Saúde alerta para baixa cobertura vacinal de tríplice viral, poliomielite, influenza e covid-19
A Secretaria de Saúde (SES-DF) alerta que o Distrito Federal enfrenta queda na cobertura de vacinas essenciais. Isso aumenta o risco de reintrodução de doenças já eliminadas no Brasil, como sarampo e poliomielite, e de agravamento de casos de síndromes respiratórias em crianças. A vacinação segue como medida fundamental para prevenir casos de sarampo, poliomielite e outras doenças | Foto: Jhonatan Cantarelle-Agência Saúde-DF De acordo com o Boletim de Imunização do primeiro quadrimestre de 2025, a cobertura da vacina tríplice viral que protege contra sarampo, caxumba e rubéola ficou abaixo da meta de 95% recomendada pelo Ministério da Saúde. De janeiro a abril deste ano, foram aplicadas 9,7 mil doses contra a poliomielite em crianças com menos de um ano, alcançando 88,9% da cobertura. O alerta é reforçado pelo aumento recente de casos de sarampo vindos de outros estados, o que eleva o risco de reintrodução da doença no DF. “Mesmo eliminado no país desde 2016, o sarampo continua circulando em várias partes do mundo, e a mobilidade internacional intensa de Brasília, com a presença de embaixadas e voos internacionais, torna o cenário local ainda mais vulnerável”, explica a gerente da Rede de Frio Central, Tereza Luiza Pereira. Vacina contra poliomielite A poliomielite é uma doença grave, capaz de causar paralisia permanente, e a vacinação é a única forma de prevenção. Todas as crianças menores de cinco anos devem receber as doses de acordo com o calendário de rotina. Desde novembro de 2024, o Brasil adotou o esquema exclusivo com a vacina inativada poliomielite (VIP), conforme orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). O esquema prevê três doses aos 2, 4 e 6 meses de idade, além de um reforço aos 15 meses. Influenza e covid-19 A cobertura das vacinas para Influenza e covid-19 em crianças menores de 4 anos também está longe do ideal. A baixa adesão preocupa especialistas, pois aumenta o risco de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nessa faixa etária — uma das principais causas de internação infantil no inverno e em períodos de alta circulação viral. O boletim aponta que a adesão das famílias ainda é um desafio, mesmo com o esforço da rede pública em ofertar os imunizantes em todas as unidades básicas de saúde (UBSs). “As vacinas estão disponíveis em todas as unidades básicas de saúde, e manter o cartão de vacinação em dia é uma responsabilidade coletiva”, reforça a gerente da Rede de Frio Central. [LEIA_TAMBEM]No Distrito Federal, conforme orientação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), a vacina de covid-19 está disponível para crianças de 6 meses a 5 anos (no Calendário Nacional de Vacinação de rotina), gestantes e puérperas, idosos a partir de 60 anos, pessoas com comorbidades, imunossuprimidos, trabalhadores da saúde, indígenas, quilombolas e ribeirinhos e também pessoas que ainda não tenham recebido nenhuma dose do imunizante. A Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda considera a covid-19 como um importante evento de saúde pública. O vírus segue em circulação, com novas variantes surgindo, e os riscos de agravamento do quadro são maiores em pessoas não vacinadas. Na hora de se imunizar, é importante levar a caderneta de vacinação e um documento de identidade. Caso a pessoa não possua mais seus registros de imunização, será feita consulta digital ao sistema; e, se necessário, serão aplicadas todas as doses previstas para a faixa etária. Consulte a lista dos locais de vacinação. *Com informações da Secretaria dse Saúde
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Capacitação sobre covid-19 ajuda a enfrentar desinformação sobre vacinas
Nesta semana, foi lançado o projeto Covid Combate no Distrito Federal, uma iniciativa de capacitação técnica e educativa voltada a profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) que busca combater a desinformação no país. Participaram da capacitação 125 servidores da APS da Secretaria de Saúde (SES-DF). A médica de família e comunidade Lívia Mariosi lembra que a cobertura vacinal está baixa: “De uma meta de 90% de cobertura dos grupos prioritários e especiais, segundo o Plano Nacional de Imunizações, tivemos uma abrangência média de 13% apenas” | Foto: Yuri Freitas/Agência Saúde-DF Iniciado na segunda-feira (10), o curso busca fortalecer as competências de trabalhadores da saúde que atuam na linha de frente do atendimento à população. O objetivo é recuperar os níveis de cobertura vacinal infantil contra a covid-19 no Brasil. Parte importante da capacitação consiste em criar estratégias eficazes para contrapor as fake news sobre imunização, em especial de crianças menores de 5 anos. “Essa é a vacina mais estudada da história, é uma vacina supersegura. Para mim, é inconcebível uma criança morrer por uma doença que é prevenível por imunização” Tereza Luiza Pereira, gerente da Rede de Frio Central da SES-DF Fruto de parceria entre o Instituto de Pesquisa