7,8 milhões | Foto: Renato Alves/Agência Brasília Esse processo será executado pelo Laboratório de Transportes e Logística (LabTrans), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com previsão de conclusão para julho de 2025. O investimento é de R$ 7,8 milhões. “O usuário tem muito para falar, e a gente precisa ouvi-lo” Celina Leão, vice-governadora O PDTU é um instrumento de planejamento que define as diretrizes e estratégias para a gestão dos transportes urbanos e proposta de gestão compartilhada com os municípios do Entorno. Com essa configuração, é essencial que seja bem trabalhado e atenda as demandas da população. Pesquisas Durante o processo, que tem início em maio, serão feitas pesquisas qualitativas e quantitativas em cerca de 10 mil domicílios, avaliando a satisfação dos usuários com o transporte coletivo. Para o estudo, a população do DF é estimada em 3,1 milhões de habitantes. Também serão ouvidos moradores de 13 municípios do Entorno. Ao comentar a atualização do PDTU, Celina Leão lembrou que o GDF tem feito as obras viárias previstas no último Plano Diretor e reforçou que a capital cresceu, se tornou uma grande metrópole e deixou de ser apenas uma cidade administrativa. Além disso, ela pontuou que quem usa o transporte público deve ser o ponto central da pesquisa. “O usuário tem muito para falar, e a gente precisa ouvi-lo”, afirmou a vice-governadora. “Precisamos entender onde precisamos melhorar. Esse é um grande passo que damos hoje com esse mapeamento e essa pesquisa.” Avaliações De acordo com o secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves, as informações vão ajudar a entender padrões de deslocamentos e como a população se comporta. “A capital hoje não é a mesma de dez anos atrás”, pontuou. “O PDTU em vigor precisava ser atualizado, e tivemos um atraso por conta da pandemia. Precisamos pensar o futuro e saber como as pessoas se movimentam hoje, como o transporte é impactado”. “Não há como falar numa Brasília que queremos sem fazer planejamento” Zeno Gonçalves, secretário de Transporte e Mobilidade Para o titular da Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob), é este o momento de planejar: “Não há como falar numa Brasília que queremos, com esse transporte, tanto dos motoristas que andam de carro quanto dos usuários de ônibus, andando em harmonia, de forma minimamente com qualidade, sem fazer planejamento. Qualquer intervenção viária, tudo que a gente for fazer daqui para frente, precisa passar pelo PDTU”. Os pesquisadores do LabTrans vão levantar as condições reais de prestação dos serviços de transporte coletivo, bem como os dados para projeção de cenários futuros a serem desenvolvidos em até 15 anos. Diante dessas informações, a empresa apresentará um diagnóstico da mobilidade urbana no DF e no Entorno, com alternativas para problemas e projeções de demanda. Crescimento “De 2010 a 2022, tivemos um crescimento de aproximadamente 10% na população, mas tivemos um crescimento de 62% na motorização”, atentou o gerente técnico do Labtrans, Victor Caldeira, responsável por apresentar o projeto do PDTU aos presentes. “É uma tendência nacional, mas o DF foi fortemente impulsionado pelo seu desenvolvimento e pela sua formação estrutural. É uma tendência que tende a piorar, então a ideia é reverter esse processo dentro do possível.” A apresentação do LabTrans mostrou que o DF tinha, em 2010, uma frota de 1.245.521 veículos, número que passou para 2.2021.627 em 2022, representando um aumento de 62%. Já a população aumentou de 2.570.160 habitantes para 2.817.381 em igual período. O acordo com a empresa se deu por meio de um convênio tripartite entre a Semob, a UFSC e a Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicos (Fepese).
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