Empresas do DF ganham consultoria e capacitação digital
Foi lançado, nesta terça-feira (3), o Programa de Mentoria para Transformação Digital, uma iniciativa da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra-DF). Com o apoio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-DF) e da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAPDF), que investiu R$ 900 mil, o objetivo do projeto é impulsionar o desenvolvimento digital de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) do setor industrial no DF e na Região Integrada de Desenvolvimento (Ride). Lançado na terça (3), o Programa de Mentoria para Transformação Digital vai impulsionar o desenvolvimento de micro, pequenas e médias empresas do setor industrial no DF e Entorno | Foto: Divulgação/FAPDF Com a participação de 60 empresas selecionadas por edital, o programa tem duração de seis meses e está dividido em cinco etapas. As atividades incluem diagnósticos de maturidade digital, capacitações mensais, mentorias personalizadas e acompanhamento técnico. O objetivo é preparar as empresas para adotar soluções tecnológicas que aumentem sua competitividade e promovam a sustentabilidade no cenário econômico atual. Segundo o presidente da FAPDF, Marco Antônio Costa Júnior, a transformação digital deixou de ser uma opção e tornou-se uma necessidade estratégica para o crescimento das empresas e para o fortalecimento da economia local. Já o presidente da Fibra, Jamal Jorge Bittar, ressaltou que 72 empresas se inscreveram para o evento de abertura, número superior ao de vagas disponíveis. “Esse programa atende a micro e pequenas empresas de Cnae [Classificação Nacional das Atividades Econômicas] industrial e tem, entre seus princípios, dar prioridade às mulheres empreendedoras”, completou. O secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF, Leonardo Reisman, destacou o potencial do programa: “Tenho certeza de que todos estarão em excelentes mãos, porque os programas da Fibra são de excelência”, disse. Ao final do projeto, será realizado um estudo para medir os impactos da iniciativa e identificar casos de sucesso. Os organizadores esperam que as empresas participantes sejam capazes de implementar novos modelos de negócios, utilizar ferramentas digitais com eficiência e se integrar ao ecossistema de inovação local. Além da Fibra, integram o comitê gestor a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o Parque Tecnológico de Brasília (Biotic), o Sebrae-DF, a Finatec e a Universidade de Brasília (UnB). *Com informações da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAPDF)
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Computadores doados pelo Reciclotech mudam realidade de alunos da rede pública
Sete de agosto foi um dia marcante para o Centro de Ensino Fundamental 102 Norte. Na data, a escola recebeu 25 computadores do programa Reciclotech. “Quando chegaram as máquinas, coincidentemente, os alunos estavam aqui no pátio e a gente foi, mostrou para eles, pediu para o pessoal da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação falar um pouquinho. Nossa, o que eles gritaram e ficaram felizes…”, lembra a diretora, Viviane Lima. Os alunos do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 102 Norte receberam 25 computadores do programa Reciclotech, no dia 7 de agosto | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília Lucas Brilhante, 13 anos, estava nesse momento e guarda a memória com carinho. “Foi um dia especial”, conta. “Foi muito legal, porque a gente começou a pesquisar [na internet] e isso está ajudando no desempenho da maioria dos alunos”. O CEF 102 Norte foi uma das diversas instituições contempladas pelo programa da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-DF), que funciona da seguinte maneira: o governo, por meio de Pontos de Entrega Voluntária (PEVs), recolhe materiais considerados lixo eletrônico, capacita jovens na área da informática – ensinando-os, entre outras coisas, a recondicionar os equipamentos recolhidos – e, depois, doa os computadores recondicionados a órgãos públicos ou entidades sem fins lucrativos que realizem projetos de inclusão digital. O estudante Lucas Brilhante elogia o programa da Secti-DF: “A gente começou a pesquisar [na internet] e isso está ajudando no desempenho da maioria dos alunos” Desde que foi criado, em 2020, o Reciclotech já formou 2.065 alunos, entregou 3.919 computadores e descartou corretamente 2.237 toneladas de inservíveis – a parte do lixo eletrônico que não pôde ser reaproveitada. Atualmente, são 102 PEVs para recolhimento dos materiais em todas as regiões administrativas. Já os Polos de Economia Criativa (PECs), onde