Programação celebra centenário da Semana de Arte Moderna
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) celebra o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, comemorado neste mês de fevereiro. A primeira homenagem é regida pela Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS), que, nesta terça-feira (15), às 20h, no Museu Nacional da República (MuN), executa concerto com algumas das “Bachianas”, de Heitor Villa-Lobos. A entrada é franca, por ordem de chegada, com exigência do uso de máscaras e do cartão de vacinação. Obras de Verger, como “Afoxé dos Filhos de Congo”, que se inspiram na cultura de matriz africana, representam vertente que passa a ter reconhecimento crítico e de pesquisa após a Semana de 1922 | Foto: Divulgação/Secec Além do concerto, os museus de Arte de Brasília e o Nacional da República programam obras originais e exposição sobre o evento histórico, que ocorreu entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922, no Theatro Municipal de São Paulo. A Semana inaugurou o modernismo no Brasil e instalou a ruptura com estéticas vencidas. O tropicalismo, a poesia concreta e o teatro de vanguarda do grupo Oficina foram alguns dos movimentos que brotaram desse encontro. “A Semana de Arte Moderna de 1922 é um marco histórico e estético nacional. Os desdobramentos chegam até os dias de hoje na música, no teatro, nas artes visuais, na performance e na literatura”, aponta o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. [Olho texto=”A partir da quarta-feira (16), o Museu de Arte de Brasília (MAB) vai expor peças modernistas, incluindo obras de dois protagonistas da Semana de 1922 – Victor Brecheret e Oswald de Andrade” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] O maestro Cláudio Cohen escolheu Heitor Villa-Lobos por ele ter sido um integrante histórico da Semana de 1922. “Assim, a homenagem veio com a celebração das “Bachianas Brasileiras”, obras-primas de sua criação, com ênfase nas de números 1, 5, 6 e 9”, diz o maestro. A apresentação tem as participações da soprano Ana Luísa Melo e dos musicistas Flávio Lopes (fagote) e Mechthild Bier (flauta), com ênfase no naipe de violoncelos. A partir de quarta-feira (16), o Museu de Arte de Brasília (MAB) vai expor peças modernistas, incluindo obras de dois protagonistas da Semana de 1922 – Victor Brecheret (escultor, 1894-1955) e Oswald de Andrade (poeta, 1890-1954). “Obtivemos empréstimo de Brecheret de um colecionador privado, além do livro-manifesto ‘Pau Brasil’, de Oswald de Andrade, da Biblioteca Nacional de Brasília (BNB). Trata-se de uma edição autografada por ele, de 1925”, adianta o gerente do MAB, Marcelo Gonczarowska. A escultura de Brecheret “Nu Feminino”, de 1930, feita em bronze, com dimensões 31 x 36 x 21 cm, poderá ser tocada por pessoas com deficiência visual. “Elas podem agendar a ida pelo e-mail mab@cultura.df.gov.br para proporcionarmos essa experiência”, conta Marcelo. Sobre o texto de Oswald, o livro-manifesto “Pau Brasil”, com ilustrações de Tarsila do Amaral, defendeu a criação de uma poesia brasileira, sem influência europeia, que servisse, na realidade, de produto de exportação. Exposição no Museu de Arte de Brasília (MAB), a partir desta quarta-feira, inclui a xilogravura “Comitê de Solidariedade”, de J. Borges Ao lado dessas duas peças, o MAB vai colocar três obras de seu acervo: “Comitê de Solidariedade”, xilogravura sem data, de 48 x 66 cm, de J. Borges; “Afoxé dos Filhos de Congo” (1947/1948), 21 x 21 cm, de Pierre Verger; e “Casarão”, sem data, uma aquarela de 38 x 28 cm, de Pedro Henrique de Orleans e Bragança. “Essas não são obras da Semana de 1922, mas vamos expô-las porque seus autores foram influenciados pelos artistas do evento em São Paulo”, conta o gerente do espaço. As obras de Verger, que se inspiram na cultura de matriz africana, e de J. Borges, de matriz popular, representam vertentes que, até então marginalizadas, passam a ter reconhecimento crítico e de pesquisa após a Semana de 1922. Mostra em junho no MUN [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O Museu Nacional da República (MUN) programa a exibição “Modernismo Expandido”, em junho, na Galeria Principal. “A mostra pretende apresentar uma visão mais ampla do movimento modernista, mostrando como ele se articulou, expandiu e consolidou-se nos diversos estados brasileiros”, explica a diretora Sara Seilert. A exposição vai apresentar núcleos de modernismo que se espalharam pelo Brasil, em cidades como Recife, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Porto Alegre, Curitiba. A mostra reunirá cerca de 70 obras de coleções públicas e particulares e será acompanhada por material documental, reunindo revistas e textos críticos, material literário e uma cronologia ilustrada sobre a expansão do modernismo pelo país. Um seminário sobre o tema apresentará leituras contextualizadas da semana que mudou a maneira como o Brasil passou a se ver no espelho da cultura. *Com informações da Secec
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Escola de Música abre inscrições para o Curso de Verão
A 43ª edição do tradicional Curso Internacional de Verão da Escola de Música de Brasília (Civebra) está garantida. Por meio da Portaria nº 19, publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta quinta-feira (13), a Secretaria de Educação do DF liberou R$ 1,6 milhão para a realização do evento. O recurso vem do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf) e vai assegurar a logística do Civebra. No Curso Internacional de Verão deste ano, a Escola de Música de Brasília vai celebrar os 100 anos da Semana de Arte Moderna, evento artístico e cultural ocorrido em 1922 | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília As inscrições podem ser feitas no site do evento até domingo (16). As aulas ocorrerão entre os dias 17 e 29 de janeiro. Além de vagas para estudantes da Escola de Música, há oportunidades para o público em geral. Para esta edição, a Escola de Música de Brasília vai celebrar o centenário da Semana de Arte Moderna. Ocorrido em 1922, o evento mudou os rumos da produção artística e cultural no Brasil, trazendo uma proposta inovadora, com mais liberdade de expressão e valorização da cultura nacional. Durante a 43ª edição do Curso Internacional de Verão, além das tradicionais aulas de música e apresentações musicais, também haverá apresentações de outras expressões artísticas. Acesse o regulamento e confira os pré-requisitos para participação. Faça aqui sua inscrição. São várias as modalidades a serem escolhidas pelos candidatos, que vão desde aprender a tocar instrumentos musicais até aulas de canto. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Os cursos serão ministrados nos turnos matutino, vespertino e noturno, presenciais e on-line, a depender da modalidade que o candidato escolher. Os interessados podem selecionar até um curso por turno. Para os presenciais, devido à limitação de vagas, haverá uma seleção prévia. Acesse o Instagram da EMB e conheça os professores que ministrarão as aulas. Pdaf O Programa de Descentralização Financeira e Orçamentária (Pdaf) disponibiliza recursos financeiros em caráter complementar e suplementar diretamente às unidades escolares e coordenações regionais da rede pública de ensino do Distrito Federal. O intuito é promover a autonomia das escolas, contribuindo com a melhoria da qualidade de ensino e o fortalecimento da gestão democrática. *Com informações da Secretaria de Educação
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