Autoridades internacionais conhecem funcionamento do Programa de Alimentação Escolar
A Escola Classe (EC) 708 Norte recebeu a visita de autoridades internacionais para avaliar o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Na presença do secretário-executivo da Secretaria de Educação (SEEDF), Isaías Aparecido, e do secretário de Agricultura, Fernando Antonio Rodriguez, entre outros integrantes do Governo do Distrito Federal (GDF), o grupo pôde examinar de perto, na última semana, os impactos e benefícios do programa. Autoridades internacionais conheceram os espaços dedicados à alimentação dos alunos da EC 708 Norte | Fotos: Felipe de Noronha/ SEEDF O Pnae tem como propósito garantir o direito à alimentação adequada e saudável para os estudantes da rede pública de ensino. Além de promover a segurança alimentar e nutricional dos alunos, a iniciativa estimula o desenvolvimento da agricultura familiar, fortalecendo a economia local e fomentando a sustentabilidade ambiental. “A alimentação oferecida na escola não é só uma questão de nutrição, mas também de dignidade e inclusão” Viviane Costa, diretora da EC 708 Norte Durante a visita, os representantes conheceram a estrutura da escola, os espaços dedicados à alimentação dos alunos e o processo de recebimento semanal de produtos orgânicos da agricultura familiar. Tiveram também a oportunidade de degustar uma amostra do cardápio diário oferecido aos estudantes, composto por sucos naturais, frutas frescas, saladas e pratos típicos, como a galinhada, favorita entre os alunos. A EC 708 Norte acolhe crianças de diversas regiões administrativas do Distrito Federal e atende, atualmente, 350 estudantes entre os períodos matutino e vespertino. No período matutino, a escola oferece educação integral, proporcionando às crianças atividades educacionais durante a manhã e encaminhando-as para a Escola Parque no período da tarde. Lanches que fazem parte do cardápio diário da escola, como frutas e galinhada, foram servidos para as autoridades presentes Todas as refeições dos estudantes são realizadas na escola, desde o café da manhã até o lanche da tarde, sendo os alimentos fornecidos pelos agricultores familiares locais. De acordo com a diretora da EC 708 Norte, Viviane Costa, essa alimentação é de suma importância, especialmente considerando que a escola também abriga estudantes em situação de vulnerabilidade. “A alimentação oferecida na escola não é só uma questão de nutrição, mas também de dignidade e inclusão. Para muitos estudantes, é a garantia de uma refeição adequada durante o dia”, explica. Origem dos alimentos A visita não se limitou à escola. Os representantes também foram conduzidos a uma propriedade agrícola em Brazlândia, onde puderam ver de perto a parceria entre a instituição de ensino e os produtores locais. Essa colaboração, além de fortalecer a segurança alimentar dos alunos, valoriza o trabalho dos pequenos produtores rurais e preserva a cultura agrícola local. A diretora de alimentação escolar da SEEDF, Juliene Moura, também acompanhou a visita e ressaltou a relevância da ação. “A vinda das autoridades internacionais à Escola Classe 708 foi de extrema importância para destacar o impacto positivo do Programa Nacional de Alimentação Escolar. Estamos comprometidos em fornecer não apenas nutrição, mas dignidade e inclusão, por meio de cada refeição servida aos nossos alunos”. Propriedade agrícola em Brazlândia também recebeu a visita dos representantes internacionais A agricultura familiar desempenha um papel indispensável na produção de alimentos frescos e saudáveis, abastecendo as escolas do DF com produtos de alta qualidade e promovendo práticas agrícolas sustentáveis. “Nosso cardápio é cuidadosamente preparado para oferecer opções saudáveis e saborosas, garantindo que cada estudante receba uma alimentação adequada para seu desenvolvimento físico e cognitivo”, enfatiza Juliene. Parceria Ivone Ribeiro, uma das produtoras cooperadas, destaca a importância dessa parceria e o compromisso com a alimentação saudável das crianças, cultivando alimentos nutritivos e livres de substâncias prejudiciais à saúde: “Nós nos dedicamos ao cultivo de alimentos que sejam não apenas nutritivos, mas também livres de agrotóxicos e aditivos químicos prejudiciais à saúde. É gratificante saber que estamos contribuindo para o bem-estar das crianças, fornecendo alimentos frescos e seguros para suas refeições escolares”. Além de fornecer alimentos de qualidade, a parceria entre a agricultura familiar e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) promove o desenvolvimento econômico e social das comunidades rurais, garantindo assim um futuro mais sustentável e saudável para as gerações futuras. A parceria entre a Emater e a SEEDF oferece suporte técnico e orientação para os agricultores familiares, contribuindo para o aprimoramento das técnicas de cultivo e gestão das propriedades. *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)
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GDF e produtores planejam compras públicas para 2022
