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Programa de Saúde Mental dos Estudantes

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Programa de saúde mental contempla estudantes da rede pública

A Secretaria de Educação (SEEDF) publicou, nesta quarta-feira (9), a Portaria nº 754, que institui o Programa de Saúde Mental dos Estudantes (PSME). A iniciativa tem como objetivo fortalecer a saúde mental de crianças e jovens da rede pública de ensino, promovendo ações e projetos que estimulem o desenvolvimento integral em um ambiente escolar mais saudável, acolhedor e inclusivo. O Programa de Saúde Mental dos Estudantes atenderá alunos de todas as etapas e modalidades da educação básica | Foto: Felipe de Noronha/SEEDF “Acreditamos que cuidar da saúde mental é tão essencial quanto garantir o acesso ao conhecimento”, afirma a subsecretária de Apoio às Políticas Educacionais, Fernanda Mateus. “O programa é uma resposta concreta à necessidade de construir espaços escolares mais humanos, onde o estudante se sinta seguro para aprender e se desenvolver.” O PSME foi desenhado para atuar em diferentes frentes, com ações preventivas e de intervenção precoce que consideram a complexidade das situações escolares. Entre os principais objetivos estão a conscientização sobre a importância do acolhimento, a implementação de atividades de educação emocional e o incentivo à participação ativa dos estudantes nas ações desenvolvidas. O PSME atenderá estudantes de todas as etapas e modalidades da educação básica, garantindo que as ações sejam inclusivas e adequadas às diferentes faixas etárias e contextos sociais. Envolvendo diretamente estudantes, educadores, gestores e famílias, o programa está alinhado à realidade dos alunos, considerando também marcadores sociais como classe, raça, gênero e território. “É fundamental que nossas ações reconheçam as diferenças e construam espaços de acolhimento que respeitem a diversidade de cada estudante”, pontua Larisse Cavalcante, diretora de Atendimento e Apoio à Saúde do Estudante da SEEDF. Diretrizes e parcerias Entre as diretrizes do programa, estão o estímulo ao desenvolvimento de competências socioemocionais, a redução de estigmas sobre saúde mental e a articulação com políticas públicas de saúde e assistência social. A SEEDF prevê a integração do PSME ao Programa Saúde na Escola (PSE) e a elaboração de campanhas educativas para conscientizar a comunidade escolar sobre o tema. [LEIA_TAMBEM]“Queremos que as escolas se tornem verdadeiros polos de promoção da saúde mental, com ações contínuas e diálogo aberto com toda a comunidade”, afirma Larisse. A coordenação do programa caberá à Gerência de Projetos de Saúde do Estudante (GPSE), vinculada à Diretoria de Atendimento e Apoio à Saúde do Estudante (Diase), da Subsecretaria de Apoio às Políticas Educacionais (Suape). Apoio às Políticas Educacionais A equipe executora será composta por psicólogos efetivos da rede, que atuarão de forma técnica e estratégica para desenvolver projetos coletivos, sem a oferta de psicoterapia individual, permanecendo sob responsabilidade da rede de saúde, quando necessário. “Nosso papel é trabalhar com ações preventivas e de promoção da saúde mental, criando uma cultura de cuidado dentro das escolas”, explica Larisse. As coordenações regionais de ensino (CREs) terão um compromisso fundamental com o acompanhamento das ações e com o estímulo à adesão das escolas ao programa. Já as unidades escolares serão responsáveis por integrar as ações ao seu projeto político-pedagógico (PPP) e articular a participação da comunidade escolar. Intervenção em crises  O PSME também prevê intervenções em situações de crise, como rodas de bate-papo, atendimentos em grupo e ações de apoio à comunidade escolar. As escolas poderão solicitar o suporte por meio do Sistema Eletrônico de Informações (SEI), com articulação entre a equipe técnica e a rede de saúde e assistência social. Além das intervenções emergenciais, os projetos do programa trabalharão temas como prevenção ao uso de substâncias psicoativas, promoção de relações saudáveis, equidade de gênero, diversidade e valorização da vida. As ações serão planejadas para garantir continuidade e impacto real na saúde emocional dos estudantes.   *Com informações da Secretaria de Educação    

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Programa do GDF cuida da saúde mental dos estudantes das escolas públicas

