Seminário incentiva hábitos alimentares equilibrados nas escolas do DF
O VII Seminário sobre Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas do Distrito Federal, realizado na segunda-feira (10) pela Secretaria de Educação (SEEDF), reuniu gestores, nutricionistas, professores e representantes das redes pública e privada para discutir boas práticas e políticas voltadas à alimentação equilibrada no ambiente escolar. O encontro, no auditório da Escola de Saúde Pública (ESP-DF), contou com palestras de nutricionistas do Programa de Alimentação Escolar (PAE) do Tocantins, apresentações, o lançamento de uma série de videocasts educativos e a premiação de experiências exitosas em Educação Alimentar e Nutricional (EAN). O VII Seminário sobre Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas do Distrito Federal debateu boas práticas e políticas para uma alimentação equilibrada no ambiente escolar | Fotos: Mary Leal/SEEDF A assessora especial da Subsecretaria de Apoio às Políticas Educacionais (Suape) da SEEDF, Patrícia Lacerda, ressaltou a importância de compartilhar experiências bem-sucedidas nas redes pública e privada de ensino. Segundo ela, o seminário marca o encerramento de um ciclo de intenso trabalho e cooperação. “Este é o momento de reunir todos os parceiros desta caminhada para apresentar o que foi construído, os desafios superados e os avanços alcançados. Fizemos muito ao longo do ano e continuaremos fazendo ainda mais”, concluiu. Orientações para uma alimentação saudável Nayara de Menezes, presidente do Fórum sobre Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas do Distrito Federal e nutricionista da SEEDF, destacou que o seminário faz parte de um movimento contínuo de fortalecimento das ações de educação alimentar e nutricional nas unidades escolares. “Este é um espaço de articulação entre diferentes setores do governo e da sociedade civil, que trabalham juntos para garantir que a alimentação saudável esteja no centro das práticas educativas e das escolhas diárias das comunidades escolares”, afirmou. “Nosso papel é promover a alimentação saudável nas escolas públicas e particulares do DF, regulamentando o que é comercializado nesses ambientes e estimulando ações educativas que vão além da merenda” Nayara de Menezes, presidente do Fórum sobre Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas do DF Nayara lembrou que o fórum foi instituído por decreto em 2015, em conformidade com a Lei Distrital nº 5.146/2013, que estabeleceu diretrizes para o PAE. O espaço reúne representantes de diversos conselhos e órgãos públicos. “Nosso papel é promover a alimentação saudável nas escolas públicas e particulares do DF, regulamentando o que é comercializado nesses ambientes e estimulando ações educativas que vão além da merenda. O objetivo é valorizar boas práticas e inspirar mais escolas a desenvolver projetos que unam saúde, aprendizado e cidadania”, acrescentou a nutricionista. Horta como espaço de aprendizado O projeto “Horta com Bases Agroflorestais da Escola Classe 12 de Sobradinho: Espaço Arco-Íris” foi um dos premiados na Mostra de Experiências Exitosas em Educação Alimentar e Nutricional, apresentada durante o seminário. A iniciativa, desenvolvida pela professora Íris Soares Lourenço, integra educação ambiental, alimentar e nutricional em um único espaço, transformando a horta escolar em um ambiente de aprendizagem, convivência e sustentabilidade. Com o objetivo de aproximar os estudantes das ciências e dos saberes populares, o projeto incentiva a autossustentabilidade e o protagonismo da comunidade escolar. A horta agroflorestal tem promovido práticas saudáveis e o cuidado coletivo com o meio ambiente. “A experiência também estimula o envolvimento das famílias, fortalecendo vínculos e ampliando a consciência sobre alimentação saudável e preservação ambiental”, enfatizou a professora. Servidores da Escola Classe 12 de Sobradinho foram premiados na Mostra de Experiências Exitosas em Educação Alimentar e Nutricional Desafios da segurança alimentar Adriano Gomes, pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e assessor técnico do Fórum sobre Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas do DF, explicou que, durante o seminário, foi apresentado um manifesto originado de um movimento nacional para repensar os desafios da segurança