Plebe Rude faz a Sala Martins Pena vibrar em dia de homenagem ao rock brasiliense
É claro que o rock brasiliense teria espaço na programação de reabertura do Teatro Nacional Claudio Santoro. Nesta segunda-feira (23), a banda Plebe Rude subiu ao palco da Sala Martins Pena para representar o gênero no ato Hoje é Dia de Rock do projeto Viva o Teatro, que marca a reinauguração do espaço. A banda brasiliense Plebe Rude, formada nos anos 1980, encerrou o show com uma de suas canções mais conhecidas, ‘Até Quando Esperar’, e convidou o público a subir ao palco | Foto: Agência Brasília “Realmente uma honra para a Plebe Rude poder participar da reinauguração do Teatro Nacional, isso é muito importante para a cidade. E é um palco de shows memoráveis, inclusive da história do rock de Brasília”, exaltou o vocalista Philippe Seabra, acrescentando que o local foi palco do primeiro grande show do rock de Brasília, em 1966, com a banda Os Infernais, durante o Miss Brasília daquele ano. “E, desde então, o rock está no DNA do brasiliense.” A Plebe Rude, que, em 2025, comemora 40 anos do disco O Concreto Já Rachou, foi formada em Brasília no início dos anos 1980, em meio à Turma da Colina — referência à área destinada a residência de professores da Universidade de Brasília (UnB), nascedouro também da banda Aborto Elétrico, que, posteriormente daria origem ao Capital Inicial e à Legião Urbana. A banda guarda relação especial com o Teatro Nacional. Foi na sala Villa-Lobos que o grupo fez um show “espetacular, memorável” durante o retorno aos palcos, no início dos anos 2000, após um hiato. “Agora é a hora da Sala Martins Pena receber o bom e velho som da Plebe Rude”, celebrou Seabra. Os fãs da banda lotaram a Sala Martins Pena, que desde a última quarta-feira (18) tem programação especial para comemorar a reinauguração | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília O secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, Claudio Abrantes, destacou o encontro do clássico, representado pelo teatro, com o rock: “Da mesma forma que o Teatro Nacional Claudio Santoro é um patrimônio de Brasília e do Brasil, o nosso rock também é esse patrimônio. Então, nada melhor do que a gente celebrar, nada melhor do que trazer o rock para dentro dessa grande casa, desse templo da cultura do país”. Público O casal paulista Marcelo Pereira e Luciana Hitomi comemorou a oportunidade de conhecer o Teatro Nacional assistindo ao show de um grupo do qual são fãs | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Os fãs do grupo lotaram a Sala Martins Pena — que conta com 480 lugares —, fizeram coro a canções como Até Quando Esperar, Censura e A Ida, e até puxaram o grito de “olê, olê, olê, Plebe, Plebe”, e, ao final, foram convidados pela banda a invadir o palco. Os ingressos para a apresentação foram distribuídos gratuitamente, pela plataforma Sympla. “Foi muito legal ter conseguido [o ingresso] para a Plebe Rude e é muito legal estar aqui de volta. Tem dez anos que eu não moro em Brasília, mas já vim muito [ao Teatro Nacional] e é bastante emocionante voltar aqui e ver tudo de novo”, pontuou o analista de negócios João Gabriel Danelon, nascido no Distrito Federal, mas que hoje vive no interior de São Paulo. Já o casal Luciana Hitomi e Marcelo Pereira fez o caminho inverso. Paulistas, eles se mudaram para a capital federal há cerca de dois anos e ansiavam por conhecer o Teatro Nacional. Melhor ainda com um grupo do qual são fãs. “Eu estava muito na expectativa da reabertura do teatro, são dez anos fechados, e escolheram uma banda muito legal, que é uma banda muito representativa de Brasília”, apontou a servidora pública. “Por toda simbologia que o teatro tem dentro da história de Brasília, hoje consegue amarrar tudo: a Plebe Rude, com a história que ela tem com a capital, no Teatro Nacional é um evento marcante”, emendou o engenheiro de alimentos. “Tem dez anos que eu não moro em Brasília, mas já vim muito [ao Teatro Nacional] e é bastante emocionante voltar aqui e ver tudo de novo”, diz o analista de negócios João Gabriel Danelon | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília O projeto Viva o Teatro teve início na última quarta-feira (18), com um concerto da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS) em homenagem aos operários que trabalharam na reforma do espaço. Na sexta (20), a reabertura oficial contou com show da dupla Chitãozinho e Xororó, acompanhada da OSTNCS. Os dois eventos foram exclusivos para convidados. No sábado (21), o cantor Almir Sater comandou o primeiro show aberto ao público após a reinauguração do teatro. No domingo (22) foi o dia das artes cênicas, com apresentação da montagem infantil Os Saltimbancos, da Agrupação Teatral Amacaca, e com a peça Tela Plana, da Companhia de Comédia Os Melhores do Mundo. A programação terá ainda um espetáculo com diferentes tipos de dança, na quinta-feira (26). Restauro A obra de restauração do Teatro Nacional Claudio Santoro pelo Governo do Distrito Federal (GDF) teve início em dezembro de 2022, pela Sala Martins Pena e seu respectivo foyer. A viabilidade da reforma só ocorreu depois que este GDF decidiu fracionar o projeto em quatro etapas. Com investimento de R$ 70 milhões por meio da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), a primeira etapa consistiu na adequação da infraestrutura para as diretrizes atuais, bem como a recuperação da sala Martins Pena. Serão investidos R$ 315 milhões na próxima fase da obra, que teve o edital de licitação divulgado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). O projeto inclui a Sala Villa-Lobos, o Espaço Dercy Gonçalves, a Sala Alberto Nepomuceno e o foyer da Villa-Lobos.