e Apoio ao Desenvolvimento Social (Ipads), o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e a empresa farmacêutica Pfizer, o curso é ministrado na modalidade semipresencial, com duração de quatro semanas. Imunização Segundo a médica de família e comunidade Lívia Antunes Mariosi, desde a pandemia de covid-19, a vacinação de grupos elegíveis a se imunizar contra o coronavírus – entre idosos, gestantes e crianças de seis meses e menos de cinco anos – nunca esteve tão baixa. “Nós temos essa vacina em nosso calendário normal, mas as pessoas não têm procurado as doses”, alerta. “De uma meta de 90% de cobertura dos grupos prioritários e especiais, segundo o Plano Nacional de Imunizações [PNI], tivemos uma abrangência média de 13% apenas”. A gerente da Rede de Frio Central da SES-DF, Tereza Luiza Pereira, reforça que, embora a pandemia de covid-19 tenha terminado, a vacinação contra o coronavírus continua sendo a principal estratégia de prevenção à doença: “A covid foi um dos vírus respiratórios que mais matou neste ano, e uma das faixas etárias que mais veio a óbito foi a das crianças até 5 anos – exatamente pela baixa cobertura vacinal desse grupo”. De acordo com a gestora, mesmo não evitando que as crianças contraiam a doença, a imunização serve para evitar o agravamento dos quadros. “Isso mostra a importância de se vacinar, de os pais manterem a caderneta de vacinação atualizada”, enfatiza. “Essa é a vacina mais estudada da história, é uma vacina supersegura. Para mim, é inconcebível uma criança morrer por uma doença que é prevenível por imunização”. Projeto de conscientização [LEIA_TAMBEM]Presidente do Ipads, o sanitarista Thiago Lavras Trapé afirma que a baixa cobertura vacinal pediátrica, observada de norte a sul do Brasil, foi o que impulsionou a criação do curso Covid Combate. “Essa baixa cobertura tem muito a ver com o desenvolvimento de fake news associadas à imunização, o que cria uma hesitação às mães em levarem suas crianças aos postos de vacina”, observa. “Por isso, já implementamos esse projeto em 12 cidades pelo país, Brasília é a 13ª”. Durante a capacitação, os profissionais da APS concebem diversas estratégias para acolher e educar o usuário dos serviços de saúde sobre a importância e a segurança da vacinação infantil contra o coronavírus. “Desenvolvemos, por exemplo, um modelo de ‘entrevista motivacional’, em que se ensina a não se contrapor, num primeiro momento, à resistência demonstrada pelos pais em relação às vacinas, mas encorajando, sim, a construírem-se vínculos que possam, pouco a pouco, reverter aquela percepção errada causada pelas fake news”, defende Thiago. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Pessoas com comorbidades e crianças têm direito a vacinas contra pneumonia
Caracterizada como uma infecção dos alvéolos causada por bactérias, vírus, fungos ou mesmo substâncias tóxicas, a pneumonia é uma das principais causas de internação no DF. Somente de janeiro a agosto deste ano, a Secretaria de Saúde (SES-DF) registrou 4.478 internações para tratamentos de pneumonia ou de gripe. É por conta de números assim que a cada 12 de novembro, Dia Mundial da Pneumonia, ganha destaque o alerta para a importância de três vacinas que podem evitar este quadro de saúde. Grupos prioritários, como crianças de seis meses a cinco anos, precisam se imunizar | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF "São vacinas extremamente importantes para a prevenção de pneumonias graves e invasivas”, afirma a gerente da Rede de Frio Central da SES-DF, Tereza Luiza Pereira. “Crianças dentro da faixa etária prevista, os grupos prioritários e as pessoas com comorbidades devem manter cartão de vacina atualizado." A primeira é a vacinação contra gripe, que todos os anos é destacada em campanha para chegar a grupos considerados mais vulneráveis, como crianças de seis meses a cinco anos de idade, portadores de doenças crônicas, gestantes, puérperas e pessoas acima dos 60 anos de idade, entre outros. Doenças respiratórias Até esta terça (11), o DF já registrou 859 mil doses contra a gripe aplicadas, conforme dados do Ministério da Saúde. Disponibilizada anualmente, a vacina protege dos principais vírus causadores de doenças respiratórias, prevenindo complicações contra a pneumonia. Outra vacina importante é a pneumocócica 10-valente conjugada (VPC-10). Prevista no calendário de rotina de vacinação, deve ser aplicada em todas as crianças aos dois meses, quatro meses e um ano de idade, com a vantagem de também prevenir casos de otite. Crianças de até quatro anos, 11 meses e 29 dias também podem ser imunizadas nas salas de vacinação. [LEIA_TAMBEM]A cobertura vacinal, porém, está abaixo do esperado: até o dia 5 deste mês, foram aplicadas 35.896 doses, o suficiente para proteger 88,6% das crianças com menos de um ano com o esquema básico de vacinação. A meta estabelecida pelo Programa Nacional de Imunização, porém, é de 95%. Já a dose de reforço chegou a 85,2% das crianças na faixa etária indicada, também abaixo da meta de 95%. Por fim, há a vacina pneumocócica 23-valente. É indicada para grupos específicos: idosos a partir de 60 anos acamados ou que vivem em instituições fechadas precisam tomar uma dose a cada cinco anos. Crianças a partir de dois anos, com situações médicas específicas, como infecção por HIV, tratamento de câncer, transplantados de órgãos sólidos ou de células-tronco, cardiopatias crônicas e diabetes, podem ser vacinadas nas unidades básicas de saúde (UBSs) que prestam atendimento do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie). Nesse caso, serão avaliados os relatórios médicos dos pacientes. Veja o local de vacinação mais perto de você. *Com informações da Secretaria de Saúde
