Prazo para atualização de rebanhos no DF é prorrogado até o dia 30
Os produtores rurais do Distrito Federal terão um prazo maior para realizar a Campanha de Atualização de Rebanhos de 2025. O Governo do Distrito Federal (GDF) anunciou a prorrogação do prazo até o dia 30 deste mês, conforme publicado na Portaria nº 226. A ação é obrigatória para todos os produtores que criam animais de produção, como bovinos, suínos, aves, peixes, caprinos, ovinos, equídeos, crustáceos e abelhas. A medida visa a garantir que um número ainda maior de criadores possa regularizar seus dados, contribuindo para o controle e a sanidade do rebanho do DF. A campanha, instituída pela Portaria nº 85, é fundamental para a manutenção do status sanitário da região, especialmente no que tange à febre aftosa e demais doenças de controle oficial que há no Brasil. O Governo do Distrito Federal anunciou a prorrogação do prazo até o dia 30 | Foto: Divulgação/Seagri-DF O secretário da Agricultura, Rafael Bueno, ressaltou a importância da prorrogação para a saúde animal no DF. “O GDF vem atuando de forma firme e coordenada para fortalecer a saúde animal e garantir a segurança do rebanho no DF. Esta é mais uma ação concreta que reafirma nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável do setor agropecuário. A atualização de dados dos rebanhos é uma prioridade estratégica, fundamental para o controle sanitário, a rastreabilidade e a prevenção de doenças”, afirmou Bueno. A subsecretária de Defesa Agropecuária, Danielle Cristina, também enfatizou a importância da ação para a vigilância sanitária. "Essa prorrogação é estratégica. Quanto mais dados atualizados tivermos sobre os nossos rebanhos, mais eficaz será a nossa atuação na prevenção e controle de doenças. A participação de cada produtor é vital para mantermos a sustentabilidade do agronegócio Distrital", destacou. A Seagri-DF reitera a importância de todos os produtores realizarem a atualização cadastral dentro do novo prazo, evitando possíveis sanções e contribuindo ativamente para a saúde e o desenvolvimento do setor agropecuário do Distrito Federal. Os criadores devem informar, obrigatoriamente, a quantidade, o sexo e a faixa etária dos animais que possuem, além de manter atualizados os dados da propriedade, como endereço, telefone e e-mail. Essas informações são essenciais para o controle sanitário e podem ser atualizadas pela internet, por meio do sistema Siagro-DF, disponível no site da Secretaria de Agricultura (Seagri-DF), ou presencialmente em uma das unidades locais de defesa agropecuária. *Com informações da Secretaria da Agricultura do Distrito Federal (Seagri-DF)
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OMSA reconhece Brasil como zona livre de febre aftosa sem vacinação
A agropecuária do Distrito Federal celebra um importante avanço com o reconhecimento oficial do Brasil, incluindo todas as suas unidades da Federação, como zona livre de febre aftosa sem vacinação. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (29), durante a 92ª Assembleia Geral dos Delegados Nacionais da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), realizada em Paris, na França. O Brasil, com todas as suas unidades federativas, foi reconhecido pela OMSA como zona livre de febre aftosa sem vacinação | Foto: Divulgação/Seagri-DF Esse marco histórico é resultado de um esforço conjunto entre os entes federativos e o governo federal, com destaque para a atuação do Governo do Distrito Federal, por meio da Secretaria de Agricultura (Seagri-DF), no cumprimento rigoroso das metas do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE/Pnefa). No DF, ações preventivas como a suspensão da vacinação, a capacitação das equipes técnicas e o reforço da vigilância sanitária em todo o território foram fundamentais para essa conquista. O secretário de Agricultura do Distrito Federal, Rafael Bueno, e a servidora Priscilla Pereira, da Coordenação de Controle e Erradicação da Febre Aftosa da Seagri-DF, integram a delegação brasileira no encontro internacional, ao lado de representantes do Ministério da Agricultura e Abastecimento (Mapa) e de diversos estados. O titular da Seagri-DF, Rafael Bueno, e a servidora Priscilla Pereira, integram a delegação brasileira “Esse reconhecimento internacional confirma o trabalho técnico e responsável que temos desenvolvido no Distrito Federal. A sanidade animal é uma prioridade para o GDF, pois garante não apenas a saúde dos rebanhos, mas também abre caminho para a exportação e valoriza ainda mais o produtor rural local”, destacou Rafael Bueno. A última campanha de vacinação contra a febre aftosa no DF foi realizada em novembro de 2023. Desde então, as ações de educação sanitária e o trabalho junto aos produtores rurais foram intensificados, com foco no monitoramento do rebanho e no fortalecimento do Serviço Veterinário Oficial (SVO). Segundo a subsecretária de Defesa Animal e Agricultura, Danielle Araújo, o reconhecimento sanitário do DF como área livre de febre aftosa sem vacinação é fruto do esforço coletivo entre instituições públicas, extensão rural e setor produtivo. “É uma conquista de várias mãos. As equipes de defesa agropecuária do país inteiro se mobilizaram, e aqui no DF tivemos um trabalho de excelência, com ações intensas de vigilância ao longo dos últimos anos”, afirmou. Ela também ressaltou o papel essencial dos servidores, produtores, técnicos da extensão rural e da Emater: “O principal parceiro, obviamente, é o produtor rural, que comprou a ideia e colaborou para que a gente pudesse manter um estado sanitário satisfatório.” Novo status sanitário [LEIA_TAMBEM]Com o novo status, o Distrito Federal passa a integrar uma elite global de regiões com elevado controle agropecuário, o que abre novas possibilidades de exportação para a carne bovina e seus derivados. Isso beneficia diretamente os