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Rock de Brasília é destaque na Sala Martins Pena com show da banda Plebe Rude; assista!
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Plebe Rude leva rock com DNA brasiliense à Sala Martins Pena nesta segunda (23)
Espaço de multilinguagens, o Teatro Nacional Claudio Santoro foi palco, ao longo de sua história, de apresentações do rock brasiliense. O primeiro show do gênero na capital federal foi dentro do espaço cultural, em 1966, quando a banda Os Infernais se apresentou no concurso Miss Brasília. Por isso, mais do que natural que o estilo musical volte à casa na programação de reabertura da Sala Martins Pena, iniciada na semana passada. Nesta segunda-feira (23), o espaço será tomado pelo rock candango apresentado pelo grupo Plebe Rude. A última vez que a banda esteve no Teatro Nacional foi em janeiro de 2000. O retorno, após quase 25 anos, celebrará o rock de Brasília. “Vamos apresentar um show muito bonito e elegante, sem perder o ‘punch’ e a postura da Plebe. Vamos comemorar os 40 anos do disco O Concreto Já Rachou”, adianta Philippe Seabra, vocalista da Plebe Rude. O grupo Plebe Rude volta ao palco da Sala Martins Pena depois de quase 25 anos: “Vamos apresentar um show muito bonito e elegante, sem perder o ‘punch’ e a postura da Plebe”, promete o vocalista da banda, Philippe Seabra | Foto: Caru Leão “A Plebe sempre carregou a bandeira do rock de Brasília e o próprio estilo está no DNA do Teatro Nacional – tanto que o complexo cultural integra a Rota Brasília Capital do Rock com mais 41 pontos significativos na cidade, um projeto que criei junto a Secretaria de Turismo [Setur-DF]”, complementa. A programação Viva o Teatro segue na quinta (26), das 18h30 às 21h, quando a Sala Martins Pena terá apresentações de balé clássico, dança contemporânea, dança urbana e dança brincante. As apresentações são gratuitas e abertas ao público, mediante retirada de ingressos no site Sympla, de acordo com a disponibilidade. Restauro A obra de restauração teve início em dezembro de 2022 pela Sala Martins Pena e seu respectivo foyer. A viabilidade da reforma só ocorreu depois que este Governo do Distrito Federal (GDF) decidiu fracionar o projeto em quatro etapas. Com investimento de R$ 70 milhões por meio da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), a primeira etapa consistiu na adequação da infraestrutura para as diretrizes atuais, bem como a recuperação da sala Martins Pena. Serão investidos R$ 315 milhões na próxima fase da obra, que teve o edital de licitação divulgado nesta quarta-feira no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). O projeto inclui a Sala Villa-Lobos, o Espaço Dercy Gonçalves, a Sala Alberto Nepomuceno e o foyer da Villa-Lobos.
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Conheça a Rota Brasília Capital do Rock
Brasília tem sido o berço de artistas e grupos icônicos que marcaram gerações, como Legião Urbana, Capital Inicial, Plebe Rude, Raimundos e Paralamas do Sucesso. Essas são apenas algumas das muitas bandas que nasceram e prosperaram em solo brasiliense. Identificados com placas, pontos em Brasília revelam trajetórias de bandas que construíram a história do rock nacional | Foto: Divulgação/Setur-DF Em 2021 a Rota Brasília Capital do Rock foi oficializada pelo Decreto nº 42.074, assinado pelo governador Ibaneis Rocha. O estilo musical foi tombado como Patrimônio Cultural Imaterial do DF, pela Lei Distrital nº 5.615. E a rota turística da capital da República conta com mais de 40 pontos que contam parte da história do gênero musical. “A história do rock nacional está marcada, aqui, na capital do país. Brasília está repleta de lugares em que as grandes bandas construíram a história. A Rota Brasília Capital do Rock é uma vitória para a cidade e atrai visitantes apaixonados pelo gênero musical”, afirma o secretário de Turismo, Cristiano Araújo. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A Rota Brasília Capital do Rock é um trabalho da Secretaria de Turismo em conjunto com a Secretaria de Economia, Faculdade União Pioneira de Integração Social (Upis), curadoria de Philippe Seabra e produção de Tata Cavalcante. Mais informações sobre a no Rota podem ser encontradas no site da Setur-DF. *Com informações da Setur-DF
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E assim Brasília se transformou em capital do rock
[Olho texto=”“Acho que o rock de Brasília é tão importante quanto a Tropicália. (…) Não se pode falar de cultura brasileira sem falar em nossa turma”” assinatura=”Dinho Ouro Preto, vocalista do Capital Inicial” esquerda_direita_centro=”direita”] Foram três bandas. Como os três poderes da nação, elas reinaram, soberanamente, no Planalto Central entre o final dos anos 1970 e meados dos anos 1980 com canções que encantaram gerações. Juntas, Plebe Rude, Capital Inicial e Legião Urbana – os três nomes mais importantes do rock Brasília – embalaram sonhos, instaram reflexões sociais e políticas, ditaram regras de comportamento, deram asas a um imaginário local que reverberaria em todo o país. Não há como falar de música brasileira e não lembrar sucessos nacionais marcantes como Eduardo & Mônica, Faroeste Caboclo, Até Quando Esperar, Independência e tantas outras. Registro da Legião Urbana nos bastidores da sala Funarte, perto do lançamento do primeiro disco | Foto: Nick Elmoor/Pós-New Fotografia “Acho que o rock de Brasília é tão importante