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BCG, proteção que começa na infância
Logo nas primeiras horas de vida, um gesto simples pode mudar o futuro de uma criança: a aplicação da vacina BCG, indicada para prevenir as formas mais graves da tuberculose. Segundo o Boletim Epidemiológico da Tuberculose 2025, publicado pelo Ministério da Saúde, crianças e adolescentes representam 12% dos casos da doença no mundo. Cobertura vacinal do DF já alcançou 121,6% este ano, superando a meta de 90% estabelecida pelo Ministério da Saúde | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde “A BCG é muito importante porque protege contra meningite tuberculosa e tuberculose miliar, por isso deve ser administrada o mais cedo possível”, explica a gerente da Rede de Frio Central da Secretaria de Saúde (SES-DF), Tereza Luiza Pereira. O Brasil registrou um importante aumento na vacinação de BCG nos últimos anos: de 84,3% em 2023 para 92,3% de cobertura em 2024. No DF, esse índice já alcançou 121,6% neste ano, superando a meta de 90% estabelecida pelo Ministério da Saúde. “Esses números mostram um avanço significativo, mas é fundamental manter o compromisso com a vacinação de todas as crianças”, ressalta a gerente. Quem deve tomar O imunizante é disponibilizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em dose única e deve ser aplicado em recém-nascidos com mais de 2 kg, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o nascimento. Caso não seja possível a vacinação ainda na maternidade, ela pode ser feita até os 4 anos de idade, com horários específicos definidos pela unidade básica de saúde (UBS) mais próxima da residência da família. Confira no site da SES-DF. “Se a mãe usou anticorpos imunossupressores, essa condição pode ser transferida ao bebê, exigindo atenção antes da imunização”, orienta Tereza Pereira, gerente da Rede de Frio Central da SES-DF A BCG também é recomendada a pessoas que têm contato com portadores de hanseníase. A aplicação gera uma reação no local, com vermelhidão, pequena ferida e posterior cicatriz - o que é esperado e não requer medicamentos ou curativos. No entanto, por conter bactéria viva atenuada, a vacina é contraindicada a indivíduos imunodeprimidos, como pacientes com vírus da imunodeficiência humana (HIV), oncológicos e recém-nascidos de mães que usaram imunossupressores durante a gestação. [LEIA_TAMBEM]“A imunossupressão precisa ser avaliada antes de aplicar a vacina”, alerta Tereza Pereira. “Se a mãe usou anticorpos imunossupressores, essa condição pode ser transferida ao bebê, exigindo atenção antes da imunização.” Data histórica Nesta terça-feira (1º), é celebrado o Dia da Vacina BCG. Foi quando, em 1921, os cientistas Léon Calmette e Alphonse Guérin, que haviam atenuado uma bactéria denominada Bacilo de Calmette e Guérin (por isso, a sigla BCG). Com ela, foi possível combater o bacilo de Koch, causador da tuberculose. A doença pode afetar pulmões, ossos, rins e meninges. Os principais sintomas incluem tosse persistente, febre, suores noturnos, fraqueza e perda de peso. No Brasil, a BCG completa 48 anos. O imunizante foi incorporado ao calendário nacional de vacinação em 1977 pelo Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), tornando obrigatória sua administração em crianças. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Oficina reúne profissionais de saúde sobre preparação, vigilância e resposta a emergências
A Secretaria de Saúde (SES-DF), em conjunto com o Ministério da Saúde, promoveu a Oficina de Preparação, Vigilância e Resposta às Emergências em Saúde Pública. Com a participação de mais de 90 profissionais da pasta distrital, o encontro buscou, durante esta terça (11) e quarta-feiras (12), promover ações integradas entre os setores de vigilância e atenção à saúde. O subsecretário de Vigilância à Saúde da SES-DF, Fabiano dos Anjos, apresentou painel sobre atuação da Vigilância Sanitária no Distrito Federal | Fotos: Jhonatan Cantarelle/SES-DF Durante as oficinas realizadas no Grand Bittar Hotel, houve troca de experiências e boas práticas por meio da utilização de metodologias centradas nos participantes, visando estimular a discussão sobre desafios comuns e promover soluções inovadoras. Com a participação de mais de 90 profissionais da SES-DF, o treinamento buscou antecipar e planejar respostas às emergências em saúde pública O