Rodovias do Distrito Federal ganham sinalização para direcionar visitantes às vinícolas de Brasília
O trajeto até a Rota das Uvas de Brasília começou a ser sinalizado no Distrito Federal. Dezesseis placas foram confeccionadas e serão instaladas entre a DF-001, na altura da Ponte JK, e a BR-251, no Programa de Assentamento Dirigido do Distrito Federal (PAD-DF), para orientar turistas e moradores que desejam visitar as vinícolas da cidade. Destas, oito já estão disponíveis. Vinícolas da área rural do Paranoá estão na Rota das Uvas, que, lançada em abril, é um atrativo a mais para turistas e para a população | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A sinalização foi solicitada pela Secretaria de Turismo (Setur-DF) ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF). “É um projeto para que os habitantes do DF e também quem é de fora possam conhecer os espaços, fomentando os empreendedores e a fabricação local”, define o superintendente de Operações do DER-DF, Murilo de Melo Santos. “É fundamental que as pessoas que chegam a Brasília, e até a nossa própria população, tenham essa informação” Cristiano Araújo, secretário de Turismo A iniciativa do Governo do Distrito Federal (GDF) visa facilitar o acesso dos visitantes aos vinhedos e estimular o enoturismo local. A rota turística foi lançada oficialmente em 21 de abril, no aniversário de Brasília, para incentivar a cadeia produtiva em torno da fruta. “O governo tem investido muito nessa área, desde a parte conceitual [com a criação da Rota das Uvas] até a isenção de impostos, e agora na infraestrutura, com as placas que levam até as vinícolas”, reforça o secretário de Turismo, Cristiano Araújo. “É fundamental que as pessoas que chegam a Brasília, e até a nossa própria população, tenham essa informação. É mais um apoio do governo ao setor de vinhos aqui de Brasília.” Enoturismo O ponto forte do enoturismo do DF está localizado nas vinícolas do PAD-DF, área rural do Paranoá. Por lá, os visitantes e os turistas podem conhecer a Vinícola Brasília, um conjunto de dez propriedades estruturadas que oferecem visitas, degustações guiadas e cursos, entre outros atrativos. Sinalização nas estradas: conhecer a produção de uvas e vinhos do DF ficou mais fácil | Foto: Divulgação/DER-DF Em 2022, o DF atingiu a marca de 88 hectares de área plantada de uva, o que gerou uma produção de 1.418 toneladas por parte dos 55 produtores. A meta é investir nesses números, abrindo também a cadeia turística. A fim de fortalecer as rotas do vinho de Brasília, o GDF criou, este ano, uma comissão para avaliar e definir as ações de fomento, apoio e incentivo ao enoturismo local. O decreto nº 45.434, de 19 de janeiro, estabeleceu a atuação conjunta e integrada de diversos órgãos do governo, sob coordenação da Secretaria de Governo (Segov), com objetivo de fomentar a prática na capital federal.
