Projeto Sprint melhora atendimento a casos de infarto nas UPAs do DF
O Distrito Federal possui a segunda menor taxa de mortalidade por infarto agudo do miocárdio (IAM) no Brasil, conforme dados do Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), do Ministério da Saúde. Entre janeiro e julho deste ano, 94,66% dos pacientes internados na capital do país após sofrerem ataque cardíaco sobreviveram – um reflexo direto de iniciativas como o projeto Sprint, implementado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) e Secretaria de Saúde (SES-DF). Importante para promover a descentralização, projeto permite às UPAs uma posição de destaque no atendimento a casos de infarto agudo do miocárdio | Foto: Divulgação/IgesDF As unidades de pronto atendimento (UPAs) do DF têm se destacado no atendimento de infarto agudo do miocárdio graças à implementação do projeto Sprint, que integra a rede de emergência utilizando suporte tecnológico de ponta. Com a descentralização do atendimento e a agilidade no diagnóstico e início do tratamento, o Sprint tem reduzido de maneira significativa as taxas de mortalidade cardiovascular no DF. “O Sprint foi fundamental para descentralizar o atendimento e tornar o diagnóstico e o tratamento mais ágeis nas UPAs”, explica o superintendente das UPAs do DF, Francivaldo Soares. “Através de um aplicativo que conecta os médicos das unidades às equipes de cardiologia do Hospital de Base e do ICTDF [Instituto de Cardiologia e Transplante do Distrito Federal], conseguimos otimizar o uso do trombolítico e proporcionar mais segurança aos pacientes.” Capacitação “As doenças cardiovasculares continuam sendo a principal causa de morte no Brasil e no mundo, e por isso era imprescindível modernizar o atendimento nas nossas unidades” Francivaldo Soares, superintendente das UPAs do DF O projeto Sprint utiliza o aplicativo de comunicação Join, que permite a troca de informações em tempo real entre as equipes das UPAs e as especialidades médicas de retaguarda, como cardiologia e hemodinâmica. Com isso, médicos podem compartilhar exames, discutir diagnósticos e definir rapidamente o melhor tratamento a ser administrado, desde a administração do trombolítico até a transferência para um hospital com suporte hemodinâmico, quando necessário. Além do uso de tecnologia, o sucesso do projeto depende também da capacitação das equipes de saúde. Médicos, farmacêuticos, enfermeiros e técnicos de enfermagem das UPAs passaram por treinamentos específicos para o correto manejo de medicações e a aplicação dos protocolos cardiológicos, garantindo a qualidade do atendimento de emergência aos pacientes com suspeita de infarto. “As doenças cardiovasculares continuam sendo a principal causa de morte no Brasil e no mundo, e por isso era imprescindível modernizar o atendimento nas nossas unidades”, ressalta o superintendente. “As UPAs são a principal porta de entrada para esses pacientes; e, com o Sprint, podemos atuar de forma mais assertiva e eficiente.” Iniciado em 2019, o Sprint já apresenta resultados notáveis. A redução do tempo de atendimento e a melhoria na utilização de recursos terapêuticos colocaram as UPAs do Distrito Federal entre as mais eficazes do Brasil no tratamento de IAM. Em 2023, a região ficou em segundo lugar no ranking nacional de mortalidade cardiovascular, uma conquista que o superintendente atribui à dedicação das equipes de saúde e ao uso de tecnologia de ponta. “Se o paciente chega às UPAs com sinais de infarto, temos condições de realizar todo o manejo inicial e, se necessário, encaminhá-lo para um hospital mais avançado com segurança. O Sprint encurtou distâncias e trouxe um novo patamar de atendimento em urgências cardiológicas para o DF”, conclui Francivaldo Soares. Modelo O sucesso do projeto Sprint no DF já inspira outras regiões do país a adotarem o mesmo modelo de atendimento integrado. Com a implementação desse protocolo, o IgesDF reafirma seu compromisso em oferecer atendimento de excelência e salvar vidas, fazendo com que cada minuto conte no tratamento de infartos. As UPAs, como parte fundamental dessa estratégia, têm se tornado referência em acolhimento e resposta rápida, demonstrando que inovação e investimento em tecnologia são essenciais para a saúde pública. Com o Sprint, o IgesDF não só melhorou as taxas de sobrevivência em casos de infarto, mas também se posicionou como uma das principais instituições de saúde no Brasil no combate a complicações relacionadas com infarto agudo do miocárdio. *Com informações do IgesDF
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Lista de espera para cirurgias cardíacas cai mais de 90% em três meses
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES) alcançou um marco significativo na redução da lista de espera por cirurgias cardíacas, que agora tem 20 pacientes. Nos últimos três meses, havia 374 pessoas aguardando, o que representa uma redução de mais de 90%. Atualmente, a rede executa, por mês, 100 operações na área, com um total de 2.304 procedimentos feitos em 2022 e, este ano, 1.134, até o momento. Antônio Francisco Nascimento: “Eu tive muita sorte de ter um atendimento rápido” | Foto: Divulgação/Agência Saúde-DF Referência técnica distrital (RTD) em cardiologia da SES, a médica Edna Marques Maria esclarece que a redução na lista foi possível graças ao aumento na oferta de cirurgias pela rede, em parceria com o Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF), que possui contrato com a secretaria. “Estamos agilizando o pré-operatório e o diagnóstico dos pacientes”, explica. “Garantir um atendimento rápido para doenças cardíacas é de extrema importância, e, por isso, trabalhamos incansavelmente para garantir a máxima eficiência na rede pública.” [Olho texto=”“Anteriormente, apenas três hospitais tratavam pacientes com infarto; agora todos os hospitais e UPAs estão