subsecretário de Vigilância à Saúde (SVS) da SES-DF, Fabiano dos Anjos, apresentou um painel sobre atuação da subsecretaria no Distrito Federal. “A ação da vigilância à saúde perpassa todos os níveis de atenção à saúde. É um trabalho integrado e é preciso de ter essas intervenções de maneira oportuna e efetiva para além daquilo que é institucional. A Vigilância Sanitária do DF, diferente de outros estados, é a única que tem a autoridade sanitária conferida para atuar com o poder de polícia de abrir processos administrativos”, exemplificou. Priscilleyne Ouverney, à frente da Gerência de Epidemiologia de Campo (Gecamp) da SES-DF, enfatizou que a oficina propicia a antecipação de ocorrências de saúde. “É um evento em que conseguimos reunir os profissionais de todas as Regiões de Saúde do DF, tanto das vigilâncias quanto profissionais de assistência. Termos a oportunidade para pensar antes de acontecer é primordial. Assim, estaremos preparados para responder às emergências de forma mais rápida e de modo melhor, diminuindo danos para a população”, destacou. Também presente no evento, a gerente da Rede de Frio Central da SES-DF, Tereza Luiza Pereira, citou desastres naturais e doenças como dengue e covid-19 para exemplificar a relevância do encontro. “É extremamente importante porque nos prepara para os desafios que temos enfrentado. É essencial, nós, como profissionais, estarmos preparados para detectar esses eventos de forma cada vez mais precoce, para dar uma resposta rápida e evitar o que vimos na pandemia, por exemplo”, concluiu. *Com informações da SES-DF
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Vacinação de crianças de 4 anos imunossuprimidas começou nesta quarta (20)
Crianças de 4 anos imunossuprimidas estão iniciando o ciclo de vacinação contra a covid-19 nesta quarta-feira (20). São mais de 70 pontos de imunização no Distrito Federal. Para esse público, a Secretaria de Saúde destacou o estoque do imunizante CoronaVac, conforme nota técnica do Ministério da Saúde encaminhada no fim da tarde de terça-feira (19). A Secretaria de Saúde conta no momento com cerca de 6,5 mil doses do imunizante CoronaVac na Rede de Frio Central e nas unidades básicas de saúde | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde DF É necessário apresentar documento de identificação tanto dos pais ou responsáveis quanto da criança, além do cartão de vacinação e laudo ou relatório médico comprobatório da imunossupressão. O esquema vacinal para esse público será de duas doses, com intervalo de 28 dias. A Secretaria de Saúde conta no momento com cerca de 6,5 mil doses do imunizante CoronaVac na Rede de Frio Central e nas unidades básicas de saúde (UBSs). O Ministério da Saúde ainda se comprometeu a remanejar doses de outros estados para que o DF possa prosseguir com a vacinação de toda a faixa etária já autorizada. Segundo o Plano de Operacionalização da Vacinação contra a covid-19 do Ministério da Saúde, 13ª edição, entende-se por pessoas com alto grau de imunossupressa?o (imunocomprometidos): * Pessoas com imunodeficie?ncia prima?ria grave (erros inatos da imunidade) * Pacientes em quimioterapia para câncer * Pacientes transplantados de o?rga?os so?lidos ou de ce?lulas tronco hematopoie?ticas (TCTH) em uso de drogas imunossupressoras * Pessoas vivendo com HIV/Aids * Pacientes em uso de corticoides em doses ?20 mg/dia de prednisona, ou equivalente, ?14 dias * Pacientes em uso de drogas modificadoras da resposta imune * Pacientes com doenças autoinflamato?rias, doenc?as intestinais inflamato?rias * Pacientes em hemodia?lise * Pacientes com doenc?as imunomediadas inflamato?rias cro?nicas *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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DF já aplicou mais de 6,2 milhões de doses contra a covid-19
O Distrito Federal foi a primeira unidade federativa do Brasil a reconhecer a pandemia da covid-19. Foi a pioneira, também, a decretar o isolamento social e a adotar políticas públicas emergenciais na contenção e combate ao vírus, seja na distribuição de mais de 2,2 milhões de máscaras, na contratação de leitos de UTI da rede particular ou na abertura de hospitais de campanha. Até segunda (16), 98.130 pessoas tomaram a quarta dose (segunda dose de reforço) | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Com uma população estimada em 3.010.881 habitantes, de acordo com a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) 2021, da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), a capital do país mantém o estímulo da imunização da população, com vacinas de sobra – nunca faltaram em quase um ano e meio de campanha. A cobertura da primeira e da segunda dose alcança um percentual bem alto, o que não se repete nas etapas de reforço, por falta de procura por parte da população. [Olho texto=”“Nossa logística é ímpar. A vacina chega às 6h no centro de armazenamento e distribuição e às 10h já conseguimos abastecer mais de 160 postos”” assinatura=”Divino Valero, subsecretário de Vigilância à Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] A vacinação contra a covid-19 no DF começou no dia 19 de janeiro de 2021. De lá para cá, foram recebidas 7.137.727 doses do imunizante – e aplicadas 6.216.243 até 16 de maio de 2022. Confira o vacinômetro. O planejamento estratégico e a liberação escalonada do imunizante por faixas etárias e grupos prioritários – obedecendo a destinação das doses de acordo com o previsto pelo Ministério da Saúde – fez com que ele nunca faltasse para quem estava previsto recebê-lo. Para que a vacina chegue ao braço do brasiliense, existe um processo de logística comandado pelos servidores da Rede de Frio Central. “Nossa logística é ímpar. A vacina chega às 6h no centro de armazenamento e distribuição e às 10h já conseguimos abastecer mais de 160 postos”, explica o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero. Há um processo de logística comandado pelos servidores da Rede de Frio Central | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Autoridades de saúde do GDF são unânimes em lembrar que a pandemia não acabou e que, apesar da flexibilização das medidas sanitárias – por uma questão econômica –, a Organização Mundial de Saúde (OMS) ainda mantém o alerta pandêmico pelas características de contágio da doença. Completar o esquema vacinal, portanto, é imprescindível para o arrefecimento da proliferação do vírus. [Olho texto=”“À medida que avançarmos na vacinação, reduzimos as internações e a média de mortes por dia, pois o vírus em uma pessoa imunizada tem muito menos força do que em alguém que não se vacinou”” assinatura=”Fabiano Martins, diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] “À medida que avançarmos na vacinação, reduzimos as internações e a média de mortes por dia, pois o vírus em uma pessoa imunizada tem muito menos força do que em alguém que não se vacinou”, alerta o diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Fabiano Martins. Carro da Vacina Técnicos da Secretaria de Saúde apontam duas razões pelas quais as pessoas não cumprem seus ciclos imunizadores contra a covid-19: o viés ideológico ou a dificuldade de acesso e locomoção. A desinformação, neste caso, inexiste, em se tratando da pandemia. O GDF, então, decidiu levar a vacina a quem tinha dificuldade de ir até ela. Carro da vacina leva o imunizante à população em situação de vulnerabilidade com ausência de equipamentos públicos e falta de infraestrutura | Foto: Paulo H Carvalho/Agência Brasília Em 8 de janeiro de 2022, o Carro da Vacina circulou pelas ruas do Sol Nascente. A proposta era levar o imunizante à população em situação de vulnerabilidade com ausência de equipamentos públicos e falta de infraestrutura – ou incapaz de arcar com o custo do deslocamento até uma delas. Eram ali, nos trechos 1, 2 e 3 no Pôr do Sol e nas áreas rurais de Brazlândia, os maiores bolsões de não vacinados registrados pela Secretaria de Saúde. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] De lá pra cá, foram 11 edições em que uma van com um rotolight e um megafone saiu pelas ruas chamando as pessoas para se vacinarem. O resultado: 4.816 doses aplicadas – 1,2 mil só da primeira –, uma adesão considerada satisfatória para quem está na linha de frente desse atendimento. “Acredito muito na busca ativa de pessoas não vacinadas”, defende a superintendente da Região de Saúde Oeste (Ceilândia, Sol Nascente, Pôr do Sol e Brazlândia), Lucilene Florêncio. “Sempre que o calendário de vacinação for ampliado, há necessidade de ir até essa população. E pode ter certeza de que nós iremos”, conclui.
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220 mil pessoas estão com a segunda dose da vacina atrasada no DF
Mais de 1,9 milhão de pessoas tomaram a segunda dose da vacina contra a covid-19 no Distrito Federal, mas o número poderia ser maior. De acordo com as estimativas da Secretaria de Saúde, são cerca de 220 mil pessoas que já poderiam ter recebido a segunda dose, mas ainda não compareceram a um local de vacinação. O estoque na Rede de Frio Central conta hoje com mais de 403.708 doses da Pfizer-BioNTech e mais de 547,3 mil doses da CoronaVac, além do que já foi distribuído para os locais de vacinação | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Uma das explicações para o atraso é o novo prazo para a segunda dose: 28 dias após a primeira aplicação, no caso da CoronaVac; e de 56 dias ou oito semanas para AstraZeneca ou Pfizer-BioNTech, independentemente da data prevista no cartão. Hoje, 6 de dezembro, por exemplo, podem tomar a segunda dose quem recebeu a CoronaVac em 8 de novembro e quem tomou a AstraZeneca ou Pfizer em 11 de outubro. Em caso de atraso, ainda é possível se vacinar. [Olho texto=”Até domingo (5), o DF registrava 88,73% da população vacinável (acima de 12 anos) com a primeira dose, ou 74,95% da população total. No caso da segunda dose, os índices são de 77,71% do público vacinável ou 65,64% da população” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] O estoque na Rede de Frio Central conta hoje com mais de 403.708 doses da Pfizer-BioNTech