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Projeto Escolas Inovadoras

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Projeto Escolas Inovadoras implementado no CEF 11 de Taguatinga recebe selo ODS de Educação

“É muito bom saber que a inovação caminha com a educação em direção a uma educação de qualidade e inclusiva.” As palavras da chefe de Governança da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), Ana Aragão, expressam a satisfação de ver um projeto apoiado pela Fundação, certificado pelo selo ODS de Educação, durante a cerimônia realizada no dia 20 deste mês, no Museu do Amanhã, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Conheça os ODS Os objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU formam um conjunto de 17 metas globais estabelecidas em 2015 para guiar a humanidade rumo a um futuro mais justo, sustentável e equilibrado. Eles abrangem desafios como a erradicação da pobreza, a redução das desigualdades, a preservação do meio ambiente e o fomento à paz e à educação de qualidade. A proposta é que governos, empresas e a sociedade civil trabalhem juntos para atingir esses objetivos até 2030, promovendo um desenvolvimento que não comprometa os recursos das futuras gerações. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU são um conjunto de 17 metas globais estabelecidas em 2015 para guiar a humanidade rumo a um futuro mais justo, sustentável e equilibrado | Fotos: Divulgação/IPEDF Ação no DF A FAPDF esteve presente como suporte ao projeto Escolas Inovadoras, uma iniciativa da Secretaria de Educação (SEEDF), executada pela Universidade Católica de Brasília (UCB). O Centro de Ensino Fundamental (CEF) 11, em Taguatinga-DF, é uma das instituições de ensino contempladas pelo projeto, que consiste em melhorias tanto na estrutura de escolas da rede pública quanto em inovação pedagógica, orientando um ensino humanizado, multidisciplinar e que prepare os futuros profissionais da região não somente para o mercado de trabalho, mas também para uma sociedade mais justa e consciente. Michelle Paiva é coordenadora pedagógica e acredita que as transformações refletem diretamente na qualidade do ensino e no bem-estar da comunidade escolar. “Nossa proposta é diálogo e acolhimento. O CEF 11 é uma escola que está priorizando o aluno. Somos uma escola inclusiva, temos os alunos típicos, os alunos neurotípicos e os alunos PDC também. Então a gente tem que fazer essa mediação e essa integração”, destacou a profissional que é uma das representantes do corpo técnico da escola. Objetivos entregues Na cerimônia, 74 instituições de ensino foram certificadas com o selo ODS de Educação, um reconhecimento pelo compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Entre as contempladas, estão 26 universidades e institutos federais, como a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), além de dez universidades estaduais, 24 instituições privadas e comunitárias e 14 centros, colégios e escolas. A certificação destaca o papel dessas entidades na promoção de iniciativas que alinham ensino, pesquisa e extensão a práticas sustentáveis e socialmente responsáveis. O Centro de Ensino Fundamental (CEF) 11, em Taguatinga-DF, é uma das instituições de ensino contempladas pelo projeto A premiação reforça a importância da educação como pilar para o desenvolvimento sustentável, incentivando as instituições a ampliarem projetos que impactam diretamente suas comunidades. Universidades como a Federal de Alagoas (Ufal) e a Estadual do Maranhão (Uema) já desenvolvem ações voltadas para a inclusão social, inovação e preservação ambiental, refletindo os princípios dos ODS. Ao reconhecer esses esforços, o evento no Museu do Amanhã fortalece a rede de educação sustentável no Brasil, incentivando novas iniciativas e consolidando a academia como agente transformador na busca por um futuro mais equilibrado e justo. O projeto Escolas Inovadoras, representado pela Universidade Católica de Brasília, foi