alimentar no país. Segundo ele, a fome passou a manifestar-se também nos centros urbanos, o que levou o governo federal a criar políticas específicas para esses territórios. “Em 2023, percebeu-se que a fome estava mudando de forma e, hoje, ela se entranha nas cidades. Por isso, foi criada a Estratégia Alimenta Cidades, uma política que reconhece a importância dos ambientes alimentares, como as escolas, na formação de hábitos saudáveis”, contou. Adriano salientou que o texto orienta ações voltadas à educação alimentar e nutricional, à restrição de produtos ultraprocessados e à limitação da publicidade comercial no ambiente escolar. “O decreto depende da adesão dos estados, municípios e do Distrito Federal, que precisam adaptar as diretrizes federais às suas realidades locais. Aqui no DF, queremos garantir que as políticas cheguem de forma efetiva a todas as escolas”, afirmou. A SEEDF já realiza um importante trabalho de atualização das leis relacionadas à alimentação escolar, e o manifesto consolida esse esforço. O documento foi elaborado de forma participativa e busca sensibilizar a sociedade. “Ele apresenta dados como o fato de que 25% das crianças do DF estão com sobrepeso, e nove em cada dez consomem alimentos ultraprocessados, o que evidencia uma relação direta entre consumo e adoecimento. Nossa expectativa é avançar na promoção da educação alimentar”, disse. O pesquisador e assessor técnico do Fórum, Adriano Gomes, explicou que o Manifesto pela Alimentação Saudável surgiu de um movimento nacional Avanços A gerente de Supervisão Técnica e Educação Alimentar e Nutricional da Secretaria de Educação, Juliene Moura, destacou que o Distrito Federal se mantém na vanguarda da alimentação escolar saudável graças às parcerias com a agricultura familiar. Segundo ela, o trabalho conjunto com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e a Secretaria de Agricultura (Seagri-DF) tem aprimorado a qualidade dos alimentos oferecidos aos estudantes e valorizado os produtores locais. “O DF vem construindo esse resultado há mais de dez anos, qualificando a agricultura familiar em parceria com diversas instituições. Hoje, já alcançamos 30% das compras com recursos federais provenientes da agricultura familiar e, no próximo ano, esse número deve chegar a 45%, apenas com hortifrutis frescos. Isso fez os índices de consumo de ultraprocessados caírem drasticamente nas escolas”, ressaltou. Juliene também reforçou que o Fórum e o Seminário sobre Promoção da Alimentação Saudável ampliam a importância de estender essa qualificação às escolas particulares, garantindo um ambiente alimentar mais equilibrado em todo o DF. Ela explicou que, enquanto as unidades públicas já aboliram cantinas comerciais, o desafio agora é proteger os estudantes do entorno e das redes privadas. “As escolas públicas têm avançado cada vez mais na oferta de alimentos naturais e nutritivos, mas queremos que as unidades particulares também sigam esse caminho. A alimentação saudável precisa ser uma cultura em toda a comunidade escolar, não apenas uma política da rede pública”, concluiu. *Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)
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Nova subestação de energia garante eficiência ao Hospital de Planaltina
Local de atendimento a mais de 12 mil usuários e pacientes por mês, o Hospital Regional de Planaltina (HRPL) passa a contar com uma nova subestação de energia elétrica para suportar a ampliação da unidade, que teve o bloco de radiologia reformado e terá um edifício de três pavimentos com novos leitos e serviços. [Olho texto=”“A Saúde tem vários desafios, como a do atrativo para o médico permanecer na nossa rede, e por isso nós estamos em transformação. Pegamos muitas das estruturas sucateadas, só que estamos resolvendo os problemas e tentando nos antecipar às nossas necessidades”” assinatura=”Celina Leão, governadora em exercício” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O investimento na modernização da rede elétrica é de R$ 1,7 milhão e chega para resolver um problema da antiga subestação, com 70% da capacidade comprometida para atender às demandas do hospital. A inauguração dos novos equipamentos ocorreu nesta quarta-feira (10) com a presença da governadora em exercício Celina Leão. Ela citou desafios da área, vital para o funcionamento do