Rede pública de saúde oferece testes rápidos para IST e profilaxias pré e pós-exposição ao HIV
A preocupação com a saúde sexual deve ser constante, não apenas no Carnaval. Por isso, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) oferece, durante todo o ano, testes rápidos para Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), além das profilaxias pré (PrEP) e pós (PEP) exposição ao HIV/Aids – métodos para evitar que novas pessoas se infectem pelo vírus. A SES-DF vem ampliando a oferta das profilaxias para as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), além dos locais que já possuem os medicamentos, como o Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin) e a Unidade de Testagem, Aconselhamento e Imunização (Utai). O diagnóstico e o tratamento precoce são fundamentais na prevenção de casos da doença. Nesse contexto, os testes rápidos são ferramentas importantes, de acordo com a enfermeira do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), Leidijany Paz. “As testagens rápidas podem ser realizadas em todas as UBSs, conforme a rotina de cada unidade, além do CTA, localizado na 508/509 Sul,”, explica. O objetivo da SES-DF é ampliar a detecção do HIV e de outras ISTs, garantindo um atendimento seguro e de qualidade. O diagnóstico e o tratamento precoce são fundamentais na prevenção de casos da doença | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF A gerente substituta da Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist), Daniela Magalhães, alerta para a importância do uso de preservativo. “As profilaxias são tecnologias de cuidado que acrescentam camadas à prevenção. Elas previnem o HIV/Aids mas não protegem contra as demais ISTs e por isso devem ser combinadas com outras estratégias de prevenção como preservativos e testagem rápida”, orienta. O que é a PrEP? A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) é um método preventivo que consiste no uso – diário ou de forma programada – de comprimido antirretroviral por pessoas que não vivem com o HIV, mas que estão expostas à infecção. É indicada para qualquer pessoa em situação de vulnerabilidade para o vírus. Para ter acesso ao método, é necessário passar por uma consulta na UBS de referência do paciente. “O usuário deve procurar uma UBS, vincular-se a uma equipe de Estratégia de Saúde da Família (ESF) e agendar uma consulta com o enfermeiro ou médico. Somente após essa avaliação, a PrEP pode ser iniciada”, explica a enfermeira do CTA. “A consulta é fundamental para conhecer o histórico do paciente e prescrever a profilaxia de forma adequada, caso seja necessária”, complementa Leidijany Paz. A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) é um método preventivo que consiste no uso – diário ou de forma programada – de comprimido antirretroviral por pessoas que não vivem com o HIV, mas que estão expostas à infecção | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília A SES-DF tem investido na ampliação do acesso à PrEP. De acordo com a gerente da Gevist, a oferta aumentou em 15% com a inclusão da dispensação nas UBSs. Pós-Exposição (PEP) A Profilaxia Pós-Exposição (PEP) consiste no uso de medicamentos para reduzir o risco de adquirir o vírus após exposição com potencial risco, como violência sexual, relação desprotegida (sem o uso de camisinha ou com seu rompimento), ou por pessoas que possuem parceiros eventuais ou desconhecem o status sorológico do companheiro, por exemplo. O tratamento deve ser iniciado em até 72 horas após a exposição ao risco. O serviço está disponível em algumas UBSs, policlínicas, unidades de Pronto Atendimento (UPAs), emergências hospitalares, além do Cedin e do CTA. “Em feriados prolongados ou finais de semana, a pessoa pode buscar atendimento nas emergências ou UPAs para iniciar a profilaxia dentro do prazo recomendado”, explica a enfermeira Leidijany Paz. Além disso, a PEP também é indicada para profissionais de saúde – tanto da rede pública quanto da privada – que sofreram acidentes ocupacionais com materiais biológicos potencialmente contaminados. A lista completa das unidades de saúde que oferecem as profilaxias pode ser conferida aqui. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Farmacêuticos da rede pública são capacitados em prevenção combinada contra HIV