quanto a Tropicália. (…) Não se pode falar de cultura brasileira sem falar em nossa turma”, afirmou o vocalista do Capital Inicial, Dinho Ouro Preto, em uma entrevista publicada na revista ShowBizz em dezembro de 1998. “É rock, rock puro, rock de Brasília”, sentenciou. Os grupos tinham na formação jovens filhos de diplomatas e de altos funcionários públicos. Eram adolescentes entediados com a aparente falta do que fazer na capital, com a solidão do cerrado e certo desencanto com o Brasil. Que país era aquele afinal, no apagar das luzes do regime militar? “Considero-me a voz da geração Coca-Cola, que são os filhos da revolução. Sou um filho perfeito da revolução, por isso minha poesia não reflete nada”, desabafou o jovem Renato numa entrevista ao Correio Braziliense, em janeiro de 1980. O Capital Inicial teve seu primeiro sucesso com a faixa ‘Música Urbana’, sobre as peripécias da turma da Colina após um fim de festa no Setor de Clubes | Foto: Divulgação Tomados por um tédio bem grande e insatisfação juvenil, traçaram, ao som de Sex Pistols, Ramones e outros ícones do punk rock, rotas de convivências e afinidades cotidianas que iam do apartamento de Renato Russo, na SQS 303, passando pelos cativos points culturais da cidade na Asa Sul e na Asa Norte, como a lanchonete Food’s (110/111 Sul), mansões no Lago Norte, onde moravam os integrantes do Capital e da Plebe; o conjunto de prédios da UnB, a famosa Colina, onde a turma se encontrava para tocar e ouvir música, se divertir. [Olho texto=”“A curiosidade intelectual, a lucidez e a urgência desses jovens de Brasília colocaram a capital no mapa cultural brasileiro, mudando para sempre a música popular brasileira”” assinatura=”Philippe Seabra, líder da Plebe Rude” esquerda_direita_centro=”direita”] “(…) E nossas vidas são tão normais/você passa de noite e sempre vê/Apartamentos acesos/(…) Andando nas ruas/Pensei que podia ouvir/Alguém me chamando/Dizendo meu nome”, radiografa o cotidiano da cidade o líder da Legião Urbana na elétrica Baader-Meinhof Blues, um dos sucessos do primeiro álbum lançado em 1985. Sentimento de pertencimento Dono de bar improvisado num subsolo da quadra comercial da 407 Norte, o Cafofo, o pianista e maestro Rênio Quintas lembra da movimentação da galera no local. Sobretudo nas jovens tardes de domingo, quando deixava os punks locais tirarem um som no porão do lugar e entornar o caneco. “Eu emprestava o som pra galera – o Renato, inclusive, que tocava na (banda) Aborto Elétrico. Era uma garotada feia, magrela, que fazia um som horroroso, uma cacofonia maravilhosa e as pessoas gostavam, enchia a casa”, recorda. “Era um lugar que tinha certa magia e com uma rapaziada que sabia o que queria, tanto que chegaram longe”, avalia. O fotógrafo Nick Elmoor, autor, junto com o colega de câmera, Ricardo Junqueira, do livro de fotos Pós-New Brasília, que reúne imagens retratando a agitada cena cultural da capital entre 1981 e 1989, diz que os registros eram momentos de trabalho e prazer. “A gente fazia fotos para todos os amigos. Muitas vezes eram para divulgação, mas também só pela diversão”, garante. Uma viagem de ônibus entre a W3 Sul e a W3 Norte inspirou Philippe Seabra a compor a música ‘Brasília’, sucesso da banda Plebe Rude | Foto: Caru Leão/Divulgação Rolé por vias, viadutos, plataformas e cantos de concreto da moderna urbe, o olhar sensível, outrora realista sobre prédios, torres e parques da cidade, enfim, o cotidiano de moradores e personagens únicos tão comuns da capital. É o que trazem algumas letras confessionais e realistas de canções dessas três bandas ícones de movimento que contribuiu para construir uma identidade cultural local marcado pela rebeldia. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Um sentimento de pertencimento abraçado pela Secretaria de Turismo do Distrito Federal, ao criar, em agosto de 2021, o projeto Rota Brasília Capital do Rock, iniciativa que mapeia a história desses pontos emblemáticos do rock da cidade sob curadoria de quem entende do assunto, o guitarrista e líder da Plebe Rude Philippe Seabra. “A curiosidade intelectual, a lucidez e a urgência desses jovens de Brasília colocaram a capital no mapa cultural brasileiro, mudando para sempre a música popular brasileira”, observa o músico. “O objetivo desse projeto é aguçar a memória afetiva de muitos moradores, sendo uma verdadeira descoberta para os turistas”, constatou a ex-secretária de Turismo, Vanessa Mendonça, ao lançar a Rota Brasília Capital do Rock. Arte: Agência Brasília
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Roteiro turístico faz de Brasília um museu do rock a céu aberto
“Não quebrem nada!” Foi o pedido do dono do bar Cafofo, Rênio Quintas, a Renato Russo quando ele lhe pediu o porão do local para os ensaios da banda de punk rock Aborto Elétrico, em 1979. “Não quebraram nada e quebraram tudo!”, disse o empresário, referindo-se ao início do movimento do rock brasiliense que mudou a trajetória do estilo musical na cidade e no Brasil. A declaração foi feita durante a inauguração da primeira sinalização da Rota Brasília Capital do Rock, na manhã desta terça-feira (13), Dia Mundial do Rock, na Torre de TV. O público poderá conhecer o fato do rock ocorrido nas estações. Pelo QR Code, poderá ampliar o conteúdo no Google Earth. As placas contam a história resumida remetida ao local | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília [Olho texto=”“A galera da Colina, onde tudo