Programa de Educação Precoce é inaugurado na Escola Classe 203 do Itapoã
O Distrito Federal ganhou mais um importante polo de atendimento especializado para crianças de até 3 anos e 11 meses de idade com necessidades educacionais específicas. Foi inaugurado, nesta terça-feira (18), o Programa de Educação Precoce (PEP), da Secretaria de Educação (SEEDF), na Escola Classe (EC) 203 do Itapoã. A nova unidade surge como resposta ao crescimento populacional expressivo da região. O PEP, realizado desde 1987, já está presente nas 14 coordenações regionais de ensino (CREs) do Distrito Federal, nas quais é ofertado serviço de atendimento educacional especializado. Com a nova instalação, serão abertas quatro turmas, possibilitando o atendimento de aproximadamente 72 bebês | Foto: Mary Leal/SEEDF “Percebemos muitas crianças do Itapoã necessitando de atendimento devido ao crescimento populacional da região. Surgiu a necessidade de ampliarmos o serviço e criarmos uma nova sede”, explicou Aline Costa, coordenadora da iniciativa na SEEDF. A CRE do Paranoá, que já atendia 108 estudantes no Centro de Educação Infantil (CEI) 01, agora contará com mais esta unidade na EC 203 do Itapoã, aumentando a capacidade de atendimento para 180 crianças. Com a nova instalação, serão abertas quatro turmas, possibilitando a assistência a aproximadamente 72 bebês. Impacto O impacto do programa é evidente no relato de Lucivania Batista Almeida, mãe de Rodrigo, que tem síndrome de Down e completará três anos no próximo mês: “Ele entrou na precoce, com um ano e pouco. Hoje ele anda e consegue se comunicar. A precoce o ajudou a começar a andar, a se desenvolver e a estar no meio social. Na minha vida, fez muita diferença”. Durante a inauguração, Vera Lúcia Ribeiro de Barros, titular da Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin), destacou o trabalho desenvolvido no PEP. “Temos professores de educação física e pedagogos que trabalham para o desenvolvimento motor, social e cognitivo dessas crianças, preparando-as para a educação infantil”, explicou. *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)
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Programa de Educação Precoce atende mais de 2 mil crianças em todo o DF
O Distrito Federal é o único local do país que conta com o Programa de Educação Precoce (PEP) na rede pública de ensino. A iniciativa está presente nas 14 coordenações regionais de ensino, atendendo crianças de até 3 anos e 11 meses em vulnerabilidade ou que tenham registro de intercorrências antes ou após o nascimento, como gravidez de risco, prematuridade, síndromes ou deficiências. Desde que entram no programa as crianças são atendidas de forma global, com a participação de pedagogos e educadores físicos | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília Atualmente, estão matriculadas na educação precoce no DF mais de 2 mil crianças, admitidas no programa por indicação de médicos que fazem o diagnóstico da necessidade. Algumas unidade de educação precoce funcionam nos centros de ensino especiais; outras, nas escolas de educação infantil. No Centro de Ensino Especial de Samambaia, existem dez turmas de educação precoce – cinco funcionando pela manhã e cinco à tarde. Cada uma comporta até 18 crianças, mas em alguns casos podem ser apenas duas crianças por turma, como ocorre nos centros de ensino especial para deficientes visuais, onde o atendimento pode ser individual, dependendo do caso. Coordenadora da Educação Precoce de Samambaia, Janete Guerreiro: “Nós trabalhamos a criança de forma lúdica e global” A coordenadora da Educação Precoce de Samambaia, Janete Guerreiro, disse que o Centro de Educação Especial da região administrativa conta com 178 crianças matriculadas nessa modalidade. Uma delas é Maia, de 1 ano e um mês, diagnosticada com paralisia cerebral. Uma das atividades que a pequena aprecia é brincar na piscina. No colo da professora, era visível a alegria da criança enquanto recebia estímulos para o seu desenvolvimento. Jaqueline Soares destaca a evolução da filha, Maia, de 1 ano e um mês, atendida na educação precoce: “Ela é outra criança, mais ágil, mais alegre, e a cognição está melhor” A mãe de Maia, Jaqueline Soares, 35 anos, diz que a evolução do bebê tem sido grande nos oito meses em que ela frequenta a educação precoce. “A Maia é outra criança depois desse tempo. A evolução dela tem surpreendido o neurologista e o neuropediatra. Ela é outra criança, mais ágil, mais alegre, e a cognição está melhor”, comemorou Jaqueline. A professora Luciana de Melo trabalha há dez anos com a educação precoce: “É nítido o desenvolvimento da criança que está aqui” “Nós trabalhamos a criança de forma lúdica e global. Os bebês de menos de 1 ano, quando entram no programa, recebem atendimento individual de professores de educação física e pedagogos. Ao fazer 1 ano, o bebê continua no atendimento individual com esses dois profissionais. Já a partir dos 2 anos, a criança é agrupada e passa a conviver com outras crianças”, explica a coordenadora. Desde que entram no programa, as crianças são atendidas de forma global. “Percebemos que há uma diferença muito grande entre os que passam e os que não passam pela educação precoce”, afirma Janete. Para atuar nesse segmento, os professores devem ser pedagogos ou educadores físicos e fazer cursos voltados para a educação precoce, além de passar por um teste de aptidão e estágio quando chegam à escola para trabalhar. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A professora Luciana de Melo, 48, está há dez anos trabalhando com educação precoce. “Nós auxiliamos e ajudamos as crianças no desenvolvimento cognitivo, motor, de linguagem e no estabelecimento de vínculo afetivo conosco, inclusive para que seja possível a aprendizagem. Esse é um trabalho de excelência. É nítido o desenvolvimento da criança que está aqui na educação precoce”, avalia.
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