Farmacêuticos da rede pública de saúde do Distrito Federal passaram por uma capacitação em métodos combinados de prevenção contra o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Finalizado nesta quarta-feira (9), o curso teve nove semanas de duração e focou, principalmente, na oferta de profilaxias pré-exposição (PrEP) e pós-exposição (PEP). A PrEP consiste na tomada de comprimidos antes da relação sexual, que permite ao organismo se preparar para enfrentar um possível contato com o HIV. Ela é indicada a pessoas em situação de vulnerabilidade ao vírus, em combinação com outros métodos de prevenção. A PEP, por sua vez, é uma medida de prevenção de urgência, que deve ser iniciada em, no máximo, até 72 horas após a exposição ao vírus. Em ambos os casos, o usuário deve ser acompanhado por uma equipe de saúde. Cento e vinte profissionais participaram da formação, com prioridade aos lotados em unidades que já dispensam os medicamentos ou nas contempladas pelo plano de expansão do acesso às profilaxias | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF Ao todo 120 profissionais foram selecionados para participar da formação, com prioridade aos lotados em unidades que já dispensam os medicamentos ou nas contempladas pelo plano de expansão do acesso às profilaxias, já colocado em prática pela Secretaria de Saúde (SES-DF). As aulas foram ministradas por convidados e integrantes da própria rede de saúde distrital. Entre os temas tratados estão acolhimento, avaliação da indicação das profilaxias e monitoramento clínico de pacientes, além de abordagens práticas e simulações. A iniciativa promovida pela Diretoria de Assistência Farmacêutica (Diasf), em parceria com o Laboratório de Estudo e Evidências Farmacêuticas da Universidade de Brasília (UnB), compõe o processo de qualificação contínua dos serviços de farmácia oferecidos na capital federal. Mais acesso Em consonância às diretrizes do Ministério da Saúde e do Conselho Federal de Farmácia, a atualização normativa da SES-DF viabilizou ao profissional farmacêutico, no início deste ano, a prescrição das profilaxias no Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, são mais de 60 portas de dispensação de antirretrovirais em todas as sete Regiões de Saúde do DF. Segundo o integrante da Gerência da Assistência Farmacêutica Especializada (Gafae) Gabriel Okamoto, o cenário beneficia a ampliação e a melhoria do acesso dos usuários às medidas preventivas. “Por conta disso, os profissionais devem estar capacitados para realizar o atendimento em uma estrutura ampla, que envolve o acolhimento e o acompanhamento de pacientes”, explica. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Saúde do DF recebe 30 mil comprimidos de novo medicamento para HIV
O Ministério da Saúde concluiu o repasse de 5,6 milhões de comprimidos de um novo medicamento para o tratamento de pacientes com aids e HIV. No Distrito Federal, foram recebidos cerca de 30 mil comprimidos, o que permitirá o tratamento de aproximadamente 350 pessoas por três meses. O fármaco reúne dois antirretrovirais utilizados no tratamento (dolutegravir e lamivudina) em apenas um único comprimido. O medicamento começará a ser entregue até o final deste mês. De acordo com o ministério, a terapia de dois comprimidos para um será feita de forma gradual e contínua para pacientes com idade igual ou acima de 50 anos, adesão regular, carga viral menor que 50 cópias/ml no último exame e que iniciou a terapia dupla (dois comprimidos) até o dia 30 de novembro de 2023. “A Secretaria de Saúde do DF [SES-DF] recebeu esse medicamento nos primeiros dias de janeiro e nós estamos na fase de logística interna para, logo em breve, ser distribuído para as unidades”, afirmou a gerente substituta de Assistência Farmacêutica Especializada (Gafae) da SES-DF, Julia Dantas. DF recebe medicamento que reúne dois antirretrovirais utilizados no tratamento em apenas um único comprimido | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “O remédio é um avanço para a população porque traz maior comodidade. Ao invés de o paciente tomar dois comprimidos, ele toma um só. Isso ajuda na adesão e facilita no tratamento de controle da carga viral”, detalhou Júlia. Assim que começar a ser distribuído, o processo para retirada do remédio é o mesmo. Basta estar dentro dos requisitos estipulados pelo Ministério da Saúde e ir até à unidade de referência. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Christiano Ramos, de 56 anos, é advogado, soropositivo para a aids e ativista na luta contra a doença. Ele teve a oportunidade de tomar o medicamento em outra unidade da federação e, de acordo com ele, trata-se de um avanço no tratamento do HIV/aids. “Além de ser um medicamento de ponta, que não tem grandes efeitos colaterais, ele facilita o aumento na adesão ao tratamento. É uma dose única e isso facilita muito na rotina de quem vive a doença”, compartilhou. Juntos na prevenção Segundo o Boletim Epidemiológico divulgado pela SES-DF, entre 2018 e 2022 foram notificados 3.684 casos de infecção pelo HIV e 1.333 casos de adoecimento por aids. O coeficiente de mortalidade por aids no Distrito Federal diminuiu 21,6% em cinco anos – caiu de 3,3 para 2,7 no período. O boletim mostra também redução nos casos de infecção pelo HIV e de aids: uma queda de 9,8 para 7,3 por 100 mil habitantes. Em todas as UBSs é possível ter acesso aos preservativos internos e externos – métodos mais conhecidos para evitar a infecção durante o ato sexual –, além de testagem rápida e profilaxia pós-exposição (PEP), utilizada de duas até 72 horas após uma relação sexual desprotegida.