produtores locais e fortalece a economia rural. O último caso de febre aftosa no Brasil foi registrado em 2006 e, no Distrito Federal, não há ocorrências há décadas. O reconhecimento da OMSA reforça o compromisso do GDF com uma agropecuária moderna, segura e alinhada aos padrões internacionais. Sobre a doença A febre aftosa é causada por um vírus da família Picornaviridae, gênero Aphthovirus. Considerada uma das doenças infecciosas mais contagiosas entre animais, ela afeta principalmente os biungulados (de casco fendido), como bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e suínos. A propagação é extremamente rápida: o vírus se dissemina por contato direto entre animais infectados e suscetíveis, além de contaminar solo, água, roupas, veículos, utensílios e instalações. Até mesmo o vento pode transportar o agente causador, o que aumenta os riscos de surtos em regiões vizinhas. *Com informações da Secretaria de Agricultura (Seagri-DF)
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GDF investiu R$ 17,4 milhões na recuperação de 19 canais de irrigação desde 2019
Para que um alimento chegue à mesa do consumidor, é preciso dedicação dos agricultores e, especialmente, garantia de irrigação. O Governo do Distrito Federal (GDF) trabalha para que os produtores rurais do Quadradinho tenham acesso a água farta e de boa qualidade por meio da recuperação dos canais que levam o recurso até as propriedades. Nos últimos cinco anos, foram investidos mais de R$ 17,4 milhões na tubulação de 98,57 km de canais de irrigação, beneficiando 758 famílias em oito regiões administrativas. A reforma dos canais conta com a união de esforços entre o governo e a população. A Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF) fornece o maquinário e os tubos usados na recuperação. Já a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) é responsável pelo projeto e acompanhamento técnico. Aos moradores da comunidade, cabe construir as caixas de passagem e captação de água em suas propriedades. Nos últimos cinco anos, foram investidos mais de R$ 17,4 milhões na tubulação de 98,57 km de canais de irrigação, beneficiando 758 famílias em oito regiões administrativas | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília O agricultor José Eduardo Gonçalves, 54 anos, é atendido pelo canal de Tabatinga, em Planaltina, concluído em 2023. Com acesso pleno à água, José e a família expandiram a plantação de hortaliças, colhidas para consumo próprio, e lançaram-se no mercado da piscicultura, com a criação de tilápias. Sem a tubulação do canal, ele não teria conseguido esses resultados, já que precisava bombear água até a chácara com energia elétrica. “Era uma operação muito cara e trabalhosa, mas, depois que começou a obra do canal, nunca mais tivemos problema com água aqui, agora passa em toda a chácara por gravidade”, conta José, que tem mais de 30 anos de história com a agricultura. Segundo ele, o abastecimento hídrico impacta também a qualidade da tilápia oferecida ao consumidor. “O peixe que é criado na mesma água, sem substituição, tem o gosto diferente daquele que é criado em água corrente, em que a água entra no tanque, oxigena e sai naturalmente. A qualidade desse peixe é infinitamente melhor.” O investimento na recuperação do canal de Tabatinga também beneficiou o produtor rural Roberto Correa, 46. Ele e a família puderam iniciar o plantio de outras culturas na propriedade, aumentando a cartela de alimentos oferecidos aos clientes em feiras de Planaltina. “Antes do canal, a gente plantava muita soja, milho e limão. Hoje temos muitas verduras, como tomate, abóbora, pepino e repolho”, conta. “Esse canal foi a salvação de todos nós. O canal era aberto e nem sempre chegava para todo mundo. Agora todos os produtores têm água para plantar, não falta para ninguém”. O agricultor José Eduardo Gonçalves: “Era uma operação muito cara e trabalhosa, mas, depois que começou a obra do canal, nunca mais tivemos problema com água aqui, agora passa em toda a chácara por gravidade” Construídos originalmente com manilhas de concreto ou no próprio leito da terra a céu aberto, os canais sofriam com perda de cerca de 50% do volume de água. Havia infiltração do recurso hídrico no solo e interferência da natureza, como a queda de galhos e folhas. O cenário para os produtores era de insegurança: não sabiam se a água chegaria à propriedade nem se o que chegasse seria suficiente para manter a irrigação das plantações. A incerteza chega ao fim graças à recuperação dos canais com tubos feitos com polietileno de alta densidade (PAD) e policloreto de vinila (PVC). O diretor de Engenharia da Seagri, Emanuel Fernandes Lacerda, afirma que os materiais são mais resistentes e duradouros, com vida útil estimada em mais de 50 anos. “Essas tubulações são fáceis de trabalhar e vão atender as famílias por muitos, muitos anos. É uma ação importante da secretaria para incentivar a permanência dos produtores no campo e a produção rural do DF”, observa. “Sem a tubulação, os produtores precisam buscar por outras alternativas, como o bombeamento e a abertura de poços artesianos, ou ficam sem água. Ano passado, concluímos o Capão Seco, que tinha um histórico grande de escassez, e finalizamos o Lagoinha, que passava pela mesma situação”, afirma o assessor técnico da Emater-DF Edvan Ribeiro. “A Emater recebe a demanda nos escritórios locais e dá andamento ao processo, com o projeto, outorgas e outras questões, além de auxiliar os produtores durante a obra também.” Ao todo, o DF tem 65 canais em operação, com mais de 235 km de extensão. As estruturas que já foram reformadas estão localizadas em Planaltina, Brazlândia, Sobradinho, Paranoá, Gama, Ceilândia, Park Way e Riacho Fundo. Atualmente estão em obras trechos dos canais Rio Preto e Sítio Novo, em Planaltina.
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