Resultados da pesquisa

Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus)

Thumbnail

Serviços gratuitos atraem público em edição do GDF Mais Perto do Cidadão no Riacho Fundo II

O Riacho Fundo II foi a cidade escolhida para receber a 59ª edição do programa GDF Mais Perto do Cidadão. Com estrutura montada no Quadrado Cultural, o evento reuniu entre sexta (5) e sábado (6) serviços gratuitos à população da cidade. Esta edição contou com os principais projetos da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) — que faz a gestão do programa —, como inscrição para o Casamento Comunitário, atendimentos psicológicos do Direito Delas — voltado para vítimas de violência doméstica — e cursos do Nasce uma Estrela, que prepara gestantes e mães para a chegada de seus herdeiros. Cadastro para castração e vacinação de animais, atendimentos do Na Hora, da Defensoria Pública do DF e da Polícia Civil do DF, serviços das secretarias de Saúde (SES) e de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet), ações educativas do Brasília Ambiental e do Departamento de Trânsito do DF e apresentação musical completaram a oferta disponível nos dois dias. Cadastro para castração e vacinação de animais foram serviços ofertados nos dois dias de evento | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília O secretário-executivo de Justiça e Cidadania, Jaime Santana, destacou que desde a criação, em 2019, foram cerca de 300 mil atendimentos beneficiando aproximadamente 3 mil pessoas por dia em cada edição. “É um projeto que orgulha muito a Secretaria de Justiça por estar trazendo todos os nossos projetos e de outros órgãos para a população. Já passamos por todas as regiões administrativas oferecendo os serviços do governo. Então o morador pode vir aqui com uma facilidade maior e por demanda espontânea”, ressaltou.   Moradora do Riacho Fundo II, a autônoma Raquel de Araújo aproveitou a ida ao evento para dar um passo para realizar um sonho: a oficialização da união com o noivo. Pedida em casamento este ano, ela se inscreveu no programa Casamento Comunitário, que oferece a cerimônia gratuitamente para a população do DF. O autônomo João Pedro da Costa Silva trouxe a família toda para curtir o GDF Mais Perto do Cidadão e aproveitou para dar um tapa no visual “Eu acho maravilhoso. É uma oportunidade para quem não tem condição. Vim atrás da inscrição para poder me casar. Eu já estava atrás de tudo, juntando dinheiro para pagar tudo, mas ainda estava muito distante. Agora eu vou poder investir para arrumar a casa, comprar umas coisinhas e fazer uma comemoração para fechar com chave de ouro”. Além da inscrição, a mulher ainda fez a nova identidade nacional. “A minha identidade estava antiga, então eu vim atrás de fazer também". Ela elogiou a iniciativa: "É uma oportunidade muito boa e cada pessoa aqui é merecedora desses serviços”. Oferta diversificada O autônomo João Pedro da Costa Silva trouxe a família toda para curtir o GDF Mais Perto do Cidadão. Os filhos ficaram brincando na área de lazer, com xadrez, pula-pula e quadriciclo, enquanto ele dava um tapa no visual e vacinava o cachorro da família. “Fiquei sabendo do evento em grupo. Vim para trazer meu cachorro para tomar vacina e estou aproveitando tudo aqui, como o corte de cabelo e o espaço para os meninos brincarem”, contou. Moradora do Riacho Fundo II, a autônoma Raquel de Araújo aproveitou a ida ao evento para dar um passo para realizar um sonho: a oficialização da união com o noivo A dona de casa Maria da Conceição da Silva Moraes aproveitou o sábado para fazer a identidade dos dois filhos na carreta da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), sem marcação e perto de sua residência. “É uma grande oportunidade para quem não tem tempo para sair. E esse evento proporcionou essa oferta perto de casa, é maravilhoso”, disse. Já a dona de casa Maria da Conceição da Silva Moraes aproveitou o sábado parar fazer a identidade dos dois filhos na carreta da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), sem marcação e perto de sua residência. "É uma oportunidade grande para quem não tem tempo para sair. E esse evento proporcionou essa oferta perto de casa, é maravilhoso", afirmou.