e mais de 547,3 mil doses da CoronaVac, além do que já foi distribuído para os locais de vacinação. “Aqui no DF temos todas as doses disponíveis para a população”, afirma o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero. Ele lembra que há também disponibilidade para quem, por qualquer motivo, ainda não tomou a primeira dose. Também é aplicada a dose de reforço para todos que completaram o ciclo vacinal há cinco meses completos. “Se você vai viajar e ainda não observou esse detalhe da vacina, é fundamental, até para ir com mais tranquilidade”, aconselha o gestor. A única exceção é para a dose de reforço da Janssen. A Secretaria de Saúde aguarda o envio de novas doses pelo Ministério da Saúde para a aplicação nas 58.362 pessoas que foram imunizadas com essa vacina. A subida da proporção da população com a primeira dose (linha verde) e com a segunda dose ou dose única (linha preta) ocorre em paralelo à queda do número de casos (linha azul), de internações em leitos de UTI (linha roxa) e de óbitos (linha vermelha) | Reprodução: Secretaria de Saúde Efetividade das vacinas O acompanhamento da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) da Secretaria de Saúde detalha a efetividade da campanha de vacinação. A subida da proporção da população com a primeira dose (linha verde) e com a segunda dose ou dose única (linha preta) ocorre em paralelo à queda do número de casos (linha azul), de internações em leitos de UTI (linha roxa) e de óbitos (linha vermelha). O gráfico mostra, por exemplo, a elevação do índice de vacinação, entre os meses de julho a setembro, e a redução da ocupação dos leitos de UTI e de óbitos, a partir de outubro. [Olho texto=”“Se você vai viajar e ainda não observou esse detalhe da vacina, é fundamental, até para ir com mais tranquilidade”” assinatura=”Divino Valero, subsecretário de Vigilância à Saúde” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Até o domingo (5), o DF registrava 88,73% da população vacinável (acima de 12 anos de idade) com a primeira dose, ou 74,95% da população total. No caso da segunda dose, os índices são de 77,71% do público vacinável ou 65,64% da população. Ao todo, foram aplicadas 4.523.319 vacinas no DF, sendo 2.287.948 de primeira dose, 1.945.222 de segunda dose, 58.362 de dose única, 222.104 de dose de reforço e 9.683 de dose adicional. Essa última voltada para pessoas imunossuprimidas, que devem comparecer a um local específico de vacinação com cartão de vacina, documento de identidade com foto e laudo ou relatório médico. O resultado é a diminuição do número de infecções, também confirmada pelos dados de domingo. A média de casos nos últimos sete dias ficou em 65, abaixo da média do período anterior, que era de 71. O índice de transmissão, o chamado RT Diário, está em 0,78, também abaixo dos 0,82 registrados sete dias antes. Quando esse número está abaixo de 1, significa que a transmissão está em desaceleração. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A queda do número de casos também se reflete nas internações. Dos 65 leitos de UTI Covid no DF, 36 estão ativos, dos quais 13 estavam vagos no domingo. Vale ressaltar que dos 23 pacientes internados nesses leitos, três têm residência fora do DF. Já no Hospital de Campanha do Gama, com 100 leitos com suporte ventilatório para pacientes com covid-19, 88 estavam vagos no domingo, um índice de ocupação de 12%. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Ampliada a aplicação da dose de reforço para profissionais da saúde
Cerca de 6 mil profissionais de saúde, segundo estimativas da pasta, estão aptos a receber a dose de reforço | Fotos: Breno Esaki/Agência Saúde-DF A Secretaria de Saúde vai ampliar a aplicação da dose de reforço para os profissionais da saúde a partir desta sexta-feira (15). Poderão ser vacinados aqueles que tomaram a segunda dose ou a dose única até o dia 15 de abril. Para receber o reforço, será necessário apresentar o cartão de vacinação ou as informações do Conecte-SUS, bem como a identidade funcional que comprove ser um profissional da área da saúde. Os locais de vacinação foram definidos de acordo com a categoria profissional de cada trabalhador. Alguns poderão receber a vacina nos próprios locais onde trabalham. Os detalhes podem ser conferidos na animação abaixo: Para aqueles que se enquadram para o recebimento nas unidades básicas de saúde ou ponto drive-thru, a lista com os locais está disponível no site da Secretaria de Saúde. A pasta estima que a ampliação deva alcançar 6 mil trabalhadores aptos a receber a dose de reforço. As informações foram anunciadas pelo secretário de Saúde, general Manoel Pafiadache, em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (14) no auditório da Secretaria de Saúde. Vacinação dos adolescentes [Olho texto=”“Com esse reforço, vamos retomar (por completo) a vacinação do público de 12 a 17 anos. Essa nova remessa será suficiente para vacinar todo esse público com a primeira dose”” assinatura=”Manoel Pafiadache, secretário de Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] O