População negra no DF ampliou protagonismo no mercado de trabalho em 2023
Em alusão ao Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado nesta quarta-feira (20), o Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apresentaram, nesta terça (19), os resultados do boletim anual População Negra e o Mercado de Trabalho no DF. A publicação reforça a importância de compreender o mercado de trabalho como um espaço de poder e de identidades, além de destacar a necessidade de políticas públicas que promovam igualdade de condições para a população negra. Segundo a publicação, 60,8% das pessoas ocupadas se autodeclararam pretas ou pardas | Imagem: Reprodução De acordo com o levantamento, o mercado no Distrito Federal em 2023 reforçou o protagonismo da população negra, que compõe a maior parte da força de trabalho na região. Dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-DF) mostram que 60,8% das pessoas ocupadas se autodeclararam pretas ou pardas, confirmando o papel essencial desse grupo na sustentação da economia local. Setores e rendimentos “Políticas públicas de qualificação profissional que promovam o acesso e a permanência da população negra na trajetória educacional são fundamentais para ampliar ainda mais o protagonismo da população negra no mercado de trabalho do Distrito Federal” Francisca Lucena, diretora de Estatística e Pesquisas Socioeconômicas do IPEDF Setores como construção civil, comércio e indústria de transformação lideram em participação de trabalhadores negros, com índices de 74,7%, 66,5% e 64,4%, respectivamente. Apesar disso, o setor de serviços continua sendo o principal espaço de atuação, absorvendo 71,5% dessa população, seguido pelo comércio e reparação (17,4%) e pela construção (6,1%). Os rendimentos médios reais da população negra também apresentaram crescimento, com aumento de 1,4% em relação ao ano anterior, atingindo R$ 3.569. Esse avanço foi especialmente significativo no setor privado, onde os salários com carteira assinada cresceram 4,3%, enquanto os sem carteira tiveram uma elevação ainda mais expressiva, de 14,8%. Esses números evidenciam avanços em inserções historicamente marcadas por desigualdades. Políticas públicas Desafios importantes, porém, permanecem. A taxa de desemprego da população negra atingiu 17,9% em 2023, um aumento em relação ao ano anterior. Essa taxa é superior à dos não negros, que ficou em 13,5%. Contudo, o tempo médio de busca por trabalho entre negros caiu de 12 para 11 meses, mostrando maior eficiência na recolocação desse grupo no mercado. Além disso, o boletim aponta que a população negra está mais presente em posições ocupacionais de maior vulnerabilidade, como emprego doméstico (quase 80% dos postos) e trabalho autônomo (66,8%). No entanto, o emprego no setor público ainda representa 17% das oportunidades para negros, uma área em que a presença ainda pode ser ampliada. “Ampliar o acesso da população negra a posições ocupacionais com maior remuneração e acesso a direitos trabalhistas ainda é um desafio”, reforçou a diretora de Estatística e Pesquisas Socioeconômicas do IPEDF, Francisca Lucena. “Políticas públicas de qualificação profissional que promovam o acesso e a permanência da população negra na trajetória educacional são fundamentais para ampliar ainda mais o protagonismo da população negra no mercado de trabalho do Distrito Federal.” *Com informações do IPEDF
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Boletim anual sobre mercado de trabalho e população negra será lançado nesta terça (19)
Em alusão ao Dia Nacional da Consciência Negra, o Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apresentarão, nesta terça (19), os resultados do boletim anual População Negra e o Mercado de Trabalho no DF. Publicação reúne resultados de 2023 | Foto: Divulgação/IPEDF A publicação destaca a importância de compreender o mercado de trabalho como um espaço de poder e de identidades, além de reforçar a necessidade de políticas públicas que promovam igualdade de condições para a população negra. Serviço Boletim anual População Negra e o Mercado de Trabalho no DF ⇒ Lançamento: terça-feira (19), às 10h, por este link. *Com informações do IPEDF
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Duas a cada três pessoas negras estão inseridas no mercado de trabalho