Ler mais...

Thumbnail

Dia das Mães: Programas do GDF oferecem apoio às mães por meio de capacitação e serviços

Ser mãe sempre representou, para a dona de casa Sabrina da Silva Gomes, 31 anos, um trabalho de dedicação integral. Desde o nascimento da primeira filha, Nicolly, há 13 anos, ela assumiu a maternidade como um verdadeiro ofício para garantir tudo o que a menina, diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA), precisasse. “Toda mãe atípica tem medo de deixar o seu filho com alguém, porque não sabemos se as pessoas vão entendê-los. Desde pequena a Nicolly enfrentou dificuldades, então eu optei por ficar cuidando dela e, depois, dos meus outros filhos”, conta. Ela também é mãe de Levi, 6, e Helena, 2. Este ano, pela primeira vez, Sabrina percebeu uma oportunidade de entrar no mercado de trabalho após receber em um grupo de mães atípicas o anúncio do projeto Mães Mais Que Especiais (MMQE). “Quando mandaram o link e pensei: ‘nossa, essa é uma boa oportunidade para mim’. Já estava querendo me profissionalizar para trabalhar em casa”, afirma. No entanto, a falta de suporte com as crianças, acabava a impedindo. No programa, enquanto ela fazia as aulas gratuitas do curso de alongamento de unhas, os filhos participavam de atividades recreativas dentro da estrutura. Este ano, pela primeira vez, Sabrina (direita) percebeu uma oportunidade de entrar no mercado de trabalho após receber em um grupo de mães atípicas o anúncio do projeto Mães Mais Que Especiais (MMQE) | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Agora, Sabrina já sonha com um futuro promissor: “Amo a área da beleza. Cabelo, unha, cílios. Esse projeto é realmente um sonho, porque vai me dar a chance de trabalhar nessa área que eu gosto e em casa, podendo olhar os meus filhos, e atendendo no horário em que eles estiverem na escola”. “Esse Dia das Mães vai ter um sabor especial para mim, porque mais do que comemorar a maternidade, vou ter recebido meu diploma”, acrescenta. Gerido pelo Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria da Mulher (SMDF), o programa nasceu no ano passado e já realizou mais de 4,3 mil atendimentos em ações itinerantes em seis regiões do DF. A iniciativa oferece, de forma gratuita, serviços psicológico, jurídico e odontológico e cursos de capacitação profissional voltados a mães de crianças com deficiência ou doenças raras — com estrutura adaptada para acolher os filhos durante as atividades. Outra ação com foco em maternidade é o projeto Nasce uma Estrela, da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus). Criado também no ano passado, o programa já beneficiou mil mulheres em dez edições, com orientações para gestantes e mães de recém-nascidos. Rafaella Sciammarrella, 33 anos, é outra mãe beneficiada pelo MMQE. Há dois anos, ela precisou deixar o trabalho no setor de vendas para cuidar do filho João Pedro, 9, após o diagnóstico de autismo “Nós sabemos que a maternidade tem inúmeros desafios. Por isso, este GDF tem um olhar especial e cuidadoso com as mães por meio de programas que oferecem suporte, conhecimento e o acolhimento necessário para elas. Esses projetos nos ajudam a cuidar de quem cuida, valorizando a dedicação de quem forma cidadãos”, avalia a vice-governadora Celina Leão. Autonomia e acolhimento Rafaella Sciammarrella, 33 anos, é outra mãe beneficiada pelo MMQE. Há dois anos, ela precisou deixar o trabalho no setor de vendas para cuidar do filho João Pedro, 9, após o diagnóstico de autismo. “Realmente sai do meu trabalho em função disso. Então, encontrar uma oportunidade assim, de trabalhar em casa, onde posso estar acolhendo meu filho, é algo maravilhoso”, conta. Durante o evento, ela participou do curso de alongamento de cílios e recebeu atendimento jurídico. “É muito difícil para uma mãe atípica ter lugares em que nossos filhos possam ser acolhidos. A maioria das famílias também não tem condições de investir em cursos, porque os custos com as crianças já são altos. Então é muito bom o governo abrir esses projetos para as mães poderem se profissionalizar para ter um trabalho onde possam estar trabalhando e dando auxílio para os filhos”, elogiou Rafaella. Para Paola Eugênio, 24, a oportunidade de se profissionalizar está sendo uma virada de chave. Ela cria sozinha os dois filhos Theo Henrique, 4, – que foi diagnosticado com autismo com