A preocupação com a saúde mental dos estudantes cresceu depois da pandemia de covid-19. Durante o retorno à escola, muitos alunos apresentaram sintomas de adoecimento mental. O Distrito Federal conta com um programa voltado para o bem-estar e a conscientização da comunidade escolar sobre o assunto. A iniciativa é da Secretaria de Educação (SEEDF) em parceria com a Secretaria de Saúde (SES-DF). Batizado de Programa de Saúde Mental dos Estudantes, o projeto conta com quatro diretrizes de desenvolvimento voltadas a estudantes desde o ensino infantil até a educação de jovens e adultos (EJA). A iniciativa mais antiga existe há cinco anos. Desde então, mais de dois mil estudantes foram atendidos. Nesta sexta-feira (14), uma cerimônia oficializou o programa atendendo a Política Nacional de Atenção Psicossocial nas Comunidades Escolares, instituída pela Lei nº 14.819 de 16 de janeiro de 2024. A pandemia de covid-19 aumentou o número de jovens com necessidade de apoio para cuidar da saúde mental | Foto: Mary Leal/Secretaria de Educação Estudantes da educação infantil e das séries iniciais do ensino fundamental são atendidos pela Ciranda do Coração, que trabalha as competências emocionais dos pequenos na sede do Espaço Saúde do Estudante, na Asa Sul, após encaminhamento das escolas. Os demais projetos ocorrem dentro de sala de aula a partir da demanda. São eles: Acolhendo Corações Jovens, destinado a jovens das séries finais do ensino fundamental e aos do ensino médio; Prevenção ao Uso dos Dispositivos Eletrônicos para Fumar e Tabaco, para estudantes do ensino médio e da EJA; e Caminhos para uma Escola Promotora de Bem Viver, disponível para suporte de alunos em sofrimento. “Hoje, além de lançar esses programas para toda a comunidade escolar, ofertamos uma parceria com a Saúde de um curso de capacitação para professores e profissionais da educação para que eles possam trabalhar essas temáticas dentro da escola”, explica a gerente de Atendimento e Apoio à Saúde do Estudante da SEEDF, Larisse Cavalcante. “Esse não é um trabalho isolado, mas a escola tem um papel importante como promotora de saúde” Larisse Cavalcante, gerente de Atendimento e Apoio à Saúde do Estudante Para a gerente, os programas são uma oportunidade que a rede tem de repensar a questão da saúde mental. “Depois da pandemia percebemos o aumento do adoecimento dos nossos estudantes e vimos que, quanto mais eles conversam e têm oportunidade de falar sobre esses temas, mais eles constroem caminhos de promoção de saúde. Esse não é um trabalho isolado, mas a escola tem um papel importante como promotora de saúde”, complementa. Episódios de agressividade, desobediência e resistência ao estudo foram os motivos que levaram o pequeno Pierry do Carmo Nunes, 6 anos, a receber o atendimento do programa Ciranda do Coração. A mãe Luvania Oliveira Macedo conta que já havia tentado de tudo, mas não obtinha sucesso. “Eu não sabia mais o que fazer. Foi quando a coordenadora o encaminhou para o programa”, lembra. Luvania Oliveira Macedo comemora os avanços do filho, Pierry, após atendimento no Ciranda do Coração | Foto: Arquivo pessoal O menino passou a ter atendimento semanal com uma psicóloga no Espaço Saúde do Estudante e, paralelamente, foi diagnosticado com autismo. “Tem ajudado bastante. A partir daí, ele aprendeu regras e o comportamento dele na escola melhorou. O atendimento tem sido fundamental para a melhora dele”, analisa. “Antes ele fazia coisas possíveis e impossíveis para uma criança de 6 anos. Batia nos colegas, empurrava, se recusava a fazer as atividades, saía da sala sem permissão, subia no muro e na laje da escola, escalava a cerca elétrica”, recorda. Promoção da saúde O Saúde Mental dos Estudantes faz parte de uma iniciativa da Subsecretaria de Apoio às Políticas Educacionais (Suape), por meio da Gerência de Atendimento e Apoio à Saúde do Estudante (Gease) da SEEDF. As escolas interessadas em solicitar os projetos do Programa de Saúde Mental dos Estudantes podem fazer durante todo o ano letivo por meio de formulários: Acolhendo Corações Jovens e Caminhos para uma Escola Promotora de Bem Viver. Já o Espaço Saúde do Estudante, onde ocorre um dos programas, fica no Centro de Educação de Jovens e Adultos da Asa Sul (Cesas) e foi reinaugurado no ano passado. O local oferece atendimento psicossocial em psicologia, saúde preventiva e consulta oftalmológica. No espaço, alunos da rede pública têm acesso a serviço de consultas oftalmológicas com acompanhamento e entrega de óculos, atendimento psicológico, orientação sobre saúde preventiva com atenção especial à gravidez na adolescência, prevenção de ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) e prevenção às drogas, e à violência no ambiente escolar e familiar.

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