capacitados” ” assinatura=”Edna Marques Maria, referência técnica distrital em cardiologia ” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Antônio Francisco do Nascimento, 66, é um exemplo. Atualmente em recuperação, ele fez uma cirurgia de duas pontes de safena no ICTDF, após ter sido atendido no Hospital Regional do Guará (HRGu). “Qualquer dor no peito, é bom procurar o hospital”, indica. “Eu tive muita sorte de ter um atendimento rápido, pois já estava infartado quando recebi os primeiros cuidados. Por isso, precisei ficar no hospital mais tempo. Tive muita sorte de ser tratado por equipes tão atenciosas e maravilhosas. Se não fosse por elas, não sei se estaria vivo.” Quanto mais rápido, melhor [Numeralha titulo_grande=”4,74% ” texto=”Taxa de mortalidade no DF para pacientes internados após um ataque cardíaco em 2022, quando a média nacional era de 9%” esquerda_direita_centro=”direita”] Diversos problemas cardiovasculares podem ser identificados em estágios iniciais por avaliações como eletrocardiogramas, testes de estresse durante exercícios, radiografias e exames de sangue. Em 2022, a taxa de mortalidade no DF foi de 4,74% para pacientes internados após um ataque cardíaco, em comparação com a média nacional de 9%, de acordo com dados do Departamento de Informação e Informática do SUS (Datasus) do Ministério da Saúde. Edna Marques Maria atribui esses números positivos ao Projeto Sprint, um aplicativo que conecta as equipes de emergência às de plantão de cardiologia, e à descentralização do atendimento no DF. Contrato firmado entre a Secretaria de Saúde do DF e o Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF) foi essencial para redução na lista de espera por cirurgias cardíacas na rede pública do DF | Foto: Divulgação/ICTDF “Vimos uma melhoria significativa na rede de atendimento aos casos de infarto”, reforça a cardiologista. “Anteriormente, apenas três hospitais tratavam pacientes com infarto; agora todos os hospitais e UPAs [unidades de pronto atendimento] estão capacitados.” Nesse fluxo, os especialistas em cardiologia auxiliam no diagnóstico, podendo orientar até mesmo a realização de trombólise – procedimento que utiliza medicação para dissolver um coágulo – no local do atendimento inicial, indicando procedimentos e se preparando para receber o paciente, caso a transferência seja necessária. RecadastraSUS-DF [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A melhora na dinâmica das cirurgias é resultado também das iniciativas de atualização dos dados de usuários, como o RecadastraSUS-DF. É possível atualizar os dados de contato e facilitar o chamamento pelo telefone 160, opção 5, pelo autocadastro online ou pessoalmente em uma unidade básica de saúde (UBS). Para a atualização, basta apresentar comprovante de residência ou uma declaração escrita a mão informando o endereço de moradia, número do telefone e do WhatsApp, CPF ou cartão do SUS e documento de identidade (RG) ou Certidão de Nascimento. Também são coletadas informações sobre os dados pessoais e sociodemográficos, assim como a situação de moradia e de saúde. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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Saúde aprimora assistência em casos de AVC e infarto
O fluxo interno de atendimento a casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) está sendo aprimorado nas unidades de emergência da rede pública de saúde. O objetivo da ação, que integra o projeto Sprint, é reduzir a mortalidade por infarto e o tempo de internação. A iniciativa possibilita, ainda, que os profissionais tenham suporte, durante o atendimento ao paciente, por meio de consultas remotas com outros especialistas. Para que essa novidade se torne uma ação constante, profissionais e estudantes do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) estão sendo capacitados. “Esse projeto nada mais é do que treinar, capacitar todas as equipes de saúde das Unidades de Pronto Atendimento e prontos-socorros conforme protocolos pré-estabelecidos. Além de saber atender o paciente, notificar, ter dados de qualidade para a gente avaliar se está tendo gargalo, para que possamos melhorar esse atendimento”, explica a cardiologista e coordenadora do projeto Sprint, Edna Marques de Oliveira. Tablets Além dos treinamentos, o projeto baseia-se em uma comunicação rápida e eficiente. Para isso, as unidades de saúde receberam tablets, que facilitam a troca de informações clínicas entre os profissionais. Essa ação ajuda no diagnóstico e tratamento dos pacientes, possibilitando melhores condições de recuperação. “Quando recebemos um paciente com infarto, levamos em consideração todo o histórico clínico. Havendo necessidade de um auxílio especial no caso, os profissionais podem fazer contato com o Instituto de Cardiologia e com o Hospital de Base para discutir o caso e definir o tratamento adequado”, esclarece. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Infarto Agudo do Miocárdio é a causa de mais de 15 milhões de mortes no mundo. Em nosso país, anualmente, morrem quase 100 mil brasileiros por ano por ataque cardíaco. Outras 100 mil pessoas morrem de Acidente Vascular Cerebral. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, no ano de 2019, até a presente data, foram registradas 290.615 mortes ocasionadas pelas diferentes doenças cardiovasculares. Diante deste cenário, segundo Edna, a implantação desse projeto é de extrema relevância e tem impacto, ainda, na redução do tempo de internação hospitalar e, principalmente, no número de mortes de pacientes por essa doença. “Os pacientes que entram no projeto têm a garantia de fazer o cateterismo em até 24 horas depois do infarto. Então, agilizamos todo o tratamento do paciente, com a qualidade e a assistência necessárias”, explicou. *Com informações da Secretaria de Saúde
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