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Países estrangeiros reconhecem ações de combate à Aids do HRC

Onze profissionais de saúde de seis países de língua portuguesa conheceram, nesta quarta-feira (13), os serviços disponíveis no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) para o combate à Aids e ao vírus causador da doença, o HIV. Os convidados – de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Portugal – puderam conversar com servidores da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) sobre diversas ações, com destaque para a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), além dos cuidados para evitar a chamada transmissão vertical, da mãe para o filho. Comitiva conversou com servidores da SES-DF sobre diversas ações de combate à Aids | Fotos: Divulgação/ Agência Saúde Alira Nhamaze, que atua no combate ao HIV em Moçambique, elogiou o serviço desenvolvido no HRC. “Tudo organizado. Posso levar a experiência do contato feito pelos profissionais com as mães, antes do parto”, disse. Ela destacou o protocolo brasileiro de fazer análises da carga viral das gestantes e das crianças recém-nascidas, além dos procedimentos adotados após o parto, como orientar para que não haja amamentação no caso de mães positivas para o vírus. “É uma boa estratégia para evitar a transmissão vertical”, argumentou. Alira Nhamaze, de Moçambique, elogiou o serviço desenvolvido no HRC Já o médico português Gonçalo Figueiredo Augusto ressaltou o fácil acesso à PrEP e à PEP, métodos necessários às pessoas com risco ampliado para contaminação pelo HIV, como profissionais do sexo ou cônjuges de pacientes da doença, bem como vítimas de violência e outros casos específicos. “A administração na PrEP é feita de uma forma muito mais acessível à população. Isso pode funcionar como um exemplo para Portugal”, afirmou o médico. Acesso facilitado No Distrito Federal, a PrEP e a PEP estão disponíveis em emergências hospitalares, policlínicas, no Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin) e até em unidades básicas de saúde (UBSs). No caso do HRC, pacientes interessados na medicação específica têm acesso ao serviço de maneira discreta: basta comparecer à entrada da policlínica das 7h às 12h e das 13h às 17h para ser encaminhado a consultórios reservados. “A própria rapidez e a proximidade do atendimento são melhores”, elogiou o médico europeu. No Distrito Federal, a PrEP e a PEP estão disponíveis em emergências hospitalares, policlínicas, no Cedin e nas UBSs A enfermeira Maria das Dores França, uma das servidoras da SES-DF que atuam na área, destacou ainda o fato de haver um atendimento completo aos pacientes. “O ambulatório também ajuda a identificar pessoas com HIV, pois todos que procuram o serviço são testados. Se for o caso, podemos começar o tratamento imediatamente”, ressaltou. Além disso, há o esclarecimento sobre outras doenças e a necessidade do uso de preservativos para reforçar a proteção – o acesso ao item também é fácil, com cestas para distribuição localizadas na entrada de unidades de saúde. Inaugurado há um ano, o ambulatório de PrEP e PEP do HRC realizou 1.984 atendimentos somente em 2023. Reconhecimento O superintendente da Região Oeste de Saúde, André Luiz de Queiroz, enfatizou a importância da visita como uma valorização da qualidade do serviço prestado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “O Brasil é exemplo no mundo inteiro no tratamento da Aids. Essa visita é muito importante porque, além de mostrar o nosso trabalho, que eles já conhecem e sabem que é efetivo, é bom para trocar opiniões e informações”, afirmou. A visita faz parte da programação da 3ª reunião de países lusófonos, que acontece em Brasília, de 12 a 14 de março, promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e Ministério da Saúde do Brasil. Também ocorreram visitas a UBSs, ao Cedin, ao Hospital de Base do Distrito Federal, ao Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) e a unidades do sistema de saúde prisional. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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Ampliado o acesso a medicamento preventivo ao HIV