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No Dezembro Vermelho, rede pública do DF fortalece prevenção ao HIV
Os casos de infecção pelo HIV e de Aids no Distrito Federal apresentaram queda de 9,8 para 7,3, por 100 mil habitantes, entre 2018 e 2022, segundo o Boletim Epidemiológico publicado pela Secretaria de Saúde (SES-DF). Os dados corroboram a política do sistema público de saúde do DF, que investe na disponibilização gratuita de métodos de prevenção da transmissão do vírus nas unidades básicas de saúde (UBSs) e nos serviços especializados. Acesso aos meios de evitar infecção pelo HIV está sempre disponível na rede pública de saúde | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília A rede aposta na prevenção combinada unindo estratégias que consideram o contexto social de cada pessoa. “Todas as pessoas sexualmente ativas têm acesso aos meios de evitar a infecção pelo HIV na rede pública”, atenta o médico Sergio d’Avila, referência técnica distrital em HIV e Aids da SES-DF. “Quem deseja informações e acesso aos serviços deve buscar orientação na UBS mais próxima de sua residência ou trabalho. Os métodos de prevenção estão disponíveis para evitar a transmissão”. [Olho texto=”“O Brasil caminha para a eliminação da transmissão vertical do HIV nos próximos anos, e o DF apresenta condições de não ter nenhum caso de transmissão vertical” ” assinatura=”Sergio d’Avila, referência técnica distrital em HIV e Aids” esquerda_direita_centro=”direita”]? Em todas as UBSs é possível ter acesso aos preservativos internos e externos – métodos mais conhecidos para evitar a infecção durante o ato sexual –, além de testagem rápida e profilaxia pós-exposição (PEP), utilizada de duas até 72 horas após uma relação sexual desprotegida. Profilaxia Considerada medida de urgência, a PEP também é recomendada em casos de violência sexual e de acidentes ocupacionais. Trata-se do uso de medicamentos ou imunobiológicos para reduzir o risco da infecção. Nos horários em que as unidades básicas estão fechadas, o medicamento pode ser encontrado nas UPAs e nos prontos-socorros dos hospitais públicos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Outra estratégia de prevenção é a profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP), que é a utilização diária de medicamentos antirretrovirais (ARV) para pessoas soronegativas, no Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin), Hospital Universitário de Brasília (HUB) e nas policlínicas de Taguatinga, Ceilândia e Lago Sul. No próximo ano, o medicamento passará a ser oferecido nas UBSs. No DF, 3.237 usuários iniciaram a PrEP desde 2018. Mulheres soropositivas grávidas também podem prevenir a transmissão do vírus para os filhos, com o tratamento antirretroviral que deixa a carga viral indetectável. “O Brasil caminha para a eliminação da transmissão vertical do HIV nos próximos anos, e o DF apresenta condições de não ter nenhum caso de transmissão vertical, porque recebeu o selo prata na última certificação do Ministério da Saúde em 1º de dezembro”, pontua Sergio d’Avila. ?
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