começou, tinha vontade de resolver e mudar as coisas. Essa rota tem a participação de toda a história do rock, da galera que começou nos anos 60, 70 e se desenvolveu na década de 80, 90 e 2000, conta a vida de todos nós”” assinatura=”Philippe Seabra, vocalista da banda Plebe Rude” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O bar Cafofo, localizado na CLN 407, é um dos 40 pontos que compõem o roteiro, mapeados pela Secretaria de Turismo e pelo vocalista da banda Plebe Rude, Philippe Seabra. “Brasília sempre foi a Capital do Rock, mas foi preciso um novo olhar sobre a cidade e um governo de ação e integrado, que trabalha pela população, para viabilizar esse presente para a cidade, para as gerações que construíram essa história e para as gerações futuras, que poderão ver no rock um futuro profissional”, afirmou a secretária de Turismo Vanessa Mendonça. “Não sei se a gente conseguiu mudar o mundo, mas a gente conseguiu mudar o nosso mundo”, disse Philippe Seabra sobre o rock brasiliense. “A galera da Colina, onde tudo começou, tinha muita curiosidade intelectual, vontade de resolver e mudar as coisas. Tivemos uma oportunidade rara, que foi crescer junto com a cidade. Essa rota tem a participação de toda a história do rock, da galera que começou nos anos 60, 70 e se desenvolveu na década de 80, 90 e 2000, conta a vida de todos nós. Além disso, vai ajudar a relembrar aos jovens o que se pode fazer com postura, com verve, afinal o rock está ligado ao turismo de Brasília, ao turismo cívico também”, finalizou. “É uma alegria ver este projeto se materializar. Na primeira reunião de trabalho, recebemos representantes do rock, pegamos uma folha em branco e iniciamos o rascunho do projeto que hoje se concretiza”, lembrou o secretário de Economia, André Clemente, ao destacar que a criação da Rota Brasília Capital do Rock faz parte do Pro Economia – Etapa I. O pacote de 20 medidas foi lançado em maio para apoiar os setores mais afetados pela pandemia da covid-19. “O rock tem o poder de mudar, de transformar”, acrescentou o secretário André Clemente. O professor de Turismo da faculdade União Pioneira de Integração Social (Upis) Leonardo Brant destacou que teve a oportunidade de participar do projeto indicando alguns pontos do roteiro, inclusive o inaugurado na Torre de TV. “A Upis é pioneira do curso de Turismo no Centro-Oeste, um setor multifacetado, que está integrado com a cultura, com o rock, com a produção associada e, por meio do turismo, precisamos valorizar o que temos na cidade. E o rock é um produto fantástico”, falou. A inauguração da primeira sinalização da Rota Brasília Capital do Rock foi na Torre de TV, justamente no Dia Mundial do Rock | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Primeiro acorde Um show improvisado, como acontecia nos anos 80, com instrumentos no chão e muito sangue no olho, marcou o início da Rota Brasília Capital do Rock. Integrantes das bandas Distintos Filhos, Plebe Rude, Raimundos, Móveis Coloniais de Acaju, Rock Beats, Mel da Terra e Célia Porto tocaram músicas que fizeram o chão da Torre de TV tremer. O movimento do rock começou há duas ou três gerações com Os Infernais e se fortaleceu nos anos 80 e 90, com a galera da Colina. “Pude vivenciar isso e de várias formas, como amigo, participante e, do outro lado da mesa, como empresário e produtor do Porão do Rock, colocando as bandas para tocar. A Rota é a confirmação da genuinidade cultural do rock de Brasília, que nasceu debaixo dos blocos, dos pilotis. É uma coisa incrível porque ela vai manter essa história na memória”, considerou Gustavo Sá. A vocalista do Rock Beats, Daniela Firme, vê na iniciativa um incentivo para as pessoas virem a Brasília conhecer o que acontecia debaixo do bloco, nos espaços abertos, dentro do movimento musical. Segundo a artista, “a cidade tem um enorme potencial turístico a ser explorado pela música e a Setur-DF tem feito esse caminho integrado com a cultura local.” Raimundos, Detrito e outras bandas Para Digão, vocalista dos Raimundos, a Rota é uma conquista muito importante e será uma grande viagem no túnel do tempo para os amantes do rock brasiliense e do Brasil. “Brasília merecia essa iniciativa. Existe um enorme reconhecimento da cidade como a Capital do Rock”, afirmou “A polícia vinha, a gente corria, o Dinho fazia uma letra, o Renato e o Philippe faziam outras letras. O rock de Brasília sempre foi revolucionário. Em qualquer parte do mundo, a gente vê a cultura local apoiada pelo Estado e hoje a gente está vendo uma realização que tem essa integração. O poder público sempre teve os olhos fechados para o movimento cultural que se fazia na cidade. Que essa inauguração seja o marco inicial dessa representatividade para que os governos sempre trabalhem para manter viva essa música que revolucionou a cultura de Brasília e do Brasil”, considerou o vocalista do Detrito Federal, PC Cascão. [Olho texto=”“Brasília não mudou, o que mudou foi o olhar da Secretaria de Turismo sobre ela. Uma cidade só será boa para o visitante se ela for maravilhosa para o seu morador. É com esse olhar que estamos fazendo essa entrega a todos vocês. Viva o rock, viva o turismo, viva Brasília”” assinatura=”Vanessa Mendonça, secretária de Turismo” esquerda_direita_centro=”direita”] Ricardo Jatobá, vocalista da banda Capacetes do Céu, cresceu na cidade e fez parte da história do rock brasiliense. Para ele, é necessário deixar registrado pro Brasil e pro mundo que