A partir desta quarta-feira (1º), a rede pública de saúde do Distrito Federal começa a dispensar o medicamento utilizado para a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) ao HIV para pacientes com receita prescrita por médicos da rede privada. Até então, o acesso ao fármaco só era possível com receita emitida por profissionais da rede pública de saúde. O Ministério da Saúde (MS) elegeu o DF como uma das unidades federativas piloto do projeto PrEP na Saúde Suplementar. [Olho texto=”“ A dispensação dos medicamentos da PrEP prescritos por médicos da rede privada é um avanço importante para as estratégias de prevenção ao HIV”” assinatura=”Beatriz Maciel Luz, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Com o pedido médico em mãos, os pacientes podem retirar o medicamento nas Unidades Dispensadoras de Medicamentos de antirretrovirais (UDM). A medida segue o Protocolo Clínico e as Diretrizes Terapêuticas do MS. De acordo com a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Beatriz Maciel Luz, a disponibilidade para o setor privado aumentará a oferta da PrEP, beneficiando mais pessoas. “É um avanço importante para as estratégias de prevenção ao HIV. No DF, o atendimento e a dispensação para PrEP no SUS estão disponíveis no Hospital Dia, no Hospital Universitário de Brasília (HUB) e, a partir desta quarta-feira, na Policlínica de Taguatinga”, ela informa. “A dispensação dos medicamentos da PrEP prescritos por médicos da rede privada estará disponível nas UDM das Policlínicas de Taguatinga, do Lago Sul, de Ceilândia e na Farmácia Escola do HUB, também a partir desta quarta”, acrescenta Beatriz Maciel. Arte: Agência Saúde DF O que é a PrEp? A Profilaxia Pré-Exposição ao HIV consiste no uso de antirretrovirais (ARV) para reduzir o risco de adquirir a infecção pelo HIV. Essa estratégia mostrou-se eficaz e segura em pessoas com risco aumentado de adquirir a infecção. A PrEP faz parte das estratégias de prevenção combinada do HIV. Dentro do conjunto de ferramentas da prevenção combinada, inserem-se também testagem para o HIV, Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP), uso regular de preservativos, diagnóstico oportuno e tratamento adequado de infecções sexualmente transmissíveis (IST), redução de danos, gerenciamento de vulnerabilidades, supressão da replicação viral pelo tratamento antirretroviral e imunizações. “No Brasil, a epidemia de HIV/Aids é concentrada em alguns segmentos populacionais que respondem pela maioria de casos novos da infecção, como gays e outros homens que fazem sexo com homens, pessoas trans e profissionais do sexo. Além disso, destaca-se o crescimento da infecção pelo HIV em adolescentes e jovens”, explica Beatriz. Segundo a gerente, além de apresentarem maior risco de adquirir o HIV, essas pessoas frequentemente estão sujeitas a situações de discriminação, sendo alvo de estigma e preconceito, o que aumenta, assim, sua vulnerabilidade ao HIV/Aids. Com o pedido médico em mãos, pacientes podem retirar o medicamento nas Unidades Dispensadoras de Medicamentos de antirretrovirais (UDM) | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Saúde-DF “Para esses casos, a PrEP insere-se como uma estratégia adicional de prevenção disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), com o objetivo de reduzir a transmissão do HIV e contribuir para o alcance das metas relacionadas ao fim da epidemia”, afirma. Fluxo para atendimento Para a prescrição da PrEP, o profissional será cadastrado no Sistema de Controle Logístico de Medicamentos Antirretrovirais (Siclom) pelo farmacêutico da Unidade Dispensadora de Medicamentos (UDM). Portanto, o nome e o CRM deverão estar legíveis. Cabe ao profissional prescritor acompanhar com o usuário o aprazamento das consultas de seguimento, de forma a garantir a continuidade do cuidado, da oferta dos medicamentos e do cumprimento da regularidade da testagem para HIV. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O usuário deverá comparecer a uma das UDM e entregar os documentos. Além disso, cumprir o prazo de até sete dias após a realização do teste rápido para HIV ou anti-HIV laboratorial (com resultado não reagente) para retirar a PrEP na UDM (preferencialmente o mais breve possível). Caso o usuário perca o prazo acima, ele deverá realizar novo teste e apresentá-lo ao médico prescritor para preenchimento de novo formulário. O usuário também deve atentar-se para não perder os prazos das consultas de seguimento de forma a garantir a continuidade da PrEP sem interrupção por falta de medicamentos. Depois, basta retirar os medicamentos, preferencialmente, na UDM onde foi inicialmente cadastrado. A PrEP não é para todas as pessoas. Ela é indicada para aquelas que têm maior risco de entrar em contato com o HIV. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF

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