são ministradas as aulas de qualificação, passaram de um para cinco, atendendo cinco macrorregiões do DF. “O mais legal do programa é a gente visitar uma escola como essa, que é uma escola-modelo aqui na Asa Norte, que recebeu esses equipamentos. Ou seja, esses computadores foram, em algum momento, despejados como lixo eletrônico; alunos trabalharam neles, foram certificados e recuperaram esses equipamentos; e, ao fim da cadeia, esses mesmos equipamentos estão aqui, servindo para outros alunos dessa escola acessarem a internet, tendo uma oportunidade de inclusão digital. Então, aqui a gente vê o fim da cadeia, a entrega de fato do Reciclotech”, destaca o secretário Leonardo Reisman, durante visita ao CEF 102 Norte. Impacto Hoje, os computadores doados pelo programa são usados para pesquisa, digitação e para o desenvolvimento de atividades lúdicas na unidade de ensino. “Essa geração está muito acostumada com tecnologia, eles amam aprender com tecnologia. Então, os estudantes gostariam de ter todas as aulas lá [na sala de informática]. O impacto para eles é muito legal, a motivação aumenta muito para a aprendizagem. Os professores veem que, quando é uma aula que vai utilizar a tecnologia, eles ficam muito mais motivados”, aponta a diretora. “Antes, a gente tinha dez computadores, inferiores a esses aqui, que a gente herdou ou recebeu de doações, porque a gente sempre foi atrás de parceiros que doassem. Mas doavam um ou dois. O Reciclotech trouxe 25 de uma vez e terminou dando um upgrade nesse laboratório que a gente tinha”, acrescenta o professor Rúben Reis, coordenador de Tecnologia Educacional do CEF 102 Norte. Com os computadores doados para o CEF 102, a aluna Valentina Carvalho teve contato pela primeira vez com programas como o Microsoft Word: “Eu nem sabia que existia e é o recurso básico dos trabalhos” Outros alunos reforçam a contribuição do programa para o ensino. “Eu gosto dos computadores e, como eu sou autista, eu acho que ajuda muito na questão da aprendizagem com essas ferramentas de trabalho”, relata Wendell Sousa, 11. “A gente não tinha como pesquisar, tinha que usar o celular; e a maioria das pessoas não tem celular com internet”, emenda Valentina Carvalho, 12, que ainda diz ter o Microsoft Word como maior aprendizado: “Eu nem sabia que existia e é o recurso básico dos trabalhos”.
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Propostas para ciência, tecnologia e inovação no DF são apresentadas em conferência
As contribuições e propostas feitas pelo setor de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) do Distrito Federal para os próximos dez anos foram apresentadas durante a Conferência Regional de Ciência, Tecnologia e Inovação, realizada em Goiânia entre 29 e 30 de abril. O evento reuniu professores, empresários, agentes públicos e estudantes. Representando o Distrito Federal, compareceu ao evento uma delegação composta por integrantes da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-DF), da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), da Federação das Indústrias do DF (Fibra), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-DF), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-DF), do Sesi Lab e da Universidade de Brasília (UnB). Professores, empresários, agentes públicos e estudantes debateram propostas para o setor de ciência, tecnologia e inovação | Foto: Divulgação/ Secti-DF O encontro também contou com as presenças da titular do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, e do secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, Guila Calheiros. A etapa regional foi marcada por discussões construtivas. Agora, as propostas elencadas no Centro-Oeste serão debatidas na 5ª Conferência Nacional de CT&I, em junho, em Brasília, reunindo representantes de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal. As principais propostas discutidas no painel foram: → Fomento da reindustrialização – Investir em iniciativas que promovam o crescimento e a diversificação do setor industrial, estimulando a criação de novas oportunidades de negócios e empregos, bem como a aproximação da academia e da indústria; → Desenvolvimento de políticas de incentivo fiscal e financeiro – Criar incentivos para empresas que investem em inovação e sustentabilidade, visando estimular a modernização e o desenvolvimento de novos produtos e processos; → Estimulo à inovação nas empresas – Implementar programas de inovação aberta para resolver desafios da indústria, nos setores público e privado, promovendo parcerias com universidades, centros de pesquisa e startups; → Investimentos estrangeiros para pesquisa e desenvolvimento (P&D) – Implementar