menos de um ano – e Heloísa, 3. “Esse programa é essencial, porque só quem é mãe atípica sabe o tamanho dessa luta. É um projeto que realmente abraça, entende, compreende e ajuda a gente. Ele veio para abrir caminhos. Me deu esperança, porque eu já estava desacreditada. Acho que daqui para frente as coisas vão dar certo”, comenta. Ela sempre trabalhou, mas precisou largar o emprego após o filho ter sido dispensado da creche em uma situação de discriminação. “Ele é uma criança tranquila, mas a sociedade é muito capacitista e preconceituosa. Vejo que essa será uma possibilidade para que eu possa trabalhar por conta própria, atendendo as necessidades do meu filho e com mais flexibilidade de horário”, acrescenta. Foi para garantir esse tipo de suporte que o projeto surgiu. “A gente percebeu que, em Brasília, há um número muito grande de mães atípicas e não havia políticas públicas para esse público. A nossa ideia era mostrar o compromisso do GDF com a valorização das mães atípicas, que dedicam o tempo todo aos filhos e muitas vezes ficam em segundo plano. A nossa ideia é acolher e promover a autonomia dessas mães”, explica a subsecretária de Ações Temáticas da Secretaria da Mulher, Dayanne Timotéo. Após começar em Ceilândia em dezembro do ano passado, a primeira temporada do programa termina no Sol Nascente/Pôr do Sol, quando desembarca na cidade entre 9 e 14 de junho, ao lado da administração regional. A expectativa é de que possa se tornar uma política continuada. “Devido ao sucesso pretendemos que o projeto possa acontecer todos os anos pela capacidade que ele tem de chegar na ponta e transformar a vida das pessoas”, completa Dayanne. “Nosso compromisso é trabalhar todos os dias para que as mães em situação de vulnerabilidade tenham apoio, acolhimento e oportunidades. Muitas mulheres são mães solo, chefes de família e sustentam seus lares com esforço dobrado. Nosso dever é garantir políticas públicas que reconheçam essa realidade e ofereçam suporte para que possam transformar as suas histórias de vida e a de seus filhos”, destaca a secretária da Mulher, Giselle Ferreira. Olhar para o futuro Integrado ao programa GDF Mais Perto do Cidadão, o projeto Nasce uma Estrela oferece cursos para gestantes e mães de recém-nascidos com uma equipe multidisciplinar composta por doula, enfermeira obstetra, bombeira militar e profissionais da Secretaria de Saúde (SES). O conteúdo aborda cuidados com o bebê, aleitamento materno, prevenção de cólicas, segurança no sono e saúde emocional no pós-parto. "Irei desfrutar dessas informações e dessa vivência", diz Fernanda Carobas, que participou, no Pôr do Sol ,do curso oferecido pelo projeto Nasce uma Estrela | Foto: Arquivo pessoal “Cuidar das mães é também cuidar do futuro das nossas crianças. O projeto oferece informação, apoio emocional e acolhimento às futuras mães e às que acabaram de dar à luz. Por meio de ações presenciais com escuta qualificada e distribuição de kits de cuidados, promovemos um espaço de diálogo nesse momento tão delicado e transformador. Sabemos que a maternidade, embora cheia de amor, também pode trazer inseguranças — e é justamente aí que entramos, garantindo que nenhuma mãe se sinta sozinha”, defende a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. A sexóloga Fernanda Carobas, 36 anos, já ultrapassou as 31 semanas de gestação e foi uma das participantes do curso na edição realizada em abril no Pôr do Sol. Gestando Ayla Beatriz, ela conta que foi uma experiência muito importante, principalmente porque passou por um aborto espontâneo antes. “Como está sendo uma experiência completamente nova para mim, levarei muitos aprendizados para o meu dia a dia como mãe nos cuidados com a minha saúde mental e também os cuidados com a minha bebê. Irei desfrutar dessas informações e dessa vivência”, define. Para a mulher, esse tipo de ação do governo é fundamental para as mulheres em um momento tão importante e marcante. “Ao oferecer esse serviço o GDF está proporcionando a garantia de acesso aos direitos, serviços públicos de qualidade e a políticas públicas, bem como a promovendo o bem-estar da gestante, do bebê e da família. Valorizar as mães é honrar as nossas raízes, a nossa origem e a nossa ancestralidade. É reconhecer a importância da mulher e da mãe que são esses portais da vida, para nós receber no mundo”, analisa.