secretário também anunciou que o Ministério da Saúde liberou uma nova remessa de doses da vacina Pfizer-BioNTech, destinada para o público de 12 a 17 anos. A previsão é que as vacinas cheguem ao DF nesta sexta-feira (15). A pasta estima que cerca de 82 mil pessoas nesta faixa etária ainda não receberam a primeira dose da vacina. “Com esse reforço, vamos retomar (por completo) a vacinação do público de 12 a 17 anos. Essa nova remessa será suficiente para vacinar todo esse público com a primeira dose”, afirmou. A secretaria lembra que hoje a vacinação para os adolescentes está concentrada nos pontos que funcionam na Região de Saúde Norte, uma vez que o quantitativo de vacinas recebidas até o momento já foi todo utilizado nas demais regiões. [Numeralha titulo_grande=”86,29%” texto=”da população acima de 12 anos já se vacinou com a primeira dose e isso se reflete na diminuição de novos casos, na queda no número de mortes e na redução de casos mais graves da doença” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Segunda dose O subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero, esclareceu que as 424.710 mil doses da vacina Pfizer-BioNTech em estoque na Rede de Frio Central estão programadas para aplicação da segunda dose. No DF, 86,29% da população acima de 12 anos já se vacinou com a primeira dose e isso se reflete na diminuição de novos casos, na queda no número de mortes e na redução de casos mais graves da doença. A segunda dose já alcançou, até o momento, 54,94% da população vacinável. A campanha de vacinação contra a covid-19 no Distrito Federal teve início em janeiro deste ano e já aplicou mais de 3,5 milhões de vacinas na população local e da região. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Transmissão da covid-19 A taxa de transmissão do novo coronavírus na capital federal está em 1.06 nesta quinta-feira (14). Houve uma queda em relação à semana passada, quando estava em 1.15. Há três dias, o índice RT estava em 1.14 e ontem estava em 1.08. A taxa de ocupação dos leitos de UTIs gerais está em 77,78%. Já os leitos de enfermaria covid encontram-se com índice de 71,02% de ocupação. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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População do DF conta com 47 tipos de vacinas e soros
A Rede de Frio Central do Distrito Federal ficou conhecida a partir da pandemia do novo coronavírus, mas a unidade existe há 20 anos. Lá, além das vacinas contra a covid-19, são armazenados todos os imunizantes que chegam à capital federal e protegem a população de vários tipos de doença. No espaço também são acondicionados soros usados em pessoas que foram picadas por animais peçonhentos. Em entrevista à Agência Brasília, a chefe do Núcleo de Rede de Frio Central, Tereza Luiza Pereira, explica o caminho percorrido pelos imunizantes até chegar às salas de vacinação do DF. “São 47 tipos de imunobiológicos [vacinas, soros, anticorpos] com capacidade de armazenar até 600 mil doses de vacinas por mês, podendo chegar a 1 milhão, vindas do Ministério da Saúde”, informa a responsável pela unidade. Acompanhe, abaixo, os principais trechos da entrevista. Fotos: Paulo H Carvalho/Agência Brasília O que é a Rede de Frio Central? A Rede de Frio existe desde 2001. É uma unidade da Secretaria de Saúde que tem por função receber, armazenar e distribuir os 47 imunobiológicos que o Ministério da Saúde fornece: vacinas de rotina e campanha, soros antiofídicos [para picada de animais peçonhentos, antitetânico] e imunoglobulinas [anticorpo humano, antirrábico e antitetânico] para todo Distrito Federal. A unidade ficou mais conhecida por causa da vacinação contra a covid-19, mas desenvolvemos esse papel há 20 anos, orientados pelo Programa Nacional de Imunizações [PNI] do governo federal. São 25 funcionários, entre técnicos administrativos e de enfermagem, enfermeiros, farmacêutico e administrador. Qual a capacidade de armazenamento? A unidade tem capacidade de armazenar até 600 mil doses de vacina por mês, podendo chegar a 1 milhão em épocas de campanha de vacinação. Como estamos na campanha da vacina contra a covid-19, basicamente todas as nossas geladeiras estão cheias. Além de uma rede de frio, é também uma área de backup. Se acontecer qualquer coisa com imunobiológicos na ponta ou nas regionais, temos que ter espaço para acondicionar o estoque deles aqui. A capacidade depende da apresentação, da vacina, de cada laboratório. Há caixinhas que guardam 500 doses, ou de tamanho semelhante, que armazenam apenas uma. Como é a estrutura? São três áreas. Há a administrativa, onde os servidores e a coordenação estão alocados; a área fria [cadeia de frio], onde ficam guardadas as vacinas com uma área de preparo e duas de armazenamento, e a área quente [almoxarifado], onde ficam acondicionados todos os insumos necessários para a vacinação, que são seringas, descartáveis, algodão. Se saem mil vacinas daqui, por exemplo, acompanha-as a mesma quantidade de material. De onde vêm as vacinas? Todas as nossas vacinas