Brasília é mesmo a capital do rock. A tradição cultural, gastronômica e musical que a cidade tem hoje começou lá atrás, num momento em que não havia muita coisa para fazer. “Esse trabalho da Secretaria de Turismo, junto com o Philippe Seabra, a Secretaria de Economia e a Upis projetam esse movimento cultural.” Rota do Rock A secretária Vanessa Mendonça declarou que a concretização da Rota Brasília Capital do Rock só está sendo possível pela importância dada ao projeto pelo governador Ibaneis Rocha e pela parceria com a Secretaria de Economia e a Upis. A secretária acredita que moradores e turistas terão uma experiência única pelo olhar do estilo musical que consagrou a história da cidade e que foi tombado como Patrimônio Cultural Imaterial do DF pela Lei Distrital nº 5.615. A Rota Brasília Capital do Rock passa a integrar diversas outras rotas criadas pela Setur-DF para ajudar moradores e visitantes a conhecer melhor os atrativos da capital federal. Segue um padrão internacional de sinalização, com informações bilíngues em inglês e espanhol para atender também o turista estrangeiro. A Coleção Rotas Brasília conta, ainda, com a Rota Fora dos Eixos; do Cerrado; da Paz; Cultural; Náutica, Cívica e Arquitetônica. Essas já estão mapeadas e disponibilizadas no site da Setur-DF . [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Quando o público chegar a uma dessas estações terá a oportunidade de conhecer o fato do rock ocorrido ali, por meio de um resumo da história. Acessando um QR Code, será possível ampliar este conteúdo no Google Earth. As placas, com iconografia padrão e identificação por uma nota musical, contam a história resumida remetida àquele local. Ainda nesta semana, outras 14 placas sinalizadoras serão instaladas em locais como a Colina da UnB, Ermida Dom Bosco e Espaço Cultural Renato Russo, entre outros. “Brasília não mudou, o que mudou foi o olhar da Secretaria de Turismo sobre ela. Uma cidade só será boa para o visitante, se ela for maravilhosa para o seu morador. É com esse olhar que estamos fazendo essa entrega a todos vocês. Viva o rock, viva o turismo, viva Brasília”, definiu a secretária Vanessa Mendonça. *Com informações da Secretaria de Turismo
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GDF abre Rota Brasília Capital do Rock com Plebe Rude
Às 10h da próxima terça-feira (13), quando se comemora o Dia Mundial do Rock, o Governo do Distrito Federal (GDF) vai inaugurar a primeira placa sinalizadora da Rota Brasília Capital do Rock, na Torre de TV, com um pocket show da Plebe Rude. O evento marca o início de uma viagem no túnel do tempo do rock brasiliense para moradores e visitantes da cidade. A Rota do Rock está sendo estruturada com a sinalização de cerca de 40 pontos que marcaram a história do estilo musical na cidade. Ao final de todas as instalações, a cidade será um verdadeiro museu a céu aberto, guardando a memória do rock brasiliense e inspirando novas gerações. Torre de TV Foi na Torre de TV onde o rock alternativo e underground de Brasília – do rap ao metal – encontrou seu maior público. Foi lá também que bandas como Móveis Coloniais de Acaju e Scalene, vencedor do Grammy Latino, se consolidaram perante o público brasiliense, mantendo viva a tradição do rock da cidade. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A Torre de TV oferece uma vista panorâmica impressionante de Brasília e é um dos monumentos mais visitados da cidade. Projetado pelo arquiteto Lúcio Costa e inaugurado em 1967, o complexo conta com uma tradicional feira de artesanato e comidas típicas. Além de servir como palco para grandes shows e outras expressões culturais. *Com informações da Setur
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Brasília ganha oficialmente a Rota do Rock
Quase 40 anos depois de grandes nomes como Legião Urbana, Plebe Rude, Capital Inicial, Raimundos, Natiruts e Cássia Eller, entre outros, formarem a identidade brasiliense, a capital federal ganha oficialmente a Rota Brasília Capital do Rock. O decreto foi assinado pelo governador Ibaneis Rocha nesta quinta-feira (6), durante o lançamento do Pró-Economia, Etapa 1 – um pacote de medidas e ações para minimizar os impactos da covid-19 sobre profissionais e empresas do Distrito Federal. A Concha Acústica é um dos destaques mapeados para contar a história do rock da capital federal | Foto: Marina Gadelha/Secec [Olho texto=” “Só foi possível estruturar um projeto como esse graças à atuação integrada do nosso governo com a iniciativa privada, os acadêmicos e os músicos que carregam no DNA o melhor do rock e de Brasília” ” assinatura=”Vanessa Mendonça, secretária de Turismo” esquerda_direita_centro=”direita”] A partir de agora, moradores e turistas contarão com uma experiência única pelo olhar do estilo musical que consagrou a história da cidade tombada como Patrimônio Cultural Imaterial do DF pela Lei Distrital nº 5.615. Em trabalho conjunto com a Secretaria de Economia (Seec) e a faculdade União Pioneira de Integração Social (Upis), a Secretaria de Turismo (Setur) mapeou 37 pontos que fazem parte da história do rock brasiliense. Esse mapeamento tem curadoria de Philippe Seabra, vocalista da Plebe Rude, e produção de Tata Cavalcante. Entre os pontos sinalizados, estão o Parque Vivencial II, a SQS 104 Sul – quadra onde moravam os integrantes de Os Paralamas do Sucesso –, o Cave no Guará, onde ocorreu o primeiro show da Legião Urbana em Brasília, e o espaço onde