Explore o Quadrado: DF é repleto de espaços que inspiram a espiritualidade
Arte: Fábio Nascimento/Agência Brasília Do sonho de Dom Bosco ao traçado em formato de cruz do Plano Piloto, Brasília tem vocação para a espiritualidade. Por todo o Distrito Federal, estão espalhados diversos templos de diferentes religiões e espaços ecumênicos para quem quer um encontro com a fé. Seja para buscar um momento de paz, seja para admirar a arquitetura ou outras particularidades, as férias escolares são uma boa oportunidade de conhecê-los ou revisitá-los. Por isso, como parte da série Explore o Quadrado, a Agência Brasília apresenta a seguir alguns desses locais. Os Evangelistas, escultura de Alfredo Ceschiatti e Dante Croce, é um dos destaques nos arredores da Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília O ponto de partida não poderia ser outro que não a Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, na Esplanada dos Ministérios. Um dos principais cartões-postais da cidade, o prédio leva a assinatura de Oscar Niemeyer. Nos arredores e no interior, estão obras impressionantes de outros artistas, como as esculturas Os Evangelistas, de Alfredo Ceschiatti e Dante Croce, e os vitrais de Marianne Peretti – sem falar nos enormes anjos que, apesar de pesarem entre 100 kg e 300 kg, parecem flutuar sobre as cabeças dos visitantes. Catedrais e Ermida A Catedral Militar Rainha da Paz, no Eixo Monumental, foi inaugurada a partir de uma estrutura improvisada para missa celebrada pelo papa João Paulo II De tão espiritualizada, Brasília tem duas catedrais. E, de tão abençoadas, as duas têm o toque de Niemeyer. A Catedral Militar Rainha da Paz foi construída a partir de uma estrutura usada para abrigar uma missa do então papa João Paulo II em visita à capital federal, em 1991, projetada pelo arquiteto. Foi Niemeyer, também, quem sugeriu a localização atual, em detrimento da 303/304 Norte, que era o local projetado inicialmente. Aliás, são vários os espaços que têm ligação com a história da cidade. Bem ao lado da Catedral Militar está a Praça do Cruzeiro, no ponto mais alto do Plano Piloto, onde foi celebrada a primeira missa da nova capital, acompanhada pelo então presidente Juscelino Kubitschek e por mais 15 mil espectadores, em maio de 1957. A Capela São Francisco de Assis fica em meio à natureza e atrai grande público Já o primeiro templo religioso fica na 307/308 Sul: a Igreja Nossa Senhora de Fátima, ou Igrejinha – pelo tamanho e pelo caráter intimista –, construída em apenas 100 dias, a pedido da então primeira-dama Sarah Kubitschek, como agradecimento pela cura de sua filha, Márcia, que sofria com um problema na coluna. O responsável pelo desenho em formato de chapéu de freira? Oscar Niemeyer. Nas paredes laterais está a obra mais famosa de Athos Bulcão. E a primeira construção em alvenaria de Brasília, você sabe dizer qual foi? A Ermida Dom Bosco. Ela leva o nome do sacerdote italiano que, sem nunca ter pisado na América do Sul, sonhou, em 1883, com uma “terra prometida, de onde jorrará leite e mel”, entre os paralelos 15º e 20º – trecho onde foi construída a pirâmide, às margens do Lago Paranoá. Ao santo, copadroeiro da cidade, também foi consagrado o santuário, na 702 Sul, que se destaca pelos envolventes vitrais em 12 tons de azul, pelo lustre com 7.400 peças de vidro murano e pela cripta, onde está um pedaço do osso rádio de Dom Bosco – peça chamada de relíquia pela Igreja Católica. “Aqui é sempre a cereja do bolo”, definiu o guia Bruno Marcelo, que acompanhava um grupo de 18 turistas da Bulgária em visita ao local. Outras espiritualidades “Brasília é uma cidade que abriga todas as crenças, até quem não crê.” A afirmação é da guia Maria José Carvalho. Há 24 anos apresentando a cidade – incluindo as rotas de espiritualidade –, ela sabe bem que há espaço para o convívio harmônico de todas as religiões. Em meio aos templos católicos, o Plano Piloto abriga a