DF, comentou as reformas e o reforço para nomear servidores. “Visitei essa obra e outras aqui do hospital no ano passado, como a da cozinha, e destaco que já reformamos oito cozinhas da nossa rede. A Saúde tem vários desafios, como a do atrativo para o médico permanecer na nossa rede, e por isso nós estamos em transformação. Pegamos muitas das estruturas sucateadas, só que estamos resolvendo os problemas e tentando nos antecipar às nossas necessidades”, defendeu Celina Leão. A governadora em exercício Celina Leão visitou, em companhia do presidente da Novacap, Fernando Leite, a estrutura do novo bloco em construção no Hospital Regional de Planaltina | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Essa mudança na subestação de energia é essencial para o Hospital de Planaltina, inaugurado em 1976 e carente de uma grande ampliação por décadas. Com 122 leitos, ele abrange todas as especialidades básicas e costuma receber pacientes com traumas devido à proximidade com rodovias, sendo um equipamento público essencial para a Região Norte do DF e também ao Entorno e estados vizinhos. Para tanto, as mudanças vão desde o bloco de radiologia, reformado, até a construção de novos pavimentos para ampliar os leitos, inclusive abrindo as primeiras vagas de UTI do hospital. [Olho texto=”“A subestação sustenta a energia para que a gente amplie a radiologia do hospital e para que o centro obstétrico funcione plenamente. A cozinha também foi reformada. Tudo isso é um cumprimento, uma prestação de contas com a população de Planaltina”” assinatura=”Lucilene Florêncio, secretária de Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] “Essa obra no hospital é um marco. A subestação sustenta a energia para que a gente amplie a radiologia do hospital e para que o centro obstétrico funcione plenamente. A cozinha também foi reformada. Tudo isso é um cumprimento, uma prestação de contas com a população de Planaltina”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. Além da obra, a titular da Saúde citou a nomeação de médicos para a pasta e outras contratações que também vão atender o Hospital de Planaltina. “Nomeamos hoje 23 médicos de 105 médicos que vamos nomear, e Planaltina está contemplada com essa designação. Temos também o processo para contratação de 200 médicos generalistas temporários em andamento”, reforça a secretária de Saúde. Nova subestação A nova subestação terá 1.000 kVA de potência, composta por dois transformadores elétricos trifásicos a seco, de 500 kVA de potência cada um. Dessa forma, o hospital passa a atender todas as normas e exigências previstas. A diretora do HRPL, Keila Blair, diz que a unidade terá mais apoio diagnóstico para melhor atender aos pacientes O que é essencial, visto que a unidade terá 52 novos leitos para enfermaria adulto, internação pediátrica e UTI, além de cadeiras para diálise, estrutura que está em obra e foi visitada por Celina Leão durante a agenda. Ou seja, o hospital aumentou sua capacidade de atendimento que, por sua vez, demandou esse aumento na rede elétrica. “Essa é uma luta de muitos anos, né? Teremos mais apoio diagnóstico, com mais aparelhos, sem que afete a energia do hospital. O apoio diagnóstico, o paciente que está lá na ponta, que é o nosso principal alvo, com certeza vai ganhar enormemente” acrescenta a diretora do hospital, Keila Blair. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Uma transformação que é destacada pelo presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), Fernando Leite, responsável pela obra. “A subestação é fundamental porque uma das grandes carências do hospital era a questão da energia elétrica. As redes estavam obsoletas, os quadros de distribuição totalmente sem condições de funcionamento. Então foi feita essa subestação de mil kVAs que vão garantir o funcionamento da parte antiga e a parte nova do hospital”, avalia. Combate ao descarte irregular de resíduos sólidos Durante o evento, a governadora em exercício anunciou que Planaltina será modelo de um projeto do governo para acabar com o descarte irregular de resíduos sólidos. Para tanto, será feita uma grande força-tarefa reunindo SLU, Novacap, DF Legal, Emater, Secretaria de Agricultura e outros. Entre as ações estão a instalação de papas lixos, o plantio de mudas e a aplicação de multa à população que fizer o descarte irregular.