Ler mais...

Thumbnail

Envelhecer com dignidade: Programas de governo transformam a vida dos idosos do Distrito Federal

No Distrito Federal, envelhecer é sinônimo de cuidado e amparo. Com uma rede socioassistencial cada vez mais fortalecida, o Governo do DF (GDF) tem garantido que a população idosa da capital do país tenha qualidade de vida, autonomia e acolhimento. Seja no acesso à saúde, no suporte social ou nas políticas de inclusão, os idosos encontram nos programas e projetos públicos aliados para enfrentar os desafios da idade com dignidade e bem-estar. Com o envelhecimento acelerado da população, o Distrito Federal já conta com mais de 356 mil idosos, representando 11,84% dos habitantes. O crescimento desse grupo etário é expressivo: enquanto a população total do DF aumentou 4,5% nos últimos anos, o número de pessoas com 60 anos ou mais saltou 34,5%, refletindo a longevidade e as transformações demográficas do Quadradinho. Diante da crescente expansão da população idosa, o desafio diário é criar oportunidades para que cada fase da vida seja vivida com dignidade, segurança e respeito. O compromisso com esta população, refletido nas ações coordenadas por diversas áreas deste GDF que transformam o dia a dia dos cidadãos, é uma das iniciativas e obras que a Agência Brasília relembra na série de reportagens Esta é a Nossa História. Lazer e conexão Um dos principais programas de governo voltados ao público idoso é o Projeto Viver 60+, coordenado pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), por meio da Subsecretaria de Políticas para Idosos (Subidoso). Em 2024, mais de 7 mil pessoas com idade acima de 60 anos foram beneficiadas com atividades como caminhadas, aulas de dança, ginástica, bailes e passeios a pontos turísticos, cinema e zoológico. O programa também promoveu grupos de convivência, em que os participantes socializam e fortalecem laços afetivos, além de oficinas e atividades físicas que estimulam corpo e mente. Para a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, é justamente o suporte psicológico oferecido pela iniciativa que ajuda a enfrentar questões emocionais comuns nessa fase da vida. “Cuidar da saúde mental da pessoa idosa é cuidar da dignidade e do bem-estar de quem sempre cuidou de nós. Todos eles merecem o nosso respeito e atenção”. Um dos principais programas de governo voltados ao público idoso é o Projeto Viver 60+, coordenado pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Além do bem-estar mental, a prática de exercícios físicos é essencial para manter a saúde e prevenir doenças. Valdivina Oliveira, 65 anos, reforça a importância de iniciativas como o projeto. “A gente que passa dos 60 anos precisa movimentar o corpo. Se ficarmos sentados no sofá assistindo a televisão o tempo todo, a vida passa e a gente vai se apagando. Eu trabalhei a vida inteira e só agora tive essa oportunidade de cuidar da minha saúde. Isso é essencial. Quanto mais programas como esse, melhor. Movimentar o corpo também desafoga a saúde pública, porque quem pratica exercícios não adoece tanto”, explica. Os benefícios do Viver 60+ também são percebidos por Raimundo Lima, de 78 anos. Ele já participa das aulas há dois anos e sente a diferença no seu dia a dia. “Eu tinha um problema no braço que me incomodava muito. Depois que comecei a fazer as aulas, hoje não tenho mais nada. Tá tudo beleza, tudo bom. O importante é estimular o corpo. Isso aqui traz qualidade de vida. Tem muita gente que não acredita nesses projetos do governo, mas eu sou a prova de que funciona. Se ficar parado, adoece”, enfatiza. Os benefícios do Viver 60+ também são percebidos por Raimundo Lima, de 78 anos. Ele já participa das aulas há dois anos e sente a diferença no seu dia a dia | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Saúde