foi realizado o evento Rock na Ciclovia, organizado pela banda Plebe Rude. Todos esses lugares poderão ser visitados virtualmente pela plataforma Google Earth. [Olho texto=” “Essa rota vai aguçar a memória afetiva de muitos moradores e será uma verdadeira descoberta para os turistas” ” assinatura=”André Clemente, secretário de Economia” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A secretária de Turismo, Vanessa Mendonça, comemora: “Agora, o segmento musical do rock como destino turístico será tratado como atração principal e com as luzes que realmente merece. Considerar esse estilo tão importante para a história da nossa capital sob a perspectiva da consolidação de um destino é uma conquista inédita e de valor estratégico para o desenvolvimento de todos os setores, em especial o do turismo. E só foi possível estruturar um projeto como esse graças à atuação integrada do nosso governo com a iniciativa privada, os acadêmicos e os músicos que carregam no DNA o melhor do rock e de Brasília”. O secretário de Economia, André Clemente, também destaca a abrangência da iniciativa. “Essa rota vai aguçar a memória afetiva de muitos moradores e será uma verdadeira descoberta para os turistas, que, ao percorrerem a rota, vão impulsionar toda a cadeia produtiva, movimentando o setor hoteleiro, o setor de transportes, restaurantes, outros segmentos e atrativos da cidade, atraindo cada vez mais turistas e consolidando a capital como destino turístico”, pontua. [Olho texto=” “A proposta da rota vai reforçar, com a nova geração, acontecimentos importantíssimos e determinantes de uma época tão efervescente” ” assinatura=”Ruy Montenegro, diretor da Upis” esquerda_direita_centro=”direita”] Para o vocalista dos Raimundos, Digão, a rota é uma conquista muito importante que será uma grande viagem no túnel do tempo para os amantes do rock brasiliense e do Brasil. “Brasília merece demais uma iniciativa como essa”, diz. “Quando tocávamos fora da cidade e até do país, sentíamos um imenso respeito do público e o reconhecimento da nossa cidade como Capital do Rock. Estamos fortalecendo e sacramentando ainda mais isso”. Vocalista do Plebe Rude, Philippe Seabra destaca que o movimento a inspirar toda uma geração foi se consolidando através do tempo. “A curiosidade intelectual, a lucidez e a urgência desses jovens de Brasília colocaram a capital no mapa cultural brasileiro, mudando para sempre a música popular brasileira”, avalia. “Com milhões de discos vendidos, filmes e documentários com milhões de espectadores, teses e doutorados dedicados às letras dessas bandas, o rock de Brasília é um alicerce da contestação e liberdade de expressão no Brasil, e isso tem que ser celebrado”. Segundo o diretor da Upis, Ruy Montenegro, ao mesmo tempo que essa ação busca sensibilizar a população para valorizar o que a cidade tem de melhor, atrai mais visitantes e enaltece a importância histórica de Brasília. “As pessoas estão esquecendo a história de um estilo musical que, mesmo com pouca estrutura, veio do entusiasmo e se fortaleceu na capital do nosso país”, afirma. “E a proposta da rota vai reforçar, com a nova geração, acontecimentos importantíssimos e determinantes de uma época tão efervescente, na qual o rock explodia e alcançava o cenário nacional”. Projeto A Rota do Rock pretende consolidar a memória desse patrimônio da cidade por meio da marcação/sinalização dos locais que são tão importantes e emblemáticos não só para o Distrito Federal, mas para todo o país. O objetivo principal é manter viva a memória do rock brasiliense e inspirar novas gerações. Nesses espaços serão realizados ainda eventos musicais no estilo do Porão do Rock, Picnik e o próprio Rock na Ciclovia, que contarão com a participação integrada entre bandas da época de ouro do rock brasiliense e os artistas da nova geração. A meta é promover ações que gerem mais visibilidade ao cenário independente local e possam incentivar a cultura e a economia local, estimulando o turismo interno. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A partir da rota central, o mapeamento feito pela Setur prevê ainda outros percursos menores e temáticos que atenderão os diversos segmentos específicos do rock, programando tempo de visitação, modais de transportes viáveis e acessíveis, além de respectivas paradas previstas para contemplação dos atrativos da cidade na presença de guias de turismo. Brasília Capital do Rock passa a integrar diversas outras rotas criadas pela Setur para ajudar moradores e visitantes a conhecerem melhor os atrativos da capital federal. A série Rotas Brasília, por exemplo, conta com as rotas Fora dos Eixos, do Cerrado, da Paz, Cultural, Náutica, Cívica e Arquitetônica, todas mapeadas e disponibilizadas no site da Setur. Experiência única Tudo começou, nos anos 1980 e 1990, com a chamada “Turma da Colina” – um grupo de jovens amigos, inspirados pelo som das bandas britânicas e das referências do punk internacional, que se reuniam no conjunto de prédios usados por professores e estudantes da Universidade de Brasília (UnB) para fazer o melhor do rock de Brasília. Ao longo desse tempo, passaram a fazer parte da história do rock nacional os encontros nas garagens do Lago Sul e Norte, nos gramados que viraram palco da boa música, nos estabelecimentos comerciais da Asa Sul e Norte, o evento Rock na Ciclovia e o som feito no Cave (Guará). São muitos lugares espalhados por Brasília que relembram o som das guitarras, as