políticas que incentivem parcerias público-privadas e de atração de investimentos estrangeiros para a área de P&D, por meio da oferta de incentivos fiscais e simplificando processos de transferência tecnológica e obtenção de recursos; → Inclusão de mulheres na ciência, tecnologia e inovação (CT&I) – Implementar políticas de inclusão e programas de mentoria específicos para incentivar a participação das mulheres no setor; → Capacitação e aceleração para micro, pequenas e médias empresas – Investir em programas de capacitação em gestão de negócios e cultura de inovação para promover o empreendedorismo e a competitividade dessas empresas na transformação digital; → Qualificação da mão-de-obra – Promover a qualificação profissional para atender às demandas de um ambiente industrial cada vez mais tecnológico e inovador; → Simplificação de processos burocráticos – Simplificar os processos de compras públicas e criar um portal online para divulgação regular e atualizada de oportunidades de negócios governamentais; → Linhas de crédito específicas para P&D – Criar linhas de crédito específicas para financiar projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação, disponíveis para aquisição de máquinas nas indústrias locais; → Atualização da tabela para Classificação Nacional de Atividades Econômicas (Cnae) – Atualizar a Cnae para incluir um código específico que atenda às startups que atuam com atividades de inovação; → Políticas de compras públicas sustentáveis – Incentivar e capacitar as empresas na adoção de práticas ambientalmente responsáveis por meio de políticas de compras públicas sustentáveis; → Inserção de micro e pequenas empresas nas compras governamentais – Aprimorar os mecanismos de inserção de micro e pequenas empresas nas compras governamentais, promovendo o desenvolvimento econômico local e a inclusão social. *Com informações da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Distrito Federal (Secti-DF)
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Tecnologia: Brasília chega ao 4º lugar no ranking de cidades empreendedoras
“Em 2023, Brasília subiu para a 4ª posição no ranking das cidades empreendedoras. Avançamos muito em quatro pilares essenciais: (1) inclusão digital, (2) infraestrutura de conectividade, captura e medição de dados, (3) estratégia de sustentabilidade e economia circular e (4) nas ações de popularização da ciência em nossa capital. No campo da inclusão digital, consolidamos e ampliamos o DF Inova Tech, com mais de 14.954 matrículas e 7.478 alunos formados em cursos de tecnologia. Lançamos uma turma exclusiva para as mulheres, com mais de 620 inscritas. Anunciamos também o curso de qualificação em Inteligência Artificial, que começará em fevereiro. Destaque também para as tecnologias assistivas, com o lançamento da plataforma DF Libras, que oferece atendimento para pessoas com deficiência auditiva nos órgãos públicos. Na conectividade e nos dados, destaque para a ampliação da oferta de internet gratuita para a população, com mais de 150 milhões de acessos e disponibilidade em 115 pontos distribuídos por todas as regiões administrativas. As ações de popularização da ciência tiveram grande repercussão | Foto: Divulgação/Secti-DF Lançamos também um projeto-piloto, no Parque da Cidade, como foco em esporte e qualidade de vida, para realizar a medição da qualidade do ar e da água por meio de sensores e Inteligência Artificial. Falando de sustentabilidade, o programa Reciclotech recolheu mais de 500 toneladas de lixo eletrônico para reciclagem ou recondicionamento. Além disso, mais de 1.800 equipamentos foram recebidos e estão sendo doados para os laboratórios de robótica das escolas da rede pública e projetos de inclusão digital. Em breve, a iniciativa será ampliada para atender cinco macrorregiões do Distrito Federal, com a consolidação do Polo Distrital de Economia Circular. As ações de popularização da ciência tiveram grande repercussão. O Planetário de Brasília, por exemplo, recebeu mais de 90 mil visitantes, com atividades como evento de observação do eclipse solar e oficinas pedagógicas e de Astronomia. Assim, encerramos 2023 certos de que ao final deste ano entregamos uma cidade mais inclusiva, conectada e inovadora. Nossa cidade, desde sua origem, tem sido símbolo de esperança, inovação e progresso. Que 2024 traga ainda mais conquistas e realizações para nossa história.” *Leonardo Reisman, secretário de Ciência e Tecnologia do Distrito Federal (Secti)
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Nova ferramenta garante atendimento virtual em Libras em tempo integral