Mesquita do Centro Islâmico (que tem orações públicas às sextas-feiras, às 13h), o Templo Shin Budista Terra Pura (que promove visitação quinzenal aos sábados, mas também é aberto ao público às quartas e nas manhãs de domingo) e a Prainha dos Orixás (que pode ser visitada todos os dias). A guia turística Maria José Carvalho exalta uma das características da capital federal: “Brasília é uma cidade que abriga todas as crenças, até quem não crê” Há ainda os locais que não estão ligados a uma religião, mas são refúgios de paz. Caso do Templo da Legião da Boa Vontade – o monumento mais visitado do DF, segundo a Secretaria de Turismo (Setur ) –, da Universidade Holística Internacional da Paz (Unipaz) e de um busto de Mahatma Gandhi, instalado no Parque da Cidade para celebrar os 150 anos do nascimento do líder pacifista indiano, que inspira práticas de yoga e meditação. Essa busca pela paz, inclusive, é o mote de um roteiro desenvolvido pela Setur – a Rota da Paz– que contempla os espaços de fé e espiritualidade da capital. “Em janeiro deste ano, foi sancionada uma lei que altera a política de turismo local, incorporando o turismo religioso como segmento oficial”, lembra o secretário de Turismo, Cristiano Araújo. “Esta medida, que modifica a lei nº 4.883, de 11 de julho de 2012, consolida o reconhecimento desses segmentos como parte fundamental da estratégia turística da região”. Fora do Plano Ao inscrever-se no concurso para o projeto da nova capital do Brasil, Lucio Costa disse que sua ideia “nasceu do gesto primário de quem assinala um lugar ou dele toma posse: dois eixos cruzando-se em ângulo reto, ou seja, o próprio sinal da cruz”. Mas essa afinidade com o místico transcende o Plano Piloto. As visões da líder espiritual Tia Neiva apontaram Planaltina como sede ideal para o templo-mãe do Vale do Amanhecer, doutrina que, de acordo com o Iphan, conta com 800 mil seguidores e 600 templos pelo mundo. Em Brazlândia está o segundo maior templo católico do Brasil – atrás apenas do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo. O Santuário Arquidiocesano Menino Jesus tem seis pavimentos, três torres e capacidade de receber até 15 mil pessoas. Tudo isso construído a partir da visão de um jovem engraxate da região. Pernambucana residente em Brasília, Renata Melo aponta uma das características diferenciadas da capital federal: “Para quem quer encontrar Deus, aqui é um lugar muito propício. Você olha para um lugar desses e não tem como não se conectar com Ele” Na Ponte Alta Norte, no Gama, a modesta Capela São Francisco de Assis atrai visitantes pela vista da natureza que abraça as pessoas. A professora aposentada Marília Melo era uma delas. “Eu achei belíssima a igreja e o local também; é bem aconchegante, místico, até”, descreveu a pernambucana, levada ao local pela sobrinha Renata. “Sempre que minha família vem para cá, a gente traz nesse lugar aqui”, contou Renata. “Eu acho fantástico o pôr do sol, essa oportunidade de estar em um lugar assim ao ar livre. O ponto dessa igreja é fantástico, porque você está em um lugar assim, aberto, e acabou, não tem mais nada.” Também pernambucana, mas moradora de Brasília, Renata Melo considerou: “Para quem quer encontrar Deus, aqui é um lugar muito propício. Você se encontra com as coisas de Deus, não especificamente um templo; não se associa exatamente a uma religião, mas a um Deus que é o criador de todas as coisas. Você olha para um lugar desses e não tem como não se conectar com Ele”. Como chegar Os visitantes podem consultar as linhas de ônibus que passam pelos locais citados no site da Setur e no aplicativo DF no Ponto. Para alguns, será necessário fazer a integração, disponível por meio do Cartão Mobilidade, que permite até três acessos em ônibus, BRT ou metrô, no período de três horas, em um mesmo sentido. Quem desejar visitar algum dos pontos usando uma bicicleta pode verificar a viabilidade no Guia de ciclovias do DF.