letras polêmicas e os visuais irreverentes. E é por esses espaços que os brasilienses e turistas vão poder circular e conhecer um roteiro mais que especial. A Torre de TV também ganha projeção na rota turística | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília Confira, abaixo, os 37 pontos que transformaram Brasília na Capital do Rock. 1) Ginásio Nilson Nelson 2) Concha Acústica 3) Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha 4) Centro de Convenções Ulysses Guimarães 5) Colina – UnB 6) Cine Centro São Francisco – CLS 102/103 7) Food’s – SCLS 110/111 8) Centro Comercial da QI 11 – Lago Sul 9) Centro Comercial Gilberto Salomão – QI 5, Lago Sul 10) Comércio Local da QI 9 do Lago Sul 11) Rock na Ciclovia 12) Rampa acústica do Pavilhão do Parque da Cidade 13) QG da Plebe Rude (SHIN QI 8, Conjunto 10, Lago Norte) 14) Local do surgimento dos Raimundos (SHIS QI 9, Conjunto 20, Lago Sul) 15) Brasília Rádio Center (SRTVN, Asa Norte) 16) Apartamento de Renato Russo (SQS 303, Asa Sul) 17) Bar/restaurante Beirute (CLS 109) 18) Teatro Galpãozinho (508 Sul) 19) Teatro Nacional Claudio Santoro 20) Ermida Dom Bosco 21) Escola Americana de Brasília (EAB) 22) SQS 104 Sul 23) Bar Cafofo (CLN 407) 24) ICC Norte, palco de grandes shows de rock nos anos 1980 25) Teatro de Arena (Cave) 26) Teatro Rolla Pedra 27) Radicaos 28) Estacionamento do Estádio Bezerrão (Gama) 29) Cultura Inglesa 30) Sala Funarte (Sala Cássia Eller) 31) Gate’s 32) Sesc 913 – Teatro Garagem 33) Centro Cultural Cine Itapoã 34) Galpãozinho (Gama) 35) Esplanada dos Ministérios 36) Torre de TV 37) Porão do Rock Conheça a Rota Brasi?lia Capital do Rock . *Com informações da Setur
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Cidade ganha a Rota Brasília Capital do Rock
Projeto foi lançado no Palácio do Buriti, com a presença do secretário de Economia do DF, André Clemente, e secretária de Turismo do DF, Vanessa Mendonça, além dos músicos Philippe Seabra; Kiko Peres (Natiruts); Digão (Raimundos); PC Cascão, (Detrito Federal) e Geraldo Ribeiro (Blitx 64). Foto: Divulgação/Setur-DF Famosa por revelar bandas que ganharam projeção nacional, como Legião Urbana, Plebe Rude, Raimundos, Natiruts, Capital Inicial, Detrito Federal, Maskavo e Scalene, entre outros, além de Cássia Eller, Brasília ficou conhecida no cenário musical do país como a capital do rock. Diante desse cenário cultural, a Secretaria de Turismo (Setur-DF) está estruturando a Rota Brasília Capital do Rock, projeto inédito elaborado em parceria com a faculdade União Pioneira de Integração Social (Upis) e curadoria do vocalista da Plebe Rude, Philippe Seabra. A proposta é oferecer aos moradores e visitantes uma experiência única de conhecer Brasília pelo olhar deste estilo musical já consagrado na história da cidade. A iniciativa foi lançada nessa terça-feira (23), no Salão Nobre do Palácio do Buriti, com a presença do secretário de economia do DF, André Clemente; da secretária de turismo do DF, Vanessa Mendonça; e dos músicos Philippe Seabra, da banda Plebe Rude; Kiko Peres, da banda Natiruts; Digão, dos Raimundos; PC Cascão, da Detrito Federal; e Geraldo Ribeiro, da Blitx 64. O novo projeto fortalecerá ainda mais a capital do país como destino turístico, fomentando, pela economia criativa, o desenvolvimento local, gerando mais emprego e renda. A expectativa é que a rota Brasília Capital do Rock esteja disponível no formato digital já em abril, mês em que capital completa 61 anos. “As pessoas estão esquecendo a história deste estilo musical que, mesmo com pouca estrutura, veio do entusiasmo e se fortaleceu na capital do nosso país”, avaliou Philippe Seabra | Foto: Divulgação/Setur-DF “O segmento do rock para a atração do turismo no DF sempre foi uma iniciativa a ser resgatada pela nossa secretaria. E poder estruturar este projeto de forma integrada com todo o nosso governo, iniciativa privada, academia e ao lado de músicos que escreveram e viveram de perto esse movimento com tanta energia, é a maior verdade que podemos entregar a nossa população e visitantes. Uma rota que valoriza nossa história, nosso turismo criativo e que, ao mesmo tempo, resgata a memória de grandes músicos que iniciaram suas carreiras de sucesso na nossa capital”, afirmou a secretária de Turismo, Vanessa Mendonça. “A capital do país irradia energia. A música deixa um legado e memórias, e o rock é nossa história. A música faz com que as pessoas se unam”, reforçou o secretário de Economia, André Clemente. Os músicos também destacaram a importância do projeto para valorização do rock e imagem de Brasília. “As pessoas estão esquecendo a história deste estilo musical que, mesmo com pouca estrutura, veio do entusiasmo e se fortaleceu na capital do nosso país. E a proposta da rota é mostrar a essa nova geração que coisas importantíssimas aconteciam aqui durante essa época tão efervescente, na qual o rock explodia e alcançava o cenário nacional”, avaliou Philippe Seabra. “Brasília merece uma iniciativa como esta. Quando íamos tocar fora, sentíamos o respeito do público e o reconhecimento da nossa cidade como capital do rock. Queremos fortalecer isso”, lembrou Kiko Peres, integrante da banda Natiruts. Para a estruturação da rota, a Setur-DF mapeou aproximadamente 30 pontos que fazem parte da história do Rock de Brasília. Regiões como o Parque Vivencial II, local do “Rock na Ciclovia”, no Lago Norte; e a SQS 104 Sul, quadra onde os Paralamas do Sucesso moravam; o Cave, no Guará, local do primeiro show da Legião Urbana em Brasília; e o Teatro Rolla Pedra em Taguatinga, estão entre os locais que serão visitados. Memória afetiva para muitos moradores e descoberta para os turistas, que ao percorrer a rota, acabam impulsionando toda a cadeia produtiva, seja movimentando o setor hoteleiro, utilizando os transportes, estendendo o passeio a um restaurante ou ainda conhecendo tantos outros atrativos da capital. “A rota é o início de uma ação. Ao mesmo tempo em que ela busca sensibilizar a população para valorizar o que a cidade tem de melhor, ela atrai mais visitantes impulsionando o lugar como destino turístico”, avaliou Leonardo Brant, professor de turismo da Upis. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Ao término da coletiva, os músicos subiram ao palco montado exclusivamente para a ação, seguindo todos os protocolos de segurança contra a covid-19, e agradeceram o reconhecimento do GDF da melhor forma possível: cantando seus clássicos. A rota Brasília Capital do Rock irá integrar diversas outras rotas criadas pela Setur-DF para ajudar moradores e visitantes a conhecerem melhor os atrativos da capital federal. A Coleção Rotas Brasília, por exemplo, conta com a Rota Fora dos Eixos; do Cerrado; da Paz; Cultural; Náutica, Cívica e Arquitetônica. Essas já estão mapeadas e disponibilizadas no site da secretaria. * Com informações da Setur
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Fabiana Ferraz e sua amizade sincera com a capital
[Numeralha titulo_grande=”12″ texto=”dias para os 60 anos de Brasília” esquerda_direita_centro=”centro”] Em homenagem à capital federal, formada por gente de todos os cantos, a Agência Brasília está publicando, diariamente, até 21 de abril, depoimentos de pessoas que declaram seu amor à cidade. Fabiana passou boa parte da infância e adolescência entre o Cruzeiro e a Asa Sul. Dentre os lugares que frequentava e até hoje adora estão o INL, a loja Vitamina Central e o Parque da Cidade. Foto: Arquivo pessoal Nasci em Brasília na década de 1970 e cá estou, desde então. É muito difícil definir minha cidade sem fazer alusão às suas ruas largas e arborizadas. Claro que isso, nos dias de hoje, se resume a uma pequena parte da cidade, mas porque não sonhar que esta arborização se estenda também nos dias de hoje? Lembro-me que todas as casas ou prédios tinham árvores na frente dando aquele ar de aconchego que só a natureza nos concede. Sempre adorei andar pelas avenidas de Brasília só para observar nossos frondosos ipês, flamboyants e mangueiras que brotam por toda parte. Isso sem falar de outras árvores frutíferas que estão espalhadas pela cidade, como as jaqueiras que dividem o Cruzeiro do Sudoeste e as amoreiras espalhadas pelo Parque da Cidade. [Olho texto=”Até hoje Brasília também é lembrada pelas excelentes bandas de rock e, como boa brasiliense que sou, também adoro esse estilo musical. Até hoje, por exemplo, cultivo o hábito de escutar Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Passei boa parte da minha infância e adolescência entre Cruzeiro, onde toda minha família residia, e Asa Sul onde estudava. Dentre os lugares que frequentava e até hoje adoro estão o INL, biblioteca que atualmente está em reforma na SQS 505; a loja Vitamina Central, sempre servindo sucos deliciosos e naturais; e o Parque da Cidade. E porque não lembrar também dos passeios após as aulas no ParkShopping? Até hoje Brasília também é lembrada pelas excelentes bandas de rock e, como boa brasiliense que sou, também adoro esse estilo musical. Até hoje, por exemplo, cultivo o hábito de escutar Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude. As músicas iam além de uma melodia ritmada, passavam mensagens bacanas e muitas descreviam nossa cidade, nos sentíamos representados. Tantas letras contestadoras e que ainda fazem sentido. De tempos em tempos ouço dizer que Brasília é uma cidade fria, que as pessoas não se cumprimentam e que muitos que vêm de fora não se adequam a essa aparente frigidez e ao fato de não termos esquinas. No entanto, falo com sinceridade: nós somos um povo diferente. Primeiro, porque não queremos estar sempre atrelados à política. Estamos, sim, a alguns minutos do Congresso Nacional, da Esplanada dos Ministérios, dos Tribunais Superiores e, claro, da Presidência da República, mas temos nossa identidade. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”] Somos um povo que respeita muito a privacidade alheia e, se pecamos por tal característica, fiquem tranquilos, após a amizade formada pode-se contar com ela para toda a vida. É comum a nós brasilienses encontrarmos um amigo após dez anos e começarmos a conversar como na semana passada tivéssemos almoçados juntos. Assim somos nós. Por opção pessoal decidi nunca me mudar de Brasília. Cresci, me formei, construí minha rede de amigos, minha amada família e desejo que meus filhos possam desfrutar dessa cidade também fazendo o mesmo. Como tudo na vida é cíclico, espero que voltem a dar atenção à arborização da cidade para que seu clima volte a ser como antes; que a segurança de voltar para casa de madrugada após uma festa seja frequente; que os amigos que meus filhos façam sejam eternos, assim como os meus; e que a vida econômica da cidade seja ascendente. Fabiana Kelly Ferraz, 46 anos, servidora pública, mora em Águas Claras Depoimento concedido ao jornalista Freddy Charlson
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