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Emater-DF: programas elaborados em parceria aprimoram atendimento
“Foi um ano intenso, com muitas ações. O balanço social revelou que, a cada R$ 1 investido na Emater-DF, R$ 7,35 retornam para a sociedade. O Valor Bruto da Produção (VBP) chegou a R$ 5 bilhões. Por meio de parcerias, empresa pôde manter incentivos a programas de atendimento na área de produção rural | Foto: Divulgação/Emater_DF Esses resultados representam o trabalho continuado dos técnicos da Emater-DF, que prestaram 176 mil atendimentos a agricultores e suas organizações nas mais variadas formas, como visitas técnicas, reuniões, cursos e orientações sobre políticas públicas, recuperação ambiental, saneamento e agroindústria. Auxiliamos os produtores rurais com os programas de compras governamentais, como PAA, Pnae e Papa-DF, que destinaram mais de R$ 38 milhões aos agricultores. Aprovamos 142 projetos de crédito rural, totalizando R$ 10 milhões em investimentos que contribuem para o aumento da produção. No saneamento rural, instalamos 55 fossas sépticas e temos outras 254 engatilhadas, que serão destinadas à região de Brazlândia, em convênio com a Caesb. Reformamos 28,8 km de canais de irrigação, iniciativa conjunta com a Seagri. Auxiliamos os produtores na Rota da Fruticultura, com 50 hectares de açaí e os primeiros plantios de mirtilo. No programa de agricultura urbana, entregamos insumos a 28 hortas de instituições socioassistenciais, implantamos e reformamos 103 hortas escolares e adquirimos 43 sistemas de captação de água das chuvas para instalação em 2024, um investimento de R$ 700 mil. Na agroindústria, inauguramos a Unidade Didática de Processamento e a Unidade Intensiva de Produção de Peixes, ambas na sede da empresa, para oferecer cursos e oficinas. Em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social, 970 produtores e trabalhadores rurais foram atendidos nos escritórios locais pelo Cras Volante. Lançamos duas publicações que apresentam plantas-modelo de agroindústrias rurais, que facilitarão a regularização desses estabelecimentos. Essas ações contribuem para o desenvolvimento econômico sustentável do DF, melhorando a qualidade de vida dos produtores e da sociedade.” *Cleison Duval, presidente da Emater-DF
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Ações do GDF garantem mobilidade para moradores da zona rural
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Vem aí a 27ª Festa do Morango de Brazlândia
Começaram os preparativos para o mais tradicional evento da zona rural de Brazlândia. É a Festa do Morango, que chega à 27ª edição com a participação de 40 produtores locais. Além de várias delícias feitas da fruta, o público também vai encontrar exposição agropecuária, shows musicais e parque de diversões. Já deixe marcado na agenda: o festejo vai de 1º a 3 de setembro e de 6 a 10 do mesmo mês. De acordo com a Administração Regional de Brazlândia, são esperadas 500 mil pessoas nos oito dias de festa | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Geleias, sucos, tortas e até chope de morango. A festa organizada pela Associação Rural e Cultural Alexandre de Gusmão (Arcag) é um prato cheio para os apreciadores. Mas, como bem lembra o presidente da entidade, José Luiz Yamagata, o evento é bastante democrático. “Temos praça de alimentação variada, com a culinária oriental muito presente”, conta. “As atrações musicais, regionais e nacionais, também trazem muita gente”. De acordo com a Administração Regional de Brazlândia, são esperadas 500 mil pessoas nos oito dias de festa. “Também aguardamos um aumento grande no fluxo de visitantes nos meses de agosto e setembro, aquecendo bastante o comércio da região”, afirma o administrador da cidade, Marcelo Gonçalves. “É o morango que proporciona essa cadeia de crescimento econômico”. Brazlândia é responsável por 96% do cultivo do morango na capital do país – os outros 4% vêm, principalmente, de São Sebastião e do Gama. Dados da Emater-DF apontam que, em 2022, o Distrito Federal colheu 6,5 mil toneladas do alimento. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Para este ano, temos uma expectativa de aumento dessa produção em 7%”, adianta a coordenadora de operações da entidade, Adriana Nascimento. “Estamos auxiliando muitos produtores nos gargalos da cadeia produtiva do morango. A aquisição de mudas de alta qualidade é um deles”. Atualmente, a Emater-DF presta consultoria para 496 produtores. A Festa do Morango conta com apoio da Emater-DF, da Administração Regional de Brazlândia e das secretarias de Agricultura (Seagri) e Turismo (Setur). A entrada no evento é gratuita, e a classificação etária, livre. 27ª Festa do Morango de Brazlândia ? Local – Sede da Associação Rural e Cultural Alexandre de Gusmão (Arcag), na BR-080, km 13 – Brazlândia ? Dias – De 1º a 3 de setembro (sexta a domingo) e de 6 a 10 de setembro (quarta a domingo) ? Horário – Nos dias 1º, 6 e 8, das 18h às 2h. Nos demais, das 10h às 2h.