certificado por cumprir três dos ODS: – ODS 4 – Educação de Qualidade: procura garantir uma educação inclusiva, equitativa e de qualidade para todos, promovendo oportunidades de aprendizado ao longo da vida. Envolve desde o acesso universal à educação básica até a formação profissional, reduzindo desigualdades e preparando indivíduos para enfrentar desafios sociais e econômicos; – ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis: foca a criação de ambientes urbanos mais resilientes, acessíveis e sustentáveis. Isso inclui melhor planejamento urbano, moradia digna, transporte eficiente, preservação ambiental e redução do impacto das mudanças climáticas, garantindo que as cidades sejam lugares mais seguros e inclusivos para seus habitantes; – ODS 17 – Parcerias e Meios de Implementação: reconhece que o alcance dos ODS depende da cooperação global. Incentiva alianças entre governos, setor privado e sociedade civil para mobilizar recursos, compartilhar conhecimentos e fortalecer capacidades, garantindo que as metas sejam atingidas de forma integrada e eficaz. Meta brasileira A iniciativa de premiar instituições de ensino focadas em melhorias educacionais estimula novas práticas inovadoras que expandem o ambiente da sala de aula e exploram as capacidades educacionais. O professor Carlos Longo, reitor da UCB, acredita que o projeto Escolas Inovadoras apoia o desenvolvimento do Distrito Federal. “É um prazer enorme estar aqui na Cidade Maravilhosa para receber o selo ODS de Educação, com a Secretaria de Educação do Distrito Federal e o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal”, declarou. A implementação de projetos na SEEDF é caracterizada pela união e esforço dos envolvidos. Assim avalia o secretário-executivo da pasta, Isaías Aparecido: “É um começo que a partir de agora terá continuidade na nossa rede de ensino”. A coordenadora regional de ensino de Taguatinga, Daniela Freitas, também avalia positivamente a certificação: “Trabalhamos durante todo o período a sustentabilidade dentro da educação e valores éticos muito importantes para que o indivíduo seja reconhecido dentro da nossa sociedade”. O coordenador do projeto e professor na UCB Renato Brito também declarou a satisfação no reconhecimento dos avanços obtidos por meio do projeto. “Pode ser um modelo não somente para toda rede educacional do Distrito Federal, como também para toda educação do país”, enfatizou o professor. “Estamos vivendo um marco do Instituto Selo Social que vem atuando nos últimos dez anos no fomento à iniciativas de impacto social que estejam alinhadas às ODS. A gente faz isso a partir dos esforços de um grupo de pessoas que dedicam suas vidas para estimular que atores de diversas partes do Brasil possam atuar em iniciativas que ajudem aquele território a ser melhor pra viver”, declara Fernando Assanti, presidente do Selo Social, instituição responsável pela iniciativa do evento. Sobre o Selo Social Fundado em 2005 como Associação Fala Guri, o Instituto Selo Social atua nacionalmente com o objetivo de fomentar o Desenvolvimento Social Local, o instituto investiu na mobilização, capacitação e integração dos três setores da sociedade. Em 2014, com o crescimento do programa Selo Social, a organização passou a ser reconhecida por esse nome, consolidando-se como referência na certificação e estímulo de iniciativas sociais alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Hoje, o Instituto Selo Social impacta diretamente comunidades em diversos estados brasileiros, incluindo Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, São Paulo e o Distrito Federal. Com uma metodologia independente de influências políticas e econômicas, a organização já apoiou mais de 500 instituições anualmente, promovendo parcerias estratégicas e incentivando boas práticas corporativas voltadas para a construção de um mundo mais justo e sustentável, alinhado à Agenda 2030. *Com informações da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF)