O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apresentaram, na manhã desta terça-feira (31), o boletim anual População Negra e o Mercado de Trabalho no DF – 2022, elaborado em alusão ao Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado no Brasil em 20 de novembro. O material que avalia a situação dos trabalhadores negros no Distrito Federal apontou que, em 2022, a População em Idade Ativa (PIA) era majoritariamente composta por pessoas negras (63,1%). Desse percentual, a cada três negros de 14 anos e mais, aproximadamente dois estavam inseridos no mercado de trabalho, espelhando uma taxa de participação de 66,1%, enquanto a taxa de participação dos não negros era de 61%. O boletim foi elaborado em alusão ao Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado no Brasil em 20 de novembro A força de trabalho do DF também era predominantemente negra (65%) em 2022, assim como na parcela inativa da população (59,8%), porém, em menor percentual que sua presença na PIA e no mercado de trabalho. A justificativa para a maior presença relativa dos negros na força de trabalho regional, mensurada pelas taxas de participação superiores, é a necessidade econômica de renda. No entanto, outros fatores também devem ser considerados. Na comparação com 2021, a participação negra na força de trabalho regional recuou em 1.5 ponto percentual; por outro lado, não houve alteração na presença não negra na População Economicamente Ativa (PEA). [Olho texto=”O boletim Periferia Metropolitana de Brasília (PMB) registrou 541 mil pessoas ocupadas no mês, volume superior ao observado em agosto. O resultado é graças ao acréscimo no nível de ocupação no setor de serviços” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] No período de 2022, a PEA negra contava com 16,7% de pessoas desempregadas, enquanto a taxa de desemprego da parcela não negra no mercado de trabalho era de 13,5%. Porém, essas taxas foram menores em relação às observadas em 2021, quando eram de 19,7% e 14,9%. Das características da ocupação, a análise da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) mostra maior vulnerabilidade ocupacional por trabalhadores negros. De acordo com o levantamento, entre os ocupados na capital, a participação da população negra era superlativa no emprego doméstico, onde esse segmento ocupava mais de 80% dos postos de trabalho, percentual bastante acima da sua participação na ocupação total (64,2%). Na sequência, vêm dados sobre o trabalho autônomo (69,5%) e o assalariamento com carteira assinada (68%) e sem carteira assinada (66,8%) no setor privado. A técnica e economista do Dieese Lucia Garcia explica que, apesar dos números, o resultado pode ser considerado positivo. “As desvantagens sociopolíticas enfrentadas pela população negra são funcionais do ponto de vista econômico, pois garantem que parte da sociedade trabalhe muito e se mantenha desvalorizada. Vencer essa realidade constitui um desafio nacional, e temos a tarefa de monitorar essa situação. No comparativo entre 2022 e 2021, o mercado de trabalho do DF apresentou melhoria para a população negra, que reduziu a presença no desemprego. Além disto, o rendimento da população negra ocupada cresceu. Os passos dados são ainda insuficientes, mas, sem dúvida, são muito positivos”, disse. Pesquisa de Emprego e Desemprego [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Na mesma divulgação, foram apresentados os resultados mensais da Pesquisa de Emprego e Desemprego. Segundo o levantamento, a taxa de desemprego total da Periferia Metropolitana de Brasília (PMB) foi de 15,9%, 1,1 ponto percentual a menos que o observado em agosto (17%). Com isso, a PMB registrou 541 mil pessoas ocupadas no mês, volume superior ao observado em agosto. O resultado se dá graças ao acréscimo no nível de ocupação no setor de serviços (4,2%, ou 13 mil), já que retraíram os contingentes no comércio e reparação (-3,5%, ou -4 mil) e na construção (-5,3%, ou -3 mil). Já a taxa de desemprego total do DF ficou em 16,5%. Permaneceu relativamente estável a PEA (mais 2 mil pessoas no mercado de trabalho). O comportamento do contingente de ocupados decorreu da retração do número de postos de trabalho no setor de serviços e na indústria de transformação, tendo crescido na construção e praticamente não tendo variado no comércio e reparação. Acesse, abaixo, a íntegra dos boletins. ? População negra ? PED-DF ? PMB. *Com informações do IPEDF
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