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Abertas inscrições para curso de agroindústria de pequeno porte de ovos
Com o objetivo de informar sobre as exigências legais e sanitárias estabelecidas para um estabelecimento de pequeno porte de ovos, a Emater abriu as inscrições para o curso “Como implantar uma agroindústria de pequeno porte de ovos”. Ministrada na modalidade Ensino a Distância (EaD), a capacitação é destinada a produtores e trabalhadores rurais atendidos pela empresa que atuam na avicultura de postura. Boas práticas agropecuárias aplicadas a estabelecimentos que produzem ovos fazem parte dos temas ministrados durante o curso | Foto: Divulgação/Emater Para se inscrever, basta acessar, até o dia 17/7, a Plataforma Emater EaD. As aulas ficam disponíveis do momento da inscrição até 4 de agosto. Para participar do curso, é necessário ter dispositivo eletrônico conectado à internet e e-mail pessoal. O aluno que obtiver acima de 60% de aproveitamento receberá certificado de conclusão. Essa será a segunda turma de 2023, com 16 aulas durante as quais a turma vai aprender definições de tipos de estabelecimentos de ovos, legislações, requisitos das instalações, equipamentos e fluxograma, além de boas práticas agropecuárias aplicadas aos estabelecimentos de ovos, boas práticas de fabricação aplicadas aos estabelecimentos de ovos e avaliação técnica e financeira. Os temas estão distribuídos em quatro módulos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Capacitação O produtor André Luís Lima La Rosa tomou a decisão de entrar na avicultura de postura há dois anos. Desde então, tem investido tempo e dinheiro em estudos e capacitações. Em 2022, iniciou o seu plantel com 300 pintainhas e, atualmente, tem uma produção semanal de 1,3 mil ovos caipiras. Em fevereiro deste ano, tornou-se o primeiro criador de galinhas poedeiras a ter uma agroindústria de ovos certificada pela Diretoria de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal e Animal (Dipova), vinculada à Secretaria de Agricultura (Seagri). “Estudei avicultura em São Paulo, fiz o curso de agroindústria de pequeno porte de ovos da Emater, mas estava quase desistindo, pois eu não queria ser mais um, queria fazer tudo direito”, conta ele. “Foi com o auxílio dos técnicos da Emater que conseguimos transformar um sonho em realidade.” *Com informações da Emater
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Região rural do DF produz café e cachaça premiados no Brasil e no mundo
É na região do Planalto Central que estão os melhores cafés e cachaças produzidos no Brasil. Pelo menos é o que apontam os resultados de dois prêmios respeitados no país: Ernesto Illy (2019) e CNA Brasil Artesanal (2022). Os títulos podem até surpreender, mas revelam uma nova característica do Distrito Federal: a força da produção rural. A altitude do quadradinho, principalmente na região Norte (composta por Fercal, Planaltina, Arapoanga, Sobradinho e Sobradinho II) que é caracterizada por ser uma área serrana, e o clima seco são dois fatores essenciais para o sucesso da cafeicultura, do terroir da cachaça e de tantas outras culturas que vêm crescendo no Distrito Federal, a exemplo do morango e da goiaba. “Aqui nós não temos chuva desde maio e isso para o café é uma maravilha. Permite que a gente faça cafés melhores”, diz Carlos Coutinho, que produz o Café Minelis | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Em 1988 quando o paraibano Carlos Coutinho comprou um pedaço de terra no Lago Oeste, ele não imaginava que o local, que batizou de Fazenda Novo Horizonte, se tornaria num grande e importante cafezal do DF. Hoje, o espaço abriga o Café Minelis, um dos mais elogiados do país pela qualidade do grão, com os títulos de campeão nacional em 2019 e campeão regional do Centro-Oeste em 2013, 2014, 2019 e 2021 no Prêmio Ernesto Illy, além de campeão nacional do Prêmio Olam Coffee de Cafés Especiais 2021. “A minha ideia era ter isso aqui como terapia ocupacional. Como tinha ascendência rural, criei inicialmente gado de corte, depois migrei para o gado de leite. Resolvi mudar e comecei a estudar alguma coisa que pudesse ser permanente, dado que estamos ao lado do Parque Nacional de Brasília e numa região montanhosa de solos difíceis. Até imaginei o café, mas era uma cultura muito complicada e eu não tinha essa experiência”, lembra. Foi então que, em 2002, Coutinho ganhou um caminhão de mudas de café de um amigo, comprou um livro