Participação popular passa a nortear políticas de segurança do DF
O material produzido pela 1ª Conferência Distrital de Segurança Pública (Confedisp), realizada em novembro do ano passado com ampla participação popular, passou a nortear a aplicação, formulação e a revisão das políticas da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) e das forças de segurança locais. O relatório final da Confedisp reúne diagnósticos, diretrizes e metas que já estão sendo incorporados às ações estratégicas da pasta. A conferência enfatizou a visão de segurança integral, conforme o Programa Segurança Integral, instituído pelo Decreto nº 45.165/2023. O conceito transcende o controle do crime, ao abordar também as causas e consequências da criminalidade, violência e insegurança, promovendo ações conjuntas entre diferentes órgãos e setores da sociedade. "Pela primeira vez, conseguimos reunir sociedade civil, forças de segurança, academia e setor produtivo em um mesmo espaço de diálogo" Sandro Avelar, secretário de Segurança Pública “Pela primeira vez, conseguimos reunir sociedade civil, forças de segurança, academia e setor produtivo em um mesmo espaço de diálogo, o que nos permitiu transformar diferentes vozes em diretrizes concretas. O relatório final não é apenas um documento — é um compromisso vivo, que orienta nossas ações e mostra que segurança pública se constrói com dados, participação e corresponsabilidade. Essa experiência inédita reforça que, quando Estado e sociedade trabalham juntos, somos capazes de reduzir a criminalidade, fortalecer a confiança da população e criar soluções sustentáveis para o futuro da segurança no DF”, ressalta o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar. O relatório final está sendo utilizado para subsidiar políticas públicas e revisões estratégicas nos próximos ciclos do Plano Distrital de Segurança Pública e Defesa Social (PDISP), servindo de referência para gestores, pesquisadores e sociedade civil. O documento, que está disponível em versão digital para consulta pública, define diretrizes estratégicas que irão subsidiar as próximas revisões do plano, estabelecendo metas claras e mensuráveis para reduzir a criminalidade e aumentar a sensação de segurança. Conferência O relatório defende a corresponsabilidade entre Estado e sociedade | Foto: Divulgação/SSP-DF A conferência adotou como eixo o conceito de segurança integral, que amplia a visão da segurança pública para além do enfrentamento ao crime, abordando também causas e consequências da violência e da insegurança. O modelo defende a corresponsabilidade entre Estado e sociedade. Mais de 3,2 mil pessoas participaram do processo, iniciado em abril de 2023 e concluído na etapa distrital, em novembro de 2024, no ParlaMundi/Legião da Boa Vontade (LBV). Foram credenciados 245 delegados com direito a voz e voto. A programação incluiu 24 palestras e 32 grupos de trabalho, que resultaram em 354 propostas construídas coletivamente, das quais 98 foram priorizadas. A representatividade da sociedade civil foi um dos pontos fortes do processo. “Cada fala, cada registro e cada priorização foram recebidos com atenção, reforçando que a segurança pública deve ser feita para todos e com todos. Isso garante soluções mais eficazes e democráticas. O relatório é mais do que um registro de propostas: ele consolida um método inovador de gestão pública e garante que cada decisão seja orientada por dados, pela ciência e pela escuta da sociedade. É assim que construímos políticas sólidas e sustentáveis”, conclui o subsecretário de Integração de Políticas em Segurança Pública e coordenador da Confedisp, Jasiel Fernandes. *Com informações da Secretaria de Segurança Pública do DF
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GDF intensifica trabalhos preventivos contra a violência no ambiente escolar
A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) realizou, nesta quarta-feira (24), uma reunião especial com os 14 coordenadores das Coordenações Regionais de Ensino (CRE) para fortalecer a parceria com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) em iniciativas de prevenção à violência no ambiente escolar. O encontro tem como objetivo intensificar o monitoramento e aprimorar protocolos de segurança em situações de risco nas unidades escolares da rede pública. “Queremos garantir que as escolas sejam espaços seguros, onde as famílias tenham a tranquilidade de saber que seus filhos estão protegidos, e os profissionais possam exercer suas funções com orientação e suporte. Pequenos conflitos não devem ser naturalizados, pois podem evoluir para situações mais graves. Nosso objetivo é prevenir e agir de forma integrada para evitar qualquer tipo de violência”, afirmou a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá. Encontro tem como objetivo intensificar o monitoramento e aprimorar protocolos de segurança em situações de risco nas unidades escolares da rede pública | Foto: André Amendoeira/SEEDF O chefe do Serviço de Informação ao Cidadão da PCDF, Victor Barbastefano, apresentou uma nova ferramenta, ainda em fase de estudos, que vai contribuir para a identificação de ameaças de ataques extremistas em ambientes escolares do DF: o Sistema de Avaliação de Ameaças em Escolas (SAAE). “É um conjunto de iniciativas em prol da cultura de paz no ambiente escolar. Um deles prevê que as escolas recebam um questionário para apoiar na produção de estudos, levantamentos e mapeamentos sobre casos de violência, que poderão ajudar na criação e divulgação de medidas eficazes de prevenção. O sistema prevê a realização de um projeto-piloto em duas escolas de cada coordenação regional de ensino”, explicou. O diretor da Divisão de Prevenção e Combate ao Extremismo Violento da PCDF, delegado Fabrício Augusto Paiva, acrescentou que a ferramenta vai contribuir com a identificação de possíveis casos de violência nas escolas. “Nosso objetivo é potencializar resultados positivos na prevenção ao extremismo violento e proteger a comunidade escolar. Queremos que os alunos que apresentem desvios de comportamento recebam acompanhamento adequado e não cheguem a praticar atos de violência. Esse projeto nasce de estudos comparados sobre a origem do fenômeno, e é voltado essencialmente à prevenção”, afirmou. Fabrício Augusto ressaltou que os ambientes escolares devem ser “espaços sagrados” para o exercício dos direitos e das liberdades individuais, oferecendo condições adequadas de aprendizado e convivência. Segundo ele, a cooperação entre Segurança e Educação é essencial para garantir a troca de informações confiáveis e aprimorar as ações de proteção. Ação no Recanto das Emas Cerca de 700 profissionais da educação participaram, nesta quarta-feira, de uma palestra no Recanto das Emas sobre prevenção e identificação de crimes cibernéticos | Foto: Reprodução/SEEDF Além das ações estratégicas na sede da SEEDF, cerca de 700 profissionais da educação participaram, nesta quarta-feira, de uma palestra no Recanto das Emas sobre prevenção e identificação de crimes cibernéticos. [LEIA_TAMBEM] "A ideia é levar essa formação a todas as regionais de ensino. Há três semanas, realizamos uma palestra para 1.200 estudantes com o Programa Guardiões da Infância, em parceria com a Polícia Federal, com o mesmo foco de prevenção e conscientização”, disse a chefe da Assessoria Especial da Cultura de Paz nas Escolas da SEEDF, Ana Beatriz Goldstein. Ainda de acordo com Ana Beatriz, a atuação integrada tem sido intensificada nos últimos meses. “A Secretaria de Educação vem trabalhando de maneira preventiva nas questões de violência nas escolas, tanto nas situações de ataques extremistas quanto na questão das redes sociais, porque uma coisa está vinculada à outra. A parceria entre Segurança e a Educação tem sido mais intensa como nunca, com protocolos assinados e ações efetivas”, concluiu. *Com informações da Secretaria de Educação
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