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Polo industrial vem aí para aquecer o agronegócio
O Governo do Distrito Federal (GDF) dá um passo inédito no desenvolvimento do agronegócio em Brasília. Com solos férteis e pouco explorados do cerrado, ricos em nutrientes para a produção de frutos e grãos, a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri) vai tirar do papel a criação do Polo Agroindustrial do Programa de Assentamento Dirigido do Distrito Federal (PAD-DF), voltado à instalação de indústrias agrícolas no DF. O polo PAD-DF fica na confluência da DF-130 com a BR-251, próximo à comunidade Café Sem Troco, na região do Paranoá. A localização, inclusive, é favorável à chegada de produtos e ao escoamento da produção. O propósito é disponibilizar áreas com potenciais de industrialização de insumos agrícolas, produção agrária – inclusive para a criação e reprodução de animais, além da manutenção de maquinários agrícolas -, potencializando a distribuição rural tanto do DF quanto de cidades vizinhas de Goiás. [Numeralha titulo_grande=”74%” texto=”do território do DF é de área rural” esquerda_direita_centro=”centro”] Espera-se com o polo fomentar a produção agrícola da região, industrializando e agregando valor a produtos in natura, que poderão ser melhor explorados, inclusive com a exportação – contribuindo, ainda, no aumento da arrecadação. O tomate produzido no DF é um exemplo: o fruto, que tem perdas no transporte e alta perecibilidade, poderá ser industrializado no polo e transformado em polpa, aumentando seu valor e poder de venda externa. O projeto tem ainda como parceiras as secretarias de Projetos Especiais, de Empreendedorismo e de Desenvolvimento Econômico. Aumento de renda Em uma área de 329 hectares – sendo que 1 hectare equivale a 10 mil metros quadrados – o PAD-DF poderá receber até 21 indústrias em lotes que variam de 2 a 27 hectares, a depender do interesse e do ramo de negócio. O projeto vai elevar o nível de renda dos produtores agrícolas, desenvolvendo programas de incentivos específicos para eles, assim como feito com o Programa Desenvolve-DF. Para o secretário de Agricultura, Cândido Teles, a criação dos polos agroindustriais é a realização de um sonho antigo do setor produtivo. “Na verdade, o que nós pretendemos é buscar investimentos para o campo e que as pessoas possam instalar suas empresas não poluentes por aqui, além de contribuir e agregar valor à produção local.” O Distrito Federal não tem estrutura de distribuição e manutenção de implementos agrícolas (maquinários), sendo necessário que agricultores recorram a cidades de Goiás para reparo de suas máquinas. O governo espera que o polo agroindustrial abrigue empresas desse porte, o que reduzirá custos que refletirão na economia na produção local. [Olho texto=”Na verdade, o que nós pretendemos é buscar investimentos para o campo e que as pessoas possam instalar suas empresas não poluentes por aqui, além de contribuir e agregar valor à produção local” assinatura=”Cândido Teles, secretário de Agricultura” esquerda_direita_centro=”centro”] Chamando os interessados No final de janeiro de 2021, o governo publicou no Diário Oficial do DF (DODF) um edital de chamamento convocando as empresas interessadas em se instalarem no polo a apresentarem propostas de negócios. Todas elas serão reguladas pelo programa Pró-Rural/DF – RIDE e terão direito à concessão de uso ou até a compra dos terrenos que ocuparem, pagando os devidos impostos. “A posição central do DF – como centro de distribuição para outros estados do Brasil – e a intenção do governo em transformar o Aeroporto Internacional Presidente Juscelino Kubitschek em um hub aeroportuário para outros países da América Latina também contam favoravelmente ao êxito do projeto”, acredita o diretor de Gestão de Parques da Secretaria de Agricultura, José Lins. O Distrito Federal tem 74% de seu território de área rural, com solo rico e potencial produtivo grande, de acordo com o secretário de Projetos Especiais Roberto de Andrade. “Atento a isso, o governador Ibaneis Rocha quer atrair empresários interessados em investir no DF, estimular o desenvolvimento de uma economia geradora de empregos e renda, e aproveitar áreas até então inóspitas”, ressalta ele. Perfil do investidor Por se tratar de um chamamento público, não há especificação do perfil nem do porte do agricultor apto a se instalar no polo PAD-DF. Um quesito, no entanto, é essencial: por se tratar de uma área com pelo menos sete nascentes, é necessário que a atividade tenha uma licença ambiental para se instalar na região. Por oferecerem riscos de contaminação do lençol freático, abatedouros de animais, por exemplo, não serão permitidos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O secretário de Empreendedorismo, Mauro da Mata afirma que modernizar as atividades agropecuárias e trabalhar com sustentabilidade e inovação fazem parte da meta de desenvolvimento rural do DF. “O que queremos é transformar de vez o setor agropecuário, fomentar a geração de emprego e renda para as comunidades rurais e atrair novas agroindústrias que complementarão essas atividades locais”, afirma.
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