sobre o plantio e começou a plantar. A empreitada deu certo e o tornou um dos produtores de café mais famosos do Brasil. “Só depois que comecei a plantar que percebi que nós estamos em um dos melhores lugares em termos de clima, por causa do inverno seco. O café quando chega num estágio de maturação, se ele pega chuva por muitos dias, ele fermenta. Aqui nós não temos chuva desde maio e isso para o café é uma maravilha. Permite que a gente faça cafés melhores”, define. A localização da fazenda também é outro ponto positivo para a produção da espécie de café escolhida por Coutinho. “Os cafés arábicas são plantados de modo geral em altitudes maiores, acima de 80 metros, e os café especiais sempre estão acima de mil metros. Brasília está a mil metros do Lago Paranoá e nós estamos aqui [no Lago Oeste] numa altitude que varia de 1.150 a 1,2 mil metros, o que é muito bom para o café”, acrescenta. Apesar das boas características da cidade, a produção do café no DF ainda surpreende. “Quando vamos para os prêmios sempre é uma surpresa grande. Esse café é de Brasília? E Brasília produz café? As pessoas questionam. É bem verdade que ainda temos poucos produtores. Mas já temos vários produtores premiados aqui. Só na premiação da Illy a nossa região já tem três e isso é muito importante. O café é uma cultura que viabiliza a pequena propriedade. É uma excelente alternativa no ponto de vista de renda”, afirma. “Essa região tem uma topografia muito próxima de Minas, com calcário e serra, o que é absolutamente agricultável e que dá supercerto para a cana”, diz Cid Faria, produtor da cachaça Remedin Segundo dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), até o ano passado o DF tinha 83 agricultores de café com 418,002 hectares de área de cultivo e uma produção de 1.204,92 toneladas. Existe uma intenção do setor em criar uma rota da cafeicultura em Brasília. O Café Minelis é um dos pioneiros no turismo do café. A propriedade promove duas vezes por mês o Minelis Coffee Experience, um evento de visitação à Fazenda Novo Horizonte em que os participantes acompanham a jornada do café especial, da semente à xícara. A visita pode ser comprada pelo site oficial. Já o café pode ser apreciado na Cafeteria Minelis, no Bosque Park Norte, no Setor Hospitalar Norte. Nova tradição Outro produto produzido no DF que é a cara do Brasil e vem ganhando cada vez mais reconhecimento na capital é a cachaça. Em 2021, quatro “marvadas” daqui foram premiadas ficando entre melhores do país, de acordo com o V Ranking Cúpula da Cachaça. Principalmente porque as condições climáticas do cerrado são favoráveis para o cultivo de cana-de-açúcar. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Para a cana, quanto mais seco o tempo, mais açúcar é produzido. Quando está chovendo, não produzimos cachaça”, conta o produtor da cachaça Remedin, Cid Faria, que produz a matéria-prima em uma fazenda na Fercal, onde também tem o alambique para a criação da bebida. “Essa região tem uma topografia muito próxima de Minas [Gerais], com calcário e serra, o que é absolutamente agricultável e que dá supercerto para a cana, o que a gente chama de terroir. Foi uma surpresa para mim”, completa. No ano passado, a Remedin conquistou o prêmio de melhor cachaça branca artesanal do Brasil. No ano anterior, a bebida foi medalha de prata na Expocachaça. “A Remedin devagarinho está seguindo seu caminho e acreditamos que vamos ter bons frutos pela frente. O brasiliense pode encher o peito e dizer que o DF produz a melhor cachaça branca do Brasil”, afirma Cid Faria. A família entrou para a produção de cachaça por acaso. Mineiro, ele sempre gostou de uma “cachacinha” e após tentar trabalhar com peixe e gado sem sucesso no terreno vislumbrou a possibilidade de transformar o hobby em negócio. “Começamos do zero. A gente não tinha tradição familiar, não conhecia ninguém que produzia cachaça. Mas com muita pesquisa e suor, corremos atrás de tudo para fazer a coisa absolutamente legalizada, com registro no Mapa. Foi a tradição mineira falando mais forte aqui em Brasília”, conta. Pela cultura da produção de cachaça ainda estar dando os primeiros passos no DF, os produtores ainda encontram dificuldade. “Com isso, você tem poucos produtores, mas esses poucos nos receberam de braços abertos e nos ajudaram demais. Se você tem uma marca fazendo sucesso aqui e outra ali, vai potencializar o mercado”, analisa Faria. A Remedin hoje é comercializada pelo site oficial.