e bem-estar A promoção da saúde e bem-estar dos idosos no Distrito Federal também são realidades nos Centros Olímpicos e Paralímpicos (COPs) da capital do país. Nos equipamentos públicos, aulas gratuitas têm gerado benefícios significativos para a qualidade de vida dos idosos, promovendo não apenas melhorias físicas, mas também a integração social e a sensação de pertencimento à comunidade. Um dos COPs mais requisitados pela população idosa do DF é o de Santa Maria, onde 670 alunos com idade acima de 60 anos participam de atividades como hidroginástica, capoterapia, ginástica localizada e exercícios físicos orientados. A confeiteira Neide Gomes, 62, também encontrou no COP uma solução para melhorar sua saúde | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Uma das matriculadas é Maria da Guia, 73. A aposentada começou a frequentar a unidade há 8 anos e não deixou mais o espaço. “Frequentar as aulas mudou muito a minha vida, porque eu não fazia nada e, quando entrei aqui, não quis mais sair. Me sinto mais feliz, uma mulher de 20 anos, mais disposta”, brinca. “Sinto que o meu corpo está muito disposto e hoje tenho muita energia. Aqui é maravilhoso”. A confeiteira Neide Gomes, 62, também encontrou no COP uma solução para melhorar sua saúde. Com a fibromialgia, ela sofria intensamente com as dores e os remédios não estavam surtindo o efeito esperado. “Fazer hidroginástica foi a melhor decisão que tomei. Eu pagava por aulas de hidro e não resolvia minhas dores, até que me inscrevi aqui e fui sortuda de conseguir uma vaga há 4 anos. Tem sido a diferença na minha vida”, relata Neide. Superando barreiras Aos 69 anos, Nazaré Lopes é um exemplo do viés transformador da educação. Com uma trajetória marcada por desafios pessoais e familiares, a idosa decidiu retomar os estudos após a perda de um filho, em 2016. Com pouca instrução formal na juventude, ela sempre teve o desejo de aprender, mas a vida, com suas dificuldades e responsabilidades, a impediu de seguir esse caminho até 2024, quando concluiu o ensino básico por meio da Educação de Jovens e Adultos (EJA). “Eu sempre gostei de estudar. Quando era menina, minha mãe não queria me deixar estudar, mas eu insistia. Vi tanta coisa que me encantava, como as fotos das enfermeiras do Rio de Janeiro. Eu sonhava em poder seguir esse caminho, mas as coisas foram acontecendo e tive que adiar esse sonho”, relata, emocionada. Para a aposentada, retomar os estudos foi um desafio, mas também uma forma de lidar com o luto da perda do filho e reconstruir a vida. “Foi difícil, mas encontrei uma turma acolhedora que me motivou a continuar. Muitas vezes quis desistir, principalmente quando adoeci, mas não parei. Agora meu sonho é entrar na faculdade, estudar gastronomia ou até mesmo realizar meu sonho antigo de ser enfermeira”, afirma. Histórias de superação como a de Nazaré se multiplicam por todo o Distrito Federal, onde a busca pela educação entre a população idosa tem se tornado uma realidade cada vez mais presente. Para atender a essa demanda crescente, o GDF retomou, em 2024, o programa DF Alfabetizado, da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), que havia sido suspenso em 2018. Segundo a pasta, atualmente, 80% dos atendidos pela iniciativa têm mais de 60 anos. Em 2024, o programa atendeu cerca de 1.250 idosos em situação de analfabetismo, com a previsão de ampliar a oferta para mais 50 turmas no próximo semestre. Mais do que garantir a escolarização, a preocupação com a melhoria da qualidade de vida dos estudantes é uma constante. O Programa Escola Comunidade Ginástica nas Quadras (PGinQ), por exemplo, oferece atividades físicas gratuitas, como ginástica, yoga e caminhada, e beneficia anualmente cerca de 12 mil pessoas, com uma participação significativa de idosos.