são distribuídas pelo Ministério da Saúde. O GDF não compra nenhuma vacina ou imunobiológico. São quatro fábricas produtoras de vacinas no Brasil: [Instituto] Butantan, Fiocruz [Fundação Oswaldo Cruz], Funed [Fundação Ezequiel Dias] e [Laboratório Médico] Vital Brasil. Há outras vacinas que são compradas no exterior ou em empresas privadas. Uma vez por mês, solicitamos ao governo federal o quantitativo de que precisamos para atender as unidades por 30 dias. E a temperatura necessária para acondicionamento, é diferente para cada vacina? São três tipos de temperatura. A maioria das vacinas fica armazenada de 2 a 8 graus. A vacina oral da poliomielite fica acondicionada a -20 graus, e depois que ela sai dessa temperatura tem que ficar de 2 a 8 graus, mas a validade, que é de dois anos, cai para três meses. Ou seja, o descongelamento é feito praticamente na hora de mandar para a sala de vacinação. Outro exemplo é a Pfizer, que é guardada a -80 graus. A Janssen é armazenada em -20 graus nos Estados Unidos, mas está sendo entregue de 2 a 8 graus, e depois não pode ser recongelada. Como funciona a logística de distribuição? Como disse, recebemos a vacina uma vez por mês. Temos sete regiões de saúde e oito redes de frio regionais [nos hospitais regionais de Asa Norte, Ceilândia, Gama, Paranoá, Planaltina, Taguatinga e Sobradinho e na Unidade de Saúde Básica nº 1 do Núcleo Bandeirante]. A cada 15 dias, as regiões entram com seus pedidos de acordo com a necessidade das salas de vacina. E se as regiões precisarem de mais doses do que o previsto? Avaliamos de acordo com o consumo mensal deles, com o número de salas de vacina e da população para ver se está compatível. Caso não esteja, entramos em contato para saber se está acontecendo algum surto de doença ou ação que justifique essa solicitação. Há uma conferência dupla também: uma pessoa separa em um dia e, no outro, outra pessoa confere novamente. Ao chegar ao destino, é feita outra conferência no local. A carga vem do aeroporto direto pela transportadora do Ministério da Saúde. Chegando aqui, colocamos na nossa área fria e abrimos caixa por caixa para verificar a temperatura de cada uma. Se alguma delas não estiver com a temperatura de 2 a 8 graus, ela entra em quarentena e comunicamos ao governo federal. Ele envia para o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde [INCQS] para que avaliem se aquela carga sofreu ou não perda de potência. Quando sobram imunizantes, voltam para a rede? Não. Dificilmente fazemos a logística reversa. Não temos a garantia da qualidade do que aconteceu com a dose lá. Só retorna para a rede de frio se a gente estiver com alguma falta de vacina de forma que precisemos fazer um remanejamento. Da mesma forma que recebemos do ministério, quando vamos à região [de saúde], pegamos todos os mapas de temperatura por onde os imunizantes passaram. Se ficou em uma caixa térmica, vamos olhar o mapa de temperatura da caixa. Se for em uma geladeira, a mesma coisa. Tudo isso para garantir que aquela vacina tenha qualidade. Há dois tipos de sobra. A dose remanescente, por exemplo, é composta por frascos multidoses que, depois de abertos, têm um tempo para ser utilizados. Se sobrarem [doses], têm que ser aplicadas dentro da validade do frasco ou descartadas após esse prazo. A região tem autonomia para fazer a logística dela. Há também o remanejamento. Se está sobrando em um local, mandamos para outro onde está faltando. Após abertas, as vacinas duram quantos dias? Temos diversos frascos multidoses que duram de sete a 28 dias. A AstraZeneca dura dois dias. Anotamos a data de abertura do frasco, ele fica na geladeira e vamos monitorando. Se há um frasco aberto e não tem nada escrito, vai direto para o lixo. Cada vacina tem seu prazo de validade, mas monitoramos isso de perto. Como o ministério compra fora do país, nem sempre ele recebe a vacina dentro de um prazo de validade aceitável. Alguns imunizantes foram liberados para mais público. O HPV é restrito para adolescentes, mas, em bula, ele é preconizado para mulheres até 45 anos e mulheres até 26 anos. Se a gente vir que vai vencer, fazemos uma nova estratégia. Como está o estoque atual? É muito dinâmico. Até esta quinta-feira [22], tínhamos 582.022 imunizantes. Quando trabalhamos com agendamento, precisamos que 100% das pessoas agendadas tenham o direito da vacina. Em algumas apresentações da Coronavac, da Janssen e até mesmo da Pfizer, nem sempre o aspirador consegue tirar a quantidade certa do frasco; pode quebrar ou ocorrer uma pane no equipamento. Por isso, mantemos uma reserva técnica para, caso a unidade sinalize que está faltando, a gente possa repor. Quando trabalhamos com demanda espontânea, que vai começar nesta sexta-feira [23], é diferente. Com relação à D2 da covid-19, o Ministério da Saúde não tinha garantia de entrega pelos laboratórios, então ele preferiu encaminhar a segunda dose da AstraZeneca. A expectativa é vacinar 180 mil pessoas com a segunda dose até 31 de julho.
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