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Capão Seco e Assentamento Márcia Cordeiro têm canais recuperados
Investir na exploração consciente da água tem sido motivação constante para as equipes da Emater. Atualmente, duas importantes obras de restauração de canais movimentam a agenda da empresa. Estão sendo restaurados 5,6 km de canal no Núcleo Rural Capão Seco, do PAD-DF, e 6,6 km no Assentamento Márcia Cordeiro, em Planaltina. Na região, são produzidos grãos, hortaliças, frutas, além da criação de peixes e outros animais. O produtor rural José Moraes de Souza e a caixa de distribuição de água da sua propriedade: “A única coisa que fica sem água é pedra, o resto tudo precisa de água para viver, e nós, produtores, ainda mais para cuidar da plantação” | Foto: Divulgação/Emater [Olho texto=”“Levar água para esses produtores é minimizar as dificuldades de cultivo, principalmente no período da seca, e garantir alimento na mesa da população”” assinatura=”Cleison Duval, presidente da Emater” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os trabalhos, que também envolvem a Secretaria de Agricultura (Seagri), garantem aos agricultores o acesso à água, ao mesmo tempo que evitam a perda do recurso hídrico por infiltração e evaporação. A parte do projeto, o acompanhamento no local e a assistência técnica são feitos pela Emater. A mão de obra para instalação é toda da comunidade, incluindo a construção das caixas de passagem e de captação. Para este ano, em todo o DF, a expectativa é que 40 km de canais de irrigação sejam restaurados – o dobro da média anual, que tem sido de 20 km. Os recursos para essas obras são originários de emendas parlamentares dos deputados distritais Sardinha, Chico Vigilante e Arlete Sampaio. “A tubulação dos canais é muito importante para que se evite a perda de quase a totalidade da água canalizada, que ocorre tanto pela evaporação quanto pela infiltração no solo”, ressalta o secretário-executivo da Seagri, Rafael Bueno. “O projeto visa implantar tubos nos canais existentes e homologados pela Adasa e vem ao encontro da necessidade de melhoria da eficiência e racionalidade do uso da água, contribuindo para as práticas de sustentabilidade ambiental.” Degradação “O último serviço de reparos do canal de Capão Seco aconteceu em 1997, quando foram instaladas manilhas de concreto e que hoje estão totalmente degradadas”, aponta o presidente da Emater, Cleison Duval. “Levar água para esses produtores é minimizar as dificuldades de cultivo, principalmente no período da seca, e garantir alimento na mesa da população.” Morador do Capão Seco, o produtor rural Santino Guimarães Ribeiro tem acompanhado as obras nas propriedades. “Na seca não chegava nem uma gota de água, o canal ficava seco”, conta. “A gente está numa grande expectativa com a entrega dos canais revitalizados, pois na seca deste ano todos nós teremos água para o gado, para as hortaliças. Esse trabalho da Secretaria de Agricultura e da Emater é muito importante, estamos muito agradecidos”. Quem também comemora os trabalhos é o produtor José Moraes de Souza, que mora em Capão Seco desde 1982 e já enfrentou várias quedas no abastecimento. Como sua propriedade fica no início do trajeto, ele foi um dos primeiros beneficiados com a reforma do canal feita em 1997. “Não adiantava eu ter água aqui e meus vizinhos lá embaixo não, porque água é para todo mundo, não é só para uma pessoa”, conta. “A única coisa que fica sem água é pedra, o resto tudo precisa de água para viver, e nós, produtores, ainda mais para cuidar da plantação”. Mais tecnologia, menos desperdício Segundo o responsável da Emater pelo projeto de revitalização dos canais, Edvan Sousa Ribeiro, o DF tem 66 canais de irrigação que, em uma extensão de 240 km, foram planejados, na década de 1960, para levar água aos inúmeros núcleos rurais e colônias agrícolas criados para estimular a produção agropecuária local e atender a demanda crescente por alimentos frescos da população. “Com o passar dos anos, esses canais sofreram forte degradação de suas estruturas físicas e foram perdendo sua eficiência de transportar água na ordem de 50%”, enumera. “A Emater, em parceria com a Secretaria de Agricultura, vem apoiando fortemente as ações de revitalização desses canais. Já chegamos a 100 km de canais tubulados, e outros estão em fase adiantada de tubulação.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Extensionista rural do escritório da Emater no PAD-DF, Gilmar Batistella lembra que o crescimento de árvores e raízes foi solapando os canais construídos por manilhas de concreto, provocando perda de água por infiltração. “Essa perda de água durante a severidade da seca, nos meses de agosto e setembro, fazia com que muitas chácaras não fossem mais abastecidas pelo canal”, explica. O trabalho atual feito no canal local inclui o uso de polietileno de alta densidade (Pead), material que apresenta maior durabilidade. “Isso significa tecnologia empregada para o menor desperdício de água para atender 25 chácaras, que envolvem 50 famílias impactadas diretamente”, aponta. Também participam do projeto de revitalização dos canais, junto à Emater e à Seagri, a Caesb, a Adasa e a Sudeco (Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste). Ainda para este ano, estão previstas obras nos canais de Sobradinho II, Tabatinga, Sítio Novo, Lagoinha, Nova Betânia, Capão Comprido (Ramal I e Ramal II) e Rodeador. *Com informações da Emater