Ler mais...

Thumbnail

Mudas nativas do Cerrado cultivadas em fazenda na Papuda serão comercializadas

As mudas nativas do Cerrado cultivadas por reeducandos na fazenda do Complexo Penitenciário da Papuda serão vendidas pela Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap-DF), vinculada à Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF). O objetivo da comercialização é dar vazão à produção e garantir recursos para serem investidos no projeto que faz a ressocialização de reeducandos por meio da profissionalização na área agrícola. Atualmente, o cultivo e a produção são feitos por 39 internos do Complexo Penitenciário da Papuda. O viveiro conta com espécies tradicionais do bioma Cerrado, além de árvores frutíferas | Foto: Divulgação/Funap-DF A iniciativa ainda está em fase de implementação e tem como público-alvo pessoas interessadas na aquisição de plantas para reflorestamento ou plantação própria em chácaras, sítios e fazendas. Além das mudas, o projeto também prevê a oferta de mão de obra para a plantação. “Temos o projeto do viveiro há muitos anos. Mas durante muito tempo só produzimos para a Novacap. Agora vamos expandir para pessoas que querem recuperar uma área degradada ou simplesmente queiram mudas frutíferas para suas chácaras e sítios. As principais funções do projeto são a ressocialização e a profissionalização dos internos”, explica o gerente da Área Agrícola da Funap-DF, Claudionor Rodrigues. Atualmente, o cultivo e a produção são feitos por 39 internos do complexo prisional. O viveiro conta com espécies tradicionais do bioma Cerrado, como aroeira, flamboyant e ipê-roxo, que são bastante usadas para reflorestamento e embelezamento urbano, além de árvores frutíferas, a exemplo de jabuticabeira, limoeiro e mangueira. Para a aquisição de mudas, os interessados devem solicitar orçamento, lista completa de mudas e informações sobre a contratação diretamente à Funap pelo telefone (61) 3686-5000 ou pelo e-mail: direx.funap@sejus.df.gov.br. Missão O projeto da Fazenda da Papuda tem como missão oferecer profissionalização aos reeducandos do sistema prisional. As atividades agrícolas são feitas intramuros e costumam ter um resultado bastante positivo. A estimativa da Funap-DF é que até 80% dos internos que atuam no projeto não voltam a cometer crimes e conseguem inserção no mercado de trabalho. “É uma oportunidade dos reeducandos aprenderem um novo ofício que possa representar uma nova história fora do sistema. Além disso, atribui novos conhecimentos em cuidados com meio ambiente que, em contrapartida, beneficia o DF com arborização e proteção da flora local”, destaca a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. Para a diretora-executiva da Funap-DF, Deuselita Martins, o projeto reforça o compromisso da fundação com a ressocialização dos internos e com o cuidado ao meio ambiente. “A oferta de mudas do Cerrado, juntamente com a mão de obra especializada, representa nosso esforço em contribuir para a sustentabilidade e apoiar o desenvolvimento de uma sociedade mais inclusiva e consciente”, comenta.

Ler mais...

Ordenar

Ordenar

Faceta do tipo

Tipo

Filtro personalizado

Faceta da marca

Marcador