Representantes da Emater-DF, das secretarias de Agricultura e Educação e produtores rurais discutiram a elaboração dos editais de compras públicas para alimentação escolar em 2022. É a segunda reunião do grupo, que está definindo quais produtos devem entrar na cesta de alimentos dos estudantes. De acordo com a engenheira agrônoma Bruna Heckler, da Gerência de Organização Rural e Comercialização (Gecor) da Emater-DF, as compras serão feitas por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e do Programa de Aquisição da Produção da Agricultura do DF (Papa-DF). “Estamos estudando a inclusão de novos produtos da agricultura familiar local”, explicou. O cardápio dos estudantes é elaborado por nutricionistas da Secretaria de Educação. Para 2020, está prevista a compra de feijão, milho, açafrão e colorau por meio do Papa-DF. “As próprias escolas poderão preparar a alimentação dos estudantes”, acrescenta Bruna. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Com os programas de compras institucionais, o governo adquire produtos diretamente da agricultura familiar local e os repassa às escolas (no caso do Pnae) ou às instituições que trabalham com pessoas em situação vulnerável. “Os programas beneficiam as duas pontas: o agricultor, que tem garantia que seu produto será vendido a preço justo, e a rede pública de ensino e assistência social”, avalia a engenheira-agrônoma da Emater-DF. Participaram do encontro, que ocorreu na terça-feira (23), no auditório do Centro de Capacitação e Comercialização (CCC) da Ceasa-DF, representantes das seguintes organizações de produtores rurais: Cooperbraz, Cootaquara, Aprofal, Afeca, Fetraf, Arub e Coopindaia. *Com informações da Emater-DF
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Programa amplia compra de alimentos da agricultura familiar
Em 11 anos de execução do Programa de Alimentação Escolar (Pnae) no DF, houve um aumento de mais de 2.000% nos recursos destinados para a compra de alimentos da agricultura familiar para os alunos da rede pública. No primeiro ano, foram disponibilizados R$ 938.220,10 para a compra de dois produtos provenientes de apenas uma associação, com a participação de 105 agricultores. Dentre os 40 itens a serem adquiridos pela Secretaria de Educação, serão fornecidos 32 tipos de frutas e hortaliças para quase 544 mil alunos matriculados | Foto: Divulgação/Emater A perspectiva para 2021 é de que sejam firmados contratos com 16 associações e cooperativas, com a participação de 1.195 agricultores familiares do DF e Entorno durante 12 meses. Dentre os 40 itens a serem adquiridos pela Secretaria de Educação, serão fornecidos 32 tipos diferentes de frutas e hortaliças para quase 544 mil alunos matriculados, seguindo o calendário de sazonalidade da produção agrícola local. A expectativa é que sejam contratados R$ 23.898.990,80, o maior valor investido até hoje no programa. [Olho texto=”Durante o período de pandemia, os alimentos têm sido entregues às famílias carentes por meio de cestas verdes” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] “Neste ano, há expectativa de que cerca de 70% dos alimentos adquiridos nesta chamada sejam de produtores do Distrito Federal”, conta o extensionista José Nilton Campelo, da Gerência de Comercialização e Organização Rural (Gecor) da Emater. A Lei nº 11.947, de 2009, determina que pelo menos 30% dos recursos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para a alimentação escolar sejam utilizados para comprar produtos da agricultura familiar, do empreendedor familiar rural ou de suas organizações. Neste período de pandemia, os alimentos foram entregues por meio de cestas verdes às famílias de alunos da rede pública. “Essa é uma iniciativa em que todos ganham: o pequeno produtor rural atendido pela Emater, que consegue escoar seus produtos; o governo, que compra alimentos produzidos na região, estimulando a economia local, e os estudantes, que recebem esses alimentos produzidos seguindo as boas práticas de produção”, afirma a presidente da Emater, Denise Fonseca. Evolução das chamadas públicas Avanços significativos nas chamadas públicas ocorreram principalmente a partir de 2017. Dentre várias atividades, destaca-se a elaboração de uma ferramenta de acompanhamento do Pnae pela Gecor que permite comparar a quantidade de produtos contratados, pedidos e entregas, assim como acompanhar a execução do volume financeiro. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O programa facilita a análise por todos os envolvidos, potencializando a tomada de decisão tanto da Secretaria de Educação (SEE) quanto das organizações rurais contratadas. A Emater também promoveu, em 2018, a capacitação de nutricionistas da SEE, que montam o cardápio das escolas levando em conta a sazonalidade e um cronograma anual de entrega dos alimentos. As oficinas permitiram que esses profissionais atuassem como multiplicadores junto às escolas sobre os critérios de avaliação dos produtos entregues pelos agricultores, diminuindo a recusa de alimentos que algumas vezes eram rejeitados por pequenos defeitos. *Com informações da Emater-DF
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