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Escolas públicas têm R$ 3 milhões para projetos de inovação

Quatro centros de ensino da rede pública fazem parte do projeto-piloto Escolas Inovadoras, promovido pela Fundação de Apoio à Pesquisa e Inovação do Distrito Federal (FAPDF) em parceria com a Secretaria de Educação (SEE). Iniciado em agosto de 2021, o programa, que conta com  investimento de cerca de R$ 3 milhões para cada instituição, consiste na inserção de quatro organizações da sociedade civil (OSCs) nas unidades de ensino para levar melhorias estruturais e pedagógicas. Josália Miquett, do CEF 5 de Taguatinga: “É uma iniciativa que trabalha o empoderamento pessoal, a visão de futuro, o viver em sociedade e o relacionamento familiar” | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “O objetivo é ser uma cocriação de inovação e tecnologia dentro das escolas do Distrito Federal oferecendo capacitação de professores, melhorias nas escolas e compra de materiais; por enquanto, é um projeto-piloto”, revela a coordenadora científica da FAPDF, Ana Paula Almeida Aragão. “É um projeto que consegue dar aos alunos mais oportunidades de acesso tecnológico e, aos professores, a possibilidade de serem mais capacitados para dar as aulas.” As escolas beneficiadas pela iniciativa são CEF 5 de Taguatinga, CEF 1 do Planalto (Vila Planalto), CEF 11 de Taguatinga e Escola Técnica de Ceilândia. Uma OSC é responsável pela gestão do programa em cada uma das unidades. De acordo com o edital, o projeto teria duração de 18 meses, mas todos receberam aditivos para que as organizações tivessem mais tempo de operar as demandas das unidades. Experiência positiva Com 420 alunos do 6º ao 9º ano, o CEF 5 de Taguatinga é uma das escolas públicas em que o projeto tem feito a diferença. Desde a chegada da Agência de Transformação Social (Iecap), OSC responsável pelo projeto, a unidade ganhou equipamentos, passou por reformas, capacitou professores e ofereceu cursos para os alunos. “Para nós foi um ganho muito grande em equipamentos e estrutura”, avalia a diretora do CEF 5 de Taguatinga, Josália Luso Miquett. “Nós agora temos datashow em todas as dez salas. O projeto cedeu oito aparelhos, e nós já tínhamos dois. Também ganhamos notebook para os professores usarem na escola e 50 tablets para os alunos.” O laboratório de geobiologia passou por reforma, com a repaginação das bancadas e a troca do piso. As salas de informática, coordenação, recursos humanos e multiúso tiveram as paredes recuperadas e pintadas. Na biblioteca, foram substituídas as estantes e adquiridas mesas e cadeiras. A cantina também ganhou novo mobiliário, enquanto o espaço de convivência teve o piso alterado e recebeu uma arquibancada. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Há seis anos na escola, a professora Renata Santana Machado é hoje a responsável pela biblioteca. “Eram estantes de ferro que já estavam enferrujadas”, lembra, mostrando o equipamento atual, feito em MDF. “Era muito ruim para manusear os livros. Agora é mais tranquilo. Ficou muito bom”. O local ganhou mais espaço, o que possibilitará a realização de projetos como o Conversa Literária, sobre o qual a professora Renata adianta: “Será um debate sobre um livro a ser definido com os alunos. Como antes era apertado, não dava para fazer um projeto desse. Com as mesas e cadeiras, vai ficar mais fácil e de fato vamos começar a utilizar o espaço para além de emprestar os livros”. Novo prédio Atualmente, um novo prédio está sendo construído para abrigar a Escola da Família, espaço de atividades diversificadas e cursos de qualificação e capacitação profissionais gratuitos para pais e destinados à comunidade. Haverá uma cozinha experimental, duas salas móveis e duas salas no subsolo para atendimento psicopedagógico, além de um banheiro com acessibilidade. A diretora comemora: “Esse é um ganho bem expressivo, porque a nossa escola tem um espaço físico muito grande. Nesse sentido, está sendo bem valoroso, porque será um espaço para atender a comunidade com oficinas”. Coordenador do projeto na Iecap, Dário Aguirre ressalta: “Conseguimos respeitar a cultura da escola e gerar soluções para dentro da escola” Pedagogicamente, a escola conta com capacitações voltadas para os professores e um novo programa para os estudantes, o projeto Eu Lidero. “Esse é um projeto que vai ficar após a saída da OSC”, comenta Josália. “Eles formaram nossos professores para trabalharem com os alunos. É uma iniciativa que trabalha o empoderamento pessoal, a visão de futuro, o viver em sociedade e o relacionamento familiar”. O coordenador-geral do projeto da Iecap, Dário Aguirre, reforça que a organização se empenha, desde o início, em uma atuação que possa ser replicável na rede. “Estamos construindo juntos”, pontua. “Existe uma possibilidade muito grande de esse projeto efetivamente emplacar em outras escolas, porque conseguimos respeitar a cultura da escola e gerar soluções para dentro da escola”.

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