O Governo do Distrito Federal (GDF) lançou, nesta quarta-feira (6), o programa DF Libras CIL Online durante solenidade no Salão Nobre, do Palácio do Buriti. A iniciativa permite que pessoas com deficiência (PcDs) se comuniquem com os órgãos públicos de forma acessível e digital, em tempo integral e em todos os dias da semana. GDF lançou o programa DF Libras CIL On-line durante solenidade no Salão Nobre do Palácio do Buriti | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Por meio de uma plataforma virtual, os deficientes auditivos terão acesso facilitado a intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Basta acessar a interface, e garante-se o atendimento acessível em formato online referente à demanda de qualquer órgão público. Durante o lançamento, a vice-governadora do DF, Celina Leão, ressaltou que o programa busca assegurar os direitos e garantias das pessoas com deficiência auditiva: “O DF Libras CIL Online é a garantia da acessibilidade de 100% da nossa comunidade surda, ou seja, 24 horas por dia, sete dias por semana, haverá a disponibilidade da tradução simultânea”. A iniciativa permite que pessoas com deficiência (PcDs) se comuniquem com os órgãos públicos de forma acessível e digital, em tempo integral e em todos os dias da semana | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Por meio do aplicativo, todos os surdos que precisarem de atendimento nas secretarias e serviços públicos terão acesso a essa intermediação. “É a acessibilidade chegando de verdade ao dia a dia da pessoa com deficiência. Quanto mais a pessoa com deficiência consegue acessar os serviços públicos, melhor ela exerce em plenitude a sua cidadania”, prosseguiu a vice-governadora. A primeira-dama e chefe-executiva de Políticas Sociais, Mayara Noronha Rocha, destacou como um dos trunfos do programa a integração do governo e a coordenação da Secretaria da Pessoa com Deficiência do DF (SEPD). “Essa secretaria nasceu na gestão do governador Ibaneis Rocha, um governador que deu prioridade, entre tantas outras que existem em um governo, à ampliação da acessibilidade. E a gente faz um grande link: existem o Legislativo, Executivo e Judiciário, e, na maioria das vezes, cada um fica no seu mundinho fechado. Mas essa secretaria também é a prova de que a junção do Legislativo com o Executivo faz a diferença”, pontuou. Como funciona O DF Libras CIL Online oferece à comunidade surda o atendimento por meio de videochamadas em tempo real, com intermediação por intérpretes de Libras, todos os dias da semana, em qualquer horário. Para isso, basta que a pessoa com deficiência, previamente cadastrada junto ao GDF, realize o download do aplicativo, que já está disponível para as mais diferentes plataformas. Lorrane Marra, 24 anos, estudante: “Nós, da comunidade surda, precisávamos da acessibilidade, em qualquer lugar, no médico, na polícia. Às vezes, é impossível o intérprete estar conosco nos atendimentos, presencialmente. Então, é uma iniciativa muito importante para nós da comunidade surda” | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Outra possibilidade é que a intermediação do atendimento por um intérprete seja requisitada no órgão ofertante do serviço público pelo próprio servidor responsável pelo atendimento. Anteriormente, o usuário precisava fazer agendamento prévio ou de forma emergencial do serviço pela Central de Intermediação em Libras (CIL), presencialmente. “É mais uma ferramenta que o GDF disponibiliza para os deficientes auditivos; a comunicação acessível é uma das ferramentas mais importantes para essa comunidade, pois, a partir do momento em que existe a acessibilidade, essas pessoas se tornam pertencentes ao meio, se fazem ouvidas, atendidas e compreendidas”, defendeu o secretário da Pessoa com Deficiência, Flávio Santos. O aplicativo foi feito em parceria com a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Distrito Federal (Secti-DF). O titular da pasta, Leonardo Reisman, explicou a importância do olhar inclusivo da tecnologia: “É muito importante termos a tecnologia como vetor de inclusão, e existe toda uma vertical pensada nisso, que são as tecnologias assistivas. A tecnologia está no nosso dia a dia, na mobilidade, na alimentação, no entretenimento e também na acessibilidade. O programa busca trazer independência e emancipação aos usuários”. Presente ao lançamento, a estudante Lorrane Marra, 24, aprovou a iniciativa: “Nós, da comunidade surda, precisávamos da acessibilidade, em qualquer lugar, no médico, na polícia. Às vezes, é impossível o intérprete estar conosco nos atendimentos, presencialmente. Então, é uma iniciativa muito importante para nós da comunidade surda”.
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