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Esteve no Réveillon Cidade Luz Brasília 2024? Participe da pesquisa
Um estudo sobre os eventos do Réveillon Cidade Luz Brasília 2024 está sendo conduzido pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), em colaboração com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), para registrar a avaliação dos moradores do DF sobre as festividades realizadas na passagem do ano. Quem participou dos eventos de ano-novo no DF pode participar da pesquisa, avaliando a qualidade dos eventos | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília [Olho texto=”“Queremos fazer sempre mais, aprimorar o que deu certo, melhorar no que for necessário” ” assinatura=”Cláudio Abrantes, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O levantamento, composto por um questionário anônimo com duração de dois minutos, está aberto para quem foi curtir o ano-novo na Esplanada dos Ministérios, na rua do Restaurante Comunitário de Planaltina, na Praça da Bíblia de Ceilândia e na Prainha dos Orixás. Todas as informações coletadas servirão como subsídio para aprimorar os eventos futuros e as políticas culturais promovidas pelo Governo do Distrito Federal (GDF). A pesquisa abrange aspectos como programação, atrações, instalações, motivações para comparecer ao evento e perfil dos participantes. “Queremos fazer sempre mais, aprimorar o que deu certo, melhorar no que for necessário”, afirma o secretário de Cultura e Economia Criativa, Cláudio Abrantes. “Opine, diga o que achou e o que espera para os próximos anos”. A avaliação pode ser feita de maneira rápida e online por meio deste link. Aprimoramento [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O levantamento é parte de uma série de iniciativas entre o IPEDF e a Secec-DF, buscando entender como a população avalia as iniciativas culturais promovidas pelo governo. A diretora de Estudos e Políticas Sociais do IPEDF, Marcela Machado, ressalta a relevância dessa pesquisa para a formulação de políticas públicas culturais no Distrito Federal, além da percepção do público sobre as celebrações. “Os resultados conseguem comprovar e destrinchar mais profundamente o que os participantes realmente acham desses eventos, o que os motiva a comparecer, quais os impactos positivos ou negativos e o que poderia ser diferente”, afirma. “Essa é uma das primeiras parcerias do IPEDF com a Secec para pensar a cultura em dados no Governo do Distrito Federal.” *Com informações do IPEDF
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Participe da pesquisa de opinião sobre o Réveillon Cidade Luz Brasília
O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), em parceria com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), está realizando pesquisa de opinião sobre os eventos do Réveillon Cidade Luz Brasília 2024. Arte: Divulgação/Associação Cresce-DF O levantamento tem o objetivo de captar a avaliação do público sobre os festejos na Esplanada dos Ministérios, na rua do Restaurante Comunitário de Planaltina, na Praça da Bíblia de Ceilândia e na Prainha dos Orixás, quanto à programação, atrações, instalações e motivações para comparecer ao evento, além de levantar o perfil dos participantes. Políticas públicas “Uma pesquisa como essa em eventos é importante para traçar as melhores estratégias de políticas públicas da cultura para a população do Distrito Federal”, avalia a diretora de Estudos e Políticas Sociais do IPEDF, Marcela Machado. “Os resultados conseguem comprovar e destrinchar mais profundamente o que os participantes realmente acham desses eventos, o que os motiva a comparecer, quais os impactos positivos ou negativos e o que poderia ser diferente. Essa é uma das primeiras parcerias do IPEDF com a Secec para pensar a cultura em dados no Governo do Distrito Federal.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A pesquisa, com questionário anônimo e duração de dois minutos, pode ser respondida por aqueles que participaram das festividades. Todas as informações coletadas servirão de subsídio para aprimorar os eventos e as políticas culturais promovidas pelo GDF. O estudo faz parte de uma série de iniciativas entre o IPEDF e a Secec-DF para saber como a população avalia as iniciativas culturais promovidas pelo governo. “Temos a certeza e a tranquilidade de termos feito o melhor e entregado um espetáculo maravilhoso para o brasiliense”, afirma o secretário de Cultura e Economia Criativa, Cláudio Abrantes. “Queremos fazer sempre mais, aprimorar o que deu certo, melhorar no que for necessário. Opine, diga o que achou e o que espera para os próximos anos.” Para participar da pesquisa, clique aqui. *Com informações do IPEDF
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