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GDF Presente recupera estrada no Núcleo Rural Nova Betânia
Com a chegada das chuvas, é inevitável que as estradas de chão das zonas rurais do DF sofram danos, provocando atoleiros e prejudicando o trânsito de carros, caminhões e ônibus. Foi o que aconteceu, nesta quinta-feira (19), no Núcleo Rural Nova Betânia, em São Sebastião, na estrada que dá acesso à Escola Classe Cachoeirinha. O local conta com condomínios, chacareiros e produtores rurais. Máquinas atuam na pavimentação da estrada, utilizando restos de construção civil para compactar o solo | Foto: Divulgação/GDF Presente Para solucionar o problema, entrou em ação uma equipe do GDF Presente, com reforço de servidores da Novacap, do DER e da Secretaria de Agricultura (Seagri). Dividindo trabalhos, o grupo ajudou a desatolar veículos e trabalhou para pavimentar a principal via do setor. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Trata-se de uma rota onde transita muito caminhão pesado e ônibus escolares que levam alunos para a escola Classe Cachoeirinha, com vários pontos de atoleiros”, resume o coordenador do Polo Regional Leste do GDF Presente, Leandro Cardoso. Ao todo, foram mobilizados dez caminhões trucados com 80 toneladas de restos de construção civil (RCC), uma pá carregadeira, uma motoniveladora e um rolo compactador, popularmente conhecido como pé de carneiro. Os trabalhos de manutenção das vias do Núcleo Rural Nova Betânia prosseguiram durante esta semana. “As intervenções são necessárias e precisam ser urgentes para trazer conforto e qualidade de vida a essa comunidade”, avalia o administrador do Jardim Botânico, Aderivaldo Cardoso.
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Com oferta de 224 vagas, novo concurso público tem banca anunciada
Brasília, 11 de agosto de 2022 – A Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri-DF) anunciou, nesta quinta-feira (11), a contratação do Instituto Americano de Desenvolvimento (Iades) para a organização do novo concurso público para a pasta. A empresa será responsável pelas atividades de avaliação e aplicação da prova. A admissão foi publicada no Diário Oficial do DF (DODF). [Olho texto=”Responsável pela gestão das políticas públicas de estímulo à agropecuária, a Seagri-DF responde pelo fomento do agronegócio e pela regulação e normatização de serviços vinculados ao setor” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Serão oferecidas 224 vagas, sendo 74 para o cargo de analista e 150 para a função de técnico da carreira de desenvolvimento e fiscalização agropecuária, além de formação de cadastro de reserva. As oportunidades foram previstas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias do DF (LDO) 2023. Responsável pela gestão das políticas públicas de estímulo à agropecuária, a Seagri-DF responde pelo fomento do agronegócio e pela regulação e normatização de serviços vinculados ao setor. O último concurso realizado pela pasta ocorreu em 2009, com a oferta de 94 vagas para analista de desenvolvimento e fiscalização agropecuária e para técnico de desenvolvimento e fiscalização agropecuária. O último concurso foi composto por três etapas eliminatórias de avaliação: prova objetiva, de caráter eliminatório e classificatório para todos os cargos; prova discursiva, de caráter eliminatório e classificatório, somente para os cargos de nível superior; e avaliação de títulos, de caráter classificatório, somente para os cargos de nível superior. Composta por 120 questões, a prova objetiva avaliou conhecimentos básicos em língua portuguesa e noções de informática, bem como conhecimentos complementares em atualidades do setor agropecuário; Código de Proteção e Defesa do Consumidor; Lei Orgânica do DF; Regime Jurídico dos Servidores do GDF; Lei de Licitações; Noções de Direito Administrativo; e Regimento Interno da Seagri-DF. A prova discursiva consistiu na elaboração de texto narrativo, descritivo ou dissertativo sobre o conteúdo programático, com o máximo de 30 linhas. Por fim, a prova de títulos selecionou os candidatos com maior número de representações, como diploma de conclusão de doutorado, mestrado ou de curso de pós-graduação – todos acompanhados do histórico do exercício. Veja aqui o último edital.
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